OPINIÃO DE AXEL GRAEL:
Mais um lamentável retrocesso causado pela crise econômica, política e de gestão do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
A situação nos faz voltar à "estaca zero", ou pior:
- As cláusulas contratuais com o BID devem estar causando enormes prejuízos ao Estado e à União (fiadora do empréstimo captado pelo RJ) pelo descumprimento das metas e obrigações financeiras, pelo desvio de recursos do PSAM (arrestos judiciais), etc.
- Outros prejuízos virão com desperdício de recursos já investidos e obras que serão abandonadas.
- A futura retomada da despoluição da Baía de Guanabara demandará um grande esforço de saneamento do imbróglio jurídico que se cria agora. Um triste legado.
- E a degradação ambiental continuará.
Novamente, a Baía de Guanabara paga a conta da má gestão!
Axel Grael
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União não aprovou continuação de empreendimento, o que pode inviabilizar projeto e desperdiçar investimento em obras já feitas.
A crise nos cofres do Rio de Janeiro pode inviabillizar um investimento milionário para despoluir a Baía de Guanabara. Isso porque acabou, nesta segunda-feira (19), o prazo para a renovação de empréstimo do estado com o Banco Interamericano, o Bid, sem que a União desse aval para continuar o empreendimento.
O motivo é simples: o governo do Rio não pagou parcelas do empréstimo contraído. Em abril, a Advocacia Geral da União, então, se manifestou contrária à renovação do empréstimo porque o Tesouro Nacional, que é o fiador do contrato, já teve que cobrir mais de 500 milhões de reais de parcelas em atraso devidas pelo Governo do Estado.
Os recursos são indicados como fundamentais para despoluir a Baía. Só na estação de tratamento de esgoto de Alcântara, em São Gonçalo, por exemplo, já foram gastos R$ 102 milhões em obras. De acordo com o que foi projetado, a estrutura vai tratar o equivalente a 41 piscinas olímpicas cheias de esgoto por dia, que hoje seguem direto para a Baía de Guanabara.
Apesar de serem importantes intervenções, o dinheiro para as obras acabou. Além da estação de Alcântara, as verbas também acabaram para a construção de um tronco coletor que vai transportar o esgoto de 120 mil pessoas na Cidade Nova, no Centro do Rio, para a estação da Alegria, no Caju. Atualmente, todo esse esgoto é lançado no canal do Mangue, e dali, direto pra Baía. Essa obra já consumiu R$ 35 milhões.
Fonte: G1
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