O Horto da Clin é o maior centro de produções de mudas de Niterói e abastece as principais demandas de reflorestamento e recuperação de ecossistemas da Prefeitura. A unidade é competentemente coordenada pelo meu colega engenheiro florestal Luiz Vicente Peres, meu colega de turma na Universidade Rural, que utiliza técnicas criativas para fazer uso do material coletado pela Clin nas ruas da cidades como recipientes para o cultivo das mudas.
Além do Horto da Clin, existe o Horto de Itaipu, mantido pela SECONSER e um outro, dentro do Horto do Fonseca, sobre o qual tenho conversado com o Administrador Regional do Fonseca, Leonardo Reis, para a sua conclusão e reativação pela Prefeitura de Niterói. Além desta produção, o principal mecanismo de recuperação das matas nas encostas de Niterói são as medidas compensatórias exigidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS).
Há muita demanda para reflorestamento de encostas em Niterói e esta ação está sendo planejada no âmbito do Programa Niterói Mais Verde, para o qual a Vice-Prefeitura tem buscado recursos financeiros para custear o trabalhos.
A prioridade está nas novas áreas protegidas da cidade, decretadas pelo prefeito Rodrigo Neves, em outubro de 2014. Dentre elas as áreas designadas como SIMAPA, um mosaico de áreas na Região Norte da cidade.
Além de proteger e recuperar os ecossistemas da cidade, a Prefeitura está desenvolvendo o programa NITERÓI CONTRA QUEIMADAS, para evitar que mais outras áreas verdes sejam destruídas.
Com todo este esforço, Niterói está conquistando um lugar de destaque dentre as cidades do país: já devemos ter um dos maiores percentuais do território coberto por parques e outras áreas protegidas dentre as cidades em regiões metropolitanas do país.
A experiência de Niterói está se consolidando a cada dia e fortalece a imagem da cidade como uma referência de sustentabilidade.
Axel Grael
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Cultivando a saúde em Niterói
Viveiro de plantas da Clin em São Lourenço atualmente conta com pouco mais de 30 funcionários que cuidam de 145 mil mudas de 90 espécies da Mata Atlântica Foto: Marcelo Feitosa |
A Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) passará a cultivar em seu canteiro de São Lourenço plantas medicinais para ajudar na prevenção e no tratamento de doenças em comunidades carentes de Niterói. A ideia é resgatar a tradição durante atividades de educação ambiental, em que também serão apresentadas mudas de plantas ornamentais. “Esse projeto piloto de plantas medicinais pretende resgatar o passado, quando usávamos as ervas para tratamentos de saúde. No prazo médio de um ano esperamos estar com todas essas mudas cultivadas em uma estufa apropriada para elas”, declara Luiz Vicente Peres, engenheiro florestal responsável pelo viveiro, que atualmente possui 145 mil mudas de 90 espécies da Mata Atlântica.
O canteiro serve como base para o reflorestamento, recuperação de encostas, áreas degradadas e arborização de regiões da cidade. De acordo com a Clin, todas as mudas são produzidas a partir de resíduos de podas da cidade. Entre as principais espécies do viveiro, estão o pau-brasil, aroeira, pitanga, jabuticaba, ipê-branco e roxo, entre outros.
A principal demanda é da Prefeitura de Niterói, porém, a Clin atende também a projetos de arborização criados por associações de moradores e sindicatos, entre outros grupos. “A demanda de plantio é feita através do que a prefeitura necessita para arborizar a cidade, porém não descartamos outros grupos. A ideia é expandir o projeto cada vez mais. A gente costuma levar mudas em eventos ligados ao meio ambiente e muita gente se interessa e acaba ligando pra gente pra pedir algum tipo específico de muda e, se estiver dentro do possível, a gente acaba doando”, conta.
A principal demanda é da Prefeitura de Niterói, porém, a Clin atende também a projetos de arborização criados por associações de moradores e sindicatos, entre outros grupos.
Segundo Peres, as plantas são controladas através de um banco de dados, onde tudo que acontece com elas é anotado, como a troca de caixa ou se houve infestação de pragas. “Todo o material que usamos é proveniente de reciclagem, a Clin não tem gasto com as embalagens em que as mudas são colocadas. Nós utilizamos latas de óleo, garrafas pet, entre outros materiais, que são recolhidos pelos funcionários da companhia nas ruas da cidade”, relatou.
O viveiro conta atualmente com cerca de 33 trabalhadores, a maioria ex-funcionários que atuavam como garis. Já está sendo implantado um novo sistema de irrigação das plantas À base de gotejamento. Dessa forma é feita uma grande economia de água, pois cada muda recebe a quantidade que realmente necessita. “O gotejamento será feito através de uma mangueira que percorrerá o espaço entre as mudas. Serão feitos furos nas caixinhas, e através deles a água vai penetrar na terra”, explica o responsável pelo viveiro, informando que os resíduos dos plantios feitos na cidade são recolhidos pela Clin e, em seguida, triturados e usados como adubo das mudas. Segundo funcionários da companhia, o material é rico em nutrientes e auxilia muito no desenvolvimento das plantas.
“Todo o material que usamos é proveniente de reciclagem, a Clin não tem gasto com as embalagens em que as mudas são colocadas. Nós utilizamos latas de óleo, garrafas pet, entre outros materiais, que são recolhidos pelos funcionários da companhia nas ruas da cidade”, Luiz Vicente Peres.
Luiz Vicente conta ainda que interessados em conhecer o viveiro podem agendar visita. “As escolas podem trazer seus alunos, grupos que gostem da natureza também podem marcar. É um ambiente contagiante, os funcionários têm muita vontade de desenvolver o projeto comigo, é muito legal e divertido”.
A sede da Clin fica na Rua Indígena 72. Para agendar, basta entrar em contato com a companhia através do número 2620-2175 e marcar um melhor horário para a visita.
História – A Clin já cultiva plantas há dez anos. O canteiro passou a existir após um acordo firmado com o Ministério Público para reflorestar o antigo aterro sanitário do Morro do Céu, no Caramujo, em 2005. “Na ocasião foi feito um Termo de Aditamento de Conduta (TAC) para o reflorestamento do local, porém quando chegamos lá, vimos que haveria dificuldades para fazer o plantio. Então fizemos um estudo e, para criar as mudas a serem plantadas, foi necessário iniciar um viveiro para a preparação. No começo tínhamos apenas mudas de reflorestamento, porém, com a grande demanda, mudamos o nosso objetivo, passando a ter também mudas de arborização, plantas ornamentais e medicinais”, explica o engenheiro florestal.
Após esse projeto, a Clin ficou responsável pelo reflorestamento do Morro do Boa Vista, visando a proteção da encosta e a eliminação dos bolsões de lixo existentes na região. O projeto está em andamento e tem o prazo de manutenção de quatro anos.
Fonte: O Fluminense
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