Operação combate pesca ilegal na Esec Tupinambás

Foto ICMBio.

Brasília (29/02/2012) – A Estação Ecológica (Esec) de Tupinambás, no litoral norte de São Paulo, acaba de divulgar balanço da Operação Carnaval, que coibiu crimes na região da unidade de conservação. Os trabalhos foram realizados por fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Ibama, com o apoio da Polícia Militar do Estado.

Durante a operação, a equipe de fiscalização federal abordou embarcação de grande porte que se aproximava da Esec Tupinambás e entorno do Arquipélago dos Alcatrazes. O barco foi vistoriado e rebocado por mais de seis horas até Porto de São Sebastião pela embarcação Soloncy Moura, do Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (Cepsul), do Ibama.

Os órgãos envolvidos na missão aplicaram mais de R$ 1 milhão em multas, apreenderam 6 mil quilos de pescados e destruíram cerca de 500 quilos de pescado que estavam impróprios para consumo. Todas as redes foram retiradas da embarcação.

De acordo com as investigações, a tripulação da embarcação não estava oficialmente autorizada para atividades de pesca por não possuir licença, e a embarcação tinha desligado o sistema de rastreamento (PREPS). Todos os pescadores foram conduzidos para a Polícia Federal.

Na mesma operação, foram autuadas outras embarcações de esporte e recreio por pesca de arrasto de fundo em área proibida nos arquipélagos da Ilha Anchieta, localizada em Ubatuba (SP), e dos Alcatrazes em Águas Jurisdicionais Brasileiras confrontantes com o município de São Sebastião (SP), ambos áreas da Esec Tupinambás.

A pesca de arrasto de fundo é extremamente danosa para as unidades de conservação marinhas, pois, além de alterar toda a biota do fundo do mar, possui uma taxa de aproveitamento do pescado muito pequena, cerca de 10 a 20%. O restante do pescado é descartado na área alterando as condições ambientais pela elevada deposição de matéria orgânica.

Fonte: Comunicação ICMBio