Torben Grael |
Por Antônio Strini, da redação do ESPN.com.br
Nos Jogos Pan-Americanos de 1983, em Caracas (Venezuela), Torben Grael estava no início de sua carreira na vela. Praticante da classe Soling, o iatista participou de sua primeira grande competição representando o Brasil ao lado de outros atletas. E não poderia ter sido melhor: conquistou a medalha de ouro.
Um ano depois, foi aos Jogos Olímpicos de Los Angeles e ganhou a prata. Desde então, Torben Grael tornou-se um dos grandes nomes do esporte brasileiro: foram mais quatro medalhas em Olimpíadas, já pela classe Star (ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004 e prata em Seul-1988 e Sidney-2000).
Em entrevista ao ESPN.com.br, o paulista, que logo cedo mudou-se para o Rio de Janeiro ao lado do irmão Lars, lembra que o Pan de 1983 o ajudou em sua carreira.
"Foi importante, porque foi minha primeira competição no estilo delegação, como em Olimpíadas. Foi uma experiência importante para a gente, porque teve depois os Jogos (Olimpícos). A gente foi superbem nesse Pan-Americano, e fomos ouro lá. Para mim, foi superimportante como aprendizado", afirmou Torben Grael, que ainda conquistou o bronze no Pan seguinte ao de Caracas, em Indianápolis-1987.
"Depois, mudamos de classe. Foi muito legal, porque tivemos sucesso na classe Star", recordou.
Hoje, o multicampeão compete menos na Star e não participou do ciclo olímpico para os Jogos de 2012, em Londres. Ele afirmou que a falta de incentivo contribuiu para a decisão.
"O que acontece é que depois que você já fez seis Jogos Olímpicos, fazer por fazer não tem o menor sentido. Se a gente tivesse condições, gostaríamos de fazer a campanha olímpica. Mas o prazo é curtíssimo, e a gente tem pouquíssimo apoio. Hoje em dia, a campanha é feita de uma maneira superintensa. Para acompanhar o ritmo da turma, você tem que fazer igual. Fazer isso, sem apoio, é impossível", reclamou.
Atualmente, Torben dá impulso à carreira dos filhos, Marco e Martine Grael, e também participa de torneios na vela oceânica. Hoje ele compete na classe Star "por lazer, sem pressão".
Fonte: Estadão
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