quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Turismo Náutico no Rio Grande do Norte: palestra repercute na mídia

Empresários querem incentivar turismo náutico no RN

InterTV - RN

O Rio Grande do Norte é um dos destinos mais procurados por turistas do Brasil e do mundo. Esse potencial pode ser ainda melhor explorado.

Com mais de 420 quilômetros de costa litorânea, o Rio Grande do Norte é um dos destinos mais procurados por turistas do Brasil e do mundo. Esse potencial pode ser ainda mais explorado com achegada de novos visitantes pelo mar: é o chamado turismo náutico.

Confira no vídeo uma entrevista com consultor em turismo náutico, Axel Grael.

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Tribuna do Norte: Potencial do setor náutico é pouco explorado no RN
Por Andrielle Mendes - Repórter

Enquanto a atividade náutica, incluindo setores como indústria, serviços e turismo, gera US$ 37 bilhões por ano nos Estados Unidos, no Brasil gera apenas US$ 800 milhões - 97,8% a menos. O Rio Grande do Norte é um dos estados com maior potencial, mas que pouco investe na atividade, afirma Axel Grael, presidente do Instituto Rumo Náutico e Projeto Grael, que ministra palestra hoje em Natal sobre o tema.

"O investimento aqui é zero", complementa Fernando Bezerril, ex-secretário municipal de Turismo e atual presidente do Conselho Curador do Natal Convention Bureau. A proporção de barcos ajuda a explicar os números. Enquanto países como a Suécia possuem 1 barco para 7 habitantes. O Brasil possui 1 para 1.700 habitantes. "Podem até dizer que, na Suécia, o poder aquisitivo é muito maior. No entanto, no Brasil, o número de pessoas que pode comprar um barco é quase 20 vezes maior que na Suécia", explica. A disparidade, segundo Axel, mostra o quanto a atividade pode crescer no País.

Segundo ele, há várias formas de incentivar o setor. Axel cita duas: a desburocratização dos processos e a captação de eventos náuticos, não só competitivos. A Bahia, segundo ele, serve de exemplo para o Rio Grande do Norte. O estado tem se destacado tanto na captação de eventos quanto no volume investido na atividade. Enquanto o Rio Grande do Norte não tem nenhuma marina (só um iate clube), a Bahia tem oito, sendo que só uma delas gera 60 mil empregos diretos. Segundo a Associação dos Construtores de Barcos, cada barco emprega, em média, 7,4 pessoas direta e indiretamente.

A atividade náutica é capaz de gerar empregos na indústria, no comércio, serviços e no turismo. O turismo náutico tem crescido de 8 a 10% ao ano, acima de todas as outras modalidades do turismo, e é um dos segmentos que mais empregam no mundo, segundo afirmou o diretor de Financiamento e Promoção do Investimento do Ministério do Turismo, Hermano Carvalho, durante o 1º Fórum de Desenvolvimento do Turismo Náutico, promovido pelo MTur, no Rio de Janeiro.

Além de ter vocação para o turismo náutico, o RN pode se tornar base para várias indústrias do setor, afirma Axel. Para isso, entretanto, precisa investir em infraestrutura e capacitação de mão de obra. Segundo Grael, de nada adianta ter uma boa marina e não ter quem preste serviços ou ter quem preste serviços e não ter mercado. Se o estado, porém, resolver a equação conseguirá atrair cada vez mais turistas no setor, que permanecem cerca de oito noites em hotéis e gastam, em média, de R$160 a R$ 200 por dia, sem levar em consideração os gastos com reparos e 'amarrações'. Os gastos com manutenção chegam a até 8% do valor de uma embarcação - se uma embarcação vale R$100 mil, o valor gasto com reparos chega a R$8 mil. Dinheiro que fica no estado, se ele dispuser de oficinas especializadas e de alguém que preste o serviço.

Marina espera regulamentação de ZPA
Um dos projetos que poderiam estimular a atividade náutica em Natal é uma marina, que ainda não saiu do papel. Pelo menos três grupos estão interessados em construir e administrar o empreendimento, que, segundo projeto, deverá ocupar o espaço entre a Fortaleza dos Reis Magos e a Ponte Newton Navarro. Um grupo espanhol, um português e um inglês. O espanhol BCN Ingenieros foi o primeiro a demonstrar interesse pelo projeto, que também prevê a construção de um shopping, restaurantes e lojas. Apesar da concorrência, a marina não tem data para sair. Sua construção depende da regulamentação da Zona de Proteção Ambiental nº7 (ZPA 7), que dirá se é permitido ou não construir naquela área.

O projeto foi aprovado por várias entidades, como pelo Conselho de Planejamento Municipal (Conplam), em 2007, mas não foi aprovado pela Câmara de Vereadores. O projeto da ZPA 7 será analisado novamente. A marina exigirá um investimento de R$100 milhões e levará cerca de dois anos para ficar pronta.

Fonte: Tribuna do Norte

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Veja mais repercussão da palestra sobre turismo náutico no RN:
Correio da Tarde: Turismo Náutico com sustentabilidade econômica é foco de debate no Estado.
Blog de Casciano Vidal: Câmara Empresarial do Turismo da FECOMÉRCIO vai debater turismo náutico
Tribuna do Norte: Quatro anos depois, Marina ainda espera por estudos
Tribuna do Norte: Rumos do turismo náutico
Diário do Avoante: Simpósio sobre Turismo Náutico foi um sucesso
Taboleiro Grande News: Potencial do Turismo Náutico é pouco explorado no RN


Proferindo palestra sobre Turismo Náutico, em Natal-RN. Foto de Nelson Mattos Filho, publicada no Blog Diário do Avoante.

Integrantes da mesa. Foto de Nelson Mattos Filho, publicada no Blog Diário do Avoante.

Ricardo Moesch, coordenador geral de serviços turísticos do Ministério do Turismo. Foto de Nelson Mattos Filho, publicada no Blog Diário do Avoante.

Público aguarda o início do evento. Foto de Nelson Mattos Filho, publicada no Blog Diário do Avoante.

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