quarta-feira, 21 de março de 2018

LARS GRAEL RECEBERÁ O TROFÉU ADHEMAR FERREIRA DA SILVA, MAIOR HONRARIA DO ESPORTE BRASILEIRO



Lars Grael. Crédito Fred Hoffmann/ CBVela


Velejador medalhista olímpico em Seul-1988 e Atlanta-1996 será homenageado no Prêmio Brasil Olímpico por valores como ética e respeito

Lars Grael será o grande homenageado da noite na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, marcada para a próxima quarta-feira, dia 28 de março, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. O velejador, dono de duas medalhas olímpicas e dos títulos mundiais das classes Snipe e Star, receberá o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, que celebra grandes nomes que representem os valores positivos do esporte.

“Fico extremamente emocionado e lisonjeado com a homenagem, porque é a maior honraria do esporte olímpico brasileiro e leva o nome do primeiro grande herói do esporte olímpico brasileiro, a quem tive o prazer de conhecer e ter como amigo. Essa associação com o Adhemar Ferreira da Silva vem desde a minha infância. É uma pessoa que aprendi a respeitar e admirar. Ser homenageado justo em um momento de transição, de mudança do sistema de governança do esporte brasileiro, carrega um simbolismo muito grande”, afirma o velejador paulista, de 54 anos.

Lars é o segundo representante da vela a ser agraciado com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, junto com o irmão Torben, homenageado em 2013. Em Jogos Olímpicos, foi na classe Tornado que conquistou as suas duas medalhas: bronze em Seul-1988 e em Atlanta-1996. Esteve presente como atleta também em Los Angeles-1984 e Barcelona-1992, ficando em sétimo e oitavo lugares, respectivamente; e foi coordenador técnico da equipe de vela nos Jogos de Sydney-2000 e Atenas-2004.

Outros títulos importantes de sua carreira foram o Campeonato Mundial da classe Snipe, em 1983, em Portugal, ao lado de Torben; e o Mundial de Star em 2015, na Argentina, ao lado do proeiro Samuel Gonçalves. Seu vasto currículo de troféus traz ainda 10 títulos continentais e 29 títulos nacionais, além de vários outros resultados de expressão obtidos desde a estreia em 1972.

“É um orgulho muito grande representar toda uma quantidade de velejadores, do meu esporte, que deu ao Brasil tantas medalhas olímpicas para o Brasil. Nessas horas eu paro para pensar nos quatro Jogos Olímpicos que participei como atleta, nas duas medalhas olímpicas que conquistei e nas duas vezes que fui como coordenador técnico da equipe de vela. Esse prêmio representa tudo que venho fazendo em favor do Movimento Olímpico como um todo. Só tenho a agradecer”, celebrou.

Lars vem de uma família de velejadores. Seu irmão Torben é o maior medalhista olímpico da história do Brasil ao lado de Robert Scheidt. Seus tios Axel e Erik Schmidt foram os primeiros brasileiros a conquistarem um título mundial de iatismo. A tradição veio do avô dinamarquês, Preben Schmidt, e chegou aos meninos por meio da mãe, Ingrid.

Em 1998, Lars sofreu um trágico acidente quando velejava em Vitória, Espírito Santo, que resultou na amputação de sua perna direita. Com o apoio da família e graças à sua postura de superação, reconstruiu a jornada esportiva, em cargos de gestão e como palestrante. Ocupou em 2001 a Secretaria Nacional de Esporte. Entre 2003 e 2006, foi secretário de Juventude, Esporte e Lazer de São Paulo. Continua atuando na política esportiva, através do Conselho Nacional do Esporte e da Comissão Nacional de Atletas, da qual é vice-presidente. Nesta comissão, em que foi presidente até junho de 2017, teve papel decisivo para a elaboração dos projetos que ajudaram a criar a Bolsa Atleta e a Lei de Incentivo ao Esporte.

Além disso, a fim de retribuir à sociedade tudo o que recebeu com o esporte, criou o Projeto Grael (Instituto Rumo Náutico), ao lado dos irmãos Axel e Torben, em Niterói (RJ), oferecendo assistência e desenvolvimento social para crianças e adolescentes por meio do esporte.

O Troféu Adhemar Ferreira da Silva

Criado em 2001, o Troféu Adhemar Ferreira da Silva tem como objetivo homenagear atletas e ex-atletas que representem os valores que marcaram a carreira e a vida de Adhemar, bicampeão olímpico no salto triplo, tais como ética, eficiência técnica e física, esportividade, respeito ao próximo, companheirismo e espírito coletivo.

Relação completa de homenageados com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva:

2001 – Nelson Prudêncio - Atletismo
2002 – João Gonçalves Filho - Natação e Polo Aquático
2003 – Amaury Antonio Passos - Basquete
2004 – Maria Lenk - Natação
2005 – Agberto Guimarães - Atletismo
2006 – Aída dos Santos - Atletismo
2007 – André Gustavo Richer - Remo
2008 – João Havelange - Natação e Polo Aquático
2009 – Joaquim Cruz - Atletismo
2010 – Eder Jofre - Boxe
2011 – Bernard Rajzman - Vôlei
2012 – Hortência – Basquete
2013 – Torben Grael – Vela
2014 – Vanderlei Cordeiro de Lima – Atletismo
2015 – Gustavo Kuerten - Tênis
2016 – Bernardinho – Vôlei
2017 – Lars Grael – Vela

SOBRE A CBVELA

A CBVela é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico do Brasil (COB). Tem o Bradesco como patrocinador oficial, o Grupo Energisa como parceiro oficial e patrocinador oficial da Vela Jovem, e a Kailash como fornecedora de material esportivo. A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: sete. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 18 medalhas em Jogos Olímpicos.

Fonte: CBVela








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