COMENTÁRIO DE AXEL GRAEL:
O artigo abaixo, publicado no jornal A Tribuna, com dados do Comando de Polícia Ambiental (CPAm), da Polícia Militar do Rio de Janeiro, informa que:
"...desde o início desse ano, computou que foram registradas mais de 336 denúncias de desmatamento dentre as mais de 4.600 denúncias ambientais, sendo o quarto assunto mais denunciado na área de Meio Ambiente. Rio, Niterói, Maricá, Região dos Lagos e Serrana foram as regiões nas quais a população mais denunciou essas ações. Dados enviados pelo Comando de Polícia Ambiental (CPAm) mostram que somente neste ano já foram realizadas mais de 179 ações de combate ao desmatamento e com a ajuda de diversas denúncias do Linha Verde, mais de 165 pessoas foram presas e mais de 850 mil metros quadrados de área degradada foram localizados".
Niterói possui longa tradição ambientalista, possui uma das maiores proporções do seu território protegido por unidades de conservação e é uma das cidades mais conectadas do país. Portanto, é compreensível que seja uma das cidades mais preocupadas com a proteção de suas florestas e tanto o governo municipal quanto a população mantenham-se em postura vigilante com relação aos seus ecossistemas.
Nesse sentido, a Prefeitura de Niterói criou o Parque Natural Municipal de Niterói - PARNIT, através do Decreto 11.744/2014, assinado pelo prefeito Rodrigo Neves. Unindo o Parnit, à área recoberta pelo Parque Estadual da Serra da Tiririca e mais outras áreas protegidas na cidade, Niterói chega a quase 50% do seu território protegido. E, além disso, a Prefeitura desenvolveu o Plano de Manejo e iniciou o trabalho de implantação do Parnit através da instalação da trilha Travessia Tupinambás. Outros investimentos se iniciarão a partir dos recursos do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO-SUSTENTÁVEL).
E para manter a integridade dessas áreas, a Prefeitura criou o Grupo Executivo de Controle do Crescimento Ordenado e das Áreas Verdes de Niterói (GECOPAV) e a Defesa Civil desenvolve, junto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS), o Programa Niterói Contra Queimadas, para prevenir e controlar os incêndios em vegetação que ameaçam as nossas áreas verdes.
Nos últimos seis meses, o GECOPAV emitiu 400 notificações de embargo de construções irregulares, efetuou 247 operações e demoliu 70 construções irregulares.
Outra iniciativa da Prefeitura foi o desenvolvimento do SIGEO NITERÓI, uma plataforma de informações georreferenciadas que instrumentalizará o trabalho de fiscalização realizado pela Prefeitura. Para este trabalho, a SMARHS já conta com drones e outros equipamentos para facilitar a ação de controle.
Enfim, todo este esforço realizado pelo poder público, apoiado pela ação vigilante do cidadão, permitirá que Niterói proteja as suas matas e garanta uma cidade mais verde, sustentável e aprasível para as atuais e futuras gerações.
Axel Grael
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói.
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Cada vez mais população denuncia os desmatamentos
Dados estatísticos do Linha Verde, programa do Disque Denúncia, que acolhe informes de crimes ambientais, desde o início desse ano, computou que foram registradas mais de 336 denúncias de desmatamento dentre as mais de 4.600 denúncias ambientais, sendo o quarto assunto mais denunciado na área de Meio Ambiente. Rio, Niterói, Maricá, Região dos Lagos e Serrana foram as regiões nas quais a população mais denunciou essas ações. Dados enviados pelo Comando de Polícia Ambiental (CPAm) mostram que somente neste ano já foram realizadas mais de 179 ações de combate ao desmatamento e com a ajuda de diversas denúncias do Linha Verde, mais de 165 pessoas foram presas e mais de 850 mil metros quadrados de área degradada foram localizados.
Isso significa que a população está cada vez mais consciente sobre a importância da preservação ambiental, denunciando cada vez mais. No mesmo período do ano passado, 299 denúncias sobre desmatamento foram registradas. O aumento de denúncias sobre desmatamento florestal e a redução (ou extinção) desse tipo de crime é possível. Mais informes sobre estágios iniciais de desmatamento surgem, gerando ações preventivas. De acordo com o Disque Denúncia, o estado está próximo de atingir a meta de zero desmatamento ilegal, apesar da alta de 9% na devastação do bioma no país entre 2011 e 2013. Os últimos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica lançados pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais, nos mostram que nosso estado está entre os nove que apresentaram desmatamentos abaixo de 100 hectares, o que equivale a um quilômetro quadrado.
De acordo com dados do CPAm, os bairros com incidências no eixo Niterói-São Gonçalo no último levantamento foram: Itaipu (4), Várzea das Moças, Itacoatiara, Piratininga, Sapê e Santa Izabel (2), Barro Vermelho, Maria Paula, Ipiiba, Jardim Miriambi, Pacheco, Rio do Ouro e Engenho Pequeno (1).
No período de 1985 a 2015 foram regenerados no estado 4.092 hectares de mata, ou o equivalente a 40,92 km², diz o estudo. Em todos os 92 municípios fluminenses há ocorrências na Mata Atlântica. Desse total, o Atlas identificou regeneração em 77. Os municípios que apresentaram mais áreas regeneradas foram Casimiro de Abreu, com 267 hectares; Itaperuna (223); Duas Barras; Rio (209); Vassouras (203). Apesar de o Rio ter alcançado o posto de estado com “nível de desmatamento zero”, ele ainda integra a lista dos municípios que mais desmataram no período pesquisado, com 13 representantes. O Atlas mostra que, juntos, esses municípios desmataram 94,82 mil hectares de Mata Atlântica, o correspondente à área do município de Nova Friburgo (RJ).
Quando uma floresta deixa de existir, perdemos fauna e flora e isso pode provocar, ainda, o desequilíbrio da cadeia alimentar. Com as espécies carnívoras diminuindo, cresce o número de herbívoros, que podem vir a extinguir mais tipos de vegetais. A perda da cobertura vegetal causa a degradação do solo e, consequentemente, a desertificação. A destruição das florestas afeta, também, o clima, já que elas têm importante papel na manutenção da temperatura, nos ventos e no ciclo das chuvas. “Através de parceria com o Inea, recebemos e apoiamos ações que tem por base o levantamento de desmatamento através de imagens de sensoriamento remoto, recebidos e analisados no Projeto Olho Verde. Além disso, temos sempre nosso patrulhamento ambiental focado nos remanescentes de Mata Atlântica”, explicou Coronel Mário Fernandes, comandante do CPAm.
Fonte: A Tribuna
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