domingo, 24 de setembro de 2017

CIDADES INTELIGENTES E HUMANAS: matéria na Folha de Londrina cita o exemplo do SIGEO-Niterói



Muitas tecnologias já estão disponíveis é preciso agora saber utilizá-las para tornar as cidades mais humanas.


Cidades Inteligentes e Humanas

Desenvolver meios para integrar a tecnologia ao dia a dia das cidades visando ao bem-estar da população é a proposta de debate que acontece nesta sexta-feira, organizado pelo Fórum Desenvolve Londrina


Ricardo Chicarelli

Em um mundo cada vez mais conectado e com o volume de informação crescente é natural que as cidades elaborem projetos para integrar a tecnologia ao dia a dia da população. Foi pensando nisso que será realizado nesta sexta-feira (22) o "1º Fórum em Debate", seminário com o tema: "Cidades Inteligentes e Humanas". O evento é organizado pelo Fórum Desenvolve Londrina, entidade formada por representantes de 36 instituições londrinenses e deve reunir empresários, representantes de entidades e instituições de Londrina.

O 1º Fórum em Debate terá como palestrantes três especialistas no assunto: Abimael Cereda Junior, André Gomyde e Vitor Lippi. Cereda Junior é docente, líder de Ciência & Pesquisa da Imagem, pesquisador e colaborador da Unicamp. Tem especialização em Geoprocessamento, mestrado e doutorado em Engenharia Urbana. Atua e realiza pesquisas em temas como Inteligência Geográfica, Smart Cities e Smart Farms.

Niterói, que tem integrado departamentos, mapeado árvores da cidade para determinar a época de corte (OBS: referimo-nos à poda), e disponibilizado a visualização em mapas para verificar se o zoneamento permite a construção de um certo tipo de imóvel ou não. "A Prefeitura de Niterói ganhou prêmios este ano usando a inteligência geográfica e Londrina também tem trabalhado com algumas dessas ferramentas", afirma Cereda Júnior.

O palestrante exalta a importância de aplicar a tecnologia na gestão das cidades. "Já lidamos com tecnologia de informação geográfica em aplicativos como o Waze e, recentemente, as praças foram invadidas por usuários do aplicativo Pokémon Go. Ou seja, as tecnologias já estão disponíveis e agora temos que utilizá-las e integrar tudo isso para ter cidades mais inteligentes e mais humanas, com a implantação de semaforização automática, drones e outras ferramentas para urbanizar melhor as nossas cidades usando esse momento digital", destaca.

Um dos exemplos citados por Cereda é a cidade de Niterói, que tem integrado departamentos, mapeado árvores da cidade para determinar a época de corte, e disponibilizado a visualização em mapas para verificar se o zoneamento permite a construção de um certo tipo de imóvel ou não. "A Prefeitura de Niterói ganhou prêmios este ano usando a inteligência geográfica e Londrina também tem trabalhado com algumas dessas ferramentas", afirma. Ele ressalta que a utilização da massa de dados e atualizações possibilita fazer uma gestão mais inteligente e humana.

O custo de implantação de um projeto como esse também está entre os temas que serão abordados no Fórum. "Muitos municípios já fizeram investimentos em bases de dados e outros sistemas. Primeiro é preciso entender o que já existe e o que é possível aproveitar de outras plataformas para poder construir o plano diretor para inteligência geográfica", aponta. "Não é uma visão de implementar um software, mas de adotar uma cultura de gestão de políticas públicas. É uma mudança de cultura. Eu não vou só armazenar dados e informação. Vou otimizar toda inteligência da cidade em sistemas informacionais", declara. A integração das tecnologias, com transparência e acesso irrestrito aos dados e informações por elas gerados, conduzem as cidades para a participação de seus cidadãos em um processo de cocriação com o poder público e com as empresas. Por isso, segundo ele, muito mais do que inteligentes, as cidades devem ser também voltadas para a humanização. "Não é para viver um momento Jetson, nem é a adoção da tecnologia pelo vislumbre", aponta.

André Gomyde é presidente da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas. É membro do Conselho de Ciência e Tecnologia (CCT) da Presidência da República. É membro do júri do World e-Government Awards e diretor da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal. O terceiro convidado Vitor Lippi é deputado federal, presidente da Frente Parlamentar das Cidades Inteligentes. É médico e ex-prefeito de Sorocaba (SP). Foi premiado com o Selo Prefeito Empreendedor, diplomado prefeito Amigo da Criança e Destaque Nacional em Meio Ambiente, Ação Social e Desenvolvimento Sustentável.

Na palestra, o deputado vai explicar as ações adotadas em Sorocaba e a proposta de criação de Centros de Desenvolvimento Regionais. Lippi conta que o debate deve incluir ainda as mudanças na legislação necessárias para viabilizar parcerias público-privadas para o setor. "É necessário adequar a legislação para ter um ambiente seguro para as parcerias. Isso é importante para possibilitar a conectividade das cidades inteligentes. A utilização desses conceitos podem melhorar a governança e reduzir custos. Governo, universidades e empresas devem realizar um trabalho conjunto para fortalecer a economia do conhecimento e da inovação", reforça.

Durante o evento, serão apresentados exemplos das ações que podem ser adotadas para que cada cidade conquiste o status de Smart City (cidade inteligente). Para o presidente do Fórum Desenvolve Londrina, Ary Sudan, a tecnologia precisa ser aplicada para trazer benefícios à comunidade. "Estamos entrando no mundo digital em uma velocidade incrível que transforma a vida das pessoas. As cidades vão ser o principal palco dessa transformação e precisam estar conscientes do papel que devem desempenhar para promover a qualidade de vida e o desenvolvimento", ressalta. Sudan lembra ainda que Londrina possui 1.500 empresas de TI (Tecnologia da Informação). Considerando o raio de 60 quilômetros entre os municípios de Apucarana e Cornélio Procópio, há mais de 2.500 empresas no setor.

Fonte: Folha de Londrina







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