Imagem mostra a péssima qualidade do ar em Pequim, em dezembro de 2015 - Mark Schiefelbein / AP |
Ação visa reduzir pela metade as mortes provocadas pela contaminação do ar até 2030
RIO — Estimativas apontam que a poluição atmosférica provoca a morte de 6,5 milhões de pessoas por ano, o que representa uma em cada nove mortes no mundo. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou nesta quarta-feira, durante a terceira Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável, Habitat III, uma campanha mundial para o enfrentamento desse problema.
Batizada como BreatheLife (respire a vida), a campanha tem um objetivo audacioso. Por meio do apoio a políticas de combate à poluição, a OMS visa reduzir pela metade as mortes provocadas pela contaminação atmosférica até 2030.
— Cerca de 6,5 milhões de pessoas morrem por ano pelos efeitos da contaminação do ar — disse Carlos Dora, coordenador da OMS, à agência AFP. — Temos que limpar o ar e promover a boa saúde.
Os dados mostram, por exemplo, que o ar no Rio de Janeiro possui 16 microgramas de partículas PM 2,5 por metro cúbico, concentração 60% maior que a considerada segura pela OMS.
O site da campanha possui informações estatísticas sobre 3 mil cidades no mundo, com informações sobre a qualidade do ar e os principais problemas de saúde acarretados sobre a poluição. Os dados mostram, por exemplo, que o ar no Rio de Janeiro possui 16 microgramas de partículas PM 2,5 por metro cúbico, concentração 60% maior que a considerada segura pela OMS.
E o problema é agravado nas cidades. De acordo com as estatísticas, 80% dos centros urbanos possuem concentração de poluentes acima do nível considerado seguro.
Além da campanha, a OMS apoia o uso de fontes limpas de energia, assim como alternativas para o transporte e a habitação. A modernização dos sistemas de mobilidade urbana são apontados como ponto chave na redução da poluição, assim como a melhoria dos combustíveis e a restrição da queima de lixo e madeira.
Segundo Dora, um projeto em Londres comprovou que a substituição do carvão nos sistemas de calefação das casas reduz a mortalidade muito rapidamente.
— O tema da contaminação e a a saúde estão muito associados — disse o coordenador da OMS.
Fonte: O Globo
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