quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Rivais vêm à Copa Brasil de Vela para 'espiar' a Baía de Guanabara


Estrangeiros e brasileiros se juntam na Copa Brasil de Vela (Foto: Reprodução/ SporTV)


Americanos, israelenses, argentinos e britânicos aproveitam competição para conhecer o local da modalidade nas Olimpíadas do Rio em 2016

A Copa Brasil de vela começou nesta terça-feira, na praia de São Francisco, em Niterói, e está cheia de convidados. Na verdade, “espiões”. Os gringos estão presentes na primeira competição do calendário olímpico nacional de 2014. Americanos, israelenses, argentinos e britânicos se juntaram aos donos da casa. Eles deixaram o inverno no Hemisfério Norte não só em função do sol, mas porque a Baía de Guanabara é o local oficial de competições das provas de vela nas Olimpíadas de 2016. O evento é a oportunidade de velejar nessas águas (assista ao vídeo).

- Os britânicos atualmente são a melhor equipe do mundo. Então, é muito legal eles virem aqui no começo do ano para ver o parâmetro que a gente está - destaca o vice-campeão olímpico Bruno Prada, que busca uma vaga na Finn contra o seu amigo e pupilo Jorge Zarif, atual campeão mundial nas categorias Júnior e Sênior.

- Para eles serve muito, a vela tem muito disso, de aclimatação, de saber bem como se comportam as correntes do lugar que você vai velejar e como se comportam os ventos. Então, esses times que já estão vindo, o inglês, o holandês e o francês vão ter uma vantagem em relação ao pessoal que vai vir mais em cima. Vão ter uma vivência muito maior aqui no Rio - ressalta Zarif.


Copa Brasil de Vela acontece na praia de São Francisco, em Niterói (Foto: Reprodução/ SporTV)

Os representantes do país que sediou os últimos Jogos, em 2012, pretendem passar 60 dias no Brasil, entre idas e vindas.

- Nós queremos que nossos velejadores se sintam bem no Rio de Janeiro. É uma cultura diferente da que estamos acostumados na Grã-Bretanha, o clima é diferente, o local para velejar também, assim como as acomodações, a comida e as pessoas. Velejar é um esporte onde o ambiente é importante. É preciso entender o vento, as correntes, a geografia e é preciso muito tempo para entender tudo isso - conta Stephen Park, chefe da delegação britânica.

- Vir aqui e observar de que maneira as ondas e as correntes se comportam na Baía é muito importante para nós. Temos cerca de dez dias para velejar aqui e descobrir como tudo funciona - diz o velejador inglês Andrew Mills.

Diferente dessa época, os Jogos Olímpicos serão realizados em agosto. Com a diferença de data e de condições climáticas, o teste feito somente agora é menos eficiente para os “espiões”.

- Em janeiro e fevereiro, o vento é muito mais forte do que em julho e agosto, então eles precisam vir em agosto se quiserem estar mais bem preparados, mas a gente não vai falar isso para eles - brinca Jorge Zarif.

A competição começou nesta terça-feira, e no dia 11 será disputada a “medal race”, a regata da medalha, em que participam apenas os dez melhores colocados de cada classe.

Fonte: SporTV

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Saiba mais sobre a COPA BRASIL DE VELA em:

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