Lars Grael, Flavio Canto, Daniele Muniz de Lima e Ricardo Prado no seminário "Rio 2016: O desafio de competir em casa" Marcos Tristão / Agência O Globo |
Rio-2016: Para fazer bonito em casa
Dificuldades e vantagens de sediar a Olimpíadas do Rio são discutidas em seminário, promovido pelo GLOBO e EXTRA
Ricardo Franco, Flavio Canto, Lars Grael e a psicóloga Daniele Muniz participaram do evento
RIO
- O seminário "Rio 2016: O desafio de competir em casa", promovido pelo GLOBO e EXTRA, nessa quinta-feira, num hotel em Copacabana, discutiu em diversas frentes o que é necessário para o Brasil fazer bonito na próxima Olimpíada. Participaram do evento o ex-nadador Ricardo Prado, agora presidente do Conselho de Esportes do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, o ex-judoca Flavio Canto, o velejador Lars Grael e a psicóloga do futebol do Flamengo, Daniele Muniz de Lima.
O primeiro a falar foi Ricardo Prado, que abordou de que maneira o megaevento pode impulsionar o esporte no Brasil. Para ele, existem três pilares essenciais. O primeiro deles diz respeito ao legado e infraestrutura.
- As instalações esportivas que serão construídas colocarão o Brasil em outro patamar. Os nossos atletas poderão treinar e competir no que existe de melhor no mundo em nível de área de competição.
Com as Olimpíadas, os profissionais que trabalham nos principais eventos esportivos virão para o Brasil. E essa troca de conhecimento é o segundo pilar destacado por Ricardo. O terceiro é a inspiração. Com a nata dos atletas do mundo vindo ao país para competir no Rio, a nova geração não terá problemas de encontrar em quem se espelhar.
Mas para que esses ídolos do esporte e atletas de alto nível rendam o máximo de seu potencial é preciso não só estar com o físico em dia, mas com a cabeça também. Competindo em casa, o apoio da torcida coloca um peso maior de estar representando um país. Para lidar melhor com essa pressão, a psicóloga Daniele Muniz aponta o caminho:
- O mental é tão importante quanto o físico quando se trata de desempenho numa competição. Imagina o que se passa na cabeça de um jogador, quando vai decidir um campeonato numa cobrança de pênalti com o estádio lotado. Se não estiver com uma cabeça boa, ele não vai render aquilo que treinou - disse ela, falando do preconceito e resistência que ainda encontra dentro do esporte. - Ainda associam muito o trabalho psicológico apenas ao atleta que tem problemas. Mas não é bem assim. O ideal é que ele seja feito sempre. O trabalho psicológico dá confiança para que o atleta explore todo seu potencial. Tem atletas que precisam mais, outros menos.
O momento mais descontraído do seminário foi durante a apresentação de Flavio Canto,. Para responder se o judô brasileiro irá repetir na Rio-2016 o bom desempenho que teve em Londres-2012, quando conquistou um ouro e dois bronzes, o ex-judoca se baseou no que já foi conquistado:
- O judô tem 19 medalhas olímpicas. Foi o esporte que mais vezes colocou o Brasil no pódio em Olimpíadas. Temos uma colônia japonesa muito grande aqui no país. Isso é um ponto positivo. Mas uma administração mais humana, que colocou os nossos atletas para viajar, competir fora, trazendo a nata do judô mundial para treinar no Brasil, são pontos essenciais que explicam essa boa campanha - disse ele, se esquivando sobre palpites para a próxima Olimpíada. - Não sei se teremos o mesmo ou melhores resultado em 2016, porque o esporte é imprevisível, mas estamos no caminho certo.
Último a falar, Lars Grael foi direto ao afirmar que a vela tem grandes chances de pódio em 2016. As competições serão na Baía de Guanabara, numa raia, segundo ele, traiçoeira, mas em casa:
- Podemos treinar aqui. Esse é o ideal. Fora isso, as pessoas irão parar ao longo da Baía de Guanabara, gritar, torcer.... Vamos fazer da Baía de Guanabara a nossa Bombonera, o nosso Maracanã.
Fonte: O Globo
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