sábado, 11 de janeiro de 2014

ULTIMO DIA DA COPA BRASIL DE VELA: a partir das 13 hores, será disputada a Medal Race


Os atletas precisaram se refrecar diante do sol forte em Niterói. Foto: André Redlich


Perigo invisível na Copa Brasil

Enfrentando condições extremas dentro da Baía de Guanabara, velejadores comentam como driblam os perigos do sol e o calor

Mais do que a competição entre os próprios atletas, a disputa da Copa Brasil de Vela, que vem sendo realizada durante esta semana na praia de São Francisco, Zona Sul de Niterói, está retratando a capacidade de adaptação dos competidores as condições extremas encontradas na Baía de Guanabara – raia oficial dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. No penúltimo dia do evento, após mais uma bateria de regatas, o desgaste e cansaço ocasionado pelo sol, calor e a salinidade era visível no semblante cansado dos velejadores. O destaque do dia ficou por conta da vitória de Patricia Freitas, na classe RS:X, que assegurou seu título na categoria.

Por volta das 17 horas de ontem, praticamente todos os atletas inscritos na Copa Brasil já haviam ancorado seus barcos na areia e após guardarem os equipamentos, como em uma procissão, se dirigiam para os chuveiros prontos para retirar o sal e o suor depois do trabalho nas regatas. Ontem, segundo o site “Climatempo”, especializado em meteorologia, a máxima em Niterói chegou à 34º, com o índice de radiação UV avaliado como alto. A exposição direta e sem proteção a essas condições prejudica os atletas com desidratação, fadiga excessiva, insolação, queimaduras, etc.

Confirmando seu favoritismo a cada bateria de regatas, o bicampeão olímpico Robert Scheidt vem liderando a classe Laser da Copa Brasil, mas não negou que as condições do clima vem atrapalhando seu desempenho.

“Realmente está complicado, inclusive estou com um probleminha no olho por causa desse tempo. Mas velejo desde os nove anos de idade então você sempre está exposto ao clima e no Brasil é assim”, explicou o velejador, acrescentando.

“Eu procuro me proteger bem para não sofrer com isso, usando pomadas, roupas à prova dos raios UV e assim vamos resistindo”.

Já o velejador gaúcho Samuel Albrecht, parceiro de Georgia Rodrigues na classe Nacra 17, explica que o “perigo invisível” da radiação solar e do calor fazem parte da prática do esporte náutico. Mas as condições extremas são um obstáculos que todos os competidores devem superar.

“Na verdade quem é profissional da vela encara esse problema quase que diariamente. Mas não é o suficiente e ao longo do tempo você acaba sofrendo consequências dessa exposição. Amanhã (hoje) decidimos o campeonato e posso dizer que estamos preparados, porque as condições são iguais para todo mundo, então acho que estamos bem para enfrentar essa regata independente do calor e do sol”, explicou o atleta, que está com a vice-liderança na disputa de sua categoria.

Campeãs – A bateria de regatas de ontem acabou coroando as primeiras campeãs da Copa Brasil de Vela: Patricia Freitas e Marit Bowmeester. A brasileira, que vem “sobrando” na classe RS:X feminina, chegou na frente em mais duas regatas ontem e conquistou o título da categoria por antecipação.

Já a holandesa Marit Bowmeester também continuou impondo seu ritmo forte na bateria de ontem e, mesmo com uma desclassificação, venceu uma das regatas e se sagrou campeã da classe Laser Radial.

Entre os niteroienses, os principais destaques seguem com Clínio Freitas e Cacau Swan, que lideram a Nacra 17, e Martine Grael e Kahena Kunze, que estão na vice-liderança da categoria 49er FX.

Hoje está prevista a realização da “Medal Race”. Nesta regata especial os atletas melhores colocados de suas respectivas classes irão concorrer a uma disputa com pontuação dobrada, por isso a tendência é de um dia de ainda mais foco dos velejadores na Baía de Guanabara, principalmente em função da Copa Brasil ser avaliada como critério da CBVela para começar a definir a equipe principal de velejadores que irão disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Fonte: O Fluminense


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