Apesar dos anúncios cada vez mais frequentes de doações milionárias feitas por magnatas da informática, da internet, do mercado financeiro e de outros setores, para causas sociais, ambientais e filantropia, um estudo de autoria de pesquisadores da Universidade da California, em Berkeley, e da Universidade de Toronto, publicado no Journal of Personality and Social Psychology, chega a uma interessante e até surpreendente conclusão: os mais pobres doam muito mais do que os mais ricos.
Portanto, os cientistas sociais descobriram que as pessoas mais generosas, confiantes e colaboradoras não são as que possuem mais dinheiro, mas as que possuem menos!
A explicação seria:
"pessoas em classes sócio-econômicas menos favorecidas tendem a agir de forma socialmente mais responsável devido a um maior comprometimento com valores igualitários e sentimentos de compaixão mais elevados que outras".A questão levantada pelos pesquisadores é instigante pois, além de contrariar a intuição, nos leva a perguntar o que fazer para melhorar o engajamento destes setores da sociedade menos motivados para ações altruistas.
É importante considerar também que os resultados da pesquisa espelham uma realidade norte-americana, justamente onde a tradição da filantropia e da doação é um valor tradicionalmente praticado e introjetado nas famílias e nas comunidades.
Como seria o rebatimento destas conclusões para a realidade brasileira? Que resultados teríamos se igual pesquisa fosse feita aqui?
Leia o estudo: Having less, giving more
Fonte: Social Edge
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