Assim como outros tipos de florestas brasileiras, a Caatinga pode ser manejada e gerar lucros para na propriedade rural. (Imagem obtida em TEAGRI) |
Manejo florestal reduz pobreza entre assentados na Caatinga
Agricultores familiares apoiados pelo Serviço Florestal conseguem renda de quase 2,5 salários mínimos por 30 dias de trabalho no ano quando inserem a atividade florestal no dia a dia.
O manejo florestal está ajudando assentados da reforma agrária em Pernambuco a melhorar as condições de vida. Agricultores familiares apoiados pelo Serviço Florestal Brasileiro têm obtido uma renda média de R$ 1.300 por família em 30 dias de trabalho por ano quando associam essa prática florestal às outras atividades econômicas.
"O uso sustentável dos recursos da Caatinga é uma fonte real de recursos para as famílias, ao mesmo tempo em que ajuda a conservar o único bioma exclusivamente brasileiro", afirma o chefe da Unidade Regional Nordeste do Serviço Florestal, Newton Barcellos.
Comunidades de 18 projetos de assentamentos do Incra e do Programa Nacional do Crédito Fundiário têm recebido assistência técnica para realizar todas as etapas do manejo. Isso inclui, por exemplo, planejar o uso da área destinada à atividade e saber selecionar as árvores e arbustos que serão utilizados para obter produtos florestais, principalmente a lenha.
O Serviço Florestal e a Associação Plantas do Nordeste, que realiza a assistência técnica, estão elaborando estudos detalhados comparativos da renda obtida com atividade agrícola, pecuária e florestal.
CONSERVAÇÃO - Em média, a área total para extração corresponde a 27% do assentamento, sendo o restante usado para agricultura, criação de pequenos animais e conservação da Caatinga.
A área separada pelas comunidades para o manejo é suficiente para viabilizar a realização do ciclo de corte de 15 anos e tornar o trabalho atrativo economicamente. Na atividade florestal sustentável no bioma Caatinga, somente 1/15 de todo o local voltado para o trabalho florestal, ou seja, em um talhão, pode ser usado a cada ano.
A principal vantagem para os assentados é a garantia de que, no ano seguinte, eles terão um outro talhão para trabalhar, e assim sucessivamente. Como a vegetação é extraída apenas de uma parte da área, quando o agricultor volta nela, as plantas já cresceram e se tornam fonte de renda novamente.
POTENCIAL - Já existem cerca de 5 mil hectares voltados ao manejo na Caatinga em Pernambuco, considerando a área manejada pelos agricultores dos 18 assentamentos apoiados pelo Serviço Florestal e de outros sete assistidos por outras instituições. Juntos, eles já respondem por 30% de toda área autorizada para o manejo no estado.
Existe potencial de expansão dessa atividade sustentável em assentamentos que têm cobertura florestal suficiente e onde a comunidade manifesta interesse. O Serviço Florestal trabalha para ampliar a assistência a agricultores familiares de mais um estado, o Piauí, e para incorporar mais projetos de assentamento, fortalecendo o manejo florestal comunitário e gerando renda.
Contato para a Imprensa
Divisão de Comunicação do Serviço Florestal Brasileiro
(61) 2028-7293/ 7277/ 7125
comunicacao@florestal.gov.br
Servico Florestal Brasileiro
Fontes: Serviço Florestal Brasileiro, Rema Atlântico e TEAGRI (imagem)
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