sábado, 3 de julho de 2010

Ganhar e perder

Dunga lamenta a derrota. Foto O Globo.


Estamos fora da Copa do Mundo e, para nós, que damos mais importância a vencer no futebol do que qualquer outra nação, isso se equivale a uma tragédia. Com a derrota, abandonaremos temporariamente o nosso tradicional ufanismo com relação ao nosso time e a soberba com relação aos adversários, e passaremos a buscar os culpados para o nosso inadmissível fracasso.
Ora, precisamos mudar essa mentalidade. Querer vencer faz parte do esporte, mas não admitir a derrota é antiesportivo. Agora, temos que tocar a bola para frente e nos preparar para a grande responsabilidade que temos, que é organizar a próxima Copa. E devemos fazê-lo tão bem como os africanos.

Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 03-07-2010.

3 comentários:

  1. Concordo plenamente! Em qualquer jogo tem que ter vencedores e perdedores. Um bom exemplo, foram nossos vizinhos "hermanos", quando perderam para Alemanha (ao meu ver, pior que nós), no fim do jogo, nosso "querido" Maradona entra no campo e conforta os jogadores. Quando a delegação desembraca em casa, foram bem recebido... até com festa e ainda pedem que o técnico continue no comando. É... TEMOS QUE APRENDER A PERDER!!!

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  2. Hans,

    Obrigado pelo comentário e por prestigiar o Blog. Vc tem razão no que se refere a atitude dos argentinos. Aliás, rivalidades futebolísticas a parte, temos muito o que aprender com eles em matéria de educação (como um todo) e especificamente em esportes.

    Os caras são bons nos esportes que nós também somos bons e são bons em um monte de esportes que nós brasileiros mal sabemos o que é: hockey na grama, rugby, polo, etc.

    Axel Grael

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  3. Há duas coisas a se pensar na derrota do Brasil para a Holanda. A primeira é do ponto de vista técnico; o projeto era ruim. O segundo aspecto é que nós, brasileiros, nos fixamos no futebol praticamente como o único modo de identidade nacional. Parece que nos faltam alternativas para nos sentirmos verdadeiramente brasileiros. Com isso, estamos irremediavelmente condenados a vencer para sempre no futebol. É quase trágico.

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