Apoiado com recursos da Carteira Fauna Brasil, o projeto Pró-Arribada congrega esforços de um coletivo de parceiros – ICMBio/DIBIO, Cepene, Cepsul, UFPE, UEFS, Conservação Internacional, UFES, UFBA e Ecomar – para levantar informações sobre a ocorrência de agregações reprodutivas de peixes recifais, fenômenos bioecológicos fundamentais para a renovação dos estoques pesqueiros. O objetivo é subsidiar a definição de critérios de licenciamento ambiental, o delineamento de estratégias de ordenamento da pesca sobre recursos recifais, a criação e gestão de Áreas Marinhas Protegidas e o zoneamento ecológico-econômico das áreas de interesse da indústria de exploração e produção de petróleo na costa brasileira.
O projeto atua na costa brasileira em quatro regiões-alvo, localizadas na zona costeira, mar territorial e zona econômica exclusiva (ZEE), na região de distribuição de peixes recifais, do Ceará até Santa Catarina. As regiões-alvo do Projeto Pró-Arribada são consideradas pelo Ministério do Meio Ambiente como prioritárias para a conservação, uso sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade. Por serem áreas de real ou potencial interesse por parte da indústria de óleo e gás, aumenta ainda mais a necessidade de informação sobre a biodiversidade Vários são os resultados já alcançados pela iniciativa. Na Região 2, por exemplo, o projeto identificou três sítios de agregação da Caranha (Lutjanus cyanopterus), espécie ameaçada de extinção, na zona de borda da plataforma continental, ao largo das praias de Itapuã (Salvador), Guarajuba (Litoral Norte da Bahia) e Barra Grande de Camamu (Baixo Sul da Bahia). Entretanto, segundo o coordenador da RA2 do Pró-Arribada, George Olavo, o caráter reprodutivo destas agregações só foi confirmado através de evidências diretas na região de Barra Grande, no sítio conhecido como Rêgo da Caranha. “Evidências indiretas, proveniente da análise de dados das estatísticas de captura e esforço de pesca, apontam possíveis áreas de agregação, principalmente na região do Baixo Sul da Bahia, para as espécies Cioba (Lutjanus analis), Dentão (L. jocu) e Badejo (Mycteroperca bonaci)”, explica.
Conheça com mais detalhes o projeto Pró-Arribada [+].
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