Não é raro vermos políticos querendo surfar na onda de popularidade de equipes e de atletas vitoriosos ou até mesmo capitalizar em cima da comoção ou decepção da derrota. Os últimos dias foram pródigos de exemplos. Na terça-feira, Barack Obama recebeu a tripulação do BMW Oracle, campeã da última regata America’s Cup.
Também na Copa do Mundo, vimos manifestações de interferência política nos assuntos do futebol. A crise interna da equipe francesa na Copa mobilizou a ministra do Esporte do país, que foi à África do Sul tentar pacificar o time. Derrotados, o técnico e o presidente da federação de futebol francês, ambos demitidos, foram convocados para se explicar no Congresso. O governo da Nigéria anunciou que a equipe do país ficará fora das competições internacionais por dois anos como castigo pelo péssimo resultado do time, eliminado na primeira fase e terminando em último lugar na sua chave. O caso nigeriano exemplifica que a influência política nem sempre prima pelo bom senso e nem ajuda o esporte.
Esperamos que a nossa seleção seja recebida de forma mais civilizada, afinal, seus integrantes são esportistas e não gladiadores em defesa da pátria.
Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói-RJ, 03/07/2010.
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