A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas começa na segunda-feira, em Copenhague, Dinamarca, com uma missão ambiciosa: liderar o mundo para uma economia de baixa emissão de carbono. Em outras palavras, a missão é mudar o mundo, mas sabe-se que isso não se faz em apenas um evento. Depois de superar o descrédito, os negociadores mundiais conseguiram recuperar as esperanças de um novo pacto entre as nações que evite o caos climático. Nos últimos dias, líderes mundiais passaram a anunciar os compromissos de seus países no controle das emissões de gases poluentes que causam o efeito estufa.
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Mas os últimos acontecimentos mostram que mesmo que Copenhague tenha todo o sucesso esperado, ainda assim há muito que se avançar para que o mundo seja mais sustentável. Apesar de anunciar o corte de 17% das emissões até 2020, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ainda terá que submeter a sua proposta ao Congresso americano. Há poucos dias, o governo australiano teve a sua proposta, que seria apresentada em Copenhague recusada pelo parlamento. Votaram contra os representantes da indústria e ambientalistas por considerar a proposta ousada em excesso e muito tímida, respectivamente. Os mesmos conflitos estão acontecendo em outros países. Ou seja, convencer o mundo que providências precisam ser tomadas não será fácil, mas mais difícil ainda será gerar o consenso sobre o sacrifício que caberá a cada um para reverter o problema.
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Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 05/12/09.
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