Atividade náutica em parque do estado da Florida. Precisamos estimular o uso náutico dos parques aqui, sem que se chegue ao extremo que vemos na foto.
Ilha Grande: um enorme potencial náutico. É preciso ordenar para que o uso náutico seja feito com baixo impacto ambiental.
Ainda dá tempo de participar da consulta pública realizada pelo INEA sobre a minuta de um decreto estadual que vai regulamentar a prática esportiva e outros usos dos parques, reservas e outras áreas protegidas do Estado. O prazo esgota-se no dia 17/12/09.
O projeto é interessante e vem ao encontro de um importante conceito: os parques precisam ter visitantes; a população precisa interagir com as áreas protegidas. Ninguém valoriza o que não conhece. Os parques precisam de massa critica e isso só acontecerá se estes fizerem parte mais intensamente da vida das pessoas.
Tive o privilégio de já ter conhecido muitas dezenas de parques no Brasil e no exterior. Os parques americanos, por exemplo, estão fortemente introjetados na cultura do povo americano. Os parques recebem um número impressionante de visitantes e, por isso, geram cerca de 3% do PIB do país com a maior economia do mundo. E a contribuição dos parques para a economia não vem da bilheteria, da venda de ingressos. Vem dos livros publicados, do turismo nos parques e no seu entorno, vem do Zé Colméia, Wally Gator e outros personagens na televisão, vem da indústria que produz pisos, sinalização e equipamentos de segurança para as trilhas, equipamentos recreativos e material esportivo.
Mas, para os nossos parques que recebem um número irrisório de visitantes, o aprendizado está nas virtudes do planejamento das unidades americanas e de outros países, mas também nos erros e nos excessos. Eu já tive a frustrante experiência de enfrentar um engarrafamento no Parque Nacional das Montanhas Rochosas (Rocky Mountain National Park).
Para evitar que a experiência do visitante se deteriore a tal ponto, precisa-se de regras. E é isso que o INEA está fazendo ao propor a minuta de decreto.
Algumas das principais inovações e regras introduzidas são:
- Estimular e regulamentar a:
I – visitação para lazer e recreação;
II - esportes de aventura;
III – esportes radicais;
IV – turismo de aventura;
V – ecoturismo; e
VI – outras atividades compatíveis com os propósitos e objetivos dos parques estaduais, a
critério do INEA. - O estabelecimento de regras para as atividades comerciais e serviços dentro dos parques
- O Art. 23 veda a realização de eventos esportivos de natureza competitiva de qualquer
modalidade no interior dos parques estaduais. - Proibe a a prática de bicicross e de mountain bike na modalidade down hill
Para conhecer a minuta Decreto, consulte: http://www.inea.rj.gov.br/instituicao/minuta_uso_publico_parques_estaduais.asp
Vamos encaminhar sugestões ao INEA. Sentimos falta da previsão do uso náutico dos parques. Não podemos esquecer que temos unidades de conservação com grande potencial para o turismo náutico, como o Parque Estadual da Ilha Grande, a Juatinga, as APAs Tamoio, Cairuçu (gestão federal), etc.
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PRAZO: até dia 17/12/09.
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