Com implantação de uma ciclofaixa, ciclistas terão mais segurança para trafegar pela Marquês do Paraná. Foto: Evelen Gouvêa |
Marina Assumpção
Sinalização será implantada até o fim do mês de forma provisória, até prefeitura definir como será implantada via definitiva para ciclistas
A Rua Marquês do Paraná vai ganhar até o fim do mês uma ciclofaixa ligando a Zona Sul de Niterói ao centro da cidade. O anúncio foi feito pelo vice-prefeito Axel Grael, durante audiência pública na Câmara dos Vereadores, que reuniu representantes de movimentos de ciclistas. Foi solicitada na ocasião, entre outras reivindicações, a implantação de uma ciclofaixa no local.
O vice-prefeito afirmou que nos próximos dias será implantada, primeiramente, uma faixa exclusiva de forma provisória, sem que o local passe por obras que atrapalhem o trânsito. Porém, até o final do ano será entregue a versão definitiva, que ainda está em fase de elaboração. “Vamos fazer uma solução provisória, que deve começar a funcionar já nos próximos dias. Fizemos alguns testes anteriormente, um deles no último evento ‘Um dia sem carro’, e funcionou muito bem”, disse Grael, referindo-se ao evento ciclístico que aconteceu em setembro do ano passado.
Já para a versão definitiva da ciclofaixa, que vai da Marquês do Paraná à Avenida Amaral Peixoto, Axel explicou que a aplicação está em fase de estudos. “Estamos avaliando a melhor forma como implantá-la, estudando as opções de adequação do canteiro central da avenida”, informou.
Luís Araújo, integrante do Movimento Pedal Sonoro, comemorou a notícia, mas destacou que as ciclofaixas ainda podem se tornar mais eficientes se houver uma melhor conexão entre os bairros. “Existem diversas reivindicações que levamos para a Prefeitura em assembleia, e sabemos que já tivemos muitas conquistas, porém a falta de conectividade entre os bairros da cidade ainda é muito grande. Mas essa medida anunciada vai auxiliar os ciclistas, ligando quem vem da Zona Norte ou Zona Sul para o Centro da cidade”, explicou.
Insegurança – Mesmo com a novidade, que deve melhorar a mobilidade dos ciclistas, quem usa as faixas exclusivas da cidade ainda tem encontrado diversos problemas de infraestrutura. Entre carros, que costumam estacionar irregularmente, e pedestres que acabam utilizando a faixa, os ciclistas encontram ainda buracos, desníveis e segregadores quebrados, destruídos ou até mesmo arrancados.
Na ciclofaixa localizada na Avenida Roberto Silveira, no bairro de Icaraí, na altura da Paróquia Porciúncula de Sant’ana, diversos segregadores estão destruídos, o que coloca em risco a segurança de ciclistas da região. Segundo a ciclista e professora Magali Rodrigues, de 40 anos, é preciso conservação, mas também é necessário conscientizar a população quanto à educação no trânsito. “A falta de segregadores faz com que carros avancem na ciclofaixa, além disso, os pedestres param em cima dela para esperar o sinal fechar e atravessar de forma mais rápida. É preciso investir na educação e conscientização dessas pessoas, para que tenham a cultura de respeitar a faixa”, sugeriu.
Em nota, a Niterói Transporte e Trânsito (NitTrans) informou que de janeiro a junho deste ano, mais de 10 mil veículos foram multados por estacionamento irregular sobre calçadas, ciclovias e ciclofaixas e que há operadores que circulam de bicicleta pela ciclovia da Avenida Roberto Silveira garantindo a boa circulação dos ciclistas. Ainda segundo o órgão, os segregadores são constantemente substituídos quando observado o desgaste, podendo demorar se não houver o material em estoque, pois é preciso um tempo para a realização de licitação.
Fonte: O Fluminense
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