Esgoto sem tratamento é despejado diretamente no Rio Alcântara, em São Gonçalo, que vai desembocar na Baía de Guanabara Foto: Roberto Moreyra / Extra |
Falta um ano para os Jogos 2016, mas já tem medalhista quando o assunto é poluição das águas que receberão as competições olímpicas de vela. Na semana seguinte a mais um compromisso assumido pelo estado para limpar a Baía de Guanabara — agora, com previsão de término só em 2030 —, no Rio de Janeiro, o EXTRA ouviu especialistas em meio ambiente e saneamento. Dos 45 rios do estado do Rio de Janeiro avaliados no último boletim do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), de março, apenas dois tiveram suas águas consideradas de qualidade média: o Rio Macacu, em Cachoeiras de Macacu, e o Rio Caceribú, em Rio Bonito. Os demais foram classificados como ruins ou muito ruins.
A principal causa é a falta de saneamento. Diariamente, os municípios do entorno despejam 461,5 milhões de litros de esgoto doméstico sem tratamento na Baía de Guanabara, o equivalente a 185 piscinas olímpicas.
Quase 60% da população de Magé não tem acesso à rede de esgoto e boa parte da sujeira vai parar no Rio Magé, que desemboca na baía Foto: Roberto Moreyra / Extra |
Na Praia de São Bento, na Ilha do Governador, o esgoto desemboca direto na baía Foto: Roberto Moreyra / Extra |
A Prefeitura de Duque de Caxias e a Secretaria de Meio Ambiente de São Gonçalo, municípios com acesso direto à baía, responsabilizaram o Inea pela limpeza dos rios. O órgão de São Gonçalo informou, ainda, que no próximo mês será iniciada a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em Alcântara.
Fonte: Jornal Extra
--------------------------------------------------
LEIA TAMBÉM:
Especialistas explicam como outros países conseguiram despoluir suas baías
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Contribua. Deixe aqui a sua crítica, comentário ou complementação ao conteúdo da mensagem postada no Blog do Axel Grael. Obrigado.