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domingo, 31 de janeiro de 2021

NITERÓI CADA VEZ MAIS CICLÁVEL: sistema cicloviário da Região Oceânica começará a ser implantado


Ontem, sábado, aproveitei para dar mais uma pedalada até a Avenida Marquês do Paraná, para visitar a Fika Bike & Café, um empreendimento lançado recentemente às margens da bela Ciclovia da Avenida Marquês do Paraná. Fui acompanhado pelo vereador Binho Guimarães (PDT), pelo arquiteto e urbanista Filipe Simões (coordenador do programa Niterói de Bicicleta), por Helena Seyfarth de Souza Porto e João Pedro Boechat Gomes de Oliveira, ambos da equipe do Niterói de Bicicleta, além da minha esposa Christa Grael, Paula Cardoso Moreira e Thiago Salvany. Fomos recebidos pelo casal Cláudio e Conceição, proprietários do Fika Bike & Café.

A nossa pedalada coincidiu com a publicação no Diário Oficial da Prefeitura do resultado do processo de licitação que selecionou a empresa que fará a implantação da primeira etapa do Sistema Cicloviário da Região Oceânica. O presente lote de obras terá 21 km e, uma vez concluídas todas as etapas, somará 60 km, levando a infraestrutura cicloviária de Niterói a ultrapassar 100 km de vias cicláveis.

Quando lançamos o programa Niterói de Bicicleta, em 2013, tínhamos certeza que a cidade responderia bem aos investimentos que seriam adotados. Vimos o número de ciclistas da cidade quintuplicarem entre 2015 e 2020, e as ciclovias serem tomadas por usuários que adotaram a bicicleta como uma alternativa de mobilidade para Niterói. A ciclovia da Avenida Roberto Silveira já está entre as mais utilizadas na Região Metropolitana, só perdendo para as da orla da Zona Sul do Rio de Janeiro, sendo que a nossa tem características mais funcionais, enquanto que as do Rio são mais turísticas e de lazer, embora também tenham uso funcional.

É com muita satisfação que verificamos que, além do Niterói de Bicicleta ter impactado positivamente a mobilidade da cidade, também tem produzido efeitos muito benéficos na economia e na geração de empregos e renda na cidade. O número de negócios criados em função das bicicletas tem aumentado muito, como é o caso das lojas especializadas que surgiram na Avenida Roberto Silveira, que vendem bicicletas e seus acessórios, além de prestar serviços de manutenção. Também cresce na cidade o número de representações de bicicletas elétricas (e-bikes) e lojas especializadas em bicicletas esportivas. Segundo fomos informados, as revendedoras estão com dificuldades de entregas bicicletas aos seus clientes, devido ao grande crescimento da demanda.

Cabe destaque também, o uso profissional das bicicletas para serviços de entregas, que também são vistos em grande número nas ciclovias.

Durante a visita ao Bike Café, avaliamos a solicitação dos praticantes da modalidade esportiva de Down Hill, que reivindicaram a abertura da Pista Waimea, que vai do Parque da Cidade, no Parque Natural Municipal de Niterói - Parnit, até o Cafubá. Anunciamos através de vídeo gravado no local, que a Pista Waimea poderá ser utilizada nos finais de semana das 7:00 às 12:00. De terça-feira a sexta-feira a pista já estava liberada.

Tudo isso mostra que a bicicleta chegou para ficar e será cada vez mais presente no cenário urbano de Niterói. Estamos conectados com uma tendência mundial que encontra na bicicleta uma forma mais conveniente, saudável e sustentável de deslocamento. Como afirmamos em postagem recente aqui no Blog, esta tendência está expressa na atitude das novas gerações, que demonstram ter pouco interesse em obter as suas carteiras de habilitação para o automóvel e indicam uma preferência por serviços públicos de transportes em detrimento do automóvel.

O mundo está em transformação, processo este acelerado pelo advento da COVID-19, mas também por uma nova consciência que chega com esta transição geracional.

Vamos em frente!!!

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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Niterói terá primeiro lote do sistema cicloviário da Região Oceânica

A homologação do resultado da licitação para a implantação do primeiro lote do sistema cicloviário da Região Oceânica saiu neste sábado (30) no Diário Oficial do Município de Niterói.

O sistema consiste na implantação de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, bicicletários fechados e paraciclos ao longo de toda a região. Neste primeiro lote, serão licitados 21 quilômetros de infraestrutura cicloviária, que inclui áreas como a Praia de Piratininga e as avenidas Almirante Tamandaré, em Piratininga, e Irene Lopes Sodré, no Engenho do Mato. A previsão da ordem de início das obras é fevereiro, com término em outubro.

“Depois, serão feitas as outras licitações e nós vamos chegar ao total de 60 quilômetros de ciclovias na Região Oceânica. Atualmente, nós já temos mais de 40 quilômetros implantados na cidade e, com esses investimentos, vamos ultrapassar a marca de 100 quilômetros de ciclovias”, comemorou o prefeito de Niterói, Axel Grael, após uma volta de bicicleta pela cidade, na manhã deste sábado, acompanhado do coordenador do programa Niterói de Bicicleta, Filipe Simões, da esposa, Christa Grael, e do vereador Binho Guimarães.




Filipe disse ainda que serão licitadas as subsequentes, incluindo mais uma etapa de infraestrutura cicloviária, a requalificação urbana da Avenida Almirante Tamandaré, no trecho entre o Trevo de Camboinhas e o shopping Itaipu Multicenter, e também a instalação de paraciclos e bicicletários fechados nos mesmos moldes do bicicletário Arariboia ao longo da Região Oceânica e do trajeto dos ônibus da TransOceânica.

“Nesta primeira etapa serão ciclovias segregadas por canteiros, com alteração na geometria das vias. A ideia é que a via fique mais segura tanto para os pedestres, quanto para os ciclistas e também motoristas”, disse.

O prefeito anunciou, também, que a pista Waimea, no Parque da Cidade, para prática de downhill, será reaberta também nos fins de semana e feriados, das 7 horas ao meio-dia.




“Queremos nos dirigir aos praticantes de downhill, que atuam no Parque da Cidade, na pista Waimea, eles nos fizeram um pleito para que pudessem usar a trilha também nos fins de semana, e atendendo à solicitação deles, nós vamos autorizar a utilização aos sábados, domingos e feriados, na parte da manhã”, afirmou.

Axel Grael também destacou os investimentos da iniciativa privada realizados nos últimos anos, no segmento voltado para o uso da bicicleta na cidade.

“Os investimentos feitos pela Prefeitura de Niterói com a implantação de ciclovias, como a da Avenida Marquês do Paraná, mostram que, ao desenvolver o programa Niterói de Bicicleta, também criamos oportunidades de investimento na cidade, de geração de emprego e de oportunidades para a população de Niterói”, frisou.

Fonte: A Tribuna



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Grael afirma que Niterói pode negociar vacinas fora do PNI

Vítor d’Avila

Niterói pode voltar a negociar aquisição de vacinas fora do Plano Nacional de Imunização (PNI), segundo o prefeito Axel Grael (PDT). A informação foi concedida durante entrevista ao jornal A TRIBUNA, onde o chefe do Poder Executivo Municipal falou sobre este e outros temas.

Ainda no governo do ex-prefeito Rodrigo Neves (PDT), Niterói assinou um memorando, junto ao Instituto Butantan, com a intenção de adquirir 1,1 milhão de doses da CoronaVac. Todavia, a compra não pôde acontecer após o Ministério da Saúde lançar o PNI, garantindo exclusividade para a compra das vacinas. Entretanto Grael afirma que, caso haja descontinuidade por parte da pasta, no fornecimento do imunizante, Niterói pode tentar adquirir por conta própria, assim como já negociam outros estados e municípios.

“É claro que a gente gostaria de um volume maior, mas a vacinação está acontecendo e reconhecemos a importância do PNI. Niterói tomou essa iniciativa em um momento em que o Governo Federal não tinha nenhum plano para viabilizar uma vacinação nacional. O momento agora é diferente. A gente gostaria de vacinar nossa população toda, mas não adianta a gente imunizar nossa população e as cidades em volta não. Nossa preocupação é que há uma incerteza muito grande em relação a oferta das doses. Se por acaso houver alguma descontinuidade ou deficiência grave de suprimento das vacinas, Niterói, assim como as demais cidades, vão ter que pensar no que fazer”, explicou o prefeito.






Axel Grael afirmou ainda que a Prefeitura estuda a renovação do arrendamento do Hospital Oceânico ou até mesmo a compra da unidade de saúde. O hospital foi inaugurado, em abril de 2020, para atender exclusivamente pacientes de covid-19 e, segundo o prefeito, tem 70% de chances de ser mantido em definitivo.

“Nós estamos estudando o arrendamento ou até mesmo a aquisição do Hospital Oceânico. Mas hoje eu diria que há 70% de chances de a gente manter o Hospital Oceânico dentro da estrutura de saúde da Prefeitura de Niterói”, garantiu.

Benefícios Sociais

Uma das bandeiras de campanha de Grael era manter os auxílios financeiros dados pela Prefeitura às populações mais frágeis economicamente até que houvesse a vacinação. Mesmo com o início, ainda que tímido, da imunização, o prefeito garantiu a manutenção dos benefícios pelo menos até março e afirmou que se for avaliada a necessidade de continuidade, os programas sociais serão mantidos.

“Nós temos autorização legislativa para manter os programas até março, ao longo dos três primeiros meses do ano. Até lá a gente vai avaliar. O importante é que, à medida em que a vacinação vai avançando e a gente vai tendo uma segurança sanitária maior da população, a gente possa ir reduzindo essa ajuda. Mas enquanto ela for necessária, será mantida”, garantiu.

Economia

Por ter uma situação econômica estável, os efeitos da pandemia em Niterói foram menos devastadores, de forma com que fosse elaborado o plano de se construir um polo econômico na região do Canal de São Lourenço, englobando indústria naval, pesqueira e o Mercado Municipal renovado. A expectativa de que se gere em torno de 23 mil empregos está mantida, o que pode ajudar a recolocar pessoas que ficaram desempregadas por conta do novo coronavírus, ao longo do ano passado.

“A dragagem do canal é fundamental para a retomada da atividade naval, que a vocação é muito mais para reparos que construção de navios e logística offshore. Os estudos estão em fase final, alguns para complementação são necessários para que a gente possa ter a licença de operação e fazer a dragagem, que viabiliza o terminal pesqueiro. Há um potencial de sucesso muito grande e isso já está acontecendo. Nesta semana mesmo, tive contatos com empresas, inclusive do rio, querendo se estabelecer em Niterói. Criamos agora uma coordenadoria de trabalho e renda, cuja finalidade é fazer um diagnóstico dessa situação do mercado de trabalho em Niterói. Vamos lançar um plano de retomada da economia no novo normal, que prevê uma série de ações de capacitação dessa mão de obra”, disse Grael.

Retorno das Aulas

Niterói se prepara para o retorno das aulas presenciais, cujo plano de retomada foi lançado na sexta-feira (29). Grael garantiu a segurança para o reinício das atividades presenciais na escola e pontuou que dados científicos comprovam que o potencial de transmissão do coronavírus pelas crianças é baixo, em relação aos adultos. Além disso, haverá uma atenção especial ao combate da evasão escolar.

“Esse planejamento está sendo feito com muito cuidado pelas secretarias de Saúde e Educação, com muita conversa. As representações das escolas particulares e públicas, dialogando com os profissionais da educação. existe um levantamento da Unesco que mostra que o Brasil é um dos poucos países que manteve o fechamento das escolas por um período muito longo. Os demais fecharam as escolas por períodos pequenos. Os estudos mostraram ao longo do ano passado que, na verdade, a transmissão através das crianças é muito mais baixa do que se pensava. A gente tem dialogado com a Sociedade Brasileira de Pediatria e outras organizações da área médica que têm se colocado a favor da abertura das escolas. Os impactos na saúde mental, no próprio processo e aprendizado das crianças é muito grande. As escolas terão que se adequar aos protocolos, que temos para diferentes tipos de escolas. Nossa preocupação, principalmente na rede pública, é a evasão. vamos começar as aulas na rede pública um pouco antes para fazer um grande programa de busca ativa para esses jovens que saíram da escola e a gente precisa trazê-los de volta, reincorporar ao dia a dia escolar”, destacou.




Cultura

Em um momento de retomada também para a classe artística, Grael garantiu todo apoio à cultura da cidade e falou sobre a utilização dos equipamentos culturais municipais.

“Em Niterói a gente fez um apoio para a classe artística que ajudou muito as pessoas a superar esse momento. A gente tem toda uma tradição, o fato da gente ser ex-capital nos deixou com um legado de equipamentos culturais muito grande. Hoje, Niterói é muito bem provida. No auge da crise da Covid-19 essas atividades todas foram desativadas e agora nós estamos estudando a forma de retomar a atividade cultural também, de uma forma segura e controlada para proteger a população. Já estamos lançando novos editais de apoio à produção artística da cidade”, contou o prefeito.

Política e Conleste

Axel Grael também falou sobre a relação com São Gonçalo. Na época da eleição, comentava-se que haveria uma grande sinergia entre a cidade com Niterói e Maricá, caso Dimas Gadelha (PT) fosse eleito. Todavia, a vitória ficou para Capitão Nelson (Avante), com quem o prefeito de Niterói se mostrou disposto a ter uma relação institucional. Além disso, Grael também falou sobre o papel de Niterói no Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Leste Fluminense (Conleste).

“Nossa relação é institucional, a cidade de Niterói precisa de um diálogo com São Gonçalo, pois são cidades conurbadas. É claro que se a gente tivesse uma vitória de um prefeito com mais identificação ideológica, isso poderia ter facilitado muito. Mas isso não impede que a gente tenha uma relação administrativa de parceria entre as cidades. Já o Conleste está se reorganizando agora. É uma iniciativa muito importante para Niterói e todos os municípios do Leste Metropolitano, porque a região vai passar por transformações importantes e o Conleste nos fortalece nessa relação. As estratégias de mobilidade precisam ser integradas, na área de saúde recebemos em Niterói um contingente grande de pessoas de outras cidades que vêm ter atendimento aqui. Em todas as áreas temos uma relação entre esses municípios. Essa conjugação de interesses nos leva a uma aproximação natural”, disse.

O prefeito também alertou para a importância de todos os municípios que fazem parte do Leste Metropolitano crescerem em conjunto.

“Niterói precisa crescer junto com os municípios vizinhos. Nossa perspectiva de crescimento, sem que haja um avanço nas cidades vizinhas, é muito limitado. Na área de segurança, por exemplo, não adianta investirmos tanto dinheiro aqui se os municípios vizinhos não investirem também. A gente tem uma agenda que foi estruturada agora num planejamento que foi feito muito parecido com o programa Niterói que Queremos. Os mesmos parceiros que viabilizaram esse planejamento de Niterói, fizeram um estudo do Leste Metropolitano e foi estabelecido uma série de diretrizes e prioridades, com metas definidas, então esse estudo gerou um norte”, alertou Grael.

Secretariado

A primeira baixa na equipe de secretários da atual gestão aconteceu antes mesmo da posse de Grael, quando Giovanna Victer, ex-secretária de Fazenda, declinou do convite para assumir a pasta do Desenvolvimento após ser convidada para assumir a Secretaria de Fazenda de Salvador. O prefeito teceu elogios ao secretariado niteroiense e afirmou que é normal bons profissionais receberem sondagens. Ele também elogiou o escolhido para a pasta, Américo Diniz.

“Niterói tem um secretariado de excelência, então é natural que haja uma cobiça sobre os quadros gerenciais. São quadros excelentes, de competência comprovada nessas gestões anteriores, o que acaba credenciando essas pessoas a poder levar a experiência de Niterói para outros lugares. A Giovanna é uma excelente profissional, que contribuiu muito para os resultados que tivemos na gestão do Rodrigo Neves. Ela recebeu uma proposta e foi profissionalmente para ela muito importante. A gente perdeu a Giovanna, mas temos o Américo Diniz, um profissional experiente com uma grande história no fomento à atividade empreendedora e empresarial aqui na região e vai ser também muito importante para dar continuidade às políticas públicas nessa área”, ressaltou.

Governos Estadual e Federal

Sobre a relação com outros poderes, como o Executivo Estadual e Federal, além do Legislativo Municipal, Estadual e Federal, Grael citou a necessidade de possuir um bom diálogo com todos. O prefeito relatou já ter conversado com o governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, mas ainda não teve a oportunidade de falar com o presidente da República, Jair Bolsonaro.

“Nós temos demandas gerenciais com todas as esferas de governo. Niterói tem uma aproximação cada vez maior com o governador Cláudio Castro. Temos uma agenda importante na área ambiental. Na área da segurança talvez seja a agenda que, de imediato, que mais precisamos estabelecer parcerias com o governo estadual e na área da mobilidade a gente precisa retomar a linha de catamarã para Charitas. Com relação ao Governo Federal, Niterói tem uma agenda de investimentos de infraestrutura muito forte e a gente precisa acessar financiamentos em parceria com o Governo Federal. Eu não estive ainda com o presidente mas tenho falado com interlocutores que têm aberto caminhos. A gente está mantendo a boa relação que a gestão anterior tinha com a Câmara Municipal, temos as mensagens que estamos mandando e estão sendo bem recebidas, tanto o Legislativo quando o Executivo com o compromisso de construir uma cidade cada vez melhor. O olhar crítico de deputados que nos apoiam é no sentido de melhorar, buscar algumas soluções e de trazer algumas oportunidades para Niterói. É natural que a gente tenha uma relação mais próxima e produtiva com os deputados que nos apoiam, os de oposição também têm a sua função democrática que se pautam mais na crítica, o que é importante, pensando no bem da cidade, e a gente também dialoga com eles”, completou.

Fonte: A Tribuna






domingo, 24 de janeiro de 2021

COVID-19 E AS CIDADES: mudanças de comportamento, novas centralidades urbanas e mobilidade


Há poucos dias, a montadora Ford, de presença histórica no Brasil, anunciou o encerramento das suas atividades no país. Isso é motivo de grande preocupação, pois é mais um episódio dramático do processo de desindustrialização do Brasil, mais um golpe contra a nossa combalida economia, mais uma demonstração que o nosso país vem perdendo competitividade e significa que mais alguns milhares de pessoas serão empurrados de uma hora para a outra para o desemprego. 

Mas, a desistência de uma das maiores montadoras de veículos, alojada num dos maiores mercados, pode ser também a evidência de outros processos econômicos e sociais: o mundo está se afastando do automóvel e do rodoviarismo, que dominou o cenário urbano e o ideário consumista de gerações. 

Na minha geração, ao chegar aos 18 anos, os jovens rapazes de classe média tinham três grandes preocupações: era a época de vestibular, do alistamento para o serviço militar e, acima de tudo, hora de tirar a carteira de motorista o mais rápido possível. Éramos bombardeados pelo apelo publicitário que ter um carro era uma afirmação social, um símbolo de status. As propagandas, veiculadas massivamente na TV e outras mídias, associavam o automóvel até mesmo à sexualidade. 

Na atual juventude, apesar das propagandas continuarem de forma insistente (talvez menos apelativas), noto que o automóvel perdeu o encanto que tinha antes. A garotada precisa ser empurrada pelos seus pais para tirar a carteira de motorista e, muitos, nem assim se motivam. Preferem o transporte coletivo, utilizam os serviços de taxi, aplicativos e o uso das bicicletas vem crescendo rapidamente como uma preferência. Os jovens de hoje consideram o carro uma opção cara, pouco atraente e até inconveniente. E eles têm razão. É de fato uma opção muito onerosa, há cada vez menos opções de estacionamento e as outras alternativas são cada vez mais competitivas em termos de conforto, conveniência e eficiência.

Os automóveis não desaparecerão, mas seremos cada vez menos dependentes deles e, gradativamente, essa indústria perderá a relevância que ainda tem hoje. Com menos carros, as cidades serão muito diferentes, e certamente o mundo será mais limpo e sustentável. 

Mudanças

O cotidiano das cidades está de fato mudando rapidamente e em muitas partes do mundo. Esta tendência já era evidente nos últimos anos devido à influência cada vez maior da mobilidade no planejamento urbano e o crescente movimento pelo engajamento das cidades na busca pela sustentabilidade e pela justiça social. Mas este processo de transformação ganhou ainda mais força e velocidade com a chegada da COVID-19. A pandemia está transformando rapidamente o mercado de trabalho, com a difusão das práticas do teletrabalho (home office), que tem se mostrado cada vez mais atraente, tanto para as empresas como para muitos dos seus colaboradores, embora mereça reflexões sobre os impactos nas relações de trabalho. 

Se, graças à internet e à tecnologia dos aplicativos que permitem reuniões remotas, muitas categorias profissionais não precisarão mais se deslocar grandes distâncias entre a sua residência e o seu local de trabalho, podendo exercer as suas tarefas diretamente da sua casa, de escritórios próprios ou compartilhados, localizados mais próximo de casa. A nova solução reduz muito as despesas das empresas, que ficam livres de ter que oferecer os dispendiosos locais de trabalho e, para o prestador de serviços, poderá ser uma opção mais confortável e também mais econômica em tempo e despesas. 

Segundo eu soube recentemente por profissionais do setor imobiliário (corretores de imóveis), em Niterói, por exemplo, já observa-se uma valorização dos imóveis maiores, que ofereçam mais conforto e espaço para abrigar o trabalho profissional em casa, para o indivíduo, para o casal e, eventualmente, até mesmo para os filhos. Ou seja, de forma oposta do que aconteceu nos anos anteriores, desde o ano passado, há uma demanda para permuta dos apartamentos por casas na Região Oceânica, São Francisco, Pendotiba etc.

Este comportamento, com as pessoas ficando mais tempo em casa, poderá levar também a uma descentralização de serviços para os bairros, fortalecendo o comércio local. As pessoas farão mais deslocamentos de curtas distâncias. As bicicletas e até o deslocamento pedonal serão muito mais frequentes. Mais uma vez, trazendo o exemplo de Niterói, lembramos que a opção cicloviária já se mostrava como uma tendência. Com os investimentos na infraestrutura cicloviária realizados pela Prefeitura, o número de bicicletas quintuplicou de 2015 até 2020. 

Conectada com esta tendência mundial e este novo cenário urbano emergente, Niterói vem implantando o programa Niterói de Bicicleta desde 2013. A mudança é indiscutível e a presença das magrelas nas ruas da cidades já é uma forte realidade. Agora, estamos concluindo a licitação para implantar mais 60 km de ciclovias na Região Oceânica e vamos ultrapassar a marca de 100 km de infraestrutura cicloviária ainda na atual gestão. 

O texto abaixo, aponta para uma rápida transformação na mobilidade das cidades europeias e indica que o mercado de bikes elétricas aumentou muito, como mostra o exemplo de uma startup holandesa que viu as suas vendas mais do que dobrarem de janeiro a outubro do ano passado.

Segundo as estimativas do setor, as vendas das e-bikes devem superar as dos automóveis até o final da presente década e as cidades terão que se adaptar para se tornar cada vez mais cicláveis. 

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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As e-bikes se tornaram uma alternativa de transporte limpo nas cidades europeias.


Bicicletas elétricas venderão mais que carros em breve na Europa

Há anos em ascensão, as bicicletas elétricas lideram o maior crescimento no mercado de bicicletas em geral. Estatísticas recentes indicam que elas podem ir além e superar o número de vendas de carros na Europa.

Durante a pandemia de covid-19, diversas pessoas buscaram por alternativas econômicas e eficientes de transporte urbano. Assim como, as bikes elétricas se tornaram uma forma segura de se exercitar ao ar livre.

Conforme o portal Electrek, a Alemanha é um exemplo do crescimento do mercado de e-bikes. Quase 1 milhão de unidades foram vendidas no país apenas no primeiro semestre de 2019. Número próximo ao total de vendas durante o ano inteiro de 2018.

Após o início da pandemia em 2020, parte das companhias europeias que fabricam bikes elétricas tiveram um forte crescimento. Por exemplo, a startup holandesa VanMoof viu o número de vendas mais do que duplicar entre janeiro e outubro do último ano.

Assim, especialistas fazem projeções otimistas sobre o crescimento do mercado europeu nos próximos anos. A Confederação da Indústria Europeia de Bicicletas (CONEBI) espera que as vendas cresçam para 7 milhões de unidades por ano até 2025.


Analistas estão otimistas com o crescimento do mercado de bikes elétricas.


Superando a venda de carros

Outros especialistas preveem números ainda mais elevados para o setor de bicicletas elétricas. Dados do Bike Europe apontam que cerca de 10 milhões de modelos devem ser vendidos por ano até 2025.

Para uma breve comparação, a Europa emplacou cerca de 15,5 milhões de novos automóveis em 2019 e pouco mais do que 15,1 veículos foram registrados em 2018. Um reflexo do ritmo muito lento de vendas no continente.

Enquanto o setor automotivo cresceu apenas um dígito por ano nos últimos anos, o de bikes elétricas teve um crescimento anual de 30% a 40% na Europa. Se manter esse ritmo, as e-bikes vão superar facilmente as vendas de automóveis até o fim da década.

Fonte: Tecmundo 


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E-Bikes no Brasil
O mercado de bicicletas elétricas no Brasil cresceu 34% ao ano entre 2016 e 2019. Os números são de um estudo da associação Aliança Bike em parceria com o Laboratório de Mobilidade Sustentável da UFRJ(Labmob/UFRJ). E a tendência de crescimento se manteve em 2020, apesar da pandemia de Covid-19. O relatório aponta que, de janeiro a junho deste ano, a média mensal de importações ficou 28% acima dos números de 2019. (...)

Mas não são só os motociclistas os potenciais “convertidos” às e-bikes. Segundo o estudo, 56% dos entrevistados que usam as bicicletas elétricas para trabalhar ou estudar antes faziam o trajeto de carro.



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sábado, 16 de janeiro de 2021

Economia Solidária promete ser um dos eixos da retomada econômica em Niterói




Me reuni com o deputado estadual Waldeck Carneiro e com a equipe do Fórum da Economia Solidária de Niterói para conversar sobre o desenvolvimento dessa atividade que é muito forte na cidade. A nossa Feira de Orgânicos no Campo de São Bento, por exemplo, é a maior do estado do Rio. Niterói já possui avanços importantes, como a Casa Paul Singer, a chamada Casa Azul, criada pela Prefeitura de Niterói em 2018, e que é uma iniciativa pioneira da cidade. Um espaço que realiza cadastramento, capacitação, organização e inserção dos produtores locais em diversas frentes econômicas. 

A ideia é, no próximo dia 20, quando a criação da Política Municipal de Economia Popular e Solidária completar um ano, instalar o Conselho Municipal de Economia Solidária na cidade para ajudar a consolidar a política e fazer com que ela se desenvolva cada vez mais. Depois, no dia 24 de março, data do aniversário de Paul Singer, grande nome da economia solidária no país, vamos realizar a primeira reunião do conselho estabelecendo uma agenda e um cronograma de atuação para 2021. 

Niterói tem uma militância, uma experiência acumulada nessa área que é uma boa oportunidade nesse momento de retomada da economia. Fortalecer essas atividades integra a nossa estratégia.

Estar com os militantes da economia solidária sempre me faz lembrar das aulas que tive com duas grandes figuras, ambos austríacos e que migraram para São Paulo, onde tornaram-se pesquisadores da USP. Um deles foi o economista e grande teórico da Economia Solidária, Paul Singer, maravilhosa oportunidade que me foi concedida como participante do programa Leadership for Environment and Development - LEAD (participei entre 2007 e 2002), organizado no Brasil pela Associação Brasileira de Desenvolvimento de Lideranças - ABDL. A ABDL tinha a coordenação do outro grande nome, o professor Henrique Rattner, sociólogo e especialista em meio ambiente e sustentabilidade, uma das mentes que mais marcaram a minha formação. 

Axel Grael


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Economia Solidária promete ser um dos eixos da retomada econômica em Niterói


Recebi os integrantes do Forum de Economia Solidária de Niterói para discutir o avanço desta agenda em Niterói.


13/01/2021 – O prefeito de Niterói, Axel Grael, se reuniu nesta quarta-feira (13) com o deputado estadual Waldeck Carneiro e agentes do Fórum da Economia Solidária em Niterói para discutir e traçar metas para essa atividade, que promete ser um dos eixos da retomada da economia na cidade. O deputado é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Economia Popular Solidária da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Axel Grael destacou que fortalecer a economia solidária é parte da estratégia de retomada da economia em Niterói.

“Me reuni com a equipe do Fórum da Economia Solidária de Niterói e conversamos sobre o desenvolvimento dessa atividade que é muito forte na cidade. A nossa Feira de Orgânicos no Campo de São Bento, por exemplo, é a maior do estado do Rio. Niterói tem uma militância, uma experiência acumulada nessa área que é uma boa oportunidade nesse momento de retomada da economia. Fortalecer essas atividades faz parte da nossa estratégia”, relatou o prefeito.

Representante da economia solidária na Alerj, o deputado Waldeck Carneiro, falou da importância desse primeiro encontro e do que representa a economia solidária para Niterói.

“Eu considero muito importante que o prefeito tenha recebido o Fórum Municipal de Economia Solidária de Niterói, a primeira agenda em que ele recebe um coletivo organizado da cidade, nos primeiros 15 dias de governo. Isso revela uma disposição muito favorável do Axel Grael de dialogar com o movimento social e, sobretudo, de fortalecer a política de economia solidária. A reunião foi importante para que a gente possa partir dos avanços que Niterói já tem, e temos avanços importantes, como a Casa Paul Singer, que pode ser muito potencializada”, ressaltou o deputado.

O prefeito Axel Grael assumiu o compromisso de instalar o Conselho Municipal de Economia Solidária na cidade que, segundo ele, vai ajudar a consolidar a política e fazer com que ela se desenvolva cada vez mais.

“A ideia é, no próximo dia 20, quando a criação da Política Municipal de Economia Popular e Solidária completa um ano, instalar o conselho. Depois, no dia 24 de março, data do aniversário de Paul Singer, grande nome da economia solidária no país, realizarmos a primeira reunião do conselho estabelecendo uma agenda e um cronograma de atuação para o ano”, destacou o prefeito.

De acordo com Waldeck Carneiro, Niterói já tem a lei que instituiu o sistema municipal de Ecosol que, inclusive, cria o conselho municipal de economia popular solidária em Niterói.

“Um dos compromissos assumidos pelo prefeito foi, num curto espaço de tempo, instalar o conselho municipal, um órgão colegiado que define os critérios e as regras para a execução do fundo de fomento à economia solidária. Falou-se também de algo muito importante, que é ter ações como parte da política municipal de Ecosol para a formação dos empreendedores solidários, parcerias com a UFF e cursos que podem ser desenvolvidos para melhor qualificar esses trabalhadores, além da questão do fomento financeiro”, disse o deputado.

Economia Solidária – Em funcionamento desde agosto de 2018, a Casa da Economia Solidária Paul Singer, ou “Casa Azul”, como é popularmente conhecida, é o primeiro centro público municipal de referência em economia solidária em funcionamento no estado do Rio de Janeiro. O espaço tem gestão compartilhada entre a SASDH e o Fórum Municipal de Economia Solidária de Niterói, com recursos de convênio firmado com o extinto Ministério do Trabalho/Secretaria Nacional de Economia Solidária.

Para participar das atividades da Casa Azul, o produtor deve se cadastrar para, após triagem, receber atendimento técnico e orientações de marketing; inserção nos espaços permanentes de mostra de produtos, ter acesso a reuniões, formações, oficinas e rodas de conversa, assim como a um calendário de formações sob demanda e outras atividades.

Fonte: Prefeitura de Niterói




sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

NITERÓI PRONTA PARA VACINAÇÃO: Preparação de Niterói para a vacinação contra a COVID-19 é destaque na imprensa

 

A Prefeitura de Niterói estruturou um plano de vacinação, com a definição de 100 locais de aplicação da vacina, incluindo sistemas de drive thru e agendamento através do aplicativo Dados do Bem que estará disponível no momento certo, quando as vacinas chegarem. A preparação das equipes, a logística de armazenamento e distribuição das vacinas e a aquisição das seringas e demais equipamentos necessários para desenvolver o trabalho de imunização da população também estão providenciados.

Dependemos agora da aprovação das vacinas pela ANVISA e a confirmação da distribuição para que a campanha de vacinação tenha início na próxima quarta-feira, dia 20 de janeiro, às 10:00, como informou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no encontro com prefeitos organizado pela Frente Nacional de Prefeitos - FNP, da qual eu participei.

As providências tomadas por Niterói estão tendo ampla divulgação e recebem elogios na imprensa, como pode ser visto no artigo abaixo do jornal A Tribuna e em outras matérias como as listadas a seguir:

  • SBT: O Secretário de Saúde de Niterói informou, ao vivo, que a cidade já está pronta para iniciar o processo de vacinação no próximo dia 20. “Com a chegada da vacina, em menos de um dia, conseguimos organizar e disponibilizar todo o processo de vacinação, seguindo o Programa Nacional de Imunização”, afirmou Rodrigo Oliveira. Isabele Benito comentou que “Niterói saiu na frente com a logística e compra de seringa”. https://empauta.com/u/vd75c11302904.mp4
  • RJ1: Edimilson Ávila comenta que diante desse momento de vacinação é importante os municípios estarem preparados. Informa que o município de Niterói parece estar mais bem organizado, e comenta que já tem 100 pontos de vacinação preparados no município. Reforça também que a região vai seguir o que diz o Ministério da Saúde, começando a vacinação dia 20 às 10 horas da manhã, de acordo com o planejamento do Governo Federal. https://globoplay.globo.com/v/9181500/programa/?s=0s 
  • G1: Uma reunião agendada para a próxima segunda, com todos representantes dos municípios do Rio, vai acertar detalhes de logística para o início da vacinação contra a Covid-19 no estado. Niterói afirma que a primeira fase da vacina contará com 100 pontos. Na primeira fase, receberão a vacina na cidade: os profissionais de Saúde e idosos que vivem em instituições de longa permanência, como casas de repouso e abrigos. Os idosos acima de 60 anos serão imunizados na própria instituição onde vivem, em horários agendados pela equipe de vacinação da SMS. A vacinação para profissionais de saúde será feita nas unidades onde eles trabalham, sejam públicas ou particulares. Já os profissionais autônomos deverão procurar uma das 54 salas de vacinação da rede básica mais próxima de sua residência, com o documento de registro profissional. https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/01/15/veja-o-que-ja-se-sabe-sobre-a-vacina-contra-a-covid-19-no-rj.ghtml

A divulgação de maiores detalhes sobre a vacinação será feita assim que houver a definição da quantidade de doses que o Ministério da Saúde disponibilizará para Niterói. Segundo o ministro, a medida que houver disponibilidade de vacinas, as doses serão distribuídas para os municípios de forma proporcional, sem esclarecer qual será o critério de proporcionalidade.

Mas, independente da quantidade e da data da chegada da vacina, Niterói está pronta para cumprir o seu papel.

Axel Grael
Prefeito


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Vacinação deve começar na próxima quarta, diz Grael





O prefeito de Niterói Axel Grael (PDT) informou que a vacinação contra Covid-19, em todo o país, deve iniciar, simultaneamente, na próxima quarta-feira (20), às 10h. Ele afirma que a informação foi passada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em reunião por videoconferência com mais de 130 prefeitos, realizada na manhã de quinta-feira (14). De acordo com o Ministério da Saúde se a Anvisa aprovar até domingo serão distribuídas 8 milhões de doses: AstraZeneca e Coronavac.

“Hoje [quinta-feira – 14], mais cedo, participei de uma reunião por videoconferência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e mais de cem prefeitos, para falarmos do processo de vacinação. A reunião foi promovida pela Frente Nacional de Prefeitos. De acordo com o número de doses que forem recebidas estaremos cumprindo as regras e ordens de prioridade”, explicou Axel em pronunciamento nas redes sociais.

O planejamento de imunização de Niterói terá mais de 100 pontos de vacinação contra a Covid-19 para a primeira fase, que começa na próxima semana. Nesta etapa, receberão a vacina profissionais de Saúde e idosos que vivem em instituições de longa permanência, como casas de repouso e abrigos. A data de início depende da aprovação da Anvisa, que está analisando os pedidos de uso emergencial dos imunizantes, e da chegada, ao Brasil, de doses de vacina já compradas pelo Ministério da Saúde.

Os idosos acima de 60 anos serão imunizados na própria instituição onde vivem, em horários agendados, pela equipe de vacinação da Secretaria Municipal de Saúde. A vacinação para profissionais de saúde será feita nas unidades onde eles trabalham, sejam públicas ou particulares. Já os profissionais autônomos deverão procurar uma das 54 salas de vacinação da rede básica mais próxima de sua residência, com o documento de registro profissional.

Para 2021, segundo o assessor especial do Ministério da Saúde, Aírton Cascavel, já estão contratadas 354 milhões de vacinas, que chegarão de forma escalonada. Ainda de acordo com Cascavel, após as 8 milhões de doses de janeiro, a previsão é de 30 milhões para fevereiro e 80 milhões para abril, assim por diante.

Axel Grael reforçou que Niterói está pronta para iniciar a vacinação. Haverá, na cidade, 54 pontos de vacinação nas unidades de saúde do município, além de drive-thru no Caminho Niemeyer. O início da campanha ainda depende da aprovação, por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do uso emergencial das vacinas Coronavac/Butantan e da AstraZeneca/Fiocruz.

“Niterói está pronta para iniciar a vacinação, com insumos necessários e equipes preparadas. Haverá 54 pontos de vacinação nas unidades de saúde de nosso município, além de drive-thru no Caminho Niemeyer”, afirmou Grael.

O presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Jonas Donizette, que representa cidades acima de 80 mil habitantes, explicou nas suas redes sociais que o objetivo da reunião virtual foi cobrar um posicionamento urgente sobre como e quando se dará a imunização dos brasileiros. De acordo com nota da FNP Donizette falou que as doses serão distribuídas para 5 milhões de brasileiros, devido às particularidades nos intervalos de aplicação da segunda dose. A AstraZeneca tem um intervalo maior de três meses e a Coronavac três semanas.

A reunião também tratou sobre outros temas como priorizar os profissionais da educação nesse primeiro lote de vacinação ao invés de deixá-los na quarta fase, como previsto no plano de imunização.

A primeira fase prioriza os trabalhadores da saúde, a população idosa a partir de 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena. A segunda fase inclui pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a vacinação de pessoas com comorbidades que apresentem maior chance de agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares). A quarta fase abrangerá professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.

OUTRAS CIDADES

A Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo ainda não foi comunicada oficialmente sobre o início da vacinação contra covid-19. Já em Itaboraí a Prefeitura informou que o município irá seguir o calendário do Plano Nacional de Imunização. Na quinta-feira (14), a Secretaria Municipal de Saúde reuniu os coordenadores das unidades de saúde básica para implementar o cronograma de ações atendendo todas as recomendações do Ministério da Saúde. Na reunião, foi criado também o Comitê Municipal de Acompanhamento da Vacinação composto por profissionais de saúde, com expertise em imunização, para acompanhar o processo.

As prefeituras de Maricá e Rio Bonito foram procuradas mas não se manifestaram até o fechamento dessa edição.

Fonte: A Tribuna







terça-feira, 12 de janeiro de 2021

'Devemos mudar a forma como medimos o que fazemos e dar menos importância ao que dizem os economistas', diz Joan Martínez Alier, economista ecológico



Martínez Alier recebeu o Prêmio Balzan pela 'excepcional qualidade de suas contribuições para a criação da economia ecológica', entre outras razões — Foto: ICTA-UAB


Catalão vencedor do Prêmio Balzan conversou com a BBC News Mundo sobre este ramo da economia, considerado uma crítica à ciência econômica tradicional.

Existem muitos economistas no mundo, mas são raros os economistas ecológicos — o catalão Joan Martínez Alier é um deles.

Um dos fundadores da Sociedade Internacional de Economia Ecológica e seu ex-presidente, ele é um dos mais conceituados especialistas da área. Dedicou toda sua vida acadêmica ao estudo da relação entre os desafios ambientais e a economia, contribuindo ativamente para a promoção do conceito de justiça ambiental.

Professor emérito e pesquisador do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambiental da Universidade Autônoma de Barcelona (ICTA-UAB) desde 2010, Martínez Alier teve seu trabalho aclamado recentemente ao conquistar o Prêmio Balzan.

A honraria, concedida desde 1961, é considerada por muitos como o primeiro passo para obter na sequência o reconhecimento da Academia Sueca. A prova disso é que vários vencedores do Prêmio Balzan posteriormente ganharam o Nobel.

Martínez Alier conquistou o Balzan pela "excepcional qualidade das suas contribuições para a criação da economia ecológica", entre outras razões.

Leia a seguir a entrevista realizada pela BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, feita com ele.

BBC News Mundo - O que é exatamente economia ecológica?

Joan Martínez Alier - É uma crítica à ciência econômica tradicional. Há dois pontos principais: você precisa olhar a economia fisicamente, contar os fluxos de energia e matéria-prima (em calorias, joules e toneladas) e não dar importância ao Produto Interno Bruto (PIB), que mistura o que é produção com o que é destruição. O PIB cresce, mas destrói a biodiversidade. Usa carvão, petróleo e gás que produzem excesso de dióxido de carbono e, consequentemente, as mudanças climáticas. Os danos não são subtraídos do PIB.

BC News Mundo - Por que a economia e a ecologia tradicionalmente se dão tão mal?

Alier - Porque, quando a economia industrial cresce, os ecossistemas são destruídos.

BBC News Mundo - Você se considera mais economista ou ecologista?

Alier - Sou um economista ecológico, um dos fundadores da Sociedade Internacional de Economia Ecológica em 1990, autor já em 1987 do livro Economia Ecológica (em inglês, espanhol, japonês etc.) e cofundador das revistas Ecological Economics e Ecología Política em 1990.

BBC News Mundo - O atual modelo econômico está claramente exacerbando o problema das mudanças climáticas e da deterioração do meio ambiente. Como a economia ecológica pode ajudar nesse sentido?

Alier - Mudando a forma como medimos o que fazemos e diminuindo a importância do que dizem os economistas, que mandam demais na política.


Quando a economia industrial cresce, os ecossistemas são destruídos, diz o economista ecológico — Foto: Getty Images


BBC News Mundo - Desde 2012, você lidera o projeto Atlas da Justiça Ambiental, um levantamento que reúne os conflitos ambientais que existem no mundo e que somam atualmente 3.310. O que gera esses conflitos?

Alier - Precisamente o fato de que a economia industrial não é, e tampouco pode ser, circular, mas sim entrópica. Ela busca continuamente novas matérias-primas nas fronteiras de extração, da Amazônia ao Ártico. Seja petróleo, carvão, gás natural, minério de ferro, cobre, soja, eucalipto para celulose, o que for...

Como se sabe, se você queimar carvão ou óleo, não pode queimar duas vezes, não é reciclável. Isso é o que queremos dizer com a expressão mais fundamental da economia ecológica: a economia industrial não é circular, mas entrópica. A entropia é uma palavra de origem grega que os físicos começaram a usar por volta de 1870 para provar que a energia não se recicla.

Quando a economia industrial está em curso, ela inevitavelmente perde energia e matéria-prima. E isso acontece porque a energia que usamos há 200 anos — petróleo, carvão e gás natural — só pode ser usada uma vez.

Vou te dar um exemplo: se você esquentar água na sua cozinha e deixar ferver, pouco tempo depois de desligar o fogão, a água esfria, e para requentá-la, é preciso ligar o fogão novamente. Isso acontece porque a energia se dissipa. E o mesmo acontece com as matérias-primas.

O alumínio, por exemplo, é obtido por meio de uma rocha chamada bauxita, que é bombardeada com muita eletricidade. O alumínio é usado, entre outras coisas, em latas de conserva, das quais apenas 10% a 20% são recicladas, e no caso de outras matérias-primas, o percentual é bem menor. Os materiais de construção usados em obras quase não são reciclados.

Além disso, deve-se ter em mente que, ao queimar combustíveis fósseis como carvão, gás ou petróleo, produzimos dióxido de carbono. E estamos colocando tanto CO2 na atmosfera que ele está se acumulando e produzindo o chamado efeito estufa.

O embate entre economistas ecológicos e economistas acontece porque os economistas agem como se não soubessem de nada disso. Eles falam, por exemplo, de crescimento econômico, quando as reservas de petróleo e gás diminuem, o efeito estufa aumenta e a biodiversidade desaparece.


'Os materiais de construção usados ​​em obras quase não são reciclados', explica Martínez Alier — Foto: Getty Images



BBC News Mundo - Quais são os conflitos ambientais mais urgentes?

Alier - Acredito que são aqueles que acontecem onde há população mais vulnerável, população indígena, gente pobre que não tem poder político para se defender das empresas extrativistas. O pior que eu vi foi a exploração de petróleo da Chevron-Texaco no Equador e da Shell no Delta do Níger, na Nigéria. Mas há centenas de casos semelhantes.

BBC News Mundo - Você prevê que os conflitos ambientais vão continuar crescendo nos próximos anos? Quais serão os mais relevantes?

Alier - Acho que vão seguir aumentando. As fronteiras da extração e da poluição continuam avançando. Chegam a territórios onde há pessoas, que protestam. Em 22 de outubro, mataram uma senhora ecologista, Fikile Ntshangase, em Somkhele, na região sul-africana de KwaZulu-Natal.

Centenas de ambientalistas são vítimas todos os anos, não acho que o número vai diminuir. Mas, se tornarmos esses conflitos mais visíveis, talvez possamos ajudar a reduzir a repressão contra ambientalistas em alguns países.


Para ele, a exploração de petróleo da Shell no Delta do Níger, na Nigéria, é um dos conflitos ambientais mais prementes — Foto: Getty Images


BBC News Mundo - Nos últimos 120 anos, a população humana quintuplicou, enquanto a quantidade de produtos usados ​​por ano pela economia global no processo de produção (da biomassa aos combustíveis fósseis, passando por materiais de construção e metais) aumentou quase 13 vezes. O que isso significa e quais são as consequências?

Alier - Obviamente, a economia não se "desmaterializa", muito pelo contrário. É um bom sinal que o crescimento da população se freie por conta própria— a população humana atingirá um pico de cerca de 9,5 bilhões de pessoas até 2060 e, então, diminuirá um pouco, me parece. Mas o consumo está crescendo muito mais do que a população, pelo menos até este ano pandêmico de 2020.

BBC News Mundo - Cada vez se recicla mais, há mais economia verde, mais economia circular, mais energias alternativas. Isso significa que estamos no caminho certo?

Alier - É que não há mais do que isso, palavras. Há mais energia eólica e fotovoltaica, sem dúvida, mas globalmente elas se somam às fontes anteriores, carvão, petróleo, gás. O uso do carvão aumentou sete vezes no século 20 e continuou a crescer até 2020. Petróleo e gás, muito mais. A nível mundial.

BBC News Mundo - A epidemia de gripe espanhola de 1918 e 1919 deu lugar aos 'anos loucos' de 1920. Será que devemos esperar um consumo desenfreado e selvagem depois que o coronavírus for derrotado? E, caso sim, que consequências isso teria do ponto de vista da economia ecológica?

Alier - Acredito que a pandemia colocou a renda básica universal na mesa do debate político. Porque se a economia não cresce (e acredito que não deva crescer mesmo nos países ricos, porque é um crescimento falso), aumenta o desemprego. As pessoas não têm a renda dos salários. Portanto, você deve dar a elas uma renda que não seja proveniente de salários. Isso deve ser garantido pelos governos federais ou regionais, uma Renda Básica Universal.

BBC News Mundo - O confinamento mostrou que podemos viver consumindo muito menos e também resultou em melhorias para o meio ambiente, ao reduzir a produção e o impacto do homem na natureza. Devemos continuar nessa linha ou o consumo é necessário para sustentar o atual modelo econômico?

Martínez Alier - É preciso aumentar o "consumo" social de assistência médica, de habitação popular. O consumo da moradia social deveria crescer, sem endividar as pessoas e sem despejos criminosos, não acha? O consumo de viagens de avião deve diminuir. A agroecologia deve crescer em detrimento das monoculturas que usam agrotóxicos.

BBC News Mundo - Você argumenta que a pandemia revelou que o PIB é um índice de medida com muitas deficiências. Que deficiências são essas na sua opinião?

Martínez Alier - O PIB se esquece de contabilizar o trabalho gratuito de cuidar das pessoas, o afeto gratuito e as obrigações familiares e sociais gratuitas, isso não entra no somatório porque não se paga no mercado; tampouco o tomate ou o feijão que cultivo na minha horta, caso eu tenha uma, para consumo da minha família e amigos, isso não é somado. O PIB não adiciona atividades que são realizadas fora do mercado e não subtrai os danos ambientais. As empresas quase nunca pagam seus passivos ambientais, é óbvio.

BBC News Mundo - E se o PIB não é um bom indicador, que índice deveria ser usado para avaliar a riqueza gerada por um país?

Martínez Alier - Esta é fácil: devemos usar vários indicadores físicos e sociais. Não apenas um único índice. E não usar a expressão "riqueza gerada", porque colocar mais CO² na atmosfera e destruir a biodiversidade não é exatamente gerar riqueza vital.

Fonte: G1






domingo, 10 de janeiro de 2021

Novo secretário de Educação de Niterói, Vinícius Wu, apresenta prioridades da atual gestão para a pasta

 

Matéria publicada hoje na Coluna "Fome de Quê?", de Ana Cláudia Guimarães, no Globo Niterói, ouviu o secretário municipal de Educação, Vinícius Wu.

Convidei o secretário Wu pela sua experiência na gestão pública e pelos seus conhecimentos em ferramentas tecnológicas para aprimorar a gestão. A educação pública vem avançando em Niterói e, durante a gestão do prefeito Rodrigo Neves, reverteu um processo de declínio e avançou mais de 40% na nota do IDEB, mas ainda há muito por se fazer.

Como bem destacou o secretário, o grande desafio no início da atual gestão é retomar a rotina escolar, evitar a evasão dos alunos e repor o tempo perdido em função do pandemia, que paralisou as atividades presenciais nas escolas.

Também são prioridades seguir avançando na atualização do Plano Pedagógico, no aprimoramento tecnológico e na adequação da rede de equipamentos de educação, para ajusta-la à demanda por vagas de matrícula, onde ainda for necessário, considerando que nos últimos 8 anos foram entregues 26 novas escolas. Niterói é considerada uma das cidades que mais investe em educação no país.

Niterói agora buscará ser destaque também na qualidade da sua educação.

Axel Grael
Prefeito
Prefeitura de Niterói



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Vinicius Wu, novo secretário de Educação de Niterói, quer grupo multidisciplinar para discutir volta das aulas presenciais Foto: Divulgação


Novo secretário de Educação de Niterói vai criar gabinete de crise para tratar da volta às aulas


Uma das prioridades de Vinicius Wu é resgatar alunos que abandonaram os estudos durante a pandemia

Começa o grande desafio de dois anos em um para a nova gestão da Secretaria de Educação de Niterói, comandada por Vinicius Wu (foto), historiador e doutor em Comunicação. Para aprimorar o processo educacional da cidade, recuperar o conteúdo do ano de 2020 e garantir o retorno de professores e alunos de forma segura, será criado um gabinete de crise, integrando outras esferas municipais.

Entre as prioridades de Wu, que analisa experiências de sucesso em outros países e aqui no Brasil, está o resgate de alunos que abandonaram o estudo durante a pandemia:

— Baseio-me em três pressupostos para a retomada das aulas de forma segura: primeiro, ação transversal ao governo. Precisamos de apoio de secretarias como as de Saúde e Assistência Social. O segundo é tornar a escola atrativa, o ambiente, acolhedor, com bom material didático para os alunos. E o terceiro é dar segurança sanitária para que profissionais de educação e alunos retornem. A princípio, o retorno das aulas será de forma híbrida.<SW>

O novo ano letivo está previsto para começar em março. Vinicius Wu quer — assim como há em qualquer cidade com bons resultados em educação — uma gestão profissional na direção das escolas. Para isso, investirá na capacitação de professores e gestores e na criação de bons conteúdos:

— Precisamos resolver questões básicas, com muita segurança e a ajuda de todos. A cidade tem condições de oferecer conteúdos com linguagens de games, por exemplo, criar um ambiente lúdico e atrativo. Podemos criar, no futuro, um studio maker para que professores gravem aulas. Vamos empacotar os conteúdos, pensar em aplicativos, trazer inteligência para nossa escola. Não adianta distribuir equipamentos eletrônicos se não tivermos um conteúdo pedagógico para que os alunos utilizem os aparelhos de forma correta.

O fato é que Wu, conhecido por sua versatilidade e pelo otimismo, encontrou problemas crônicos na Educação de Niterói. A cidade, que tem R$ 700 milhões em caixa, está com o Ideb em 5.5, abaixo da meta nacional, que é 6.1. Niterói está atrás de municípios como Areal (6.0), Búzios (5.8) e Bom Jesus de Itabapoana (6.1), entre outros. Os alunos, que deveriam ser os protagonistas, estiveram, até agora, em segundo plano na rede municipal.

— Não comento sobre gestões anteriores, já que não estava aqui. Eu pretendo, agora, pôr a energia no processo de aprendizado para tentar fazer com que o ambiente escolar esteja voltado para isso. Criaremos um escritório de projetos dentro da secretaria para cobrar prazos, resultados, metas das escolas. Precisamos evitar, a todo custo, que a pandemia sirva à consolidação das desigualdades sociais do Brasil. O resultado não pode ser o aumento da exclusão — diz.

Wu, criador do Gabinete Digital, é vencedor de quatro prêmios nacionais em gestão pública e de três prêmios internacionais, entre eles o do Bird e o da ONU.

Para ele, desejo sorte e sucesso. Se tivermos que esperar a vacinação para tudo entrar em ordem, os alunos vulneráveis ficarão mais um ano sem aula. E sem educação uma cidade não vai a lugar algum.

Fonte: O Globo Niterói

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Comentário do secretário Vinicius Wu na sua página no Facebook:


"No jornal O Globo (Niterói) de hoje falo sobre o grande desafio da educação em 2021: minimizar os efeitos da pandemia sobre a escola pública. Será preciso mobilizar diferentes áreas de governo e investir em tecnologia e inovação. O prefeito Axel Grael tem nos dado todo apoio!

E para enfrentar este período, vamos agir com base em três eixos:

1. AÇÃO TRANSVERSAL: mobilizando diversas áreas governo. É preciso combater a evasão escolar articulando diferentes programas sociais e políticas públicas. As políticas de saúde, assistência social e educação devem ser integradas. Além disso precisamos investir em cultura, esporte e inovação no ambiente escolar promovendo o reencantamento dos alunos em relação às escolas.
2. ACOLHIMENTO: atenção total aos alunos/as no retorno às atividades. Será preciso abraçar, de todas as formas, alunos e professores neste retorno. Um projeto específico de saúde mental nas escolas será necessário. Precisamos oferecer boas condições para o desenvolvimento das atividades pedagógicas e investir no acesso à banda larga de qualidade.
3. SEGURANÇA SANITÁRIA: é preciso proteger os profissionais da educação e alunos/as, consolidar protocolos, oferecer equipamentos de proteção individual, sanitização, materiais de limpeza etc. Em 2020, Niterói se posicionou enquanto referência no combate à pandemia da COVID-19. Vamos enfrentar o tema na educação com a mesma seriedade, responsabilidade e respeito à vida!

Finalmente, vale ressaltar que este é um esforço que deve envolver toda a cidade! Devemos evitar que a pandemia aprofunde as desigualdades em termos de direitos e oportunidades educacionais. Nenhuma criança pode ficar para trás. E é preciso ter uma atenção especial para com os mais pobres. Não podemos permitir que a pandemia amplie ainda mais as desigualdades sociais, econômicas e raciais.

Vamos precisar de todo mundo!"



NITERÓI SEGURA: MAIS UM MÊS COM QUEDA DE INDICADORES DE CRIMINALIDADE EM NITERÓI

 



MAIS UM MÊS COM QUEDA DE INDICADORES DE CRIMINALIDADE EM NITERÓI.

De acordo com os dados do Observatório de Segurança da Prefeitura de Niterói, houve uma queda no geral de 43,43% de registros de roubo de rua em relação ao mês de dezembro de 2019. Niterói também apresentou a maior redução percentual em roubos de veículos no acumulado de janeiro a dezembro, em comparação com os municípios limítrofes, com queda de 62,51% no número de casos. 

A 77ª DP (Icaraí) apresentou uma redução de 80,77% nessa modalidade de crime, no acumulado de janeiro a dezembro de 2020. Nos últimos anos, Niterói promoveu a integração entre as forças de segurança, apostou em inteligência, tecnologia e disponibilizou ferramentas convertendo ações na área de segurança em resultados práticos. Os números nos mostram que a estratégia vem dando certo. 

A segurança pública é de responsabilidade do Governo do Estado, mas seguiremos dando apoio por meio de ações como o Niterói Presente. Vamos manter essa integração, avançar com as ações do Pacto Niterói contra a Violência, disponibilizar todo apoio para quem cuida da segurança na cidade e seguir protegendo o niteroiense.

Fonte: Axel Grael


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Com investimento nas forças de segurança, na prevenção e em tecnologia, Niterói alcança menores índices de criminalidade em 20 anos

31/12/2020 - Niterói tem hoje os melhores resultados em segurança pública dos últimos 20 anos graças a um trabalho planejado e orientado pela Prefeitura, que disponibilizou ferramentas e integrou todas as forças de segurança, o que fez despencar os índices de criminalidade. O Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) da Prefeitura de Niterói, que engloba essas forças de segurança, chegou à marca de mais de 91.500 mil chamadas no número 153, ferramenta de apoio para as forças de Segurança e para a população, atendendo às mais variadas demandas. São cerca de 3.600 chamadas por mês, uma média de 120 por dia.

A redução dos índices de criminalidade nos últimos anos é fruto de um trabalho integrado entre os agentes da Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil, Niterói Presente, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Pacto Niterói Contra a Violência, plano de ações, lançado em 2018. Só o Pacto tem investimentos de R$304 milhões, contemplando 18 projetos nos eixos de Prevenção, Policiamento e Justiça, Convivência e Engajamento dos Cidadãos e Ação Territorial Integrada.

“A segurança de Niterói tem hoje os melhores números da Região Metropolitana e o melhor resultado dos últimos 20 anos. Isso é fruto de um intenso trabalho de todos. Não cruzamos os braços e deixamos que o Estado cuidasse da questão da segurança. Buscamos integrar, planejar e ajudar. Niterói não é uma ilha, sabíamos que era um desafio muito grande assumirmos essa responsabilidade, pois a cidade vivia com medo. Não foi um trabalho fácil, mas o retorno nos mostrou que trilhamos o caminho certo”, destacou o prefeito Rodrigo Neves .

Dentre as ações, a Prefeitura criou o Observatório de Segurança Pública de Niterói, a Cidade da Ordem Pública, o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), o Cercamento Eletrônico e o programa Niterói Presente. Além disso, houve a ampliação do Proeis na cidade; a reforma das delegacias policiais; a reestruturação da Guarda Municipal com aumento do efetivo, valorização profissional e foco na qualificação; e as parcerias com as polícias Civil e Militar para inauguração e reforma de unidades policiais no município. Todas essas providências são apontadas pelo secretário do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança, Gilson Chagas, como pontos de extrema importância para a redução dos índices de criminalidade na cidade.

Esses investimentos em segurança pública geraram resultados positivos. O índice de letalidade violenta caiu 31,38% em 2020 em comparação com o ano de 2019. Nos roubos de rua, essa redução foi de 51,94% em relação ao ano passado. Já o roubo de veículos caiu 65,67%.

“Nosso compromisso segue sendo fazer de Niterói uma cidade mais segura para todos, promovendo e integrando os órgãos de Segurança Pública que prestam serviço em nosso município", afirmou o secretário Gilson Chagas.

Cisp - O Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) da Prefeitura de Niterói foi inaugurado em 2015. Atualmente, opera com 522 câmeras, monitorando a cidade 24 horas. Além disso, existem 10 portais de segurança, com leitores automáticos capazes de verificar as placas de veículos em situação irregular nas entradas e saídas do município. O Cisp conta, ainda, com 70 câmeras inteligentes capazes de identificar veículos roubados possibilitando uma ação mais rápida por parte das forças de segurança. As imagens captadas ficam armazenadas em um banco de dados e podem ser requisitadas pelas polícias Civil e Federal para facilitarem as investigações. O Cisp integra as forças de segurança estaduais, federais e municipais, além do Corpo de Bombeiros, NitTrans e Defesa Civil, com guardas municipais treinados, além de policiais militares e demais integrantes do programa.

Niterói Presente e Proeis - Os programas Niterói Presente e o Proeis são resultado de convênios da Prefeitura com o Governo do Estado, em que o Município paga uma gratificação para policiais militares que aceitam trabalhar nas ruas de Niterói nos dias de folga. No caso do Niterói Presente, há um efetivo fixo de policiais, alguns já reformados, além de agentes civis. Os programas pagos pela prefeitura colocam, em média, 448 homens por dia nas ruas, patrulhando a cidade.

O Programa Niterói Presente já atuou em mais de 2.230 ocorrências e ultrapassou a marca de 107 prisões em flagrante. Também foram recuperados 134 objetos roubados e 132 veículos. Os agentes também retiraram 577 foragidos das ruas durante as abordagens, além de colaborar para a prisão de traficantes, em apoio às ações da Polícia Militar.

O programa atende todas as delegacias regionais da cidade nos bairros de Icaraí, São Francisco, Jurujuba, Charitas, Centro, Fonseca, Barreto, Santa Rosa e Região Oceânica. O investimento da Prefeitura de Niterói no programa é de cerca de R$137 milhões por ano.

“A integração com a população é um fator preponderante, de extrema importância, para o êxito do Programa Niterói Presente. Enquanto os agentes do programa atuam em determinadas áreas, a Polícia Militar fica livre para o policiamento ostensivo e de maior potencial ofensivo de segurança. É, sem dúvida, uma integração que, somada ao apoio do Cisp com as câmeras da Guarda Municipal, dão um outro perfil para o trabalho de segurança pública na cidade. Nosso compromisso segue sendo fazer de Niterói uma cidade mais segura para todos, promovendo e integrando os órgãos de Segurança", afirmou o secretário Gilson Chagas."

Pacto Niterói Contra a violência - Um dos diferenciais do Pacto Niterói Contra a Violência é englobar uma série de programas não só de combate à violência, mas com ações sociais e de prevenção. Um dos exemplos é o Programa Escola da Família, criado para fortalecer o vínculo afetivo da gestante com o bebê e com seus familiares. Durante a pandemia, o programa continuou atuando em parceria com o Consultório de Rua. As gestantes em situação de rua foram acolhidas e os primeiros frutos foram positivos, de acordo com depoimento das participantes.

Para ampliar a participação da população, a Prefeitura disponibilizou o site pactocontraaviolencia.niteroi.gov.br. Nesta plataforma, encontram-se todos os projetos e programas e os canais de comunicação que recebem sugestões dos moradores.

“Os números falam por si. Esse pensamento reflete o compromisso com a cidade. O que é feito em Niterói é um exemplo para outras cidades. Um trabalho integrado entre o município e as forças de segurança para que todos trabalhem em prol da população”, afirmou o secretário municipal de Ordem Pública, Paulo Henrique de Moraes .

Em 24 meses, o Pacto Niterói Contra a Violência recuperou cerca de 150 espaços públicos, dando aos moradores de várias comunidades mais opções de lazer e de convivência. No conjunto de programas do Pacto Niterói Contra a Violência estão:

Espaço Nova Geração - Crianças e jovens são protagonistas na prevenção à violência. Em dois bairros da cidade, ganharam o Espaço Nova Geração, resultado da revitalização dos CIEPs do Fonseca e do Cantagalo. Nesses espaços, 1.205 crianças praticam esportes, têm aulas de música, multimídia, arte, literatura, dentre outras atividades. A Prefeitura de Niterói se reinventou na pandemia e manteve essas atividades em um canal exclusivo no youtube. E, pensando no estado emocional dos alunos e dos familiares, foi criado, também, o Tele Acolhimento, com a escuta de psicólogos.

Jovem Eco Social - Além de possibilitar a inclusão social e econômica, os jovens também são convidados a ampliarem o olhar para o meio ambiente, principalmente, na região onde residem. Por meio de educação, profissionalização e práticas em projetos ambientais, o Niterói Jovem Eco Social, parceria da Prefeitura com a Firjan, está capacitando 395 jovens, de 11 comunidades do município, com aulas teóricas e práticas. Eles já visitaram os canteiros de mudas da Clin, a Estação de Tratamento das Águas de Niterói, o Horto do Fonseca e realizaram o replantio do Córrego dos Colibris, no Bairro Peixoto, no Engenho do Mato. Durante a pandemia, as aulas se mantiveram. Para driblar a dificuldade de acesso à internet, os alunos receberam um kit multimídia com 32 aulas gravadas, além de uma apostila.

Mediação de conflitos - O Pacto Niterói Contra Violência está levando a Mediação de Conflitos às comunidades, como forma de prevenção de crimes, em especial os de lesão corporal e ameaças. O Rede Mediar lançou o Desatando Nós, em que especialistas escrevem textos, trazendo à tona os tipos e benefícios da Mediação e, ainda, respondem em vídeos as principais dúvidas das lideranças comunitárias e religiosas.



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Com investimento nas forças de segurança, na prevenção e em tecnologia, Niterói alcança menores índices de criminalidade em 20 anos!

Nossa cidade possui atualmente os melhores resultados em segurança pública dos últimos 20 anos graças a um trabalho planejado e orientado pela Prefeitura, que disponibilizou ferramentas e integrou todas as forças de segurança, o que fez despencar os índices de criminalidade. 

O Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) da Prefeitura de Niterói, operado pela Guarda Municipal e que engloba essas forças de segurança, chegou à marca de mais de 91.500 mil chamadas no número 153, ferramenta de apoio para as forças de Segurança e para a população, atendendo às mais variadas demandas. São cerca de 3.600 chamadas por mês, uma média de 120 por dia. Esses investimentos em segurança pública geraram resultados positivos. 

O índice de letalidade violenta caiu 31,38% em 2020 em comparação com o ano de 2019. 

Nos roubos de rua, essa redução foi de 51,94% em relação ao ano passado. 

Já o roubo de veículos caiu 65,67%. Seguiremos avançando por uma Niterói cada vez mais segura!

Fonte: Prefeitura de Niterói