Em apenas 12 dias, o mundo recebe, em média, metade do volume de chuvas esperado para o ano todo. O achado consta de análises realizadas por uma dupla de pesquisadores do Instituto de Ciências Atmosféricas e Climáticas, em Zurique, Suíça, e do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas, no Colorado, Estados Unidos (Geophysical Research Letters, 19 de outubro).
A partir de dados sobre a média diária de precipitações coletados por 185 estações meteorológicas espalhadas pela América do Norte, Eurásia e Austrália, eles conseguiram determinar as variações na média anual do volume de chuvas provocadas entre 1999 e 2014 pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico (El Niño) e outras oscilações climáticas de curto prazo.
Em seguida, cruzaram essas informações com dados correspondentes ao mesmo período coletados pelo satélite Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM), da Nasa, a agência espacial norte-americana. Verificaram que, em todas as regiões, aproximadamente 75% do volume anual de chuvas caem nos 30 dias mais chuvosos do ano, enquanto mais de 12,5% precipitam nos dois dias mais chuvosos e cerca de 8% no dia em que mais chove.
Os pesquisadores também usaram modelos climáticos para projetar como a média de chuvas pode mudar no futuro, sobretudo entre os anos de 2085 e 2100. Em um cenário em que a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera atinge 936 partes por milhão (ppm) – os níveis atuais de CO2 são de aproximadamente 400 ppm –, essa distribuição desigual de pluviosidade deve se tornar um pouco mais distorcida.
No estudo, eles estimam que em 2100 metade do volume anual de chuvas deverá cair em apenas 11 dias.
Fonte: Revista Pesquisa FAPESP
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