sábado, 14 de março de 2015

LINHA 3: ônibus e trens na disputa


Uma das ideias do Governo é utilizar a atual linha férrea para implantar o novo modal que ligará os municípios. Foto: Arquivo


Governo do Estado está estudando a viabilidade de implantação de VLTs ou BRTs no trajeto entre Niterói e Itaboraí

Uma possibilidade, mais barata, estudada para atender ao Leste Fluminense pelo Governo Estadual, é a implantação de linhas de Transporte Rápido por Ônibus (da sigla em inglês BRT), para substituir o projeto inicial da Linha 3, que usa o sistema de monotrilho suspenso. Neste momento, a Secretaria de Estado de Transportes está desenvolvendo estudos com relação ao modal que irá utilizar. De acordo com o secretário da pasta, Carlos Roberto Osório, o projeto do BRT foi pensado por conta da atual situação econômica que o estado e o país estão passando.

“Estamos buscando soluções para atender ao leste da Região Metropolitana, que não possui um transporte de massa. Hoje, o que está na mesa é um monotrilho que ligaria o Centro de Niterói a Alcântara, que transportaria 228 mil pessoas por dia e que estaria pronto de 5 a 6 anos”, explicou o secretário, que lembrou que o investimento seria de R$ 3,9 bilhões com 22,4 km.

Como alternativa, custando menos que a metade do projeto inicial (R$ 1,7 bilhões) e tendo previsão de ficar pronto em dois anos - a partir do início das obras - o uso dos BRTs seria uma saída mais barata, que percorreria 46 km, mais que o dobro da coberta pelo VLT. O projeto prevê utilização de ônibus articulados e biarticulados.

“No projeto dos BRTs, seriam criados dois sistemas, um ligando Niterói a Alcântara, no mesmo trajeto que seria o VLT (seguindo a antiga linha férrea), e um segundo, margeando a RJ-104 que iria de Niterói até Itaboraí. Com um custo menor, o projeto, caso seja o escolhido, irá atender 310 mil pessoas por dia. Para se ter uma comparação, os dois BRTs do Rio atendem cerca de 500 mil pessoas por dia, isso mostra que o do Leste Fluminense também teria capacidade de expansão”, esclareceu Osório.

Outro ponto que está sendo levado em conta para a escolha do projeto é o descongestionamento do Centro de Niterói. Caso os corredores de BRTs sejam os escolhidos, os atuais ônibus intermunicipais deixariam de circular, afirmou o secretário.

“Além disso, existe a BRT TransOceânica, que poderia integrar com os BRTs da Linha 3”, afirmou.

No início da semana o secretário esteve em Brasília nos ministérios da Cidade e do Planejamento levando os projetos para captar os recursos. Atualmente, documentos estão sendo preparados para ser encaminhados ao Governo Federal para aprovação. No projeto inicial divulgado pelo governo estadual, o trajeto completo teria 37,2 quilômetros e 16 estações, e era divido em dois trechos: o primeiro, que liga Niterói a São Gonçalo (o mesmo do atual VLT), e o segundo, que segue até Itaboraí, com uma parte feita por rodovia. A expectativa divulgada na época era que o metrô transportaria 350 mil passageiros por dia.

Fonte: O Fluminense






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