quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Equipes de emergência tentam desencalhar cargueiro encalhado na Baía de Guanabara


O problema das sucatas abandonadas na Baía de Guanabara

É preciso livrar a Baía de Guanabara dessas sucatas que ameaçam o meio ambiente e enfeiam a paisagem. Não é um trabalho fácil, pois quase sempre esses cascos abandonados ficaram dessa forma devido a complexos imbróglios judiciais. Portanto, a retirada dos mesmos é difícil, cara e leva a um sério problema: o que fazer com eles?

A soluções mais comuns são o desmonte ou o afundamento controlado das embarcações, que quando feito com o devido cuidado e planejamento, permite que se tornem recifes artificiais, beneficiando a fauna, e até atrativos para o turismo de mergulho.

A SEA-Secretaria Estadual do Ambiente tem tomado medidas importantes nesse sentido. Recentemente, o secretário Carlos Minc deu início à operação de retirada de embarcações encalhadas no Canal de São Lourenço, em Niterói.

Axel Grael

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Equipes de emergência tentam desencalhar cargueiro na Baía de Guanabara

O navio cargueiro Angra Star que encalhou na Baía de Guanabara. Divulgação / Instituto Estadual do Ambiente

Paulo Roberto Araújo
O Globo

Procedimentos para a flutuação do navio começam nesta quarta-feira

RIO - Equipes de emergência já estão no meio da Baía de Guanabara para dar início à operação de retirada do óleo dos tanques do navio cargueiro Angra Star, que está encalhado, adernou e ameaça afundar. Nos tanques há grande quantidade de óleo e lubrificantes, que serão retirados antes da operação de salvamento do navio.

Técnicos da Transpetro, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Camorim Serviços Marítimos e de uma empresa especializada em resgates já estão trabalhando na colocação de boias para evitar que o óleo se espalhe pela Baía de Guanabara caso a embarcação afunde, o que é pouco provável, segundo os técnicos.

Representantes dos órgãos envolvidos no salvamento do navio navio vão participar de uma reunião, na manhã desta quarta-feira, do gabinete de crise na Capitania dos Portos do Rio de Janeiro.

Após uma vistoria conjunta da Capitania dos Portos, Inea e Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais, órgão da Secretaria de Estado do Ambiente, foi constatado que o navio Angra Star tem 133 metros de comprimento e 23 largura; pesa 8,8 mil toneladas; tem calado de 9 metros; e, está numa profundidade de 6,2 metros com a maré baixa.

O navio pertence a Empresa Frota Oceânica e Amazônica e o proprietário do navio é José Carlos Fragoso Júnior. Estava fundeado no centro da Baía de Guanabara, mas começou a encalhar nesta segunda-feira e está adernando.

Como existe uma grande quantidade de combustível e óleo lubrificante no interior do navio, foi feita uma vistoria por técnicos da Marinha e do Inea, que depois se reuniram na noite desta terça-feira com o objetivo de traçar uma estratégia emergencial para retirada deste óleo, caso o proprietário se recuse a fazê-lo.

O proprietário já foi notificado pela Marinha e pelo Inea a tomar as medidas de colocação de barreiras de contenção, retirada de todo resíduos oleoso e a flutuação da embarcação, o que não foi feito.

Nesta quarta-feira, começam os trabalhos de salvamento. O navio já está cercado por barreiras de contenção e será feito um procedimento técnico (skimmer) para separar o óleo da água no interior do navio. A água será bombeada para fora do Angra Star para que seja descoberto o motivo do afundamento. Somente depois disse começa a operação para fazer o navio flutuar.

Fonte: O Globo

Um comentário:

  1. Esse navio, depois de retirado todo óleo, seria muito bem vindo aqui em Jaconé, município de Saquarema,onde rapidamente viraria um recife artificial e afastaria essas centenas de traineiras com suas redes que estão acabando com a vida nesse litoral outrora conhecido pela abundância de peixes.

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