Porcentual deve ser reduzido de 37,8% em 2010 para 30,4% em 2020, cedendo espaço a derivados de cana e gás
SABRINA VALLE / RIO - O Estado de S.PauloMesmo com a exploração do pré-sal, a participação do petróleo e seus derivados deve perder espaço na matriz energética brasileira nesta década, principalmente para derivados da cana-de-açúcar e gás natural, segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho.
Petróleo e derivados responderam por 37,8% de toda a energia usada no País em 2010. Segundo a previsão do ministério, o porcentual deve ser reduzido para 30,4% em 2020, embora em números absolutos o montante vá crescer no período. Ou seja, a produção de petróleo crescerá, mas não de forma tão acelerada quanto a de outras fontes.
A participação de derivados energéticos de cana crescerá de 17,7% para 21,8% no período; e do gás natural, de 10,3% para 14,4%, segundo as previsões. Na mesma comparação, a fatia da hidreletricidade deve recuar de 14,1% para 12,5% e a do carvão vegetal, de 9,5% para 8,3%.
Ventura Filho participou da cerimônia de abertura do congresso de geração de energia EnerGen LatAm, realizado ontem no Rio. Presente ao evento, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, destacou que o Brasil é hoje o terceiro maior emissor de CO2 do mundo, atrás apenas de China e Estados Unidos.
Mas ressalvou que apenas 15% das emissões vêm hoje da área energética. "Temos emissões grandes, sim, mas por conta do desmatamento, e não da energia", disse. Descontado o desmatamento, diz, o País seria apenas o 18.º maior emissor do mundo.
Sobras. Tolmasquim comentou também a reportagem publicada no sábado no Estado, que mostrava que as distribuidoras de energia elétrica estão com sobra de energia, o que traria um desequilíbrio que pode até encarecer as contas de luz.
Para o presidente da EPE, trata-se de um efeito colateral de um sistema que necessariamente precisa trabalhar com folga de energia para evitar apagões. O executivo criticou a proposta de distribuidoras feita à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que sejam suspensos temporariamente contratos com o Grupo Bertin, que está com o cronograma de usinas atrasado.
A suspensão seria uma forma de ajudar o grupo a ganhar tempo, ao mesmo tempo que liberaria as distribuidoras de energia excedente. Segundo Tolmasquim, criar essa brecha abriria um precedente que fragilizaria o modelo energético do País. Ele chegou a enviar uma manifestação contrária à proposta por escrito à Aneel, a quem cabe a decisão.
Tolmasquim informou ainda que enviará até fevereiro um estudo ao Ministério de Minas e Energia sobre um possível primeiro leilão específico para energia solar no País. Segundo ele, no entanto, o leilão seria feito com uma pequena quantidade de energia, ainda a definir, já que os preços ainda não são competitivos e podem onerar o consumidor. Um leilão seria importante para criar massa crítica, disse.
O presidente da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), João Bosco, afirmou ter interesse em participar de um possível leilão. A empresa calcula ter potencial para produzir energia solar, no semiárido do Nordeste, mais do que os 10 mil megawatts produzidos por ela hoje no Rio São Francisco.
Fonte: Estadão
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