Martine Grael e Isabel Swan terminaram em oitavo lugar na classe 470 do Mundial de Vela de Todas as Classes em Perth, Austrália. Mark Dadswell/16.12.2011/Getty Images. |
Semana em Búzios deverá ter disputa acirrada entre a timoneira (que tem Isabel Swan como proeira) e a rival Fernanda Oliveira, bronze olímpico em Pequim-2008 (justamente com Isabel e que agora faz dupla com Ana Barbachan)
Martine Grael veleja desde os cinco anos de idade. Faz 21 em 12 de fevereiro e pode ganhar uma vaga olímpica como presente de aniversário. Sua meta principal na temporada é ir à Olimpíada de Londres, pela classe 470, ao lado da proeira Isabel Swan – que já tem medalha olímpica de bronze, de Pequim-2008, com Fernanda Oliveira no comando do barco.
Se chegar à frente da adversária Fernanda em Búzios, Martine garantiria o sobrenome em mais uma Olimpíada – o pai, Torben Grael, é o maior medalhista olímpico do esporte, com dois ouros, uma prata e dois bronzes.
Martine e Isabel bateram Fernanda Oliveira e Ana Barbachan no Mundial de Perth, Austrália, em dezembro. E, ao terminar em oitavo lugar entre as duplas top 10 do mundo, garantiram a vaga na classe 470 feminina para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres.
Foi o primeiro “round”, que valeu um ponto. A disputa, agora, para definição de qual dupla será representante do país, terá uma segunda etapa, na Semana Brasileira de Vela, entre 2 e 12 de fevereiro, em Búzios-RJ, valendo o segundo ponto.
Se houver empate da dupla com alguma outra tripulação – e a mais forte é a formada por Fernanda e Ana -, a decisão vai para uma etapa da Copa do Mundo de 470, na Europa.
Assim, apesar dos campeonatos serem disputados por flotilhas, com vários barcos, a luta em Búzios da classe 470 feminina poderá ser mesmo um “match-race” (disputa barco contra barco) entre as duas timoneiras.
Em Perth, no Mundial, lembra Martine, a meta era classificar o Brasil mas em Búzios a situação será outra.
- Agora, a meta é obter a vaga.
Tirando obstáculos da frente
Ela e Isabel estão buscando ganho de peso (Martine prefere não especificar quantos quilos, cada uma, mas na 470 a soma da dupla deve estar entre 110 e 130 quilos) e também de força.
Martine, que começou a competir com 11 anos, na classe Optmist (considerado o barco-escola da vela), diz que gosta mais de vento, porque dá “mais emoção” na velejada – como a maioria dos velejadores brasileiros.
E, se fosse falar em estilo, se definiria mais como “aberta a oportunidades e mudanças”.
- Gosto de testar coisas novas, de desenvolver possibilidades.
Sobre a parceria com Isabel Swan, explica que é muito importante a experiência da medalhista olímpica, que também gosta de passar esse conhecimento.
E o aspecto psicológico, para Martine, é fundamental.
- Você pode ser o mais rápido do mundo e não conseguir ganhar medalhas. É preciso pensar muito durante a regata. Não é só esforço físico. Por isso também estamos trabalhando para ganhar mais força. Não pode ser uma preocupação durante a competição, a ponto de desviar nossa atenção. A gente não pode entrar com tensões. Ficamos de olho nisso.
Fonte: Rede Record R7
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