Quem caminha pela Avenida Rio Branco, no Centro, se depara com várias placas pichadas pelo caminho. Foto: Marcelo Feitosa |
Segundo a Prefeitura de Niterói, cada placa pichada, por exemplo, gera um custo de R$ 500 aos cofres públicos
Depredações de patrimônios públicos na cidade estão prejudicando moradores e gerando prejuízo para os cofres de Niterói. Constantemente, papeleiras e placas de sinalização, assim como grades de canteiros e bueiros são danificados e precisam ser consertados ou substituídos. Cada remoção de pichação em patrimônios públicos, por exemplo, gera um custo de cerca de R$ 500 ao município.
Moradores da Zona Norte, uma das áreas mais afetadas da cidade, reclamam que faltam lixeiras na região. As poucas que existem estão danificadas, com buracos e rachaduras. Algumas foram destruídas pelo fogo. Em alguns pontos, onde não há papeleira, há concentração de lixo em calçadas.
“A prefeitura instala, as pessoas quebram, eles consertam e no dia seguinte está danificada novamente. Não sei se são os estudantes ou se acontece de madrugada. Acredito que falte educação da população. As crianças estão crescendo sem respeito. Os orelhões, que quase já não existem, também estão sendo arrebentados”, lamenta o gráfico Carlos Eduardo Silva, de 53 anos, que trabalha na Rua Vereador José Vicente, na Engenhoca.
A papeleira na altura do número 248 da via pegou fogo recentemente e não foi substituída. Na Praça do Barreto, também na Zona Norte, frequentadores convivem com bancos quebrados e grades da quadra arrebentadas.
Pelo Centro, onde há maior concentração de pedestres, a depredação acontece com maior frequência em placas de sinalização penduradas em postes. Na Avenida Feliciano Sodré, enquanto há equipamentos rabiscados, na Avenida Rio Branco faltam pedaços do plaqueamento, como pode ser observado na Praça Arariboia. Já próximo ao Terminal Rodoviário João Goulart, o que sobrou da placa é o suporte de ferro que prendia a mesma.
“As pessoas não entendem que estão quebrando e pagando o conserto ao mesmo tempo. Porém, na hora de pagar, a dívida é dividida por todos os munícipes. Uma campanha de conscientização sempre ajuda, mas o que falta é a educação da população, é por onde tem que começar. Já virou cultural essa prática”, apontou o motorista Dione Nascimento, 45, comentando que a depredação é perceptível ao ter que andar muito pela cidade para encontrar uma lixeira disponível.
Procurada, a Prefeitura de Niterói informou que a Guarda Municipal realiza patrulhamento ostensivo em praças da cidade e mantém equipes fixas em prédios públicos e que, quando constata a depredação, o agente encaminha o infrator à delegacia mais próxima para que sejam realizados os procedimentos legais.
Além disso, disse que a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos realiza, periodicamente, a manutenção de patrimônio público, como mesas e bancos das praças, aparelhos de ginástica, brinquedos, grades, jardins, rampas de acessibilidade, calçadas na parte que compete ao município, entre outros, porém, não informou quais os maiores alvos das depredações.
Já o Departamento de Obras e Manutenções Prediais da Clin realiza a limpeza de monumentos pichados em atos de vandalismo. Recentemente, foram feitas quatro remoções no Centro: Praça Arariboia; Praça Ilidio Afonso Soares; Jardim São João e Gragoatá (Praça Leoni Ramos). Também foram removidas pichações em uma pedra na Ilha do Pontal, onde foram realizados plantios de mudas, e outra no Skate Park de São Francisco. Nestes trabalhos, a Clin utiliza dois produtos para a remoção das tintas que são próprios para a limpeza de pedras, concretos, monumentos, granitos e mármores.
As pichações em locais e patrimônios públicos geram um custo de cerca de R$ 500 a cada remoção, já que, além dos produtos utilizados, é necessária a locomoção de funcionários e maquinários específicos. O Executivo ainda ressalta que a pichação insere-se nas leis de crime ambiental, conforme o artigo 65 (pichar, grafitar, sujar ou manchar edificação ou monumento urbano) da Lei 9.605/98. A penalidade para quem for pego pichando é de três meses a um ano de reclusão.
Fonte: O Fluminense
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