Lars Grael e Ricardo Winicki gravam vídeo em apoio aos brasileiros presos em Cabo Verde |
Brasileiros estão presos em Cabo Verde. Eles foram condenados por tráfico internacional de drogas. Inquérito da Polícia Federal brasileira foi desconsiderado.
Os velejadores Ricardo Winick e Lars Grael gravaram vídeos em apelo para soltura dos colegas brasileiros condenados por tráfico internacional de drogas, após serem presos com uma tonelada de cocaína em um barco, em Cabo Verde.
As gravações foram divulgadas por Alex Coelho, tio de um dos velejadores, Rodrigo Dantas. O G1 não conseguiu contato com os atletas.
Assista ao vídeo aqui: http://g1.globo.com/bahia/videos/v/lars-grael-e-ricardo-winicki-gravam-video-em-apoio-aos-brasileiros-presos-em-cabo-verde/6692664/
"Estou aqui para hipotecar a minha solidariedade às famílias, aos brasileiros presos injustamente em Cabo Verde. Entraram de gaiato no navio, é o termo de uma música popular brasileira, mas o problema é muito mais sério, porque são inocentes, conforme posição da Polícia Federal do Brasil, e nós queremos justiça", diz Lars Grael, no vídeo divulgado pela família.
O atleta Ricardo Winick, conhecido como Bimba, gravou um vídeo no centro de treinamento de Windsurf Olímpico, do Búzios Vela Clube. "Eles são inocentes, como a Polícia Federal brasileira já mostrou e provou. A gente faz um apelo para que a justiça continue batalhando por eles e que sejam liberados o mais rápido possível para voltar para o Brasil. Queremos mandar abraço para a família que está passando por esse momento super difícil", diz Ricardo Winick, conhecido como Bimba.
Julgamento
Veleiro foi inspecionado em Salvador e em Natal (Foto: Reprodução/ TV Bahia) |
Três velejadores brasileiros, dois baianos e um gaúcho, são acusados de tráfico internacional de drogas por terem sido presos com uma tonelada de cocaína em um barco, em Cabo Verde.
Os três foram condenados a 10 anos de prisão pela Justiça do país africano. A sentença foi anunciada no dia 29 de março, no tribunal da cidade de Mindelo, na ilha de São Vicente. Um inquérito elaborado pela Polícia Federal brasileira foi desconsiderado pela Justiça. O julgamento teve início no dia 12 de março, quando os velejadores foram ouvidos.
Foram condenados Rodrigo Dantas e outro velejador baiano, Daniel Dantas, além do gaúcho Daniel Guerra e o capitão da embarcação, de naturalidade francesa, Olivier Thomas.
Os três foram condenados a 10 anos de prisão pela Justiça do país africano. A sentença foi anunciada no dia 29 de março, no tribunal da cidade de Mindelo, na ilha de São Vicente. Um inquérito elaborado pela Polícia Federal brasileira foi desconsiderado pela Justiça. O julgamento teve início no dia 12 de março, quando os velejadores foram ouvidos.
Foram condenados Rodrigo Dantas e outro velejador baiano, Daniel Dantas, além do gaúcho Daniel Guerra e o capitão da embarcação, de naturalidade francesa, Olivier Thomas.
Rodrigo Dantas, 25 anos (Foto: Reprodução/TV Bahia) |
Os velejadores e o capitão são acusados de tráfico internacional de drogas por suspeita de terem levado a cocaína no veleiro que pilotavam com destino à Ilha de Açores, em Portugal.
Os familiares dos velejadores, no entanto, afirmam que eles não sabiam que a droga estava no barco e acreditam na inocência. Para eles, os velejadores foram vítimas de uma armação e a droga pode ter sido colocada no barco sem que eles soubessem. O Itamarati está acompanhando o caso.
"A Polícia Federal comprova que é impossível que isso tenha acontecido, flutuando em águas brasileiras na Baía de Todos-os-Santos, na Marina, ou na Marina do Rio Grande do Norte. Ou seja, impossível ser feito isso com o barco dentro da água", destaca o tio de Rodrigo, Ubirajara Coelho.
Caso
Tudo começou após um anúncio de emprego na internet. Foi assim que Rodrigo Dantas, de 25 anos, decidiu encarar o desafio de atravessar oceano Atlântico para entregar um veleiro na Ilha de Açores.
O anúncio procurava velejadores para compor a tripulação do veleiro que tinha acabado de ser reformado em um estaleiro em Salvador. Era uma oferta de trabalho de uma empresa internacional de recrutamento de mão-de-obra.
Rodrigo e outro velejador baiano, Daniel Dantas, foram contratados pela mesma empresa, a Yatch Delivery Company, com sede na Holanda. Em Natal, o gaúcho Daniel Guerra se juntou à equipe. Antes de sair do Brasil em agosto, o veleiro passou por inspeções da Polícia Federal em Salvador e em Natal.
O barco foi liberado sem que nenhuma irregularidade fosse encontrada, mas, na Ilha de Mindelo, em Cabo Verde, na África, o veleiro foi mais uma vez inspecionado e mais de uma tonelada de cocaína foi encontrada escondida em um piso de concreto e cimento na embarcação.
O barco pertence a um inglês, conhecido como George Fox, que só foi apresentado à tripulação na véspera da viagem. Ele é procurado pela polícia.
Fonte: G1
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