O Parque Orla de Piratininga é uma das iniciativas do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO-Sustentável) e terá por finalidade recuperar o ecossistema do entorno da Lagoa de Piratininga, recuperar aportes de água doce trazidos por rios e drenagens urbanas, promovendo a despoluição das águas e retenção de sedimentos, além de implantar equipamentos de lazer, recreação e contemplação.
O PRO-Sustentável é financiado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), coordenado pela Unidade Gestora de Projeto (UGP-CAF), liderado pela geógrafa Dionê Marinho Castro. A UGP-CAF é vinculada ao gabinete da Secretaria Executiva da Prefeitura de Niterói.
O projeto do Parque Orla de Piratininga está sendo desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS). A fase atual do projeto é o desenvolvimento de um projeto conceitual que vai orientar o processo de licitação para o projeto executivo, cujo edital está programado para ser lançado ainda em 2017.
Coordenado pela arquiteta urbanista e paisagista ecológica Raquel Cruz (SMARHS), o projeto conceitual está em fase final de elaboração. Os estudos, na fase atual, foram apresentados ao Subcomitê da Bacia Hidrográfica das Lagoas de Itaipu e Piratininga - CLIP e será submetido ainda a audiência pública antes da publicação do edital.
CONTEXTO
Como dito anteriormente, o Parque Orla de Piratininga está no contexto de várias outras intervenções do PRO-SUSTENTÁVEL. São elas:
- PARNIT: O Parque Orla de Piratininga é parte integrante do Parque Natural Municipal de Piratininga (PARNIT), que já conta com um Plano de Manejo preparado como uma das medidas de planejamento preliminar do PRO-Sustentável. Além do Setor Lagunar (Parque Orla), serão também implantados a Setor Montanha da Viração (trilhas, infraestrutura de gestão e controle e serviços para atendimento de visitantes - o Setor Viração inclui o Parque da Cidade) e a Praia do Sossego. As trilhas de cada setor serão interligadas, permitindo que Niterói passe a contar com uma extensa malha de trilas e ciclovias para o usufruto de sua população, bem como de turistas.
- RENATURALIZAÇÃO DO RIO JACARÉ: O Rio Jacaré é o principal afluente da Lagoa de Piratininga. A Prefeitura de Niterói está desenvolvendo estudos para promover a recuperação dos seus ecossistemas e melhorar a qualidade se suas águas. O estudo está sendo feito em parceria com setores da UFF e para desenvolve-lo a Prefeitura já organizou um Seminário com especialistas brasileiros e estrangeiros para definir as prioridades e intervenções. A UGP-CAF está preparando editais para contratar serviços, aprofundar os estudos e desenvolver o projeto executivo.
- GESTÃO DO SISTEMA LAGUNAR: o principal objetivo é estabelecer um planejamento de curto, médio e longo prazo para a gestão do sistema lagunar, evitando-se o improviso e ações isoladas que caracterizaram a gestão do sistema lagunar até o presente. A Prefeitura já tem avançado nos conceitos de gestão numa ação conjunta com o CLIP. Além de planejamento, o componente "Gestão do Sistema Lagunar" incluirá intervenções que melhorem a qualidade ambiental das lagoas.
- MALHA CICLOVIÁRIA: o PRO-Sustentável implantará 60 km de ciclovias na Região Oceânica, incluindo a ciclovia no entorno da Lagoa de Piratininga e a ciclovia suspensa no entorno da Lagoa de Itaipu. A principal ciclovia será a TransLagunar, que ligará o túnel Charitas-Cafubá às praias oceânicas. O Túnel Charitas Cafubá já possui ciclovias em ambas as galerias.
- GESTÃO DE PRAIAS: o componente criará um modelo de gestão para as praias e financiará algumas intervenções prioritárias.
Outras obras, investimentos e intervenções da Prefeitura de Niterói também contribuem positivamente para a Lagoa de Piratininga e seu Parque Orla. Por exemplo:
- PAVIMENTAÇÃO DE VIAS: a Prefeitura está promovendo a maior ação de pavimentação de vias já realizada na cidade e, especificamente, na Região Oceânica. A pavimentação, além de atender a uma antiga reivindicação da população da Região Oceânica, é um fator importante para evitar o assoreamento, um dos principais problemas da Lagoa de Piratininga.
- DRENAGEM: a Lagoa de Piratininga sofre atualmente os impactos do processo de salinização de suas águas e um dos motivos é que as principais contribuições de água doce para a lagoa foram desviadas através do Canal de Cintura implantado no passado. A drenagem trará maior contribuição de águas pluviais e de cursos hídricos.
- TRANSOCEÂNICA: a obra facilitará o acesso da população ao Parque Orla de Piratininga.
A matéria abaixo, publicada no jornal O Fluminense dá mais detalhes sobre o Parque Orla.
Vamos em frente!
Axel Grael
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói
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Parque Orla de Piratininga vai ter licitação lançada até fim do ano
Ideia é criar obras de infraestrutura para o desenvolvimento sustentável. Investimento previsto será de R$ 10 milhões
A Prefeitura de Niterói lança até o final deste ano a licitação para o projeto executivo do Parque Orla de Piratininga. Será mais um passo para tirar do papel uma das mais importantes iniciativas do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO-Sustentável), que tem como premissa levar obras de infraestrutura, drenagem, manejo de águas pluviais, pavimentação, prezando pelo desenvolvimento sustentável e recuperação ambiental. O investimento do Parque Orla, que terá 9km de extensão, será de R$ 10 milhões.
O Parque Orla está sendo desenhado pela ótica do paisagismo ecológico, preservando a Lagoa e seus ecossistemas associados, e sem aterro de seu espelho d’água. Após a conclusão do projeto básico, ficará disponível a licitação para elaboração do projeto executivo, no valor de aproximadamente R$ 300 mil. O secretário Executivo Axel Grael lembrou que, recuperada, a área contará com equipamentos e áreas de lazer.
“O Parque Orla avançou muito e nosso objetivo agora é construir um projeto conceitual que permita uma licitação para projeto executivo. Temos conceitos bem interessantes, em uma iniciativa que vai revitalizar a área e proteger a Lagoa de Piratininga”, disse.
Visitação – A cada 15 minutos de caminhada, os visitantes vão encontrar pontos de informações, lazer e contemplação, com decks multifuncionais. A expectativa é de que serviços, como restaurantes, cheguem à população. Urbanista e paisagista ecológica, Raquel Cruz é uma das profissionais que está à frente do projeto Parque Orla. Ela explicou que o Parque olha para o território de forma holística e integrada.
“O Parque é um convite à educação ambiental, à conscientização para entendermos como funciona o ecossistema original onde plantas e animais convivem com o ambiente urbano. Um dos grandes trabalhos do projeto é fazer manejo dos ecossistemas, suprimir espécies invasoras e restabelecer a fauna e flora originais”, detalhou.
Participação popular – Ao longo dos anos, um grupo que manteve sua ligação com a Lagoa de Piratininga foi o de pescadores. O parque está sendo pensado para que, com sua implantação, o ecossistema local seja cada vez mais rico. Durante a elaboração do projeto básico, foram identificados os pontos de pesca da Lagoa e a ideia é manter e fomentar a atividade pesqueira na região. A participação popular também é importante para o projeto, que será apresentado com suas diretrizes à população, para que seja discutido com a comunidade. O escopo já foi apresentado ao Subcomitê do Sistema Lagunar de Itaipu/Piratininga (Clip), e em audiências públicas.
Mobilidade – Um dos pilares do PRO-Sustentável é a implantação do sistema cicloviário articulado com o novo sistema viário e no entorno da lagoa de Piratininga. Por isso, o acesso ao Parque será favorecido para pedestres e ciclistas. Cerca de 5 minutos de caminhada vão separar os pontos da TransOceânica aos principais acessos ao Parque, e os pontos de acesso vão coincidir com ciclorrotas. A via Chico Xavier será mantida como via local, e o projeto prevê o baixo fluxo de carros.
Na Ilha do Tibau, será feita uma recomposição de ecossistema e implantação de infraestrutura de lazer, recreação, esportes e cultura. No meio de um grande bosque, serão implantadas duas quadras poliesportivas e um campo de futebol de areia, parque infantil, anfiteatro com vista para Laguna, pontos de contemplação e áreas sombreadas para piquenique. Na Ilha do Modesto e no Pontal, a visitação será controlada, com atividades ligadas ao ecoturismo. No Ninhal, o acesso será restrito para pesquisa.
O PRO-Sustentável tem prazo de execução de dois anos e investimentos de R$ 350 milhões, financiados pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina – Cooperação Andina de Fomento (CAF). O programa contempla obras de infraestrutura, urbanização e de sustentabilidade ambiental, incluindo pavimentação das vias oceânicas, requalificação nas áreas do entorno da TransOceânica, sistema de controle semafórico, iluminação, renaturalização do Rio Jacaré, projeto paisagístico, além da construção de um Centro de Referência em Sustentabilidade Urbana e de um plano de gestão para a Região Oceânica.
Fonte: O Fluminense
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Quais intervenções serão realizadas em cada trecho? O mapa está sem legenda o que dificulta nosso entendimento do projeto.
ResponderExcluirLagoa de piratininga está pedindo socorro é lamentável como se encontra a lagoa uma pena. Peixes morrendo água totalmente poluída.
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