segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Programa do SporTV apresenta matéria sobre Lars Grael, sua família e sua história de recuperação
Lars Grael lembra apoio de João do Pulo após acidente
Após amputação da perna direita, velejador afirma que esposa foi a grande responsável por recuperação. Os filhos têm orgulho da superação do pai
Todo mundo tem aquela pessoa que admira, que se espelha. Lars Grael tinha o seu: era João do Pulo, brasileiro recordista mundial no salto triplo. Os dois conquistaram medalha de bronze em duas Olimpíadas. Mas as coincidências não param por aí. Em setembro de 1998, o velejador sofreu um acidente que lhe causou a amputação da perna direita e uma das pessoas que o apoiou no hospital foi o ídolo, que sete anos antes, tinha passado pela mesma situação.
- João do Pulo era um ícone da minha adolescência. Ele foi ao hospital, eu estava na UTI não pude atender, deixou um recado e mais tarde ele ligou. Vindo de um ídolo da minha adolescência, medalhista olímpico, trazia um impacto muito gande. Porque ele também era amputado e veio a falecer meses após o meu acidente, mas deixou uma mensagem muito boa para mim - relembra em entrevista ao quadro "Tá em Casa", do "Tá na Área".
Hoje, 13 anos depois, Lars reconhece que pensou em desistir do esporte, mas que percebeu que a deficiência não era uma limitação a sua vida.
- Quando eu pensava em velejar, para mim era página virada. Jamais imaginaria que eu fosse voltar a competir e até ganhar, porque eu vivia do meu corpo como atleta olímpico. Eu pensava: ser um aleijado, um amputado, um deficiente, isso me trazia uma revolta no início. Então, eu alternava sentimentos positivos, de querer viver a qualquer custo e outros momentos de desespero. Poxa vale a pena viver assim? Mas a vida foi ensinando que vale. O carinho dos amigos e dos brasileiros que mandaram milhares de mensagens. Brasileiros que eram herois anônimos, que eu nunca ouvi falar, foram voluntariamente me procurar. E traziam depoimentos de volta por cima, de superação.
Família
Lars recebeu mensagens de apoio do Brasill inteiro na época, e, apesar das dificuldades, deu a volta por cima e voltou a competir. A esposa Renata foi fundamental em sua recuperação.
- Renata foi o apoio. Na verdade eu tive tanto carinho de tanta gente, né? Mas quem realmente segurou a barra foi a Renata, o tempo todo. No dia do acidente ela estava em Vitória, acompanhou a minha remoção para São Paulo. Foi mulher, foi amiga, empresária, enfermeira, psicóloga. Ela fez um pouco de tudo para a gente conseguir reorganizar a vida e recomeçar tudo.
O atleta tem três filhos: Trine, Nicholas e Sophia, que nasceu após o acidente. Os dois mais velhos eram crianças em 1998 e não se lembram de muita coisa. Mas têm orgulho da superação do pai.
- Eu tinha nove anos, foi uma fase difícil. Eu era muito pequena, não me lembro. A gente só pegou as partes boas da recuperação, os exemplos. A superação, a vontade dele de viver, como ele gosta das coisas que faz. Como a vela e a família são grandes motivações para ele continuar e cada vez superar mais. Porque meu pai ainda é um grande velejador, ganha tudo. E esse acidente só fez ele crescer mais e ser uma pessoa muito melhor - explica a filha mais velha, Trine.
Assista à matéria em SporTV / Tá na área
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