quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Integrantes do Projeto Grael recolhem tartaruga morta na Baía de Guanabara

Uma tartaruga foi encontrada já morta por integrantes do Projeto Águas Limpas (patrocínio da empresa Águas de Niterói), através do qual ex-alunos do Projeto Grael operam uma embarcação, sete dias por semana, para retirar o lixo flutuante da Baía de Guanabara.

Quando ocorre esse tipo de situação, a morte de animais ou outras observações sobre anomalias no mar, autoridades e pesquisadores são comunicados para que se possa conhecer as causas. Essa é mais uma forma com que o Projeto Grael tem contribuído para melhorar a qualidade ambiental da Baía de Guanabara.



Veja release divulgado pela assessoria de comunicação do Projeto Grael.


Pesquisadora acredita que animal tenha ficado preso a rede de pesca

Uma tartaruga da espécie Chelonia mydas (tartaruga-verde) foi encontrada morta por integrantes do Projeto Grael, em Niterói, durante o trabalho de coleta de lixo flutuante da Baía de Guanabara (Projeto Niterói Águas Limpas), na tarde desta terça-feira (11). O animal, de aproximadamente 70cm e 12kg, estava boiando nas proximidades da instituição, em Jurujuba. Desde o início do trabalho dos jovens, em outubro do ano passado, já foram encontradas quatro tartarugas mortas, de diferentes tamanhos.

De acordo com a pesquisadora Suzana Guimarães, mestranda do Laboratório Ecopesca - UFF e Supervisora do Projeto PROMONTAR (Projeto de Monitoramento de Tartarugas Marinhas de Itaipu), a provável causa da morte do animal foi por afogamento, devido à presença de edemas em seu corpo. Em e-mail, ela explicou que “a maioria dos casos de tartarugas mortas que constatamos na região é por este motivo, devido às atividades pesqueiras com rede de espera, onde, dependendo do tempo que elas ficam presas e submersas, não há chances para que o animal venha à superfície para respirar. Existem lugares mais propícios para que as tartarugas marinhas fiquem enredadas como, por exemplo, perto de costões ou pedras, onde elas se alimentam ou descansam”.

A pesquisadora citou ainda, a Pedra de Itapuca, em Icaraí, como exemplo de um ponto de risco para as tartarugas: “Eu tenho observado na Praia de Icaraí uma grande quantidade de tartarugas se alimentando nas pedras da praia de Itapuca. Ali seria uma área de grandes chances delas ficarem presas e já vi muitos pescadores jogando a rede por lá”, finaliza.

O Projeto Grael, o laboratório Ecopesca e o Projeto Promontar firmaram uma parceria para analisar o caso, bem como realizar palestras de conscientização para preservação da fauna local.

Conheça o Projeto Águas Limpas

O Projeto Águas Limpas foi iniciado em 2010 a partir de uma parceria entre o Projeto Grael, a concessionária Águas de Niterói, o Ministério Público de Niterói, através da Promotoria de Defesa do Consumidor e da Promotoria do Meio Ambiente, ambas do Núcleo Niterói e a Companhia de Limpeza da cidade (Clin). Dois integrantes do Projeto Grael são responsáveis por operar uma embarcação específica para o trabalho de coleta de lixo flutuante –feita de alumínio – importada da França. O tipo Cataglop Light possui uma caçamba basculante na proa, que realiza um peneiramento das camadas superficiais da água. Os resíduos sólidos são armazenados em um contêiner com capacidade para 500 kg. Já o óleo flutuante é depositado em uma caixa separadora, com capacidade para mil litros. Paralelo ao processo de remoção do lixo ocorre o monitoramento ambiental da região, promovido pelo Projeto Grael, para avaliar os resultados da operação.

Saiba mais sobre o Projeto Grael

Aprovado na Lei de Incentivo ao Esporte, o Projeto Grael (http://www.projetograel.org.br/) foi criado há doze anos por uma iniciativa dos irmãos Torben e Lars Grael e o velejador Marcelo Ferreira. Atualmente, o irmão mais velho, Axel Grael, ex-presidente da Feema e também velejador, é o presidente da instituição.

Desde a sua fundação, o Projeto Grael, também conhecido como Instituto Rumo Náutico, vem desenvolvendo uma metodologia própria de esporte e educação, que serviu como base para outros programas semelhantes, como o Navega São Paulo, do Governo do Estado de São Paulo, e o Projeto Navegar, iniciativa federal desenvolvida em diversas cidades brasileiras.

Mais informações:

Velassessoria
Mariane Thamsten (21) 8227-6713

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