Com 8,3 mil m², espaço será o maior museu cinematográfico do País. Foto: Divulgação |
Ulisses Dávila
Parte do Centro Petrobras de Cinema, o Reserva Cultural Niterói será inaugurado com cinco salas para exibição e área de conveniência
A sétima arte vai tomar conta de Niterói a partir do próximo mês. Isso porque, já tem data para chegar ao fim a espera da aguardada inauguração do Reserva Cultural Niterói, um complexo de cinema e lazer que faz parte do Centro Petrobras de Cinema. As portas do novo espaço cultural da cidade serão abertas para o público a partir do dia 1º de setembro.
Com investimento aproximado de R$ 12 milhões, o espaço contará com cinco salas de cinema com capacidade para mais de 600 pessoas no total, além de livraria, bistrô, restaurante e galeria de arte. “A proposta é providenciar o maior conforto possível com uma qualidade de som e imagem acima da média. O complexo contará com cinco salas, totalizando 625 lugares. As salas 1 e 2 serão equipadas com sistema de projeção 3D e som, concebido especialmente para o projeto. Estamos otimistas, mas sabemos que precisaremos de muita dedicação para conquistar os corações niteroienses. Em nossas pesquisas de mercado a avaliação do público foi excelente”, explica Jean Thomas Bernardini, presidente do Reserva Cultural, empresa responsável pelo projeto.
Idealizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o complexo cultural, localizado no bairro de São Domingos, faz parte do conjunto arquitetônico denominado Caminho Niemeyer. Com 8,3 mil metros quadrados, foi concebido para ser o maior museu cinematográfico do País e contribuir para a revitalização do bairro. Nesta edificação, as cinco salas de exibição ficam no andar superior e contam com proteção térmica e acústica e lotações diferentes que variam de 100 a 200 lugares cada. “Toda programação de cinema é finalizada na terça-feira anterior a quinta de estreias nacionais. Aqui será a mesma coisa. Por exemplo, na quarta, dia 31, estaremos com a programação em mãos, que será divulgada tanto aqui no espaço, como nos principais veículos de comunicação. O preço e os horários também serão os mesmos que o público já está acostumado nos cinemas de Niterói”, explica a francesa que mora em São Paulo, Laure Bacqué, sócia diretora e fundadora do complexo paulista Reserva Cultural.
Jean Thomas Bernardini, presidente do Reserva Cultural, ao lado de sua sócia e criadora do projeto paulista, Laure Bacqué. Foto: Lucas Benevides |
Serão sete espaços dentro do complexo. Estão confirmados uma livraria, uma galeria de arte, uma loja de CDs, dois restaurante e um bistrô, localizados no térreo. Os visitantes também poderão usufruir de um estacionamento com 180 vagas na área externa. “Não faltam atrativos. No térreo, três espaços gastronômicos: o Bistrô Reserva, a Mística Pizza e o Bizu Bizu. E, ainda, outros espaços, como a prestigiada Blooks Livraria. Aos domingos, teremos piquenique na grama do espaço com diversões para as crianças. Na parte de cima, no andar do cinema, haverá uma bombonière e um bar com mesas internas e externas com vista para o belíssimo pôr do sol daquele local”, destaca Bernardini.
Inaugurando as exibições, dia 24, será a pré-estreia nacional (apenas para convidados) do filme “Aquarius”, do diretor Cléber Mendonça Filho, que concorreu à Palma de Ouro, em Cannes, neste ano. O Reserva Cultural Niterói segue os modelos da sua matriz, em São Paulo. Assim, a exibição dos filmes terá uma proposta diferente do convencional, oferecendo ao público, principalmente, filmes do cinema latino-americano, europeu e produções independentes. O Centro Petrobras de Cinema é um dos principais projetos do complexo arquitetônico do Caminho Niemeyer e o contrato de exploração com a empresa paulista é válido por 25 anos. “Foi feita uma parceria público privada, na qual confio no potencial, já que os sócios tem um grupo de sucesso em São Paulo, com muita experiência na área cultural. O complexo é de alto nível e a cidade só tem a ganhar. Já estamos com projetos em andamento para o Museu do Cinema, que não integra a concessão, porém ainda não temos previsão de inauguração”, adianta o presidente do Caminho Niemeyer, Rogério Aguiar.
Além do contrato de concessão, a Prefeitura de Niterói também fará investimentos no complexo, no espaço que se assemelha a um rolo de filme, que não faz parte da concessão (como adiantou Rogério). Na área será construído o Museu do Cinema, focado no cinema documental brasileiro; um auditório multiuso para festivais de cinema; e um núcleo de produção digital e audiovisual, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF). “Temos o maior interesse em fazer mais projetos em conjunto com a UFF, já tivemos até uma primeira conversa a respeito. Queremos também criar um convênio para oferecer essa programação para o público universitário. Vale lembrar que não se trata de uma adaptação, mas, sim, um projeto do mestre Niemeyer, feito para ser um polo cinematográfico. Iremos ocupar o espaço exatamente da forma que ele foi projetado”, explica Bacqué.
Para o Presidente da Fundação de Arte de Niterói (FAN), André Diniz, o complexo tem tudo para se tornar uma referência para o cinema brasileiro. “Ninguém levava fé que esse espaço pudesse ficar pronto, pois era um local parado há mais de dez anos. Mas, agora, a gente tem a felicidade de inaugurar a primeira parte do complexo. É um espaço único, importante não só para Niterói, mas para todo Brasil”, ressalta André.
Fonte: O Fluminense
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