quarta-feira, 8 de abril de 2015

Bumba: mais 5 mil moradias em conjuntos habitacionais


Raquel Rodrigues, Maria Célia Vasconcelos, Axel Grael, Major Wallace Medeiros e Paulo César Carreira no evento. Foto: Evelen Gouvêa

Milena Bouças

Meta da Prefeitura de Niterói é entregar 1,4 mil casas para pessoas em áreas de risco. Anúncio foi feito no seminário Cidade Resiliente - cinco anos do Bumba

Até o final desse ano, a Prefeitura de Niterói quer entregar 1,4 mil moradias em conjuntos habitacionais. Até o final da atual gestão, a meta é contratar 5 mil casas para as vítimas da tragédia do Morro do Bumba, em 2010. A informação é do vice-prefeito Axel Grael, que fez o anúncio durante o seminário Cidade Resiliente - cinco anos do Bumba, realizado ontem na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), no Centro de Niterói.

“A cidade estava despreparada quando houve o deslizamento do Bumba. Desde o início dessa gestão, nós investimos em tecnologia e passamos a implantar uma rede de pluviômetros e sirenes. O cenário atual é muito diferente, captamos recursos de obra para contenção e temos equipamentos modernos para fazer a comunicação em momentos de crise”, analisa Axel.

Cinco anos depois do deslizamento que deixou dezenas de mortos, Axel garantiu que a cidade está trabalhando com ações preventivas. Ele adiantou ainda que, nos próximos dias, o prefeito Rodrigo Neves vai assinar uma carta de riscos das encostas.

“Nós vamos fazer uma base cartográfica. Será uma atualização e mapeamento detalhado em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que possa dizer quais famílias estão em área de risco. Será com certeza mais um avanço para a cidade”, diz.

Para o subsecretário da Defesa Civil do município, major Walace Medeiros, a equipe da Defesa Civil conta hoje com um sistema preventivo.

“Estamos trabalhando firmemente para que cenas como as que vivemos em 2010 não se repitam. A estrutura da Defesa Civil do município se aprimorou e serviu-se de novas tecnologias com um efetivo novo de pessoas e uma frota de viaturas capaz de atender à população. O sistema trabalha antecipando a ocorrência de desastres de forma a salvar vidas”, explica Medeiros.

Reservatório – Sobre a possibilidade da construção de um reservatório de água para emergências, Axel disse que o projeto não é inviável para a cidade.

“É algo a se pensar. Estamos estudando tal possibilidade, mas esses equipamentos são muito caros. Além disso, o problema do reservatório é que ele costuma dar muitos vetores. Junto com a água vêm detritos e sedimentos. Como você faz depois para retirar tudo isso que se deposita nesses reservatórios? Temos outras formas melhores, ambientalmente seguras, de se fazer isso”, afirma.

Região Oceânica – Axel pontuou ainda que, apesar da Região Oceânica ser a maior região de alagamento na cidade, ela não é maior em termos de população ameaçada em áreas de risco.

“Temos alguns pontos críticos na cidade, como o Cafubá. Em Icaraí, por exemplo, são alagamentos menores, mas que causam um transtorno muito grande na cidade. E a solução é mais difícil, pois a área está totalmente ocupada”, fala.

Projetos – Durante o seminário, representantes da Emusa explicaram as obras já realizadas na cidade, como gestão de encostas, os projetos Niterói Mais Verde e Moradia Segura, além de obras de macrodrenagem, microdrenagem e manutenção de rios e canais.

Fonte: O Fluminense

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