Às vésperas da Copa da África do Sul, uma boa notícia chega de Dublin, na Irlanda. No lugar de um antigo estádio de futebol e rúgbi, construído em 1872 e demolido em 2006, será inaugurado em julho o Estádio Aviva, que será uma referência mundial em edificações sustentáveis. A nova construção utilizou concreto de baixa emissão de carbono, reaproveitou materiais como vergalhões e o entulho do prédio demolido, para evitar a geração de resíduos. A estrutura é de material transparente para aproveitar ao máximo a luz natural. No telhado, há a coleta água da chuva que é armazenada para utilização na irrigação do campo. Um tratamento acústico especial evita que o ruído das torcidas chegue a um metro de distância do lado de fora da fachada a mais do que 53 decibéis (o que equivale ao nível de ruído de um escritório). As instalações esportivas são cada vez mais verdes em todo o mundo. O Brasil sediará a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Nossos estádios, que estão com as obras atrasadas, também utilizarão técnicas sustentáveis ou estaremos na contramão? Poderemos pagar um grande mico.
Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 22/05/2010.
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