Martine e Isabel, felizes, comemoram a vitória na sétima regata do Campeonato Mundial da ISAF. Foto Alex McKinnon. |
Martine e Isabel cambam boia de sotavento. Foto de Alex McKinnon. |
Martine e Isabel lideram a flotilha. Foto de Christophe Favreau. |
Martine e Isabel. Foto Divulgação. |
Martine Grael e Isabel Swan terminaram o Campeonato Mundial de Vela da ISAF (ISAF Sailing World Championships), realizado em Perth, Austrália, em oitavo lugar, garantindo a presença do Brasil na Classe 470 Feminina nos Jogos Olímpicos de Londres.
Martine é filha de Torben e Andrea Grael, e irmã de Marco Grael, também da Equipe Brasileira Olímpica de Vela e Isabel Swan foi medalha de bronze em Pequim, na mesma classe 470.
As velejadoras do Rio Yacht Club, de Niterói-RJ, tiveram um início de campeonato mais difícil devido à dificuldade nas largadas. Ao longo da competição foram se acertando e tiveram uma brilhante recuperação: venceram uma das regatas, além de tirar um segundo e um terceiro lugar (veja resultados). Com estes resultados, mostraram que estão bastante competitivas mesmo diante dos maiores nomes da classe na atualidade.
Quanto à participação no Mundial da ISAF, as velejadoras declararam à ZDL/CBVM:
"Estar entre as top10 do mundo é muito bom. Hoje, no 470, os 12 primeiros times estão muito parecidos e a briga para a olímpiada do ano que vem vai ser boa. Nós viemos aqui para classificar o Brasil, antes de tudo, e tentar sair na frente na seletiva nacional. Ficar em oitavo foi uma boa surpresa. Ainda mais se pensarmos que só nós e o Star chegamos às regatas finais. ", explica Isabel Swan, a pioneira medalhista de bronze (Pequim 2008) na classe, ao lado de Fernanda Oliveira.
"Neste domingo nós acabamos largando escapado e isso, claro, atrapalhou. Foi uma regata de recuperação. Mas estou feliz com o resultado, principalmente porque sei que temos ainda alguns pontos em que precisamos melhorar. Isso é bom, porque muitas de nossas competidoras já estão no auge e nós já estamos andando perto delas. Isso nos dá mais ânimo para treinar", pondera Martine Grael, filha do multicampeão Torben Grael.
Os resultados da dupla de velejadoras niteroiense, que disputaram a Medal Race no domingo, 18 de dezembro, coroaram a participação brasileira, considerada a melhor da história nos Mundiais da ISAF. O Brasil conquistou sete vagas para Londres, com destaque para Robert Scheidt e Bruno Prada que foram perfeitos e conquistaram o título de bi-campeões mundiais na Classe Star.
Mas, a luta para estar em Londres ainda não terminou. Mesmo conquistando as vagas para o país, os velejadores ainda terão que disputar as Eliminatórias Olímpicas que serão realizadas no Brasil, embora já possam contar com 1 ponto. A Eliminatória valerá mais um ponto. Caso terminem empatados com outra tripulação, haverá o desempate em campeonatos de alto nível no exterior.
Para as classes que não consequiram garantir a vaga para o Brasil em Perth, ainda restam algumas chances. É o caso de Marco Grael, irmão de Martine, que velejou em Perth como proeiro de André Fonseca (o Bochecha), na Classe 49er. Faltou sorte para Marco e André, que tiveram avarias - quebraram o leme - e outras dificuldades ao longo da competição. Mas, ainda há luz no fim do túnel.
Como dissemos, o processo de formação da equipe olímpica brasileira de vela ainda não se concluiu. Nenhum velejador está garantido, apenas a vaga do Brasil para algumas classes. Outras ainda terão que correr atrás. Mas, está se delineando uma equipe forte e competitiva e que poderá manter a boa tradição de resultados olímpicos da vela, esporte que conquistou o maior número de medalhas para o Brasil.
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Veja postagem aqui no Blog do Axel Grael sobre os compromissos ambientais e educacionais do Mundial de Perth. Aqui.
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