domingo, 13 de outubro de 2019

NITERÓI CIDADE CAMPEÃ DA VELA: nova lei faz justiça ao pioneirismo e protagonismo da cidade no esporte



Capa de O Globo Niterói deste sábado, 12 de outubro, dando destaque ao reconhecimento de Niterói como  "Cidade Campeã da Vela".


A cidade de Niterói foi reconhecida legalmente como a "Cidade Campeã da Vela" através da Lei Estadual 8.534, de 26 de setembro de 2019, de autoria do deputado Waldeck Carneiro e que foi sancionada pelo governador Wilson Witzel.




A nova lei reflete a importância e o protagonismo de Niterói para o esporte no Brasil, em particular nos esportes náuticos. Aqui foi instalado o primeiro iate clube, aconteceu a primeira regata. Niterói é a cidade com o maior número de medalhas olímpicas na vela e deve ser uma das cidades com a maior frequência de eventos náuticos. Ainda mais se considerarmos outras modalidades de esportes náuticos, como a Canoa Havaiana, em que Niterói é hoje uma referência nacional. Cabe destaque também o esporte do remo, que remonta às origens do esporte moderno no país (o remo deu origem a muitos dos atuais clubes famosos pelo futebol, como o Clube de Regatas do Flamengo, Club de Regatas Vasco da Gama, Botafogo de Futebol e Regatas. Em todos estes clubes e outros país a fora, foram fundados para o esporte do remo). Registros históricos mostram que remadores de Niterói participaram de competições pioneiras no país, ainda no século 19, contra atletas do Rio de Janeiro.

Saiba mais sobre a importância da atividade náutica para Niterói em:
NITEROI SERÁ RECONHECIDA LEGALMENTE COMO A "CIDADE CAMPEÃ DA VELA"

A tradição de Niterói com esportes e barcos inspirou atletas da nossa tribo a alcançar vitórias em escala planetária. Velejadores de Niterói conquistaram títulos mundiais e medalhas olímpicas. Com 9 medalhas olímpicas, oito atletas de Niterói (Torben Grael, Marcelo Ferreira, Lars Grael, Clínio de Freitas, Nelson Falcão, Martine Grael, Ronnie Senfft e Isabel Swan), se Niterói fosse um país, estaria em 74° lugar num imaginário quadro de medalhas de todas as olimpíadas (não existe oficialmente), estaria na frente de países como o Chile, Venezuela, Uruguai, Peru... Cabe ressaltar que esse ranking informal considera dados históricos, contabilizando inclusive países que não existem mais, como a URSS, Alemanha Oriental etc. Outra observação é que o quadro também inclui as medalhas das olimpíadas de inverno.

Na América Latina e no Caribe, Niterói estaria em 9° lugar, só perderia para Cuba, Brasil, Jamaica, Argentina, México, Bahamas, Colômbia e República Dominicana.

Como um orgulhoso torcedor e organizador de torcida pela família, lembro das medalhas olímpicas já conquistadas pelos meus irmãos, Torben e Lars, e a mais recente, conquistada pela minha sobrinha Martine na Rio 2016, somam 8 dentre as nove medalhas, tendo como exceção apenas a medalha conquistada, em Pequim, por Isabel Swan, também velejadora do Rio Yacht Club. A medalha de bronze de Isabel foi a primeira conquistada por uma tripulação feminina brasileira.

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Também cabe destaque que Niterói inovou ao promover o Projeto Grael, que de forma pioneira, utilizou barcos para educar e incluir socialmente. Iniciado em 1998, pelos irmãos Grael, com o apoio da Prefeitura de Niterói, a iniciativa influenciou políticas públicas no âmbito nacional e regional e recebeu prêmios e reconhecimentos no Brasil e no exterior. Portanto, o Projeto Grael reforça a percepção nacional e internacional que a cidade de Niterói é um polo irradiador da náutica como uma oportunidade para o desenvolvimento local.

O título de "Cidade Campeã da Vela" dá prosseguimento a uma das prioridades estabelecidas no programa "Niterói que Queremos", que estabeleceu metas para a cidade com o horizonte de 2033, incluindo a vela e a náutica como um dos indutores de desenvolvimento econômico e social, estabelecendo que a atividade deverá ser uma das formas de geração de empregos na cidade.

Com este objetivo, em 2017, participamos do Annapolis Boat Show, onde tivemos um stand de Niterói e desenvolvemos parcerias para atrair investimentos de empresas do setor náutico em Niterói.

Saiba mais sobre a parceria de Niterói com a cidade de Annapolis acessando:
Parcerias entre Niterói e Annapolis nos Estados Unidos
Em 2007, Niterói e Annapolis - Capital da Vela nos EUA - tornaram-se cidades-irmãs.
Parcerias entre Niterói e Annapolis nos Estados Unidos

Niterói seguirá de vento em popa buscando aproveitar todo o seu potencial, vocação, história e conquistas no setor náutico para fazer dos barcos uma oportunidade para o desenvolvimento esportivo, turístico, econômico e social da cidade.

Sigamos avante nesse rumo!

Axel Grael






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Velas ao mar: regata no último fim de semana reuniu 140 barcos na enseada. Foto: Bruno Oliveira / Divulgação


Reconhecimento atrairá investimentos e eventos, aposta Axel Grael

Lívia Neder

NITERÓI - Já reconhecida pelos desportistas e torcedores como terra de iatistas campeões, Niterói agora ostenta o título de Cidade Campeã da Vela. A homenagem em forma de lei foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio ( Alerj ) e sancionada no fim do mês passado pelo governador Wilson Witzel.

Para representantes dos esportes náuticos, o título pode inspirar novos atletas e garantir maior apoio aos que disputam um lugar no pódio, além de atrair investimentos e eventos do setor para o município, como a 47ª Regata a Vela do Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (Ciaga) da Marinha do Brasil, realizada sábado passado, próximo ao Clube Naval de Charitas . A competição reuniu cerca de 400 atletas em 140 barcos.

A lei, de autoria do deputado estadual Waldeck Carneiro , teve a colaboração do secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão (SEPLAG), Axel Grael , um dos fundadores do Projeto Grael. Ontem, o instituto, que capacita jovens para a prática da vela e os prepara para o mercado de trabalho, realizou um evento para ressaltar a importância do novo título aos representantes dos clubes de vela da cidade.

— Apesar de a lei ser simples, dando apenas o título, estimula e traz outros desdobramentos que são importantes para a cidade. Ilha Bela, em São Paulo, por exemplo, criou toda uma identidade em torno da vela. Isso é uma marca, um selo que estamos atribuindo a Niterói. Não existe uma organização que credencie um lugar dessa forma; só é possível através de uma lei como essa — explicou Axel, irmão e tio dos medalhistas olímpicos Torben e Martine Grael.

Convênios e ações

De acordo com a nova lei, o Poder Executivo poderá celebrar convênios e promover ações, programas e eventos que contribuam para a divulgação do título, além de estimular a prática da vela no estado entre estudantes das redes públicas e particular de educação básica.

— Há dois anos participamos de um evento nos Estados Unidos para atrair investimentos para a cidade na área náutica e agora estamos tendo desdobramentos desses contatos. Um das possibilidades é trazer investimentos para a implantação de marinas de vagas secas. Esse título impulsiona ainda mais essa captação — completou o secretário.

Comodoro do Clube Naval de Charitas, Bruno Paim destaca a união dos iates clubes da cidade e acredita que o título reforça a imagem que Niterói tem em tradição na vela.

— Niterói é um lugar ímpar pelas suas condições geográficas, o que exige muito do velejador. E eles acabaram se diferenciando devido aos ventos desafiadores da nossa enseada — avalia Paim. — Em abril do ano que vem, vamos realizar pela primeira vez o evento Vela Show, e quando saiu esse título de Cidade da Vela, os organizadores destacaram que foi uma constatação do potencial da cidade.


Fonte: O Globo Niterói









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