Em diferentes pontos da cidade, não faltam boas opções de passeios. Foto: Luciana Carneiro / Prefeitura de Niterói |
Objetivo é saber do praticante de caminhadas o que pode ser adaptado em cada um desses caminhos
Estar em contato com a natureza pode ser um dos principais remédios para curar o estresse do dia a dia. Em Niterói, moradores e visitantes têm à disposição 57 trilhas emoldurando a geografia da cidade, que serão retratadas em um guia elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS).
Para interagir com os praticantes de caminhadas ao ar livre, a Secretaria já disponibilizou em seu site (https://www.smarhs.niteroi.rj.gov.br/guiadetrilhasdeniteroi), o roteiro da Trilha dos Platôs, no Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit). Ao longo da elaboração do guia, serão disponibilizados, mensalmente, novas trilhas com memorial descritivo, mapas e fotografias. A ideia é saber do praticante o que pode ser adaptado em cada um desses caminhos pitorescos, para facilitar a vida dos caminhantes.
Na página da SMARHS, os interessados já encontram um pouco do que será toda essa coletânea da fauna e flora niteroiense. São informações sobre as trilhas da cidade, abertas à visitação, com seus respectivos memoriais descritivos, mapas, fotos e curiosidades. Para participar do Guia, basta descrever o que viu durante o trajeto, como foi o passeio e até mesmo se o plaqueamento está adequado e é suficiente para uma caminhada tranquila, agradável e segura. Os adeptos da natureza podem entrar em contato através do e-mail: guiadetrilhasnit@gmail.com ou seguir o instagram:@guiadetrilhasnit.
Niterói conta com mais de 40 trilhas localizadas em unidades de conservação, como o Parnit, Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), Reserva Ecológica Darcy Ribeiro, e outras 17 estão em parques urbanos. Por conta de toda essa diversidade de fauna, flora e espaços para visitação, Niterói se integrou ao Sistema Nacional de Trilhas de Longo Curso, elaborado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), no Corredor Litorâneo, que ligará o Oiapoque ao Chuí com a Rota Charles Darwin.
“Niterói é uma das poucas cidades que tem 56% do seu território preservado e é um município em que não só o niteroiense, mas o turista e o trilheiro têm essa visão de querer ajudar a preservar. O Guia vai ser realizado com a ajuda dessas pessoas que frequentam as trilhas. Cada um pode dar sua opinião e ajudar a mostrar as diversas paisagens da cidade. Já estamos com 40 trilhas selecionadas que serão disponibilizadas aos poucos para o público. Até o fim do ano, pretendemos lançar as duas versões do Guia: impressa e on-line”, revela o secretário municipal de Meio Ambiente, Eurico Toledo.
Trilhas históricas e contemplativas
A Rota Charles Darwin foi idealizada com o objetivo de criar uma nova trilha de longo curso ligando os municípios de Niterói e Maricá, e conectando importantes unidades de conservação municipais e estaduais, bem como outras áreas de grande relevância ambiental.
A trilha, que contempla locais em que o naturalista Charles Darwin percorreu quando esteve em Niterói, na ocasião da famosa expedição à América do Sul, conta com sinalização rústica por toda a sua extensão. Com 74 quilômetros, tem início na estação hidroviária da Praça Araribóia, no Centro de Niterói, seguindo através da orla da Baía de Guanabara em direção à Praia das Flechas, passando pelo Parnit em seu setor Costeiro Lagunar, onde é possível observar a Ilha da Boa Viagem, as cavernas localizadas abaixo do Museu de Arte Contemporânea (MAC) e as pedras do Índio e de Itapuca.
O percurso segue para o bairro São Francisco em direção à sede do Parnit no setor Montanha da Viração e, neste trecho, segue pela Trilha Tupinambás em direção à Ilha do Pontal, parte integrante do Parnit em seu Setor Costeiro Lagunar. A partir deste momento, a Rota Darwin passa a cortar o bairro de Itaipu passando pelo Peset através da Trilha do Morro da Peça, mangue do Canal do Camboatá e a Trilha Córrego dos Colibris. Seguindo no sentido de Maricá, ainda dentro do Peset, a Rota Darwin encontra o Caminho de Darwin, um importante trecho histórico e ambiental por onde o naturalista Charles Darwin passou em sua estada no Brasil, em 1832. Por último, a Rota Darwin segue para Maricá, passando pelas praias de Itaipuaçu e da Barra de Maricá sendo finalizada no Pampo Clube de Pesca.
Outras trilhas de Niterói passam por quilombos de grande importância histórica e muitas têm paisagens deslumbrantes com uma vista de 360 graus para toda a cidade e, ainda, para a Serra dos Órgãos e para o Rio de Janeiro.
A trilheira Rafaela Ribeiro aprovou a iniciativa do Guia e diz que pretende participar. “Cada lugar que fazemos caminhada tem um clima diferente, um grau de dificuldade e paisagens únicas. Já estou bem acostumada a fazer trilhas e posso atestar que Niterói tem lugares espetaculares, com vistas de tirar o fôlego. Acho muito boa a iniciativa de interagir com as pessoas e ajudar a entender essa fauna e flora tão lindas ”, diz entusiasmada.
O coordenador do Parque da Cidade e professor de Turismo, Alex Figueiredo, conta que alunos de cursos de Turismo de diversas instituições estão organizando grupos guiados para percorrer trilhas da cidade. “ A cidade tem lugares maravilhosos. É importante que as pessoas não joguem lixo nas trilhas e que não destruam a sinalização ou as espécies nativas. Temos muitos voluntários que estão conosco nesta caminhada ajudando a sinalizar e a proteger. Quem faz o passeio também tem que ajudar ”, destaca.
Outras opções de trilhas na cidade
Forte São Luiz e Pico: uma estrada que corta a Mata Atlântica e que pode ser percorrida a pé. Além da bela visão da Baía de Guanabara, é possível visitar construções militares de 1567. Alameda Marechal Pessoa Leal, 265 - Jurujuba Niterói. Acesso pelo Forte Barão do Rio Branco.
Morro do Morcego: Quarenta minutos de caminhada até o pico saindo de Jurujuba. São 138 metros de altura e a trilha começa na Praia do Adão e Eva.
Pedra do Elefante: um dos pontos mais altos do município de Niterói, situado no Parque Estadual da Serra da Tiririca.
Costão de Itacoatiara: Subida moderada. Fica no Parque Estadual da Serra da Tiririca. Até o topo o percurso leva cerca de duas horas. Uma belíssima visão de Itacoatiara.
Morro das Andorinhas: Subida leve. É uma divisão natural entre Itaipu e Itacoatiara. Tem uma altitude de 196 metros e leva duas horas para ser feita.
Morro do Santo Inácio: Terceiro ponto mais alto da cidade e ponto culminante do Parnit. Intensidade de subida leve, com pequenos trechos de escalada. A trilha fica na sombra durante todo o trajeto até o cume de onde se tem a visão de 360 graus da Baía de Guanabara e Rio de Janeiro.
No Parque Estadual da Serra da Tiririca, ainda existem trilhas como a da Enseada do Bananal, Córrego dos Colibris; Caminho de Darwin; das Orações; Morro da Peça, e Circuito Volta da Lagoa de Itaipu.
Fonte: O Fluminense
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