O artigo de Pablo Pimentel Pessoa e Rômulo da Costa Ribeiro (Observatório das Metrópoles Núcleo Brasília), “Cidades não sabem não crescer“, aborda o tema do crescimento urbano a partir das vertentes críticas sobre sustentabilidade e pós-desenvolvimento.
Apresentado no 8º CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO para o Planeamento Urbano, Regional, Integrado e Sustentável (PLURIS 2018), o trabalho levanta o caso de algumas cidades, como a de Afuá (Pará) e Bolinas (Califórnia), tendo como pano de fundo a seguinte questão: os cidadãos e suas municipalidades, caso desejassem reorientar os sistemas urbanos em que habitam a um sentido de prosperidade sem crescimento, disporiam eles de meios para tanto?
Confira o resumo:
A tendência à expansão da maioria dos sistemas urbanos persiste como questão central ao campo do planejamento nas diferentes escolas do pensamento urbanístico, mesmo que resultem raros os casos em que as soluções adotadas lograram sucesso em contê-lo. Paralelamente, perdura também uma imagem de progresso, frequentemente associada à dinâmica da vida nos centros urbanos e ao ritmo de mudanças observado nesses espaços, que confere um caráter contraditório ao valor da vitalidade urbana, uma vez que apenas parte dos cenários perseguidos ou alcançados pode a rigor ser tida como desejável. Este artigo retoma o tema do crescimento urbano em sentido amplo, revisitando-o a partir das vertentes críticas sobre sustentabilidade e pós-desenvolvimento. Nossas cidades, caso desejassem, disporiam de meios para prosperar sem crescimento? Revisamos diferentes casos e os tratamentos conferidos ao tema na literatura. Os resultados reforçam a compreensão do crescimento contínuo como subproduto do bloqueio à participação social nos processos decisórios.
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Fonte: Observatório das Metrópoles
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