quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Reunião com ambientalistas sobre a queima irregular de lixo na cidade




Hoje me reuni com ambientalistas de Niterói para discutir problemas referentes à prática irregular de queima de lixo, que tem sido frequente na Região Oceânica, bem como em outras regiões da cidade.

Estiveram presentes à reunião os ambientalistas Cássio Garcez (Ecoando), Laura França (ambientalista), Ana Lúcia Jordão Lemos (AMADarcy), além de Jhonatan Ferrarez (chefe do Serviço de Proteção do PESET - Parque Estadual da Serra da Tiririca) e Rafael Giusti (representando a SMARHS - Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade).

Na ocasião, os ambientalistas apresentaram um bem preparado relatório e fizeram uma apresentação sobre o problema.

O número de reclamações sobre o problema da queima de lixo é crescente e referente a várias regiões da cidade.

A queima de lixo emite fumaça com gases tóxicos que podem ter efeitos graves sobre a saúde humana e danos ambientais. Conforme o relatório apresentado pelos ambientalistas, a fumaça pode causar os seguintes problemas:

"... problemas oftálmicos, doenças dermatológicas, gastro-intestinais, cardiovasculares e pulmonares, além de alguns tipos de câncer. Efeitos sobre o sistema nervoso também podem ocorrer após exposição a altos níveis de monóxido de carbono no ar. Além disso, efeitos indiretos podem ser apontados em decorrência de alterações climáticas provocadas pela poluição do ar. Um aumento na temperatura do ar tem impactos na distribuição da flora e da fauna e, consequentemente, influencia a distribuição de doenças transmitidas por vetores. (Assunção & Ribeiro, 2002)"


Na reunião, apresentamos aos ambientalistas a atuação e o planejamento da Prefeitura de Niterói para:
  • intensificar a fiscalização da SMARHS sobre a queima de lixo,
  • o programa de prevenção às queimadas nas encostas em fase de planejamento
  • a implantação do centro de compostagem de resíduos de poda que será implantado pela Prefeitura e
  • o programa de comunicação e educação ambiental a ser desenvolvido nas escolas e comunidades para conscientizar a população quanto aos riscos da queima e a irregularidade da prática, que sujeita os infratores a multas e o enquadramento em leis como a de crimes ambientais.
Também fizemos uma avaliação do serviço de coleta de lixo na cidade, desenvolvido pela CLIN, que é considerado muito bom, mas que reconhecemos que ainda precisa melhorar em algumas comunidades onde o acesso dos garis e maquinário é mais difícil. A queima é ilegal e desnecessária. Caso haja o acúmulo de lixo perto da sua casa, entre em contato com a CLIN. Veja como em www.clin.rj.gov.br

Ao final da reunião, nos comprometemos a manter aberto o diálogo com os ambientalistas e lideranças comunitárias para o acompanhamento da evolução das ações da Prefeitura.

Ambientalistas

Por fim, fica o registro da minha satisfação de reencontrar os ambientalistas, alguns dos quais eu já não via há algum tempo, como a jornalista Laura França, com quem tive a sorte de contar na equipe, na época em que presidi o IEF - Instituto Estadual de Florestas (1991-1994), extinto órgão ambiental do estado, hoje incorporado ao INEA. Com Laura, também militei em várias causas ambientais em Niterói e no RJ, como na campanha que resultou na criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca, na defesa da Baía de Guanabara, na implantação da Reserva Ecológica da Juatinga (Parati), na defesa do Jardim Botânico de Niterói (no Fonseca) e tantas outras nobres lutas.

Com Ana Lúcia Jordão Lemos, atuamos juntos na defesa do Parque Darcy Ribeiro, hoje incorporado ao PESET. Acompanho o trabalho do Cássio Garcez há muitos anos e o considero um dos mais preparados militantes ambientalistas de Niterói.



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