segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Ordem Pública de Niterói recebe novos veículos e investimento de R$ 1,4 milhão em conectividade no Cisp

 

A Prefeitura de Niterói segue investindo na modernização da Ordem Pública, com foco em inteligência, operações e aumento do efetivo. O concurso para a Guarda Municipal já registrou mais de 50 mil inscritos. Nesta sexta-feira (20), foram entregues 32 novos veículos – entre carros e picapes – que irão substituir a frota atual. Também está em andamento uma licitação para a expansão da conectividade em 110 pontos estratégicos de monitoramento do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp).

“São 32 novos veículos que irão atender aos diversos serviços da nossa Guarda. Com a proximidade do Natal, a cidade ganha um presente importante, um reforço significativo para aumentar a capacidade operacional da Guarda. Estamos mantendo os equipamentos atualizados e investindo em tecnologia para garantir que a Guarda Municipal desempenhe sua função da melhor forma possível, com conforto, segurança para os agentes e para a população”, destaca o prefeito Axel Grael.

Inteligência com maior conectividade

O Cisp atualmente conta com 120 câmeras de Cercamento Eletrônico, que, por meio de robôs, são capazes de reconhecer fragmentos de placas, letras, números e cores. A ampliação do sistema entrou em operação em abril, após um período de testes. No total, o Cisp possui 522 dispositivos eletrônicos. Com o novo investimento, todo o sistema contará com uma conectividade ainda mais eficiente para a troca de dados em tempo real.

Em 5 de dezembro, a Prefeitura iniciou a concorrência para a contratação de um novo sistema de conectividade por rede MPLS (Multiprotocol Label Switching). O contrato também inclui a manutenção de dispositivos e servidores do Cisp, com ênfase nos 110 pontos estratégicos, que se somam aos 308 pontos já cobertos pela rede própria da Prefeitura.

Aumento do efetivo: mais de 50 mil inscritos no concurso

O concurso público da Guarda Municipal de Niterói, lançado no dia 29 de fevereiro no Diário Oficial, já registrou mais de 50 mil inscrições, pouco mais de duas semanas após o início. Com 209 vagas imediatas e formação de cadastro de reserva, o concurso segue com inscrições abertas até 9 de janeiro de 2025. Os interessados podem se inscrever pelo site https://selecon.org.br, com taxa de inscrição de R$ 90,00. A prova objetiva está agendada para março de 2025.

“A grande procura por este concurso reflete os investimentos e melhorias que a Guarda Municipal de Niterói recebeu nos últimos anos. A ampliação do efetivo, a renovação da frota e o aumento na qualidade dos equipamentos têm valorizado os profissionais e melhorado os serviços prestados à população, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida para nossos guardas”, afirma o secretário municipal de Ordem Pública, Paulo Henrique de Moraes.

Fonte: Prefeitura de Niterói


domingo, 22 de dezembro de 2024

Coluna Leonardo Rivera: "Um agradecimento ao ser humano Axel Grael"

Foi com muita satisfação e surpresa que li hoje na Coluna do jornalista e produtor cultural Leonardo Rivera, no site Cidade de Niterói, um texto com reconhecimento do nosso trabalho, que o Leo Rivera conhece desde o tempo da minha militância ambientalista, iniciada em Niterói no final da década de 1970. Em 1980, criamos o Movimento de Resistência Ecológica - MORE, organização pioneira do movimento ambientalista na nossa cidade e no RJ. Após divergências no MORE, criamos o Movimento Cidadania Ecológica - MCE e, posteriormente, o Instituto Baía de Guanabara - IBG.

Como ele mesmo lembrou, sou do tempo que o termo "ambientalista" não era usado ainda. Éramos chamados de "ecologistas". Aliás, o termo "sustentabilidade" só passou a ser mais utilizado duas décadas depois, na época das reuniões preparatórias da Conferência Rio 92.

Leo Rivera lembra do jornal Opinião. Nosso primeiro trabalho como ambientalista foi em defesa da Baía de Guanabara e contra a poluição causada pelas "fábricas de sardinha", principalmente aquelas localizadas em Jurujuba (Atlantic, Ribeiro e Santa Iria). Também denunciávamos as outras fábricas localizadas na Ilha da Conceição e no Barreto. Os jornais Opinião, Jornal de Icaraí, Lig, Opção e Setedias eram os nossos grandes aliados nas denúncias. Publicavam materias semanais em apoio à campanha que chamávamos de "Tubarões da Sardinha".

Leo lembrou também do programa na Rádio Fluminense AM, com ele e Fernando Guida. A ambientalista Alba Simon era comentarista e usava o codinome Wulchereria Bancrofti. Parecia nome de atriz de Hollywood mas é o nome científico de um parasita. 😀

Leo Rivera. Muito obrigado por acompanhar a nossa longa caminhada e tenha a nossa gratidão pelas palavras generosas na sua coluna de hoje.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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Um agradecimento ao ser humano Axel Grael

Leonardo Rivera

Prefeito Axel Grael e Leonardo Rivera: dia da reinauguração da Ilha da Boa Viagem. Foto: Lucas Benevides - CGCom

Niterói - Querido leitor. Pode não parecer, mas já sou do tempo em que chamavam ambientalista de ecologista e vegano de macrobiótico. O tempo não para, já dizia Cazuza. E eu vivia os meus 17 anos quando fui funcionário do jornal Opinião, do saudoso Carlos Silva – um jornal de bairro que mais parecia uma revista semanal de grandes furos e novidades da cidade.

Carlinhos era sócio do Pedro Garcia, da Gráfica Prymil, e eles resolveram montar um jornal para competir com os já existentes Jornal de Icaraí, Lig, Opção e Setedias. Com isso chamaram para a sociedade o Luiz Antônio Mello, a Denise Garcia e, para redação, eu – que fazia reportagens e o roteiro cultural, naqueles famigerados tijolinhos. Cheguei a assinar uma coluna com meu nome, tal e qual esta aqui, e a logomarca foi desenhada pelo querido Mario Caria, hoje editor do Jornal do Fonseca, e um cartunista de mão cheia que conheci nesta época. Anos mais tarde o jornal Opinião deu origem ao Folha de Niterói.

O ano era 1991 e, além de tudo que eu fazia, me envolvi com política pela primeira vez. O candidato a vereador era o Fernando Guida (PV) e entrei para o time que o ajudava na campanha. Ele tinha um programa na Rádio Fluminense AM – sim, o Grupo Fluminense de Comunicação, somente conhecido pelo sinal FM da Maldita, já foi detentor de um sinal AM, teve programas próprios, horários alugados e chegou a alugar o sinal inteiro para igrejas evangélicas, até acabar. Em 1991 o Guida tinha o programa dele, sobre ecologia, e recebia diversos convidados desse setor. Mas Guida não poderia mais apresentar o programa, devido à lei eleitoral, e não queria terminar com ele. Nada como convidar o jovem jornalista aqui, um ‘entrão’ assumido, para apresentar o programa ao lado de sua parceira Alba Simon. Um belo dia estou lá para apresentar o programa e a pauta era uma entrevista com Axel Grael.

Não vou nem calcular quantos anos tem de 1991 para 2024, é uma pena que não exista registro de áudio dessa entrevista – o programa era diário, ao vivo, não era gravado nem pela emissora – e ficou só a memória do fato. Pelo menos a minha. Relembrando aqui na coluna, talvez Guida e Axel se lembrem do momento. O tempo passou e ainda sou jornalista, ainda moro em Niterói. A caminhada continua.

Por isso quero aproveitar minha última coluna do ano para agradecer ao Prefeito Axel Grael pela sua gestão na nossa cidade, que se encerra em 31 de dezembro. O Axel foi um incansável amigo da educação e das artes – fez crescer o Programa Aprendiz Musical – e não poderia ser diferente com o meio ambiente. Seu legado inclui a reinauguração da Ilha da Boa Viagem, a restauração do calçadão de Piratininga e o Parque Orla em homenagem ao Alfredo Sirkis, só para citar três feitos. Como o Axel é um cara muito educado e fino, foi elegante em conduzir todas as crises do município e enérgico quando necessário, sem perder a ternura jamais.

Sou fã do jeito Axel Grael de cuidar do município, e acredito que todo niteroiense deve dar graças a Deus que ele foi eleito em meio à pandemia com mais de 60% dos votos válidos. Niterói ficou diretamente distante das barbáries do bolsonarismo, sendo afetada apenas indiretamente – por cidadãos daqui que insistem em enxergar sem óculos de grau. Botassem uns óculos de grau forte, esses eleitores e cidadãos niteroienses equivocados iriam enxergar do que nos livramos nos últimos tempos. Sempre é tempo de aprender. Também fica aqui meu desejo de boa sorte ao terceiro mandato de Rodrigo Neves, dando continuidade e desenvolvendo ainda mais o potencial de Niterói.

E para você, leitor, um ano de paz, saúde, discernimento, sucesso e amor. Só quem ama consegue passar pelas intempéries da vida e não se contaminar com as trapalhadas alheias. Lembre-se: é você quem escolhe ver o copo meio cheio ou meio vazio. Até 2025!

Fonte: Cidade de Niterói


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sábado, 21 de dezembro de 2024

ENTREVISTA QUE CONCEDI AO JORNAL "A TRIBUNA": 'Luto por uma sociedade mais sustentável, democrática e igualitária'

O jornal A Tribuna é um importante e tradicional veículo de comunicação de Niterói e é o que acompanha mais de perto os projetos e as políticas públicas de Niterói. O nosso agradecimento à família Amora, em particular o Jourdan Amora, um protagonista e profundo conhecedor da política e da história de Niterói. Também o nosso agradecimento ao Dandan Amora e e ao editor Luiz Antonio Mello, que fundou comigo o Movimento de Resistência Ecológica - MORE, nos idos de 1980.

Gratidão.

Axel Grael
Prefeito de Niterói

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“Serei candidato a deputado federal”, diz Axel Grael

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A TRIBUNA recebeu o prefeito de Niterói, Axel Grael, que fez um grande balanço de seu mandato, e revelou qual será o seu futuro na política

Nos últimos dias de seu governo, o prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT), concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal A TRIBUNA, realizada em nossos estúdios. Após quatro anos à frente da prefeitura e outros oito em cargos de destaque, como vice-prefeito e secretário de Planejamento, Axel reflete sobre os desafios e conquistas de sua gestão.

Com a eleição de Rodrigo Neves, ele se prepara para um descanso, destacando os legados que deixa para a cidade e suas expectativas para o futuro de Niterói, além de revelar qual será seu próprio futuro.

A TRIBUNA: Sobre a mobilidade urbana em Niterói. O que melhorou no seu mandato e o que ainda falta?

AXEL GRAEL: Niterói tem mais de 300 mil carros registrados, mas muitos automóveis que circulam aqui vêm dos municípios vizinhos. Então, o transporte é um grande desafio. E não há outro caminho a não ser investir no transporte coletivo e em formas alternativas de transporte. De 2013 para cá, nós fizemos o “Niterói de Bicicleta”, e hoje temos a ciclovia mais movimentada do Brasil.

Além disso, Niterói tem um serviço de transporte que se você comparar com outras cidades, os nossos ônibus são mais novos, são todos climatizados. Temos um subsídio. Se você pegar o ônibus antes de pegar a barca, a prefeitura paga uma das passagens. Isso estimula o uso do transporte coletivo. Conseguimos recursos junto ao governo federal para implantar um VLT. Nós já começamos a obra do terminal rodoviário lá no Caramujo, que vai melhorar muito o trânsito na Alameda, tirando inclusive muitos ônibus da Alameda.

A TRIBUNA: Como você avalia o processo de revitalização da orla de Niterói?

AXEL GRAEL: Começamos a obra na Avenida Visconde do Rio Branco, chegando até o Forte Gragoatá. Esse trecho já está bem avançado, quem passa ali pela Praça Arariboia já vê a Baía de Guanabara. O projeto para a Praia das Flechas está pronto, e é só licitar.

A Ilha da Boa Viagem já foi totalmente reformada, e nós estamos nos encaminhando em direção à Praia de Icaraí, que já existe um projeto. Nós temos a solução de quiosques para a praia, inclusive com banheiros, para melhorar aa experiência de quem passa pelo calçadão, que vai ser mais alargado, vai ter mais espaço e vai ter uma ciclovia ali também, pois hoje as bicicletas disputam o espaço no calçadão com pedestre.

A TRIBUNA: Niterói se candidatou junto com o Rio de Janeiro aos Jogos Pan-Americanos de 2031. Quais equipamentos a cidade tem a oferecer aos jogos?

AXEL GRAEL: Nós fizemos na Concha Acústica um campo de futebol de tamanho oficial. Estamos fazendo essa arena poliesportiva no mesmo espaço para a disputa de campeonatos de handebol, futsal, artes marciais, e tudo mais. No outro lado da rua nós fizemos uma parceria com a UFF, uma pista de atletismo, chamado de complexo de atletismo Aida dos Santos. No remo, na vela, no surfe, Niterói tem tradição, tem estrutura. Nós temos, talvez, um dos maiores parques náuticos do país.

A TRIBUNA: Na saúde: o que melhorou, e o que ainda falta pra melhorar?

AXEL GRAEL: Niterói é referência na saúde para vários municípios do entorno. Nós recebemos muitos pacientes que vêm de outras cidades. O Getulinho é um exemplo disso. Um avanço muito importante foi que os profissionais de saúde eram pagos por RPA (Recibo de Pagamento Autônomo). Era ilegal e impossível de administrar direito, pois RPA é como se fosse uma diária. Se o profissional vem, você paga. Se não vem você não paga. E é por isso que faltava médico.

Nós também modernizamos a gestão do Mario Monteiro e do Carlos Tortelly. Hoje nós temos um sistema de Organizações Sociais que é o sistema que mais deu certo em Niterói. É o sistema do Getulinho e do Hospital Oceânico. Hoje nós temos um controle de estoques, um controle de suprimentos. Antes que falte alguma coisa, o próprio sistema já nos avisa.

A TRIBUNA: Faça uma avaliação do que foi feito na educação nesses seus anos de governo.

AXEL GRAEL: Nós tínhamos muitos professores fora da sala de aula, muitas vezes fazendo trabalhos administrativos. Ampliamos a disponibilidade dos profissionais de educação. Construímos seis novas escolas, e reformamos tantas outras. Nós fizemos a climatização de todas as escolas. A gente tinha menos de 15% das salas de aula climatizadas.

A remuneração dos profissionais em Niterói é uma das melhores do Brasil. Com isso, a gente consegue atrair também alguns dos melhores profissionais de educação. Fazemos uma escola cada vez mais atraente para o aluno, para enfrentar o problema da evasão escolar. Hoje, nós temos o maior programa do país de iniciação musical nas escolas, que é o Aprendiz Musical. No início do meu governo, o Aprendiz Musical tinha 1.700 alunos, se não me engano. Hoje já passa de 10 mil alunos.

A TRIBUNA: Sobre segurança pública, qual sua avaliação?

AXEL GRAEL: Niterói conseguiu equacionar os problemas que havia há alguns anos. Vocês devem se lembrar do “bonde do fuzil”, pessoas que andavam pela cidade, por Icaraí, levando pânico para os moradores. Nós revertemos essa situação numa parceria que foi construída da Prefeitura com o governo do Estado.

Reformamos todas as delegacias da cidade, inclusive as delegacias como a de Homicídio, que atende Niterói e São Gonçalo, Fizemos o CISP, que é o Centro Integrado de Segurança Pública, que agregou muita tecnologia e capacidade de investigação.

A TRIBUNA: Niterói tem uma vocação histórica na cultura. Como você avalia o crescimento e a expansão da produção cultural dessa cidade?

AXEL GRAEL: Estamos revitalizando o Cinema Icaraí, que está em obra, e vai ficar lindo. Vai continuar sendo um cinema, mas vai ser também a sede da Orquestra Sinfônica Nacional da UFF. Entregamos a Casa Norival de Freitas. Nós fizemos o Castelinho do Gragoatá, estamos agora fazendo o Casarão da Alameda, o primeiro espaço de cultura da Zona Norte da cidade.

Só na minha gestão, são mais de R$200 milhões investidos em restauração de prédios históricos. Para você ter uma ideia, o IPHAN, que cuida do patrimônio histórico e cultural do país, tem para o país todo um orçamento de cerca de 90 milhões.

A TRIBUNA: Você deixará de ser prefeito. Como é a sensação de voltar a, digamos, ser uma “pessoa normal”?

AXEL GRAEL: Eu sempre digo que ser prefeito não é fácil, mas é muito bom. Eu tenho uma militância ambientalista desde o final da década de 1970. Naquela época a gente não era nem chamado de ambientalista, nós éramos ecologistas. Muito do que a gente tem hoje é resultado daquele período todo de militância. Se nós temos mais da metade do território da cidade protegido como unidade de conservação, é porque houve uma geração de ambientalistas que ajudou para que isso acontecesse.

A TRIBUNA: Com relação às enchentes: como Niterói está se preparando para receber esse período de chuvas?

AXEL GRAEL: Niterói foi a primeira cidade que buscou se preparar para os processos climáticos. Criamos a Secretaria do Clima. Só em obras de contenção de encostas foram mais de 400 obras já realizadas e mais de R$1 bilhão investido só em obra de drenagem. Vocês lembram de 2013? A Região Oceânica tinha apenas 15% das ruas pavimentadas. Hoje nós estamos fazendo agora as últimas ruas que faltam ter drenagem e pavimentação.

No Barreto estamos fazendo a maior obra de drenagem que a cidade já viu. Nós contratamos os estudos para drenagem da Avenida Roberto Silveira, aquele ponto de alagamento crônico da cidade que existe há gerações, que é ali no Campo de São Bento. Com isso, todos os principais pontos de alagamento da cidade estarão equacionados. Tem chuvas que podem ocorrer com um nível de precipitação tão grande e ainda assim vai ter alguma inundação, mas o importante não é que a cidade não alague, mas que ela drene o mais rápido possível.

A TRIBUNA: Hoje em dia há muito ruído na comunicação. Como enfrentar esse novo momento de tanta fragmentação, tanta confusão na comunicação?

AXEL GRAEL: Hoje nós somos uma das poucas cidades no Brasil que tem a nota máxima em transparência pública pela Controladoria Geral da União e pelo Ministério Público Federal. Nós temos nota 10 em transparência. Mas nesse novo mundo de comunicação há alguns problemas. Muita gente usa as redes sociais como exercício da sua cidadania, mas muita gente usa para propagar fake news, criar tensões políticas, e para desrespeitar os agentes públicos.

A TRIBUNA: Qual a importância da dragagem do Canal de São Lourenço?

AXEL GRAEL: Essa dragagem era esperada há pelo menos 40 anos. É uma obra de responsabilidade federal, mas a prefeitura resolveu não esperar mais. Nós fizemos o projeto de dragagem, fizemos todo o licenciamento ambiental dessa intervenção e nós contratamos os serviços que estão em andamento nesse momento. Vamos permitir a chegada de navios bem maiores e melhorando muito, assim, a competitividade do setor naval de Niterói. E com isso, geração de empregos. Queremos abrir acesso para o terminal pesqueiro, que já foi inaugurado três vezes e nunca funcionou.

Nós desapropriamos a área de docas e conseguimos no Governo Federal a seção da estrutura do prédio com os equipamentos que estão lá e já publicamos um chamamento público para uma parceria público-privada para que a gente bote para funcionar o Porto Pesqueiro de Niterói.

A TRIBUNA: Quais seus próximos passos na política?

AXEL GRAEL: Serei candidato a deputado federal em 2026. Agora, vou dar uma boa descansada. Eu estou há 12 anos sem férias, minha esposa puxa a minha orelha, ela diz que são 12 anos sem férias, então tem 12 férias acumuladas, mas sabemos que não é bem assim. Tenho muita coisa para fazer ainda, mas preciso dar uma descansada.

A TRIBUNA: Deixe uma última mensagem para nossos leitores.

AXEL GRAEL: A vida sempre me deixou muito perto daquelas coisas que eu gostava de fazer, eu estou dando oportunidades de fazer. Eu sou engenheiro florestal, eu sou ambientalista de longa caminhada, e sou gestor público, sou seguidor público de carreira, então essas coisas todas se combinam. Cabe a cada um de nós fazer agora o que é preciso fazer, fazer a transição para uma sociedade sustentável, de baixo carbono, uma sociedade cada vez mais democrática, mais participativa, mais igualitária, e isso se faz na ação do dia a dia, e eu vou continuar fazendo isso do jeito que eu gosto de fazer.


Fonte: A Tribuna


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Entrevista para o site A SEGUIR: NITERÓI: ‘Niterói hoje é diferente do que era antes, e está melhor!’

O nosso agradecimento ao jornalista Luiz Claudio Latgé e a equipe do site A Seguir: Niterói pela entrevista e o acompanhamento que fizeram ao longo da nossa gestão como prefeito de Niterói.

O A Seguir é um dos mais qualificados representantes da mídia de Niterói e tem prestado uma valiosa contribuição à cidade, com o olhar atento e, muitas vezes critico, o que também nos ajuda a acertar cada vez mais.

Axel Grael 
Prefeito de Niterói 

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Axel Grael: ‘Niterói hoje é diferente do que era antes, e está melhor!’

Por Luiz Claudio Latgé | aseguirniteroi@gmail.com

Prefeito faz um balanço de sua gestão, que enfrentou a Covid, a retração da economia e termina com a entrega de obras que mudam a cara da cidade

Axel e a cidade vista do gabinete do prefeito. Foto: prefeitura/

A sensação é de dever cumprido. O prefeito Axel Grael se ajeita para a entrevista e a visão do gabinete dá a dimensão do tamanho da tarefa realizada nos últimos quatro anos: dali é possível monitorar pelas câmeras o que acontece em Niterói. Também há gráficos com os principais indicadores da cidade. Há gente entrando e saindo o tempo todo, o movimento é grande. Mas não há pastas e papéis espalhados, tudo parece no lugar, organizado como os planos que o prefeito gosta de estruturar para o desenvolvimento do município.

-Niterói é uma cidade que demanda muito, infraestrutura, serviços, cultura. Existe sempre uma demanda nova, as pessoas participam, cobram e querem participar da solução dos problemas. Mas é melhor assim, seria muito ruim se as pessoas fossem apáticas. É isso que faz de Niterói uma cidade viva, vibrante – comenta o prefeito.

Axel Grael tomou posse como prefeito em tempos de pandemia do Coronavírus.

A lista de realizações é grande: o projeto de recuperação da economia depois da Covid, o saneamento da Região Oceânica, reforma de hospitais, construção de escolas, recuperação de patrimônio histórico, como a Boa Viagem, a estação Cantareira, o Castelinho, a Casa Norival de Freitas, a reurbanização do Centro, as ciclovias e o Parque Orla de Piratininga – projeto antigo dos tempos de militância como engenheiro ambiental, baseado em soluções sustentáveis… Axel imprimiu sua marca na gestão da cidade.

Para alguém de perfil técnico, ele conseguiu o que todo político aspira no fim da sua gestão: eleger o sucessor. Recebeu o governo de Rodrigo Neves e devolve ao companheiro de jornada dos últimos 12 anos, na primeira eleição em que a extrema direita bolsonarista se organizou para disputar a prefeitura. Niterói segue sendo, ao lado de Maricá, dos raros redutos que não se deixaram tomar de assalto pelo populismo da extrema direita. Além disso, deixa o governo com as contas em dia e projeto para o futuro, como a construção do VLT.

Planos para o futuro? “Vamos ver” – faz mistério. “Há algumas propostas na mesa.” Não diz mais. Mas já tomou a decisão de ser candidato a deputado federal em 2026.

Os maiores desafios

A Seguir: O sr. assumiu a prefeitura num momento difícil, em plena a Covid, e com o desafio da vacinação… Como foi o começo do governo?

– Quando eu assumi havia, até então, uma série de incertezas em relação à Covid. Tínhamos uma segunda onda da doença com a variante Delta e estávamos perto de começar o processo de vacinação. Niterói teve um papel importante no combate à doença com as medidas sanitárias que tomou, como a recomendação de que as pessoas ficassem em casa e a criação de um hospital próprio, que acabaram até repercutindo nacionalmente. Eu assumi já na iminência da gente começar o processo de vacinação. E Niterói foi uma das cidades com melhor taxa de vacinação do país.

A retomada da economia foi outro desafio, depois de tanto tempo de paralisação. 

Como funcionou o plano da economia?

- Niterói teve um plano bem estruturado de ações, de obras, de programas pra dar suporte à pequena atividade na retomada e acho que a cidade se saiu bem nessa retomada. Uma das principais medidas foi a implementação de um plano de obras, ainda maior do que as obras que já estavam previstas, porque essas obras têm uma teia produtiva por trás, muito grande. Elas são uma forma de gerar emprego rápido. Você mobiliza uma mão de obra qualificada, mas ao mesmo tempo uma mão de obra com pouca especialização. A gente estima que o nosso plano de obras gerou 5.500 empregos. 

Principais projetos

Ao lado do então secretário Executivo Rodrigo Neves, Axel Grael inaugurou, em 2023, trecho do Parque Orla Piratininga.

Nesses quatro anos de governo alguns projetos importantes foram tocados e alguns têm um impacto muito grande na paisagem da cidade, né? Acho que o Centro é uma dessas obras, não?

– A gente já tinha uma carteira de projetos na Região Oceânica, na região de Pendotiba, muita frente de obra, inclusive obras de saneamento. Na região Norte, nós tínhamos umas intervenções importantes, também, mas o Centro da cidade foi aonde a gente fez a maior aposta. A mudança da Visconde do Rio Branco é sensível, do mercado de peixe até o Forte do Gragoatá. Fizemos ali na Concha Acústica o parque esportivo de Niterói. Do outro lado da rua, tem o complexo de atletismo Aída dos Santos, que é da UFF, mas nos propusemos a fazer a reforma, porque acho que isso no conjunto de intervenções ali do Centro era importante. Tem o Mercado Municipal, a Cantareira, que é uma obra muito significativa, que vai ser destinada à Economia Criativa, e fizemos a casa Norival de Freitas, que está belíssima, o Castelinho do Gragoatá,.. E deixamos a licitação da Amaral Peixoto pronta.

A obra começa logo?

– Bom, aí é com o próximo prefeito (risos), mas a licitação está pronta, os recursos estão destinados e acredito que é uma obra prioritária pra cidade. A Amaral Peixoto vai ficar linda, porque ela vai ter arborização, ela vai ter tratamento paisagístico. Hoje é muito árida, né?

Dos projetos que o sr. tocou na sua gestão eu imagino que o parque da Orla de Piratininga tem um valor especial…

– É, o Parque Orla é uma coisa que que eu sonho desde a época de militância ambientalista, né? Desde a década de 80.

Faz parte de uma estratégia de recuperação das lagoas. Então, ele tá muito bacana, é um projeto premiado internacionalmente, um projeto que hoje tem sido, inclusive, muito estudado. É a maior aposta do Brasil e uma das maiores do mundo baseada em soluções criadas na natureza. É um conjunto de técnicas sustentáveis, né? E é uma projeto que não vem sozinho, vem junto com outras ações, como todos os avanços que nós tivemos da agenda da bicicleta, que também é uma coisa que me dá muito orgulho.


Neste ponto, quando fala de orgulho, Axel exibe mais fortemente a relação que tem com a cidade em que vive. Gosta de andar de bicicleta, circula pela cidade, frequenta os mais diversos endereços de Niterói. Fez a vida na cidade, embora o trabalho o tenha levado a percorrer boa parte do mundo e a se relacionar em outras frentes, no Rio, Brasília … Niterói é uma escolha. E fala com entusiasmo da contribuição que pode dar para preservar o patrimônio cultural da cidade, do italianinho, ao Caneco do Mário.

– Acho que fizemos intervenções importantes em relação ao patrimônio histórico e cultural da cidade, né? O resgate do Cinema Icaraí, a Cantareira, o Mercado Municipal… A Ilha da Boa Viagem hoje é um centro cultural que conta a história da cidade. E tem o Centro Cultural do Fonseca, lá na Alameda… São as intervenções que estruturam a vida da cidade, né? Niterói hoje tem cultura e projetos de turismo. E tem um conjunto de intervenções nas comunidades, nós temos aí 12 grandes intervenções de infraestrutura e equipamentos comunitários nas comunidades.

Chacoalhada nas cidades

O dado que veio do Censo de IBGE sobre o tamanho da população nas comunidades surpreendeu, de alguma forma?


– Bom, nós ainda estamos aguardando a liberação dos detalhes do Censo, porque a gente não tem ainda uma visão mais detalhada. Mas os dados do IBGE não estão muito fora da nossa expectativa.

Apareceram também situações de muitos imóveis abandonados. em áreas que alguns analistas atribuem uma deterioração da qualidade de vida, de segurança. especialmente no Centro, Santa Rosa e no Fonseca.

– Neste caso, é preciso comparar com outros centros urbanos, porque Niterói sofre os mesmo problemas que aparecem em outros centros urbanos. Olha o Centro do Rio, por exemplo. Os nossos indicadores de segurança, de criminalidade, são muito melhores do que de outras cidades. Mas existe um processo de mudança que está ganhando forma agora com esses investimentos no Centro. Existe um processo, sim, que as cidades no mundo estão mudando muito. Esse advento do home office dá uma uma chacoalhada nas cidades, né? Porque você antes tinha um grande espaço de oferta de emprego que era o centro da cidade. Então, de manhã todo mundo saía dos bairros, pegava o transporte e vinha para o Centro da cidade e de tarde voltava para casa. Hoje em dia esse processo está gradualmente diminuindo, porque as pessoas estão ficando mais no do home office. Então, se as pessoas estão vindo menos para o Centro e ficando mais nos bairros é natural que os serviços também migrem mais nos bairros. Essa foi uma das questões que a gente abordou na Lei Urbanística de Niterói: pensar em novas centralidades para a cidade.

Problemas

O tempo começa a ficar curto para a entrevista. Os assessores sinalizam que está na hora da diplomação do prefeito eleito Rodrigo Neves e dos vereadores, na Câmara Municipal, ao lado da prefeitura. Ainda tenho algumas perguntas que escolho não fazer, porque o prefeito já respondeu, em outras ocasiões, como a questão da Emusa, que teve que reduzir seu quadro de colabores comissionados, depois que a Justiça apontou irregularidades. Na época, explicou que, quando o Ministério Público considerou impróprias as contratações, a prefeitura se ajustou às exigências judiciais. Mas não posso deixar de falar de Saúde e Educação, duas áreas nas quais o desempenho do município ficou abaixo do que podia se esperar em uma cidade como o IDH e orçamento de Niterói.

O que o sr. acha que nesses quatro anos não deu para fazer, que ficou abaixo do esperado?

– O o que não deu para fazer foi a Alameda, a obra da Alameda a gente chegou a licitar mas deu problema na licitação e está tudo prontinho para a próxima gestão…

Falo da Educação, por exemplo, que foi um ponto muito criticado pelos resultados do Ideb…

– Na Educação a gente avançou. Foram cinco novas escolas e avançamos muito na parte pedagógica. Resolvemos o problema do déficit de vagas. Na verdade, todas as cidades passaram por isso também, porque houve uma migração da classe média para rede de publica de educação, o que é uma boa notícia para rede de educação. Nós climatizamos as escolas: a gente tinha 15% de climatização, agora estamos chegando a 100%. Só falta uma escola e que agora, já nessas férias, se resolve. E ampliamos o Aprendiz Musical, que é um programa que funciona nas escolas. A criança tem o contato com a música e os instrumentos musicais. O programa passou de 2 mil para 10 mil participantes, e construímos a sede do Projeto Aprendiz lá no Fonseca.

(não era bem o foco da pergunta, mas passamos a outro assunto: Saúde) A ministra da Saúde Nísia Trindade esteve em Niterói na inauguração do novo prédio da Escola de Medicina da UFF e, na sua fala, parece que mandou um recardo para Niterói melhorar a questão da demora para a marcação de consultas, uma questão que é frequentemente criticada.

– Não foi bem assim, houve uma interpretação errada. Na verdade, a ministra ofereceu a possibilidade de implantar aqui em Niterói uma política do ministério, porque a cidade tem boas condições para fazer isto. A ministra falou: vamos aproveitar Niterói porque o estado do Rio não aderiu… Na área de saúde nós fizemos um investimento importante de gestão, nós mudamos o modelo de gestão do hospital Carlos Tortelly e do Mário Monteiro, que hoje passa ser gerido pelo modelo de OS, que já atende o Getulinho. Fizemos o Hospital Oceânico, além da reforma dos hospitais. Mas existia um grande problema que era a relação de trabalho dos profissionais de saúde, porque a gente tinha uma quantidade absurda de RPAs. Agora nós fizemos concurso e está tudo resolvido. Nós fizemos várias entregas importantes no Médico de Família, incluindo tratamento ontológico nas unidades. Uma outra coisa que era uma grande defasagem que a gente não tinha é um prontuário eletrônico, as informações todas ficavam em fichas, agora estão no sistema. E ainda vamos entregar a Maternidade de Charitas. A obra já está pronta, vou entregar na semana que vem, mas ainda faltam equipamentos, muitos deles importados.

O marco da gestão

Axel Grael se orgulha da malha cicloviária da cidade.

Qual é a realização que o senhor enxerga como marco de sua gestão?

– Eu acho que a ênfase que nós demos à sustentabilidade, à qualidade de vida, nesse processo de grande investimento de infraestrutura, que isso nunca houve. Eu falo que essa última década foi a década de ouro dos investimentos públicos em Niterói. Foram R$ 4,3 bilhões em obras de infraestrutura, em 10 anos; sendo que R$ 2,6 foram só nesses quatro últimos anos. Só neste ano, foi R$ 1 bilhão. A cidade não tinha ciclovias e agora a ciclovia mais movimentada do Brasil fica em Niterói. As ‘roxinhas’ são um sucesso e, hoje, a gente tem uma cidade agradável, sustentável, a céu aberto, que convida ao lazer. E podemos inclusive trabalhar uma estratégia de turismo para a cidade, baseada nas praias, nos parques, no Parque de Piratininga, na praia do Sossego. Implantamos inclusive parques importantes na região Norte e a cidade foi a cidade que mais se preparou para as mudanças climáticas. Então muita coisa aconteceu.

Axel confia no futuro de Niterói. A Prefeitura tem dinheiro em caixa e planejamento para atacar em várias frentes. Ele diz que a Lei Urbanística prepara a cidade para os próximos dez anos e para todas as mudanças que o mundo vive, do clima à ocupação do solo, se é possível separar uma coisa da outra. ‘É uma lei boa para a cidade’, diz. Segundo ele, está baseada numa visão de uma cidade sustentável, que abraça os mais importantes e modernos conceitos do planejamento urbano, como o Desenvolvimento Orientado pelo Transporte. “A lei urbana prevê prédios baixos nos corredores e adensamento em áreas que podem suportar prédios maiores, como o Centro”, explica.

Tinha tirado da pauta a pergunta sobre o trânsito, diante do curto tempo da entrevista, a esta altura, já não tão breve assim, mas não há caminhos em Niterói que não levem à questão do trânsito. O prefeito confia que a cidade vai conseguir um acordo com o governo do Estado para tornar as barcas Rio-Niterói mais baratas e eficientes para o morador da cidade, se preciso, com recursos do município. Acredita também no VLT, que entrou na pauta do governo. Mas neste ponto percebo que não há tempo para todas as perguntas que gostaria de fazer. Já estão chamando para a diplomação. Entendo, para repetir a brincadeira de Axel no início da entrevista, que “isso vamos ter que perguntar ao próximo prefeito.”

Axel termina a entrevista – e o mandado – visivelmente feliz. Botou isso na última campanha publicitária da prefeitura na sua gestão. “Felicidade é viver aqui.”

Obrigado pela entrevista.

– Vamos lá ver a diplomação…


Fonte: A Seguir: Niterói


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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Prefeitura de Niterói realiza Encontro de Gestores e faz balanço da administração


A Prefeitura de Niterói realizou, nesta terça-feira (17), o 18º Encontro de Gestores, que marcou o encerramento de um ciclo de planejamento, execução e entrega de políticas públicas pela atual gestão municipal. Sob a liderança do prefeito Axel Grael, a reunião teve como objetivos consolidar os resultados alcançados no Plano de Metas de 2024, avaliar o cumprimento das entregas estabelecidas e alinhar o que ainda está previsto para o fim do ano.

Um dos pontos do encontro foi a apresentação do balanço das principais conquistas dos quatro Planos de Metas da atual gestão. Esse é o principal instrumento de planejamento de curto prazo do Município e tem como objetivo elencar as prioridades anuais, orientar as ações do governo e garantir a execução eficiente das políticas públicas.

O prefeito de Niterói, Axel Grael, destacou que foram quatro anos de desafios, muito trabalho e conquistas.

“É um sonho ser prefeito da cidade que se ama. Sempre sonhei com a Niterói que temos hoje. Conseguimos avançar muito nos últimos anos. Quando vamos para fora, vemos que as pessoas reconhecem o trabalho realizado em Niterói. Desde 2013, criamos uma forma de trabalhar e de administrar a cidade. Desenvolvemos um projeto de cidade que soubemos tirar do papel. Tivemos que superar muitos desafios. Enfrentamos a pandemia, trabalhamos pela retomada da economia da cidade e, depois, tivemos entregas muito relevantes como, por exemplo, a consolidação da Moeda Social Arariboia, o Parque Orla Piratininga (POP) e muitas outras. Só este ano, investimos R$ 1 bilhão em infraestrutura”, explicou Axel Grael.

Como parte dos Planos de Metas, os Encontros de Gestores, realizados trimestralmente, são essenciais para a apresentação do andamento das metas por parte dos secretários. Com estes alinhamentos, o Plano de Metas assegura que os esforços da administração estejam alinhados às necessidades da população.

“O Plano de Metas é a pactuação de gestão, envolvendo todo o secretariado, sob direção do prefeito, para que o governo consiga avançar com os mesmos objetivos, garantindo maior integração entre as áreas e alinhamento estratégico para a execução de políticas públicas de forma eficiente e eficaz. Isso melhora as entregas para a população”, afirmou a secretária de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão de Niterói, Isadora Modesto.

Ao longo de quatro anos, foram inúmeras entregas à população como novas escolas, novas unidades de saúde, a Moeda Social Arariboia, implantação e requalificação da malha cicloviária, além de realizações importantes como o novo Centro da cidade, a reforma da Maternidade Alzira Reis, a implantação do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis (POP), a urbanização de comunidades, contenção de encostas em todas as regiões da cidade, implantação do Parque Esportivo da Concha Acústica, restauração da Ilha da Boa Viagem, início da obra de recuperação do Cinema Icaraí.

Neste ano, na área da Educação, houve a entrega de cinco novas Unidades Municipais de Educação Infantil (UMEIs) e a expansão de programas que garantem o acesso às Plataformas Urbanas Digitais (PUDs), que ultrapassaram 250 mil acessos em 2024. Na Saúde, cinco Unidades de Médico de Família foram reformadas e as obras de modernização da Maternidade Alzira Reis, que contará com uma nova Linha de Cuidado Materno-Fetal-Infantil, estão em fase final.

Outros avanços importantes ocorreram nas áreas de infraestrutura e desenvolvimento econômico em 2024, incluindo a renaturalização do Rio Jacaré, a conclusão de obras de contenção de encostas e o lançamento do Edital de Fomento à Economia Solidária, beneficiando diretamente 200 trabalhadores, dos quais 70% são mulheres. Outra entrega de destaque foi a nova Praça Arariboia, que integra uma série de intervenções do Programa Novo Centro. Outras obras na Avenida Visconde do Rio Branco serão concluídas em breve.

Na área da Cultura, foram lançados este ano cinco chamamentos públicos voltados ao fomento de atividades culturais na cidade. Além disso, o programa “Arte na Rua” foi retomado, promovendo mais de 400 apresentações artísticas em diferentes regiões de Niterói.

Uma entrega de muita relevância foi a restauração do Solar Notre Rêve (antiga Casa Norival de Freitas) e do Castelinho do Gragoatá, bem como a conclusão das obras da Pista de Atletismo da UFF. Outro marco foi a ampliação do sistema de bicicletas compartilhadas (NitBike), fortalecendo a mobilidade urbana sustentável no município.

Com foco no futuro, a atual gestão deixa em andamento importantes obras estruturantes, como a dragagem do Canal de São Lourenço, a restauração do Cinema Icaraí, a construção do Centro Cultural da Zona Norte e do Terminal do Caramujo, além da reforma da Estação Cantareira, que abrigará o Centro de Inovação e Economia Criativa. As ações iniciadas este ano serão legados para a próxima gestão, garantindo que Niterói continue crescendo com qualidade de vida e sustentabilidade.

Fonte: Prefeitura de Niterói



quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Prefeitura de Niterói comemora 10 anos do SIGeo

 


A Prefeitura de Niterói celebra, nesta quarta-feira (18), os 10 anos do Sistema de Informações Geográficas de Niterói (SIGeo) que está a cargo da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. Utilizado por gestores públicos e cidadãos, o sistema proporciona dados confiáveis e atualizados que facilita a tomada de decisões e promove avanços significativos em áreas como planejamento urbano, saúde, meio ambiente, transporte e segurança pública.

O prefeito de Niterói, Axel Grael, relembrou a trajetória do SIGeo e destacou que o setor de tecnologia e inovação representa, hoje, a quarta atividade econômica em arrecadação de Imposto Sobre Serviço (ISS) na cidade, o que representa um grande potencial.

“Esse é um momento de celebração e de olhar para frente inspirado pela trajetória que nós tivemos nesse projeto. Foram 10 anos de muitos esforços que foram convergidos para que o SIGeo desse certo. Em 2013, quando cheguei à prefeitura, vimos que não havia praticamente nada de informações georreferenciadas, apenas alguns mapas físicos. Então saímos reunindo tudo que existia naquele momento e conseguimos incluir o sistema numa captação de recursos para evoluir e transformar no que o SIGeo é hoje. Que venham mais décadas de crescimento e que ele esteja cada vez mais à disposição do público em geral, para que isso seja uma das formas de construir a qualidade de vida que a gente quer para a cidade”, disse o prefeito.

Desde a aquisição da primeira imagem e cobertura de ortofotos de alta resolução, o SIGeo tem se consolidado como uma ferramenta pioneira que revolucionou o acesso e a gestão das informações geográficas do município.

“Eu acho que um grande ganho do sistema foi a implantação da cultura do georreferenciamento em Niterói. Mais do que uma ferramenta, ele é uma cultura e as pessoas precisam perceber a potencialidade e aprender a utilizar. O legal do georreferenciamento é que tudo é muito visível. Todos os dados que podem ser explorados na prefeitura já constam do SIGeo o que dá para a gente uma inteligência muito boa para tomada de decisão, porque você permite combinar diferentes dados”, explicou a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Valéria Braga.

A celebração dessa década de pesquisa e implantação do sistema marca o impacto positivo que a geoinformação tem trazido para a cidade. O SIGeo é reconhecido como uma ferramenta essencial para conectar cidadãos e gestores, promovendo uma gestão pública mais eficiente e transparente. Durante o evento, foram apresentados os principais marcos alcançados pelo sistema ao longo da última década, além de serem divulgados novos e futuros projetos que visam aprimorar ainda mais a gestão geográfica de Niterói. De acordo com Ricardo Braz, diretor do Sistema de Informações Geográficas, esse trabalho é um esforço e tem a dedicação de muitas pessoas.

“Hoje o SIGeo tem muita relevância dentro das políticas públicas da Prefeitura de Niterói. Estou aqui como porta-voz, mas gostaria de expressar esse sentimento de gratidão, tanto da sociedade que tem o acesso ao sistema, quanto o pessoal técnico que desenvolve e alimenta os dados no sistema. A gente dedica nosso esforço diário para dar robustez a esse sistema”, contou Ricardo.

A mesa de abertura contou com a participação da secretária de Planejamento, Modernização da Gestão e Controle de Niterói, Isadora Modesto, a secretária de Saúde e presidente da Fundação Municipal de Saúde, Anamaria Schneider, e o representante da Secretaria de Fazenda, Haroldo Almeida.

O Sistema de Informações Geográficas de Niterói (SIGeo) é uma plataforma que integra, armazena, analisa e dissemina dados geográficos do município, apoiando a gestão pública e a participação cidadã. Desde sua implementação, o SIGeo tem sido fundamental para o desenvolvimento sustentável e ordenado de Niterói. O sistema tem sido um importante instrumento para a gestão pública, conectando cidadãos e gestores a dados confiáveis, promovendo avanços em diversas áreas.

O SIGeo conta com uma gama de informações de diversas áreas. Na pandemia, ele foi utilizado para monitorar os dados da Covid-19 na cidade e, assim, auxiliar nas tomadas de decisão no enfrentamento à doença, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e especialistas de diversas áreas de integravam o Gabinete de Crise. O sistema também é responsável por agregar informações sobre Queimadas, Eventos, Mobilidade, entre muitas outras.



quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

DRAGAGEM DO CANAL DE SÃO LOURENÇO SEGUE AVANÇANDO




Inspeção no serviço de dragagem do Canal de São Lourenço. Fotos Bruno Eduardo Alves/PMN.

Desordem permitiu o abandono de cascos soçobrados, que impedem a navegação e dificulta o trabalho da dragagem. Foto Leonardo Simplicio/EMUSA.

Por intervenção da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro cascos soçobrados foram removidos hoje, liberando o acesso ao Porto Pesqueiro de Niterói. Foto Divulgação.

Visitei na última segunda-feira (16) a obra de dragagem do Canal de São Lourenço. As dragas estão atuando em três frentes de trabalho: uma do tipo "Clamshell", próximo ao Porto e outras duas ("dragline" e sucção e recalque) na proximidade do acesso aos estaleiros e ao terminal pesqueiro. A obra é um investimento de R$ 137 milhões feito pela prefeitura para viabilizar a navegação de grandes embarcações no canal, com a ampliação de sua profundidade no canal principal de 7 metros para 11 metros, aumentando a competitividade das empresas locais e permitindo a geração de mais empregos.

De acordo com o licenciamento ambiental do INEA, o material dragado é lançado no local chamado de "Ponto F", fora da Baía de Guanabara. Nas áreas onde foram identificadas a existência de sedimentos contaminados a dragagem é feita por sucção e recalque e o material é destinado provisoriamente armazenado em estruturas conhecidas como "Geobags", estrutura com têxtil especial capaz de reter sedimentos, uma tecnologia desenvolvida justamente para esse tipo de trabalho.

Pátio de armazenamento em Geobags. Foto Leonardo Simplicio/EMUSA.

A tecnologia de Geobags permite que o sedimento contaminado fique retido e seja desidratado para posteriormente ser encaminhado para o destino final adequado.


Linha de recalque chegando ao local de armazenamento em Geobags. Fotos Leonardo Simplicio/EMUSA. 

Os Geobags tem capacidade para receber entre 900 a 1.500 metros cúbicos de resíduos cada. Elas estão localizadas em dois pontos às margens do Canal, e recebem o material dragado. Após os Geobags chegarem à capacidade ideal e com o grau de umidade adequado, o material é coletado e recebe a devida destinação de acordo com sua classificação. A previsão é a de que sejam dragados, ao todo, cerca de 1,6 milhão de metros cúbicos de sedimentos. Desse total, a expectativa é a de que 15% sejam compostos por material que não é adequado ao despejo em bota-fora oceânico.

Benefícios

Nosso objetivo com essa obra é de que todas as atividades aqui no Porto de Niterói possam ter uma capacidade operacional maior. E nós também, com essa dragagem, vamos dar acesso ao terminal pesqueiro de Niterói, que a prefeitura desapropriou e já lançou edital para manifestação de interesse para uma Parceria Público-Privada - PPP para viabilizar o seu funcionamento. 

Já concluímos o primeiro trecho de acesso com a dragagem de um volume de 240 mil metros cúbicos. Em um outro trecho, mais perto do Porto de Niterói, está bastante avançado, com cerca de 70% do serviço já concluído.

A previsão é a de que a obra continue por mais aproximadamente oito meses.

Axel Grael
Prefeito de Niterói


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ENSEADA DE JURUJUBA: Projeto leva educação ambiental às escolas da rede pública municipal de Niterói



A Prefeitura de Niterói deu início, em 2024, ao Projeto de Inventário da Biodiversidade Faunística da Bacia Hidrográfica Contribuinte à Enseada de Jurujuba que encerrou as atividades do ano com resultados positivos em campanhas de educação ambiental com três escolas da rede pública da região, em parceria com o Instituto Moleque Mateiro. O programa recebeu, ao todo, 434 crianças das escolas Helena Antipoff, Professora Lúcia Maria Silveira Rocha e Professora Maria Ângela Moreira Pinto. Dentre as atividades, aulas de ciências a bordo de um barco, observação da fauna e da flora, práticas com instrumentos de medição do vento e da qualidade da água, equipamentos de fotografia e de captação audiovisual, e dinâmicas de desenho e pintura.

Desirée Luzia Martins da Silva, pedagoga responsável pela Escola Municipal Helena Antipoff, considera o trabalho de extrema importância para o desenvolvimento das crianças.

“As atividades feitas com os alunos despertaram a curiosidade deles pela questão científica e ofereceram a eles uma visão mais ampla do que é o entorno da Baía de Guanabara, ampliando o aprendizado. E o tratamento que as crianças receberam por parte de toda a equipe foi fantástico, as crianças foram muito bem acolhidas por todos, todas trouxeram relatos incríveis dessa experiência. E eu pude observar a mudança no comportamento neles com uns lembrando aos outros para não jogarem lixo onde não deve e depositar nas lixeiras”, relata a profissional.

Os “pequenos cientistas” confirmam o impacto da participação nas atividades. Luan da Silva Costa Cordeiro, da turma 4A (EM Helena Antipoff), conta que foi a primeira vez que teve a oportunidade de passear de barco pela enseada e que adorou conhecer o lugar onde vive por outro ângulo e aprender sobre os cuidados com a natureza. “Se a gente joga lixo no mar, os animais podem engolir e morrer, então não podemos fazer isso”, compartilha ele sobre o que ouviu nas aulas.

A colega de turma Luiza Pimentel Silva também declara que passou a tomar mais cuidado com o descarte de objetos e que dividiu os ensinamentos adquiridos com sua família. “Eu cheguei em casa e já fui contando direto para minha mãe, ‘olha o que eu aprendi, não pode jogar lixo no meio ambiente’, e aí a minha mãe também nunca mais jogou lixo fora do lugar. Assim minha família está aprendendo junto comigo”.

Professora da turma GR3A, Lívia Moura Ramos considera que os benefícios das atividades têm, de fato, o potencial de serem perpetuados para além do ambiente escolar.

“Foi uma experiência muito enriquecedora para todos nós que estivemos lá. Os alunos estavam encantados, nunca tinham tido uma vivência desse tipo. E nós também tivemos a oportunidade de trazer os debates de volta para a escola, tivemos muitas conversas posteriores, tudo o que eles aprenderam lá, sobre questões ambientais. Eles até hoje falam que foi um dos melhores dias da vida deles, a gente percebia isso pelos olhos brilhando. E pelas reações, tenho certeza que eles levaram isso para as famílias, disseminaram esses conhecimentos para fora das escolas”.

A proposta do programa de educação ambiental do projeto é justamente atingir toda a comunidade através das atividades com os alunos. Além do conhecimento compartilhado com familiares e amigos, foram realizados 3 ciclos de exposições abertas ao público, nas quais pais e moradores locais puderam ter contato com o material de arte produzido pelos estudantes ao longo das aulas e vivenciar, através do olhar das crianças, o que foi aprendido durante as oficinas. Os eventos contaram, ao todo, com mais de mil espectadores presentes para apreciar a obra dos estudantes.

Nádia Maria da Rosa Santos, professora das turmas de aceleração A1 e A2 da Helena Antipoff, acredita ser um verdadeiro privilégio para os alunos poderem participar de um projeto deste porte. “É um projeto muito bacana, estava fazendo falta algo assim para nossas crianças. Elas podem ter essa complementação de conhecimento da questão ambiental para além da sala de aula. Sempre estimulamos eles a cuidarem do meio ambiente, mas quando eles vivenciam de forma assim, concreta, de dentro da Baía de Guanabara, é uma experiência fantástica”, comenta a docente. “É um projeto que deveria acontecer todos os anos, para mais e mais alunos terem uma oportunidade como essa”, completa ela.

A proposta do projeto é justamente levar o entendimento de pertencimento às crianças e suas comunidades, tornando palpável a relação e integração de todos com a natureza à sua volta. Dentre os relatos de professores e monitores participantes das atividades embarcadas, eles contam que um grupo de alunos avistou uma tartaruga marinha e deram a ela o nome de “Cascudo”. O contato direto com o animal dentro do mar despertou neles com clareza a importância de preservar tudo o que viam. Ao final da aula-passeio, todos se preocupavam com a ideia de resguardar a vida do Cascudo, não descartando lixo nas areias das praias e no mar. “O lixo fica preso no bicho e eles não conseguem mais nadar, ou engolem e morrem”, declara Ana Júlia Gonçalves da Silva, da turma 4A.

O programa de educação ambiental do projeto de Inventário da Biodiversidade Faunística da Bacia Hidrográfica Contribuinte à Enseada de Jurujuba é uma iniciativa da Prefeitura de Niterói com apoio da Secretaria Municipal de Educação de Niterói, com o objetivo de difundir conhecimentos científicos e abrir frentes para novos projetos voltados para a sustentabilidade na região.

Fonte: Prefeitura de Niterói



domingo, 15 de dezembro de 2024

APRENDIZ MUSICAL ENCERRA O ANO COM CHAVE DE OURO

Orquestras e coros reunidos no auditório da Casa do Aprendiz Musical Professor Aníbal Bragança. 





Orquestras e Coros se apresentando (fotos acima)

Ao lado da Christa, parabenizando o trabalho e as apresentações, desejando um Feliz Natal e ainda mais sucesso em 2025.

Assistindo ao lado de Christa e do secretário Executivo André Diniz.

A presença dos familiares dos alunos tornou o evento ainda mais especial.

Ontem, foi mais um dia para se emocionar com o Programa Aprendiz Musical. Em novembro, já tivemos uma apresentação memorável de um musical em homenagem ao Paulinho da Viola, estrelado pelos músicos e atores/cantores do Aprendiz, que lotou o Teatro Municipal. Na sexta-feira (13 de dezembro), assistimos a uma bela apresentação da Orquestra Aprendiz na abertura da programação do Natal no Campo de São Bento, que estava lotado, com famílias curtindo a bela iluminação e decoração natalina preparada pela Prefeitura. Além da orquestra e da iluminação, o público foi brindado com uma majestosa lua cheia para completar o espetáculo. 

Ontem (sábado), foi dia de assistir às apresentações de encerramento do ano na Casa Aprendiz, no Fonseca. Tivemos a apresentação das orquestras de sopro e de cordas, além dos corais que nos surpreenderam mais uma vez com a qualidade musical.

Os alunos que mostraram todo o seu talento e dedicação. Além deles, a equipe de professores e dirigentes do Aprendiz Musical, estão de parabéns. É muito gratificante ver o quanto todo o trabalho avançou em tão pouco tempo. Também registramos aqui a especial dedicação do secretário André Diniz e da subsecretária Mariana Zorzanelli, que junto com o Instituto Memória Musical Brasileira - IMMuB, que conduzem os trabalhos do Aprendiz Musical.



Curtindo algumas das nossas cantoras fofas do coral.

Aprendiz Musical

O Aprendiz Musical existe há 23 anos, mas hoje é um dos maiores programas públicos de musicalização do pais. Em 2022, o Programa atendia aproximadamente 2.100 alunos, de 21 escolas municipais. Inspirados na nossa experiência no Projeto Grael, sabíamos do potencial e da potência do Aprendiz e decidimos apostar no programa. Em 2023, foi realizado chamamento público para contratação de uma organização gestora. O certame foi vencido pelo IMMuB, que assumiu a execução do programa, passamos a atender todas as escolas da rede. Com a contratação do IMMuB, o programa avançou na organização e profissionalização do trabalho. 

Com isso, em 2024, quase quintuplicamos o programa e já atendemos um total de 10.177 alunos no Aprendiz Musical, sendo 9.150 alunos na Iniciação Musical, 334 no Canto Coral e 419 nos Instrumentos nas escolas. Já na Casa Aprendiz, temos 274 bolsistas se aperfeicoando na práticados instrumentos. Hoje, estamos presentes nas 49 escolas municipais do ensino fundamental.

Em 2024, inauguramos a Casa Aprendiz Aníbal Bragança, no Fonseca, em imóvel desapropriado com essa finalidade e que passou por obras de reforma, para adequação necessária ao funcionamento do programa, incluindo a construção de um auditório para os ensaios das orquestras, refeitório, biblioteca, sala multiuso, setor de desenvolvimento social, salas de aula individuais, incluindo acessibilidade. Mais recentemente, em 22 de novembro, entregamos após um belo trabalho de restauro, o Solar Notre Rêve - a antiga Casa Norival de Freitas, que passou a ser a sede do Programa.

Viva a música. Viva a cultura. Viva Niterói!!!

Axel Grael
Prefeito de Niterói


Prestes a deixar o cargo em Niterói, Axel Grael faz balanço de governo: 'Ser prefeito é bom demais'

Prefeito enfatiza investimentos em sustentabilidade e patrimônio histórico, fala sobre pessoas em situação de rua e responde a críticas a sua gestão. Ele não descarta concorrer a uma vaga de deputado federal em 2026

Por Rafael Timileyi Lopes e Felipe Gelani — Niterói

Em fim de mandato, prefeito Axel Grael destaca o prazer de governar Niterói — Foto: Divulgação

Quando 1º de janeiro de 2025 chegar, o prefeito de Niterói, Axel Grael, afirma que terá uma certeza: a de dever cumprido. Após decidir não concorrer à reeleição, o engenheiro florestal traça metas para o fim deste ciclo e não descarta concorrer a uma vaga de deputado federal em 2026, ao mesmo tempo em que avalia o cenário ambiental e climático mundial, sabendo que pode desenvolver trabalhos na área com maior foco. Sob sua gestão, Axel diz que o maior desafio foi enfrentar a Covid-19. Sobre as críticas, ele as enxerga como algo inerente ao exercício da função. O prefeito também analisa o crescimento da população em situação de rua e chama de fake news as informações que afirmavam que a prefeitura tem uma máquina inchada.

— Não é fácil governar, você fica sob pressão o tempo todo. Mas cuidar de uma cidade como Niterói é muito bacana. A cidade não fica pronta nunca. Por mais que você faça, demandas surgem. Quanto mais o sarrafo está alto, mais expectativa as pessoas têm. Mas acho que ser prefeito é bom demais. Sobre o futuro, tem vários caminhos. Sou servidor público de carreira da prefeitura do Rio e, em tese, acabando a gestão, eu volto. Mas estamos conversando — adianta.

Entre as maiores conquistas de sua administração, Axel destacou os investimentos em sustentabilidade, que, segundo ele, consolidaram Niterói como referência nacional em políticas climáticas. De acordo com o prefeito, a cidade criou a Secretaria de Clima, a primeira do Brasil dedicada exclusivamente às mudanças climáticas, e implementou o Parque Orla de Piratininga, premiado internacionalmente por soluções baseadas na natureza.

— Niterói alcançou o marco de 57% de seu território protegido, algo único para uma cidade totalmente urbana. Isso demonstra nosso compromisso em preservar ecossistemas e melhorar a qualidade de vida dos moradores — pontua.


O Globo Niterói, edição de domingo, 15 de dezembro de 2024.

Em defesa da Emusa

Para Axel, outro destaque foi a revitalização de espaços culturais e históricos, como o Cinema Icaraí e a Ilha da Boa Viagem, transformados em polos de lazer e turismo. Além disso, a administração investiu em obras de drenagem e urbanização na Região Oceânica, somando mais de R$ 500 milhões, e destinou cerca de R$ 1 bilhão à contenção de encostas.

Um dos temas sensíveis nos últimos anos foi a questão da população em situação de rua. O prefeito reitera sua oposição à internação compulsória de pessoas nessas condições, enfatizando a necessidade de uma abordagem humanitária e inclusiva para tratar o problema.

— Não acredito que ela seja eficaz. E onde adotaram não deu certo. Além disso, é contra a nossa legislação federal. Optamos por uma abordagem mais acolhedora e inclusiva, que respeita os direitos das pessoas e busca resolver a situação de forma definitiva — afirma.

Grael também destaca que o aumento da população em situação de rua é um fenômeno que não se restringe a Niterói. Ele atribui o problema a questões estruturais, como a crise econômica, o desemprego e a falta de políticas habitacionais efetivas. Lembra ainda que, durante seu mandato, a prefeitura lançou o Programa de Recambiamento, que auxiliou mais de 500 pessoas a retornarem para suas cidades de origem.

Outro assunto abordado por Axel em seu balanço de governo foram as críticas relacionadas à Emusa, empresa municipal investigada pela Justiça pelo aumento exponencial de funcionários. O prefeito explica que a empresa passou por um processo de reestruturação para solucionar questões apontadas pelo Ministério Público. Entre as medidas adotadas, destaca a realização de um estudo detalhado para dimensionar corretamente o quadro de funcionários necessários e a implantação de um conselho para supervisionar a gestão da Emusa.

— Havia problemas que foram identificados e corrigidos, incluindo a realização de concurso público para regularizar o quadro de funcionários. A Emusa é uma empresa essencial para Niterói, responsável por quase R$ 3 bilhões em obras durante nossa gestão. Se Niterói chegou a ter 500 frentes de obras simultâneas, é porque temos uma estrutura como esta para gerir esses projetos. E essa crítica de que existem mais funcionários comissionados e 70 secretarias foi uma mentira falada várias vezes, principalmente durante a campanha — explica, afirmando que a prefeitura tem 28 secretarias.

Próximo ao fim do mandato, Axel olha para o futuro e revela planos de disputar uma vaga de deputado federal, além de considerar cargos internacionais relacionados ao meio ambiente e à sustentabilidade.

— Atuar em organizações globais é algo que me motiva, especialmente pela experiência que adquiri em Niterói. Estou desde 2012 ao lado do Rodrigo (Neves) e acredito que deixamos uma administração mais eficiente, conectada às demandas da população e preparada para os desafios do futuro — diz.

Fonte: O Globo Niterói