No último dia 3 de abril, um sério acidente ambiental colocou em risco os maiores recifes de corais do mundo, na costa de Queensland, na Austrália. O navio chinês Shen Neng 1, que transportava 65.000 toneladas de carvão, navegava por águas proibidas, protegidas por convenções internacionais por serem consideradas ecologicamente sensíveis. E a conseqüência foi a pior: acabou encalhando nos recifes. Deixou uma mancha de mais de três quilômetros, causando danos ecológicos e ao turismo. Segundo as autoridades australianas, o oficial de guarda que pilotava o navio no momento do acidente só havia dormido duas horas e meias nas 37 horas precedentes. “Uma simples sucessão de erros da parte de um membro da tripulação extremamente cansado levou ao encalhe”, afirma um relatório oficial divulgado durante a audiência desta quinta-feira (15), em um tribunal do capitão e do oficial em questão, detidos e indiciados. O capitão Wang Jichang, 47 anos, e o oficial vigia Wang Xuegang, 44, foram liberados sob fiança e comparecerão novamente ao tribunal em 9 de junho. Xuegang teve que entregar o passaporte à Justiça australiana. Acidentes marinhos são umas das mais preocupantes ameaças aos frágeis ecossistemas oceânicos. Existem várias propostas de criar áreas proibidas à navegação também no Brasil. Uma dessas áreas é na região dos Abrolhos, no litoral sul da Bahia. Essa é a mais importante região de corais do Brasil.
Da coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 17/04/2010.
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