terça-feira, 30 de julho de 2024

VLT DE NITERÓI MAIS PERTO COM RECURSOS ANUNCIADOS PELO GOVERNO FEDERAL


Rua Benjamim Constant, no Barreto. 

Praia de São Francisco.

Avenida Amaral Peixoto, no Centro.

Na última sexta-feira, dia 26/07, Niterói teve uma grande notícia! O governo federal anunciou recursos do Novo PAC Seleções para o Projeto de Implantação do VLT de Niterói

Serão recursos da ordem de R$ 455 milhões. Deste montante, R$ 273 milhões são recursos do próprio Orçamento Geral da União (OGU), ou seja, serão investidos diretamente pelo Governo Federal, e R$ 172 milhões serão na forma de financiamento, ou seja, empréstimo via Caixa. Este recurso permitirá avançar no braço norte do VLT, que ligará o Terminal João Goulart ao Barreto, um trecho importante pois além de atender à população dos bairros, receberá equipamentos importantes para a logística do VLT, como as suas oficinas, garagens e outras necessidades operacionais.

O VLT é uma solução que vem sendo estudada pela Prefeitura há mais de uma década e será um importante investimento para dar uma melhor solução de transporte para os moradores de Niterói.

Não é a primeira vez que tivemos anúncios recentes de verbas federais para Niterói. Em maio de 2024, o Governo Federal já havia anunciado recursos R$ 140 milhões para Niterói, contemplando: 
  • Aquisição de 30 ônibus elétricos para a avançar na transição energética da nossa frota: R$ 95.340.000
  • Regularização fundiária na Ilha da Conceição: R$ 2.304.138
  • Regularização fundiária das comunidades Lara Vilela e Via 100: R$ 695.862
  • Contenção de encostas na Grota do Surucucu: R$ 1.428.568
  • Construção da Unidade Básica de Saúde no Cafubá: R$ 5.291.346

Assista ao vídeo no YouTube sobre o VLT de Niterói.


Considerações importantes sobre o VLT de Niterói

Como sabemos e tem sido expresso nas pesquisas de opinião, um das maiores preocupações dos niteroienses é o trânsito da cidade (21% dos moradores consideram um dos três maiores problemas da cidade, segundo pesquisa GERP). Segundo o relatório do PMUS

"Em um lapso temporal, entre 1970 e 2014, observou-se aumento de 310% da ocupação urbana do território, enquanto o crescimento populacional foi de 50% para o mesmo período. Entre os anos de 2001 e 2012, o ritmo de crescimento da população foi de 0,66% a.a. enquanto a taxa de crescimento da frota de automóveis foi de 3,44% a.a., ou seja, cinco vezes maior que a demanda populacional". 

Niterói tem uma das maiores taxas de carros por habitante no país (PMUS): 
  • Niterói: 0,38 automóveis/habitante 
  • Rio de Janeiro: 0,31 automóveis/habitante 
  • Estado do RJ: 0,27 automóveis/habitante 
  • Brasil: 0,26 automóveis/habitante
E o trânsito da cidade ainda é pressionado com o fluxo de outras cidades até a Ponte, além das pessoas que se deslocam diariamente para Niterói, que é um polo regional de empregos e serviços. Não há solução mais inteligente para superar os engarrafamentos da cidade do que criar novas centralidades urbanas (uma das prioridades da Lei Urbanística recentemente aprovada) e investir em soluções de transporte coletivo que diminuam a dependência do automóvel.

O gráfico acima mostra que a previsão não é que o VLT não competirá com o sistema de ônibus que, ao contrário, será favorecido mediante o planejamento integrado do transporte coletivo. O Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica - EVTE estima que o VLT tirará das ruas 16.000 veículos.

Portanto, o futuro do transporte de Niterói é multimodal e todo o seu planejamento aponta para isso, buscando integrar várias opções, como os ônibus, as barcas, bicicleta e, no futuro, o VLT.

O VLT é uma solução de transporte de alta capacidade cada vez mais adotado em grandes cidades e que traz outras vantagens. Destaca-se por ser uma solução sustentável, além de oferecer conforto e pontualidade, condições importantes para atrair usuários do automóvel para o transporte coletivo. Onde foi implantado promoveu uma requalificação urbana, como aconteceu no Rio de Janeiro e como tivemos a oportunidade de constatar na cidade de Bordeaux, uma das referências mundiais na utilização desta solução de mobilidade.

VLT do Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco.

VLT de Bordeaux, na orla do Rio Garonne.

O VLT de Niterói começou a ser concebido em 2013, pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade - SMU como um dos eixos estruturantes da mobilidade da cidade. O planejamento ganhou impulso quando a Prefeitura firmou acordo em 2015 com a Agência Francesa de Desenvolvimento - AFD, que apoiou os estudos iniciais (Estudo de Pre-Viabilidade). A realização do Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica - EVTE foi realizado com recursos do fundo francês FASEP. Os entendimentos com os parceiros franceses foram desenvolvidos pelo Escritório de Gestão de Projetos - EGP, vinculado ao meu gabinete, quando fui vice-prefeito e secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão - SEPLAG. 

A partir dos diversos estudos, chegamos ao planejamento expresso no mapa abaixo:

Traçado completo do VLT.

Para estabelecer o traçado acima, levamos em consideração as seguintes premissas: atender às áreas de maior densidade populacional para proporcionar a máxima viabilidade operacional e econômica e conectar outros eixos prioritários de transporte na cidade. Portanto, o VLT terá uma importância estruturante e funcional na mobilidade da cidade.

Veja, a seguir, dados relevantes sobre o projeto do VLT de Niterói:
  • Extensão completa do VLT será de 11,4 km, seguindo do Barreto ao Terminal João Goulart/Barcas e de lá para o Terminal Multimodal de Charitas (BRT, VLT e Catamarã) 
  • Potencial da população diretamente atendida: segundo os estudos, num raio de 500 metros ao longo de todo o traçado existem: 130 mil habitantes, 80 mil empregos e 40 mil alunos.
  • Capacidade de transporte: 120 mil passageiros/dia
  • Serão 19 estações, com distância média entre elas de 650 metros.
  • Tempo para percorrer todo o traçado: 37 minutos
  • O VLT estimulará a retirada de 16.000 automóveis das ruas.
  • As mudanças urbanísticas promovidas pelo VLT permitirá a implantação de 30.000 m² de áreas verdes, além de 35.000 m² de áreas gramadas ou ajardinadas.
  • Serão plantadas 1.000 novas árvores
  • Serão evitadas as emissões de 350.000 toneladas de CO2 nos primeiros 30 anos de funcionamento do VLT.
  • O VLT vai valorizar áreas com relevância arquitetônica, com casarios antigos da cidade que ganharão estímulos para a conservação.
O projeto prevê um investimento total (CAPEX) de R$ 1,87 bilhão, sendo que a estimativa para o material rodante (trens), incluídos neste investimento total, alcançará R$ 557 milhões. Além dos recursos disponibilizados pelo governo federal, a Prefeitura busca parcerias público-privadas (PPP) e outras parcerias para viabilizar esta transformadora solução de transporte para Niterói.

Importante destacar que uma das premissas básicas do projeto é que a tarifa do VLT seja a mesma da passagem de ônibus na cidade.

Contextualização no planejamento urbano e da mobilidade de Niterói 

O VLT está incluído num contexto bem mais amplo do planejamento urbano, da mobilidade e do transporte em Niterói. Em 2015, a Prefeitura iniciou o desenvolvimento do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável - PMUS, contando com o apoio do Banco de Desenvolvimento da América Latina - CAF e o estudo foi apresentado à população em 2019. O PMUS é um instrumento de internalização das diretrizes, dos objetivos e dos princípios gerais da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Nº 12.587/2012). Em Niterói, o PMUS integrou os planejamentos de mobilidade então existentes com as novas iniciativas em curso na época, como dentre outras a Transoceânica, o Programa Niterói de Bicicleta, o projeto do VLT, o sistema de mobilidade previsto no PUR para a Região de Pendotiba, e o Centro de Controle Operacional de Trânsito de Niterói (CCO). Outros investimentos de Niterói terão relevante impacto na melhoria do transporte e trânsito na cidade, como a otimização do sistema de transporte entre a Alameda São Boaventura e o Terminal João Goulart, que será promovido pela implantação do Terminal Rodoviário do Baldeador, já em construção.

O projeto do VLT dialoga também com outros investimentos da Prefeitura, que desenvolve atualmente a requalificação do Centro de Niterói, com obras de reurbanização da Avenida Visconde do Rio Branco, a implantação da infraestrutura esportiva com o Parque Esportivo de Niterói e o Complexo de Atletismo Aída dos Santos, da UFF, e os investimentos na região da Cantareira e Gragoatá. Obras de requalificação da Avenida Amaral Peixoto, das ruas da Conceição e Dr. Celestino. Todas essas ações foram incluídas no Plano Niterói 450 Anos para o Centro da cidade.

Em 2023, a Prefeitura de Niterói, através da Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade - SMU, iniciou o desenvolvimento do Sistema de Gestão da Mobilidade de Niterói - MOBNIT, que ainda está sendo elaborado e será entregue ainda em 2024. Este sistema auxiliará aos gestores municipais a tomarem decisões mais assertivas por meio do acompanhamento diário da operação do sistema de transporte da cidade. Inicialmente o MobNit será estruturado para os dados do sistema de ônibus e alguns dados já estão disponíveis. Mas futuramente será capaz de produzir informações sobre todo sistema de mobilidade urbana do município.

Todos os dados serão públicos e a sociedade poderá acompanhar informações mensais da operação de ônibus municipal da cidade. Além disto, o MobNit possui consulta de previsibilidade, onde o usuário poderá saber em tempo real quanto tempo falta para seu ônibus chegar ao ponto.

VLT e o Clima

Como vimos acima, o VLT é uma alternativa de alta eficiência para o transporte coletivo e, segundo os estudos, vai retirar 16 mil automóveis da rua. Portanto, substituiremos o transporte de alta emissão de Gases de Efeito Estufa - GEE por uma alternativa elétrica. 

Como pode ser visto abaixo, o Transporte é responsável por quase 40% das emissões de Gases do Efeito Estufa - GEE de Niterói, de acordo com os inventários realizados nos anos 2015, 2016, 2017 e 2018:
Niterói realizou seu primeiro inventário de gases de efeito estufa para o ano de 2015 por meio da plataforma ClearPath. Posteriormente, os anos de 2016, 2017 e 2018 foram inventariados utilizando a metodologia GPC com o apoio da ferramenta CIRIS (C40). Como resultado, no inventário do ano de 2018, ano mais recente inventariado e escolhido como ano base para as projeções futuras de emissões, o setor de Transporte representou 39,7% dos Gases de Efeito Estufa, seguido do setor de Resíduos com 38,7% e do setor de Energia Estacionária, com 21,6% (vide Figura 2). 

Desse modo, as emissões do setor de Transportes se caracterizam por serem provenientes da queima de combustíveis em veículos e equipamentos móveis terrestres e marítimos, as emissões do setor de Resíduos, são provenientes da disposição dos resíduos sólidos em aterros e/ou através do tratamento de efluentes em estações de tratamento de esgoto (ETEs) e as emissões do Setor de Energia Estacionária são provenientes do consumo de energia elétrica e da queima de combustíveis em edifícios residenciais, comerciais e institucionais, indústrias de manufatura e construção e propriedades rurais. 


Os dados acima são dos estudos preliminares que estão sendo realizados pelo Consórcio WayCarbon & ICLEI para o "PLANO DE ADAPTAÇÃO, MITIGAÇÃO E RESILIÊNCIA À MUDANÇA DO CLIMA DE NITERÓI", em elaboração.

O que já avançamos no planejamento do VLT

Os vários estudos que foram realizados podem ser acessados no site da Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade - SMU, onde também é possível ter acessos a todos os estudos e legislação urbanísticas da cidade. 


Necessidades de infraestrutura: drenagem

Junto com os investimentos de adaptação urbana do VLT, várias demandas básicas de infraestrutura urbana serão atendidas. É o caso das obras de drenagem, que nos últimos 10 anos foi objeto do maior investimentos da história de Niterói. No caso do VLT, os três maiores pontos de preocupação com relação à drenagem são: Barreto (obras de drenagem estão em andamento), Avenida Roberto Silveira (projeto para a solução em fase de contratação) e Avenida Sílvio Picanço (a primeira parte da obra foi concluída e a segunda - diante do aeroclube e cemitério - está sendo contratada).

Próximos passos
  • Autorização legislativa: Assim como já fizemos anteriormente para a aquisição dos ônibus elétricos, a Prefeitura encaminhou hoje (30/07) uma mensagem à Câmara Municipal para a aprovação legislativa para que a captação dos recursos do PAC.
  • Detalhamento do projeto: complementar o planejamento e avançar os projetos de engenharia para o nível de básico e executivo. Também serão continuados os estudos específicos de engenharia trânsito e outras necessidades.
  • Financiamento: busca da complementação dos recursos financeiros para os investimentos e atração de investidores privados.
  • Licenciamento ambiental: de acordo com a legislação vigente, todas as intervenções passarão pelo devido licenciamento ambiental.
  • Escuta à população: assim como aconteceu com a Transoceânica e todas as nossas intervenções, o projeto será apresentado previamente para um processo amplo de escutas à sociedade.

Há muita gente para agradecer pelos avanços que tivemos no projeto do VLT. Ao ex-prefeito Rodrigo Neves, pela orientação e apoio aos trabalhos de desenvolvimento do VLT. À então chefe do Escritório de Gestão de Projetos - EGP, Valéria Braga, e à equipe atual do EGP. À equipe da SMU, na figura do seu secretário Renato Barandier. À Verena Andreatta pelas primeiras conversas sobre o VLT. Também o nosso agradecimento ao José Augusto Gomes, pela sua contribuição decisiva.

Continuamos sonhando e trabalhando para consolidar cada vez mais Niterói como uma referência de sustentabilidade urbana, com justiça social e qualidade de vida.

Vamos em frente.

Axel Grael
Prefeito de Niterói




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Governo Federal libera recursos para implantação da primeira linha de VLT em Niterói

Ligação do Barreto ao Centro vai receber R$ 450 milhões do Novo PAC Seleções


31/07/2024 – A mobilidade em Niterói está prestes a entrar numa nova era. A cidade vai ganhar a sua primeira malha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) ligando o Barreto ao Centro. A linha foi escolhida para receber investimentos de mais de R$ 450 milhões pelo Novo PAC Seleções, programa do Governo Federal. O projeto, em desenvolvimento pela Prefeitura, contempla os bairros do Barreto, Santana, São Lourenço e Centro e conta com cerca de 5 quilômetros e 9 estações.

“O presidente Lula anunciou mais R$ 450 milhões para Niterói! Desta vez, os recursos são para a implantação do VLT. O projeto de mobilidade urbana sustentável foi desenvolvido pela Prefeitura de Niterói em parceria com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e a CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina). Em maio, estive em Brasília e participei da cerimônia em que nossa cidade foi beneficiada pelo Governo Federal com verbas do PAC para regularização fundiária e aquisição de ônibus elétricos. É Niterói avançando com base no diálogo, na cooperação entre os Poderes. Vamos seguir em frente, superando desafios, no caminho de fazer da nossa cidade o melhor lugar do País para viver e ser feliz”, destaca o prefeito Axel Grael.

A rede começou a ser estudada e planejada no segundo mandato do ex-prefeito Rodrigo Neves e hoje alcança o patamar de obter recursos do Governo Federal para a sua construção. Com a seleção dessa iniciativa, Niterói se consagra na vanguarda da realização de projetos de mobilidade urbana sustentável no Brasil.

A ideia é que, com o VLT, a região receba reestruturação urbana, novos trajetos para pedestres e que o tráfego de veículos diminua. Além disso, a iniciativa tem como objetivo promover a ocupação de vazios urbanos e valorizar o patrimônio cultural da cidade, como o Caminho Niemeyer e casarões da década de 1940 e 1950.

“O fato de esse projeto ter sido escolhido pelo PAC Mobilidade é um grande reconhecimento ao trabalho feito pela administração de Niterói. A cidade se consagra como pioneira na realização de projetos de mobilidade urbana sustentável”, celebra o secretário municipal de urbanismo e mobilidade, Renato Barandier.

A secretária do Escritório de Gestão de Projetos (EGP) da Prefeitura, Katherine Azevedo, ressalta que a gestão está comprometida em assegurar que o projeto seja executado com a máxima eficácia.

"É muito gratificante saber que Niterói foi contemplada com recursos do Governo Federal para as áreas de resiliência, transporte e saúde. O VLT, em especial, será um marco para transformar Niterói em uma cidade cada vez mais moderna e preparada para os desafios do futuro", conclui.

Fonte: Prefeitura de Niterói





domingo, 21 de julho de 2024

Prefeitura de Niterói anuncia contemplados no edital de economia solidária



Recursos de R$2 milhões serão destinados ao combate à desigualdade e geração de trabalho

A Prefeitura de Niterói realizou, na última sexta-feira (19), cerimônia de assinatura do termo de compromisso e entrega dos cheques aos coletivos selecionados pelo segundo edital de fomento à Economia Solidária. O evento, que aconteceu na sede do auditório da Associação Comercial e Industrial do Estado do Rio de Janeiro, contou com a participação do prefeito Axel Grael e do secretario de Assistência Social e Economia Solidária, Elton Teixeira, entre outros. Foram contemplados 22 coletivos compostos por 138 trabalhadores, sendo 93 mulheres, o que corresponde a 67% dos contemplados.

O Edital de Fomento à Economia Solidária, no valor total de R$ 2 milhões, foi lançado em abril desde ano voltado a coletivos, cooperativas, associações e à produção local. Os recursos podem ser utilizados para compra de equipamentos, insumos, assessoria técnica, reformas de espaço físico, quitação de débitos, custos para formalização, entre outros. Uma das regras para se candidatar era estar cadastrado na Casa Paul Singer e fazer parte do Fórum de Economia Solidária de Niterói. Além disso, era exigido também ser um coletivo de serviço ou produção que tenha, no mínimo, cinco componentes.

O edital selecionou propostas financeiras que se enquadraram nas perspectivas da Economia Solidária com a finalidade de aportar recursos para custos cartoriais e contábeis, reformas e construções de espaços físicos dos coletivos, aquisição de insumos e materiais permanentes, aumento de capacidade produtiva, assessoria técnica/jurídica, capacitação e formação dos trabalhadores, impostos e microcrédito local.

O edital é um compromisso do governo municipal com a economia solidária, para o combate à desigualdade social através de iniciativas coletivas de geração de trabalho e renda. Os recursos são oriundos da taxa administrativa gerada a cada compra realizada com a Moeda Social Arariboia.

Dentre os objetivos do edital estavam colaborar para o fortalecimento de empreendimentos de Economia Solidária organizados em cooperativas e associações, coletivos e redes na cidade de Niterói; além de fortalecer a formação de novas organizações.

Dentro do apoio dado pela prefeitura ao segmento, consta ainda contemplar iniciativas de coletivos produtores e prestadores de serviços; incentivar a autogestão, a cooperação e a solidariedade nas relações de trabalho; contribuir para o enfrentamento da pobreza e da extrema pobreza, enfrentar as vulnerabilidades e riscos sociais e reduzir as desigualdades.


sábado, 20 de julho de 2024

NITERÓI SEDIA FESTIVAL ODS: Brasil retoma a AGENDA 2030 e lança novo Relatório Nacional Voluntário sobre o cumprimento das ODS

Abertura do Festival ODS em Niterói. Foto de Alex Ramos

Nesta sexta-feira (19/07), Niterói foi anfitriã do Festival ODS, promovido pela Prefeitura de Niterói e pela Agenda Pública, organização dedicada a parcerias com a administração pública para promover o avanço da governança e desenvolvimento de políticas públicas. A programação do Festival ODS debateu a igualdade de oportunidades no mercado e as necessidades de diferentes gerações através de palestras, oficinas, pitches e entrevistas. A sessão de abertura teve como tema “O Brasil vai alcançar os ODS? Estratégias e perspectivas” e contou com a participação de Antônio Nóbrega, reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF); Sergio Andrade, o diretor executivo da Agenda Pública; João Vitor Domingues, o diretor de relações institucionais da ENAP, e minha contribuição.

Sou vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos - FNP e na organização, em parceria com a prefeita de Francisco Morato (SP), Renata Sene, coordeno a estratégia de ODS, além de presidir a Comissão Permanente de Cidades Atingidas por Desastres - CASD. Defendo junto aos prefeitos brasileiros que todos devem indexar as suas ações aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS, pois isso faz com que os municípios se engajem numa estratégia planetária de transição para a sustentabilidade, que como bem indicam os ODS, são desafios que vão muito além de apenas temas ambientais, mas apontam para um novo modelo de desenvolvimento. Niterói incorporou as ODS ao seu planejamento e toda a gestão de metas da cidade é indexada aos ODS, além do Plano Estratégico Niterói que Queremos, que desenvolvemos em 2013, projetando um cenário para a cidade em 2033. Atualmente, estamos desenvolvendo um diagnóstico da cidade, que chamamos de Niterói que Somos, para desenvolver o que é considerado um PNAD municipal.

RETOMADA DA AGENDA 2030 E O NOVO RELATÓRIO NACIONAL VOLUNTÁRIO

Após "longo e tenebroso inverno", quando, irresponsavelmente o governo federal abandonou a agenda ambiental e preferiu "passar a boiada", o Brasil volta a trabalhar a Agenda 2030 e a buscar o seu caminho para a transição para a Sustentabilidade. No final de 2023, enfim, o Governo Federal instalou a Comissão Nacional dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (CNODS).

Uma outra boa notícia, é que o IPEA lançou uma série de estudos sobre o cumprimento de cada um dos 17 ODS. Os estudos do IPEA sugeriram mais um ODS: ODS 18 - Combate ao Racismo. As publicações oferecem um bom balanço dos nossos avanços e dos desafios que temos pela frente e subsidiaram o Relatório Nacional Voluntário - RNV que foi apresentado no Fórum Político de Alto Nível na ONU pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo. O evento é o mesmo que participamos em Nova York na semana passada

O RNV aponta os retrocessos observados entre 2016 e 2022, os avanços e as medidas do atual governo para o cumprimento da Agenda 2030. Segundo o site da Presidência da República:

"O RNV analisa cada um dos 17 ODS com olhar especial para as metas estabelecidas como prioritárias no PPA de 2024 a 2027. Entre 2016 e 2022, intervalo de tempo para as estatísticas, o Brasil enfrentou dificuldades para o alcance das metas. Apenas 8,3% das metas foram plenamente alcançadas, 20,7% evoluíram positivamente. Mas 15,4% não progrediram, 13,6% retrocederam e 42% não puderam ser avaliadas por falta de dados ou irregularidades nos dados recolhidos. A pandemia prejudicou o avanço em 37% das metas. Assim, fica clara a vulnerabilidade das estratégias de desenvolvimento durante crises globais".

ODS 13: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: Dentre as ODS, o tema que mais tem movimentado o cenário diplomático mundial é o enfrentamento às Mudanças Climáticas (ODS 13), mas não teremos sucesso na agenda do clima se não avançarmos para a sustentabilidade, com a transição para uma economia de baixo carbono e uma ordem mundial mais justa, democrática, solidária e inclusiva. É disso que tratam as ODS e a Agenda 2030. 

Em 2025, o Brasil receberá a COP30, em Belém, com a expectativa que os países renovem os compromissos climáticos assumidos no Acordo de Paris, ou seja, as novas NDC's. Mas, para chegar lá, passaremos pela COP29, que acontecerá em dezembro de 2024 em Baku, no Azerbaijão, com o objetivo de aprovar as diretrizes e compromissos mundiais de financiamento das medidas de enfrentamento às mudanças climáticas. 

Vejo muita gente menosprezando a importância de Baku, mas sem o sucesso na COP29, não haverá maior ambição na renovação das NDC's, o que é inadmissível perante o imperativo de ação para garantir um futuro sustentável para as futuras gerações. 

Não há mais tempo a perder!

Axel Grael
Prefeito de Niterói.
Vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos - FNP.


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IPEA lança segunda edição dos Cadernos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Série de estudos traz diagnósticos e desafios para alcançar medidas de crescimento sustentável até 2030


O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta quarta-feira (3) a segunda Série Cadernos ODS, uma coleção de publicações que apresenta diagnósticos e desafios do país em relação ao cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015, visando alcançar medidas de crescimento sustentável até 2030. Acesse os Cadernos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Os Cadernos ODS são documentos que endossam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e subsidiaram a elaboração do Relatório Nacional Voluntário (RNV), o qual o governo brasileiro apresentará oficialmente durante o Fórum Político de Alto Nível (HLPF), entre os dias 8 a 17 de julho na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros chefes de Estado. Este documento, elaborado pela Comissão Nacional para os ODS (CNODS), detalha a situação do Brasil em relação aos 17 ODS. Após esse evento, o Ipea realizará um seminário no dia 1º de agosto para discutir os desafios e avanços rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Enid Rocha, técnica de planejamento e pesquisa do Ipea, comenta sobre o Relatório Nacional Voluntário entregue à ONU na última sexta-feira (28), e o cumprimento das metas e indicadores pelo Brasil será apresentado no Fórum. “Este é um documento crucial, mas não é possível abarcar todas as informações sobre o cumprimento das metas neste relatório. Por isso, além de colaborar na elaboração do Relatório Nacional, o Ipea também produziu os 17 Cadernos ODS, oferecendo uma análise detalhada de cada um dos objetivos”, detalha Rocha.

Esta é a segunda edição dos Cadernos ODS elaborada pelo Ipea. A primeira foi publicada em 2019, dois anos após o Brasil entregar seu Relatório Nacional Voluntário em 2017. O Ipea faz parte da Comissão Nacional dos ODS como instituição de assessoramento técnico, junto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Fundação Oswaldo Cruz, com o objetivo de apoiar a Comissão na elaboração de relatórios e no acompanhamento das políticas relacionadas ao tema.

Além do contexto de cada um dos ODS, nos Cadernos há detalhamento do cumprimento das metas assumidas pelo Brasil: quais progrediram, se houve retrocesso, quais as metas prejudicadas no período da pandemia da Covid-19, e as políticas, programas, ações e entregas do Governo Federal que têm contribuído para o cumprimento das metas. Também há uma seção nos Cadernos ODS que relata os principais desafios que o Brasil precisa enfrentar para atingir essas metas até 2030.

Com seus 17 ODS, a Agenda 2030 é, em essência, um plano de ação que se constitui em estratégia para o desenvolvimento econômico, social e ambiental em todo o mundo. A proposta é que esses estudos se constituam em ferramenta para governos e sociedade acompanharem os progressos alcançados pelo país na implementação dos Objetivos e Metas até 2030.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram assumidos num acordo global envolvendo 193 países, em 2015, durante a Cúpula das Nações Unidas. Os ODS fazem parte da Agenda 2030 e contém 17 objetivos a serem cumpridos, distribuídos em 169 metas que visam promover o crescimento sustentável global até 2030. Os objetivos abrangem temas como fome, pobreza, proteção ao meio ambiente, clima e garantia de paz social.

Fonte: IPEA



quinta-feira, 18 de julho de 2024

Obras de revitalização da Praça Arariboia seguem a todo vapor

Visita à obra de requalificação da Praça Arariboia. A obra é parte da obra que está reurbanizando toda a Avenida Visconde do Rio Branco, desde a Ponta D'Areia até o Forte Gragoatá. A obra da Praça Arariboia é parte das intervenções previstas no Plano Niterói 450 para a revitalização do Centro de Niterói, que inclui o Parque Esportivo de Niterói e a Arena Poliesportiva (na Concha Acústica), o Complexo de Atletismo Aida dos Santos (na UFF), o Mercado Municipal e a restauração do Prédio da Cantareira, da Casa Norival de Freitas e do Castelinho do Gragoatá. Lançaremos em breve o edital para a nova Avenida Amaral Peixoto.

O espaço ao lado do Bicicletário Arariboia, onde antes havia um estacionamento, será uma nova praça, de onde se poderá desfrutar da vista da Baía de Guanabara.

O local onde havia um prédio da antiga Transtur (estação dos aerobarcos) teve as instalações demolidas e no local também haverá uma praça com frente para a Baía de Guanabara.

Obras de revitalização da Praça Arariboia seguem a todo vapor

As obras da Praça Arariboia, na região central de Niterói, seguem avançando. O prefeito Axel Grael esteve na manhã desta quinta-feira (27) no local, para vistoriar e orientar pessoalmente as próximas etapas da intervenção. Uma das principais áreas de circulação do município, por onde passam, diariamente, mais de 150 mil pessoas, está recebendo trabalhos de requalificação das calçadas de pedras portuguesas e as equipes também trabalham nas obras de implementação da área de contemplação da Baía de Guanabara, nas laterais da estação das Barcas. As mudanças fazem parte do projeto de requalificação da Avenida Visconde do Rio Branco, do Centro até o bairro de São Domingos.

“Essa obra é de extrema importância porque integrará o cotidiano do niteroiense. O projeto que estamos implantando tem como prioridade resgatar esse trecho da orla de Niterói. É uma obra que começa no Mercado São Pedro e revitalizará toda a orla, valorizando os espaços. A primeira etapa do Parque Esportivo da Concha Acústica também foi concluída, e seu entorno recebeu melhorias, como nova drenagem, calçadas, revitalização na acessibilidade e paisagismo, proporcionando uma total integração do Complexo Esportivo da Concha Acústica, ainda em obras, com a nova pista de Atletismo da UFF. Quem passa pelo Centro de Niterói pode observar as mudanças que acontecem e irão modificar toda aquela orla”, frisou o prefeito Axel Grael.

Como parte das intervenções, as ruas Alexandre Moura e Coronel Tamarindo, no Gragoatá, receberam iluminação em LED, serviço de requalificação de calçadas, ciclovias e pavimentação. Importantes espaços de convivência da região, as praças Duque de Caxias e Santos Dumont também foram recuperadas. Essa última estará integrada à nova sede do Programa Niterói de Bicicleta, após a conclusão da restauração do Castelinho. O conjunto de intervenções está sob responsabilidade da Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa).

A visita foi acompanhada pelos secretários de Urbanismo e Mobilidade, Renato Barandier, de Obras, Vicente Temperini, do Escritório de Gestão de Projetos, Katherine Azevedo, de Conservação e Serviços Públicos, Ricardo Lanzellotti, e pelo presidente da Emusa, Antônio Lourosa.

“Além de todos os outros benefícios que uma obra deste porte agrega, estamos construindo dois deques de observação ao lado da estação das barcas. Era um grande desperdício manter um estacionamento que não atendia aos usuários de automóveis e a população não poder usufruir de um espaço tão bonito, de frente para a Baía de Guanabara. Estamos aproveitando também a antiga estação da Transtur, que ficou abandonada por décadas. Eram vários muros que ocupavam a frente marítima, enfraquecendo a qualidade urbana da área, por onde passam centenas de milhares de pessoas todos os dias. Esse é um projeto de revitalização urbana, porque estamos reativando essas áreas que de fato estavam distantes, sem integração nenhuma com a cidade”, explicou o secretário Renato Barandier.

Com um investimento de R$ 64 milhões, a previsão para a conclusão dos trabalhos é para o segundo semestre deste ano.

Histórico – Em 2023, a Prefeitura de Niterói concluiu intervenções que contribuíram para a revitalização da região central da cidade. As proximidades do Mercado São Pedro foram beneficiadas com a ampliação da rede de drenagem, nova pavimentação, calçadas e meios-fios, além de iluminação, reconfiguração do estacionamento e paisagismo.

Também em 2023, foram inauguradas as obras de integração do Caminho Niemeyer com o Centro. O Município entregou o prolongamento das ruas Marquês de Caxias, Saldanha Marinho e Doutor Fróes da Cruz até o Caminho Niemeyer. Uma área total de 65 mil metros quadrados onde havia um supermercado e um estacionamento foi reurbanizada e requalificada. Também foi entregue a Alameda Oscar Niemeyer, um boulevard apenas para pedestres. A alameda é transversal às três ruas que foram prolongadas e corta ao meio o espaço onde estão os oito quarteirões. Com projeto paisagístico do escritório Burle Marx, o boulevard tem 10 mil metros quadrados e 220 árvores.

Fonte: Prefeitura de Niterói 



quarta-feira, 17 de julho de 2024

NITERÓI REPERCUTE: MAIS UMA PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS DA ONU SOBRE O CLIMA E SUSTENTABILIDADE


As políticas públicas de Niterói, principalmente para a sustentabilidade urbana e clima, continuam repercutindo no país e no exterior. Mais uma vez, fomos convidados para participar de evento na ONU para compartilhar a experiência da cidade e para, em nome da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos - FNP, representar os prefeitos do nosso país.

Na semana que passou, estive em Nova York participando de dois eventos na ONU, que eram parte do High-Level Political Forum on Sustainable Development - HLPF, realizado sob os auspícios do Conselho Econômico e Social da ONU - ECOSOC. Fui acompanhado pela secretária Katherine Azevedo (responsável pelo Escritório de Gestão de Projetos - EGP e pela Assessoria Internacional) e por Simone Porto, da assessoria do Gabinete do Prefeito de Niterói. Também nos acompanhou Daniel Godoy, Coordenador de Projetos da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos - FNP.

É a segunda vez que participo de eventos promovidos pela ONU em 2024. Em junho, já havia participado em Bonn, na Alemanha, de evento promovido em preparação para a COP29, que acontecerá em dezembro em Baku, no Azerbaijão.

Participei de duas mesas: uma seção plenária diante das representações diplomáticas dos países membros da ONU (dia 10/07) e outra em evento organizado por um conjunto de organizações da ONU e de representação de governos locais e regionais (dia 11/07).

Veja, a seguir, como foram os dois eventos:

DIA 10 de julho: "SDG 13 and interlinkages with other SDGs: climate action"

O objetivo do evento foi avaliar as iniciativas dos paises e governos locais para o cumprimento da ODS 13, que refere-se às Mudanças Climaticas, tema que demanda decisões e ações urgentes. 

O problema tem se agravado a cada dia. O relatório 2023 da Organização Meteorológica Mundial - OMM sobre o Estado Global do Clima alertou que o 2023 foi o ano mais quente já registrado, cerca de 1,4ºC acima da linha dos níveis anteriores à industrialização. Os últimos nove anos, de 2015 a 2023, também foram os mais quentes registrados. E as emissões globais de Gases do Efeito Estufa (GEE) continuam a aumentar. O objetivo da sessão foi examinar os desafios e as oportunidades para acelerar o ODS 13 diante d e tantas crises interconectadas, como da natureza, da biodiversidade, da poluição, mas também da pobreza, da desigualdade e do desenvolvimento sustentável.

Participaram da mesa:

Presidente da sessão
  • Sr. Tarek Ladeb, Vice-Presidente do ECOSOC (Tunísia) 
Destaques: 
  • Sra. Heather Page, Divisão de Estatística, UNDESA 
  • Sra.Tatiana Molcean, Secretária Executiva da Comissão Econômica da Europa (ECE) 
Moderadora: 
  • Sra. Britt Groosman, vice-presidente de Agricultura Inteligente para o Clima, Fundo de Defesa Ambiental 
Painelistas: 
  • Sra. Ko Barrett, Secretária-Geral Adjunta, Organização Meteorológica Mundial (OMM)
  • Sra. Katherine Calvin, cientista-chefe e consultora climática sênior da NASA e copresidente do Grupo de Trabalho III do IPCC 
  • Sr. Axel Schmidt Grael, Prefeito de Niterói, Brasil 
  • Sra. Maria Mähl, Sócia e Diretora de Soluções e Parcerias ESG nos EUA 

Líderes de discussão: 

  • Sr. Miquel Muñoz Cabré, Cientista Sênior, Instituto Ambiental de Estocolmo dos EUA 
  • Sra. Ayisha Siddiqa, Grupo Consultivo de Jovens do Secretário-Geral sobre Mudanças Climáticas

Após todas as apresentações acima, a palavra foi aberta para as representações diplomáticas dos países presentes.

Meu pronunciamento:


Good morning, distinguished participants, ladies and gentlemen.

It is a great honor to be here at the UN today, contributing on this high-level discussion.

My name is Axel Grael, and I am the Mayor of Niterói, a city in the state of Rio de Janeiro, Brazil. Before the people of Niterói granted me the honor of being their mayor, I had already built a long history as an environmentalist since the late 1970’s. I have been actively engaged in climate conferences since Rio 92, participating in international discussions and advocating for action at local, regional, national and global scales to address climate change issues.

Since 2021, I have had the privilege of serving as the mayor of Niterói, where I created the first Brazilian city local climate authority. Despite being in the central area of the over 13 million inhabitant metropolitan region, the city was able to preserve 56% of its territory as parks and other protected areas, one of the highest proportions of urban green per capita in Latin America. Additionally, we have implemented the largest resilience plan in the country, investing one billion reais (the equivalent to about 200 million dollars) over the last decade to prevent landslides and floods. We recognize that climate change will impact us all, with the most severe consequences specially felt by the most vulnerable. Therefore, we prioritized our efforts on enhancing resilience in informal settlements ("favelas"). We also invested building on one of the best climate disaster prevention and response team, we approved this year a new urban land use plan based on sustainable concepts, we are developing the local transport energy transition, and we have the busiest bike lane in Brazil.

It is a pleasure to be here today, representing the Global Taskforce of Local Governments and the United Cities and Local Governments (UCLG), and -the ICLEI – Local Governments for Sustainability, mainly because I firmly believe that cities play a crucial role in fostering an equitable and sustainable society. According to the United Nations, by 2050, 70% of humanity will live in urban centers. During COP26 in Glasgow, I had the opportunity to meet with the Secretary-General of the United Nations, António Guterres, along with eight fellow mayors, to discuss the pivotal role of local governments in combating global warming.As Vice-President of the Brazilian National Front of Mayors, I am currently leading Brazilian efforts to encourage municipalities to join the Climate High Ambition Multilevel Partnership - CHAMP, approved during COP28 in Dubai. It is a coalition of subnational governments, especially cities, to promote climate action. I should highlight that the Brazilian Front of Mayors signed a letter of support to Champ, as did the German, American and Colombian similar organizations, backing up and strengthening Champ.

One of our greatest challenges today is to engage the largest number of cities into a stronger leading role in the transition to a more sustainable and climate responsible world. It is imperative that we work in a coordinated manner to implement environmental policies that advance SDG 13. Another priority of ours is to accelerate the establishment of Multilevel Climate Governance in Brazil. Our challenge today is greater than ever before. The future must be sustainable and egalitarian, or there will be no future. Thank you for the opportunity to contribute to thes discussion.

Dia 11 de julho: "Fórum de Governos Locais e Regionais sobre a Agenda 2030", que teve como tema: "Governando em parceria: impulsionando um plano local de resgate aos ODS". O evento foi organizado pelo Global Taskforce of Local and Regional Governments - GTF e Cidades e Governos Locais Unidos - CGLU (organização esta que Niterói faz parte), Local 2030, e as seguintes agências da ONU, UN Habitat, PNUMA e UN-DESA.

O Fórum reuniu representantes de governos locais e regionais e organizações que representam cidades. Participei do "Painel 2 - Parcerias de elevada ambição para a ação climática: alcançar a transformação ecológica e acelerar as Contribuições Nacionalmente Determinadas através da cooperação multinível", que teve a seguinte composição:

Moderador: 
  • Berry Vrbanovic, Presidente da Câmara de Kitchener (Canadá) 
Discurso de abertura: 
  • Michal Mlynár, Secretário-Geral Adjunto e Diretor Executivo em exercício do UN-Habitat 
Representantes dos governos locais e regionais: 
  • Sr. Ravi Bhalla, Presidente da Câmara de Hoboken (Estados Unidos da América) 
  • Sr. Manfred Armando Antonio Reyes Villa Bacigalupi, Prefeito de Cochabamba (Bolivia) 
  • Sra. Nicole Unterseh, Vice-presidente da Câmara Municipal de Bonn (Alemanha) 
  • Sr. Mauricio Vila Dosal, Governador de Yucatan (México)
  • Sr. Axel Schmidt Grael, Prefeito de Niterói (Brasil) 
  • Sr. Marcelo Metediera, Presidente da Câmara de Canelones (Uruguai)
Meu pronunciamento:


Distinguished participants, ladies and gentlemen.

It is a great honor to be here at the UN today, contributing on this panel.

I am the Mayor of Niterói, a city in the state of Rio de Janeiro, Brazil. As the vice-president of the Brazilian Front of Mayors and member of ICLEI – Local Governments for Sustainability I have been actively following the efforts to enhance the political participation of cities. During the Glasgow COP 26, I was part of a group of eight mayors that met with UN secretary-general Mr. António Guterrez to claim for more participation.

A promising result came during COP 28, in Dubai, when Climate High Ambition Multilevel Partnership – CHAMP was approved. A few weeks ago, the Brazilian Front of Mayors signed a letter of support to CHAMP and I know that other countries mayors associations, such as in Germany, Colombia and the US, did the same thing. I hope other countries could follow.

While we meet here, many parts of Brazil are facing climate disasters, such as the floodings in the State of Rio Grande do Sul, forest fires in the Pantanal (one of the largest swamp areas in the world) and rivers at the Amazon Region are drying out because of a long-lasting drought. Casualties, urban and environmental damages are increasing public concern about the climate change agenda.

Niterói was the first city in Brazil to create a local climate authority. Among other actions, we have the largest resilience plan in the country, investing 200 million dollars over the last decade to prevent landslides and floods. Niterói leads the way and shows that it is possible that cities act to mitigate climate change effects.

Our National Front of Mayors is acting with the Brazilian Federal Government concerning the participation of cities in the implementation of our country’s NDC and the preparation of the new commitment to be presented during COP 30, in Belém, next year. Some recent decisions confirm the multilevel approach in Brazil. The National Climate Emergency Plan was presented in June and is focused on local implementation.

Brazil is a large country and there will be no chance to achieve the NDC goals without a multilevel implementation. For instance, Brazil committed to restore 12 million hectares of degraded land planting forests. It is a very important and strategic goal and it will only be feasible if developed as a national effort, involving all governmental levels, business and the civil society.

Today, our challenge is greater than ever. Efforts and partnerships to tackle global environmental challenges must be ambitious.

Talking about ambition, I want to remember that later this year we will have COP29 in Azerbaijan with a very challenging suject: financing. It is very strategic that we succeed there or COP30 in Belém, when countries will review their NDCs, will lack ambition.

There is no alternative. Our future must be sustainable and equitable, or there may be no future at all.

Thank you.

Seguimos avançando nas politicas públicas de Niterói e compartilhando a nossa experiência pelo pais e pelo mundo. É assim, com responsabilidade e solidariedade planetária,  que construiremos  a transição para a sustentabilidade.

Axel Grael 
Prefeito de Niterói 



quarta-feira, 10 de julho de 2024

NITBIKE: Primeiras 10 estações das roxinhas já são um sucesso


Na última quinta-feira, fizemos mais uma entrega histórica do programa Niterói de Bicicleta: as primeiras 10 estações, com 110 bicicletas, do NitBike, o sistema de bicicletas compartilhadas de Niterói. Até setembro, chegaremos às 50 estações da presente fase. Depois, o programa prevê a continuidade da expansão para outras partes da cidade e abrangendo mais usuários.

No primeiro final de semana das "roxinhas", elas já estavam por todo lado. Foram quase 2.500 viagens só no sábado e domingo. Conforme os números do aplicativo da NitBike, ao completar quase uma semana desde a inauguração das primeiras 10 estações, já tivemos mais de 5.500 viagens e, segundo a metodologia, tivemos 2,24 toneladas de CO2 economizadas.

Números do aplicativo da NitBike: 10/07/2024; cerca de 19:00. Saiba mais em www.nitbike.niteroi.gov.br 

Niterói tem hoje 82 km de infraestrutura cicloviária e já conta com a ciclovia mais movimentada do Brasil: a da Marquês do Paraná, que compõe o eixo cicloviário Av. Roberto Silveira/Av. Marquês do Paraná/Av. Amaral Peixoto/Bicicletário Arariboia. Segundo o ContaBike, sistema do programa Niterói de Bicicleta que registra a passagem dos ciclistas, a Marquês do Paraná tem uma média diária 4.596 passagens, já tendo atingido o recorde de 5.531 passagens, em 18 de junho de 2024. A Av. Roberto Silveira já teve um recorde maior do que a Marquês do Paraná, tendo atingido 5.639 no dia 26 de junho de 2024.

Outra importante referência é a constatação que Niterói possui a maior proporção de mulheres pedalando. Segundo a Pesquisa nacional do ciclista (2021) e um levantamento realizado pela ONG Ciclocidade, a média nacional é de cerca de 10% e, em Niterói a proporção da presença feminina gira em torno de 30%. Pelos dados do Bicicletário Arariboia, também sabemos que as mulheres são cerca de 35% dos cadastros no sistema. Para comparação, em São Paulo, as mulheres são apenas 6% dos ciclistas. Também merece destaque o número de idosos utilizando as bikes. Enquanto a média nacional é de 5,4%, cerca de 8% dos ciclistas de nossa cidade têm mais de 60 anos! 

A vocação de Niterói para a mobilidade ativa e sustentável está mais do que comprovada. Seguiremos avançando para fazer de Niterói cada vez mais uma referência de sustentabilidade urbana.

Bora pedalar!

Axel Grael
Prefeito de Niterói

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Foto Lucas Benevides.

Prefeitura de Niterói registra mais de seis mil cadastros no NitBike em menos de 24 horas

O estudante Alan Cavalcanti, de 23 anos, foi um dos primeiros niteroienses a experimentar o sistema de bicicletas compartilhadas inaugurado ontem pela prefeitura de Niterói. Em menos de 24 horas, cerca de seis mil pessoas já haviam feito seu cadastro no aplicativo NitBike para poder usar as bicicletas roxinhas distribuídas pela cidade.

Morador do Ingá, ele elogiou a interface do aplicativo e os benefícios para a população.

“Foi muito fácil fazer o cadastro, o app é amigável. Eu peguei a bicicleta na estação da Praia das Flechas e vou deixar na Estação do Valonguinho. Na volta pretendo fazer a mesma coisa. Acho que um trajeto que seria de dez minutos andando vou fazer em quatro de bicicleta”, calculou.

Quem também usou o novo sistema no dia de hoje foi o estudante Gabriel Esteves, de 25 anos. Ele pegou a bicicleta no Centro e devolveu na estação do Ingá.

“Vai ser um belo de um adianto pra quem não tem a condição ter uma bicicleta. Tô até testando essas daqui porque, conforme for, eu me desfaço da minha. Fiz esse trajeto em cerca de cinco minutos, mais rápido do que seria de carro”, contou.

Nesta primeira fase do projeto, foram instaladas dez estações, distribuídas estrategicamente pelo Centro, Ingá, São Domingos e Icaraí. A inauguração, feita prefeito Axel Grael, aconteceu na estação da Praia das Flechas, no Ingá.

O objetivo é fomentar o uso de bicicletas como meio de transporte, promovendo a saúde e reduzindo o impacto ambiental no município, além de oferecer à população uma opção para deslocamentos rápidos e eficientes.

“Essa é mais uma conquista do programa Niterói de Bicicleta. A presença das bicicletas nas ruas de Niterói já é uma realidade. Apesar do ceticismo que existia em torno da ideia de tornar o ciclismo uma cultura da cidade, vemos que, cada vez mais, o niteroiense inclui as bikes na rotina. Mais do que isso, a implantação do serviço de bicicletas compartilhadas une mobilidade urbana à sustentabilidade e, ao mesmo tempo, é acessível para todos”, garantiu Grael.

De acordo com a coordenadora do Niterói de Bicicleta, Helena Porto, o primeiro lote contará com aproximadamente 110 bicicletas para adultos e oito bicicletas destinadas ao público infantil. Os outros três lotes serão implantados mês a mês, com previsão de finalizar a instalação das 50 estações até setembro.

“Esse projeto é uma grande vitória para a cidade toda. Eu acho que ele tem um papel fundamental de melhorar a qualidade de vida em Niterói, de melhorar a qualidade da mobilidade urbana. Sabemos que em Niterói muitos carros por pessoa, com muitas viagens sendo feitas em curtas distâncias, de até 3 km. É uma distância que é muito facilmente pedalável”, explicou.

As viagens gratuitas são limitadas a uma hora, sem limites de quantidade de viagens por dia, desde que respeitado um intervalo de 15 minutos a cada 1 hora de viagem. Caso o usuário exceda o limite de 1 hora, será aplicada uma tarifa de R$ 8.

As estações possuem câmeras de monitoramento que estarão ligadas ao Centro Integrado de Monitoramento de Niterói (CISP) para que haja maior controle e segurança dos locais. Além disso, as estações emitem sinais sonoros de alerta em casos suspeitos. O sistema consegue identificar usuários em situações irregulares e bloquear seu uso.

Como usar o sistema

As primeiras dez estações ficam na Praia das Flechas, na Rua Nilo Peçanha, no Valonguinho, no Theatro Municipal, no Terminal João Goulart, na Praça do Rink, na Praça São João, no Palácio Arariboia, na Rua Visconde do Uruguai e no Campo de São Bento.O aluguel das bicicletas será feito por meio do aplicativo NitBike, que está disponível para IOS e Android. No app será preciso clicar em criar conta, preencher os dados pessoais, enviar uma foto de documento, cadastrar um cartão de crédito e adquirir um passe.

Cada cadastro pode retirar até dois passes. Com isso um adulto consegue retirar a sua bike, e também, uma mirim ou retirar até duas bikes adultas.

Mas mesmo quem não tiver o cartão poderá usar o sistema. Em breve será aberto um posto presencial onde a população poderá fazer um cadastro. Mais informações no site: https://www.nitbike.niteroi.rj.gov.br/



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LEIA TAMBÉM:

NITERÓI DE BICICLETA: ciclovias avançam na cidade com planejamento e escuta à população (Histórico do programa Niterói de Bicicleta)
NITERÓI DE BICICLETA: Número de mulheres no bicicletário Arariboia cresce 30% 



sexta-feira, 5 de julho de 2024

PARQUE ORLA DE PIRATININGA: Centro Eco Cultural está com as obras bem avançadas. Falta pouco!

Visita às obras do Centro Eco Cultural do POP Sirkis.

Ouvindo as explicações da Marcia Brandão, responsável pela concepção e montagem das exibições.

Com Dionê Castro, coordenadora do PRO Sustentável, e Rafael Robertson, secretário municipal de Meio Ambiente.

Está ficando lindo!


Ciclomotores elétricos entregues à Guarda Ambiental que circulará para a fiscalização do POP Sirkis.

Visitei hoje as obras do Centro Eco Cultural do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis (POP Sirkis), que está sendo implantado onde foi, no passado, o Iate Clube de Piratininga. A estrutura está praticamente pronta e estamos na fase final de acabamento. As exibições e atrações educativas para os visitantes já estão sendo instaladas, com o trabalho da equipe da Márcia Brandão, reconhecida como uma das melhores e mais criativas profissionais do país e é moradora de Niterói.

O POP Sirkis é uma iniciativa da Prefeitura de Niterói que já foi reconhecida por premiações no Brasil e no exterior, como uma iniciativa pioneira e inovadora no uso de Soluções Baseadas na Natureza (SBN) e oferecerá muitas atrações para a população de Niterói. O parque faz parte de um conjunto de investimentos em infraestrutura e sustentabilidade na Região Oceânica que integram o Programa Região Oceânica Sustentável - PRO Sustentável, financiado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina - CAF. Dentre os destaques do POP Sirkis estão os sistemas de alagados construídos (jardins filtrantes), o Centro Eco Cultural, a ciclovia de 10 km, o Recanto Boechat, a Ilha do Tibau e os equipamentos de esporte, lazer e recreação.

No Centro Eco Cultural, os visitantes terão informações sobre o POP Sirkis, sobre as demais intervenções sustentáveis do PRO Sustentável, sobre os ecossistemas de Niterói - com destaque para a Lagoa de Piratininga, além de outras atrações educativas para o meio ambiente e a sustentabilidade. 

Certamente, o Centro Eco Cultural será uma das grandes atrações do POP Sirkis. O local tem uma vista incrível e está localizada bem na frente do "Ninhal do Parnit", local onde um grande número de aves se reúnem em enorme algazarra todos os finais de tarde para passar a noite. É lindo de se ver e ouvir. O Centro Eco Cultural será o primeiro equipamento cultural público da Região Oceânica.

Durante a visita, entregamos dois ciclomotores elétricos para a Guarda Ambiental de Niterói, para o patrulhamento do POP Sirkis. 

Está ficando lindo e falta pouco!

Axel Grael
Prefeito de Niterói

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Vista aérea de drone do Centro Eco Cultural do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis. Imagem Sérgio Bonelli.

Prefeitura de Niterói avança nas obras do Centro Eco Cultural

As obras do Centro Eco Cultural, localizado no Parque Orla de Piratininga (POP), estão em fase de acabamentos e serão finalizadas ainda este ano. Nesta sexta-feira (05), uma equipe da Prefeitura de Niterói, visitou o equipamento que será voltado para educação ambiental e conta com salas multiusos e espaços expositivos. O espaço fica às margens da Lagoa que ainda conta com um deck de contemplação.

O prefeito de Niterói, Axel Grael, conta que o Centro Cultural vai ser um local para passear, mas também que vai contribuir com a educação de adultos e crianças.

“A obra já está bem adiantada, estamos na fase final de acabamento. Falta pouco para a gente poder fazer mais uma entrega para a população de Niterói. Aqui será um lugar para as pessoas desfrutarem da paisagem da Lagoa de Piratininga, para passearem, seja caminhando ou de bicicleta pela ciclovia, mas principalmente, um lugar voltado à educação ambiental. Temos vários espaços que são planejados para que a criançada possa aprender sobre o ecossistema da Lagoa de Piratininga e também da cidade de Niterói. O Centro Eco Cultural será a ponte para as relações humanas em conexão com o ambiente natural e também o ambiente construído”, explica o prefeito.

O espaço contará com uma grande praça coberta no pavimento térreo e terá serviços de recepção; guarda-caiaques; espaço multiuso; sanitários e vestiários; e restaurante. A circulação foi pensada através de uma escadaria desenhada para exercer também a função de arquibancada, atendendo assim a necessidade de um espaço informal para reuniões das associações de bairro, pescadores e público em geral. O espaço ainda terá um painel de azulejos pintado pela artista portuguesa Bela Silva.

O Centro Cultural também foi pensando na logística da acessibilidade e está sendo construída uma plataforma elevatória na recepção, de forma a garantir o acesso a pessoas com mobilidade reduzida e pessoas com necessidades especiais a todas as áreas do espaço. O mezanino vai abrigar uma sala de reuniões e uma sala administrativa. As passarelas e espaços vazios do mezanino criam oportunidades para exposições e encontros, criando assim espaços ativos em todo o conjunto.

Patrulhamento e Segurança – O Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis passa a contar com dois ciclomotores para uma melhor ordenação do local. Os veículos foram doados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade por meio de medidas compensatórias.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Rafael Robertson, essa demanda veio da guarda para otimizar a fiscalização do sistema lagunar.

“Com essa doação que estamos fazendo para a Coordenadoria Ambiental da Guarda Municipal, a gente espera que aumente o controle diário dentro da rotina do trabalho deles e que, além de inibir possíveis delitos, também eduque as pessoas e aumente a sensação de segurança da população que frequenta o POP. Esse é mais um dos equipamentos que a nossa secretaria doa para a Guarda. Temos uma interligação forte com o setor e, através de medidas compensatórias, a gente consegue doar equipamentos, estrutura e qualificação para a melhoria do trabalho deles, que sempre nos apoiam nas nossas ações com o meio ambiente”, destaca o secretário.

Paulo Henrique de Moraes, secretário de Ordem Pública de Niterói, pontua que esses equipamentos são mais um passo na evolução das condições de trabalho da equipe.

“Isso é mais um passo de um grande programa de equipamento da Guarda, de evolução nas suas condições de trabalho que está previsto no Niterói Mais Segura e que é uma das grandes ações estratégicas do nosso governo. A utilização dos ciclomotores já foi iniciada em outras áreas e hoje a gente vai estender, por meio dessa parceria com o Meio Ambiente, para o Projeto Orla Piratininga. Além disso, também vamos iniciar com a nova rede de comunicações da guarda. Acabamos de adquirir novos rádios que facilitam o deslocamento e a comunicação das equipes para dar um atendimento cada vez mais rápido à população”, reforça o secretário de Ordem Pública.



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quarta-feira, 3 de julho de 2024

DESCARBONIZAÇÃO DA FROTA DE VEÍCULOS: carros elétricos da Prefeitura de Niterói começam a rodar na cidade

 

Foto: Luciana Carneiro

A frota de veículos elétricos da Prefeitura de Niterói começou a rodar nas ruas nesta terça-feira (02). São 46 veículos que atenderão as secretarias do Município. Foram instaladas 24 estações de carregamento na sede da Prefeitura, no Caminho Niemeyer, no Centro, e na Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (Seconser), na Ponta da Areia. Em complemento à aquisição dos carros, a Seconser vai instalar um teto solar e uma mini usina fotovoltaica.

A aquisição dos carros elétricos faz parte de um processo de descarbonização da frota da Prefeitura. Além da economia financeira, a iniciativa vai diminuir a pegada ecológica do Município, que vai deixar de emitir cerca de 38 toneladas de CO2 ao ano. O prefeito Axel Grael, que acompanhou o primeiro dia de uso desses automóveis, comentou sobre o significado dessa mudança para a cidade.

“Esse passo em direção da descarbonização da frota é muito importante para Niterói, uma cidade amiga do clima que lida com questões ambientais com responsabilidade. Cada carro elétrico vai substituir algum veículo convencional que já é usado pelas secretarias. Dessa forma, atividades corriqueiras, que demandam muito o uso de automóveis, vão se tornar significativamente mais sustentáveis. Além disso, outra vantagem de priorizar o uso desses carros é a grande economia de um milhão de reais que isso vai gerar ao ano para o Município”, comemora o prefeito.

Entre as vantagens do carro elétrico, a economia com combustível se destaca. Considerando uma média de R$ 0,15 por kWh e uma eficiência de 4,5 km/kWh (comum em carros elétricos compactos), o custo por quilômetro é de aproximadamente R$ 0,033. Enquanto isso, carro a gasolina que faz 12 km/l (quilômetros por litro) consumiria cerca de R$ 0,17 por quilômetro (considerando que o preço médio da gasolina gira em torno de R$ 4 por litro).

De acordo com Ricardo Lanzellotti, secretário de Conservação do Município, os carros elétricos oferecem vantagens significativas em termos de economia e sustentabilidade.

“O custo médio para carregar um carro elétrico é significativamente mais barato comparado aos custos de combustível para veículos convencionais. A manutenção dos veículos elétricos também é menos frequente e menos dispendiosa. Além disso, os carros elétricos emitem cerca de 50% menos CO2 durante toda a sua vida útil em comparação com um carro a gasolina. Com os novos veículos, a previsão é que a Prefeitura deixe de emitir cerca de 38 toneladas de CO2 ao ano”, explica o secretário.

Outro ponto importante da frota de veículos elétricos é o importante passo que ela simboliza para a sustentabilidade dentro da mobilidade urbana de Niterói. Os carros a gasolina emitem cerca de 2,3 kg de CO2 por cada 100 km percorridos. Em contrapartida, os elétricos não emitem gases nocivos, reduzindo a emissão de substâncias que promovem o efeito estufa.

O secretário destaca que o telhado solar que será instalado na Seconser complementa o potencial da frota. A partir da energia gerada pelas placas, os carros serão recarregados através de energia limpa e renovável.

Fonte: Prefeitura de Niterói