Barcos também têm os seus pecados ambientais. Um dos maiores e mais graves problemas que as embarcações causam ao meio ambiente é a poluição pelas pinturas anti-incrustrates que são aplicadas no fundo dos barcos, para evitar a fixação de cracas, mariscos, etc. Durante muitos anos, essas tintas eram a base de metais pesados e as conseqüências sobre a vida marinha eram muito graves. Na Baía de Guanabara o problema de incrustração força os donos de embarcações que ficam permanentemente no mar a pintar seus barcos pelo menos uma vez por ano. Aos poucos, a indústria de tintas foi melhorando a qualidade ambiental desses produtos, mas consequências ainda são muito preocupantes. Uma nova tecnologia de tintas anti-incrustrante acaba de ser anunciada por cientistas suecos da Universidade de Gotemburgo e da Agência de Química da Suécia. O princípio da nova tinta é chamada de PSI (Post Settlement Inhibition) e possui uma substância dissolvente que atua sobre os organismos que se fixam. Os pesquisadores admitem que a tecnologia ainda não é totalmente segura para o meio ambiente, mas que já é um grande avanço e reforça a esperança de uma solução para o problema em um futuro próximo.
Publicado na Coluna Rumo Náutico, jornal O Fluminense, em 09/05/09.
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O que mais nos dói é ver a água do mar toda pintada de pedaços plásticos! Saber que também somos culpados por essa insanidade, também nos causa uma culpa impiedosa! E quando somos velejadores, a coisa parece doer mais ainda! A questão é: como reverter esse quadro de apátia que nós, como população moderna, temos diante do meio-ambiente aquático agredido?? Devíamos fazer campanhas mais acirradas contra esses desmandos industriais, apoiar sinceramente boas causas e acima de tudo mudarmos o nosso comportamento diante disso tudo. Vamos nos unir e estudar uma forma de fazer "bem" a nossa parte.
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