terça-feira, 28 de julho de 2020

Setor de comércio e serviços deve puxar a retomada econômica em Niterói




A retomada da economia e a geração de vagas de emprego é a grande prioridade para os próximos meses em Niterói e deveria ser também em todo o país. 

Com todas as medidas tomadas pela Prefeitura de Niterói para o enfrentamento da pandemia, com a estruturação da área de Saúde para atender a enorme demanda que surgiu, com a organização de um programa social para atender aos profissionais que tiveram frustração de receitas devido ao isolamento social - programa que eu coordenei e que ofereceu auxílio para mais de 50 mil famílias -, e o programa de apoio à economia, que foi estruturado para apoiar as empresas para que honrassem a sua folha de pagamentos e mantivessem um capital de giro. Com isso, Niterói enfrentou com mais segurança a crise sanitária e poderá ter uma melhor capacidade de reação na retomada da economia.

A  matéria abaixo, publicada em O Globo, mostra dados interessantes sobre a importância dos setores de comércio e serviços para a retomada da economia no período pós-Covid 19. 

Axel Grael



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No asfalto da Rua Nóbrega, no polo gastronômico do Jardim Icaraí, as boas-vindas aos clientes. Foto: ROBERTO MOREYRA / Agência O Globo



Setor de comércio e serviços deve puxar a retomada econômica em Niterói

Participação do município na arrecadação do ICMS aumentou 3,7% no primeiro semestre, mesmo com pandemia

Leonardo Sodre

NITERÓI - Depois de amargar mais de três meses com as portas fechadas, o setor de comércio e serviços em Niterói volta à ativa e mostra que pode ser a mola propulsora da retomada econômica na cidade. Prova disso é que, mesmo com a crise provocada pelo novo coronavírus — o que levou ao fechamento de centenas de lojas na cidade — , a participação do município no índice do Imposto Sobre Mercadorias e Serviços (ICMS), no primeiro semestre, cresceu 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado, em meio a uma retração de 6,1% no estado e de 2,5% na capital.




Além de ser considerado um termômetro das movimentações geradas pelo setor no período, o índice da Secretaria de Estado da Fazenda impacta diretamente nos repasses referentes ao ICMS aos quais Niterói terá direito a receber no ano que vem. Secretária municipal de Fazenda, Giovanna Victer diz que, apesar do saldo positivo, a estimativa era de um crescimento maior, que não ocorreu por conta da pandemia:

— Poderíamos ter crescido muito mais. A expectativa era de uns R$ 40 milhões a mais. A atividade de comércio e serviços em Niterói é muito pujante, e para trazer um reflexo mais justo da atividade econômica aqui na região estamos há quatro anos atuando para identificar distorções de empresas que vendem aqui, mas registram o repasse dos tributos em outras cidades, a maioria no Rio. Isso tem feito o índice de Niterói melhorar a cada ano.

O recolhimento do Imposto Sobre Serviço (ISS) voltou a ser feito em julho pela prefeitura de Niterói, depois de três meses suspenso em razão da crise sanitária. Giovanna diz que as quantias referentes ao período serão parceladas em 12 vezes, com pagamento a partir de janeiro do ano que vem.

— Isso dará mais fôlego para o setor. O que esperamos também é que a população, assim como foi fundamental para os bons resultados na área da saúde, cumprindo o isolamento social, também se empenhe e dê prioridade a consumir na cidade. Que ela retorne às lojas daqui, porque muita gente criou o hábito de comprar pela internet. Todos somos responsáveis pela retomada econômica em Niterói. Se voltarmos às ruas com segurança, vamos contribuir para que esse ciclo volte de forma mais vigorosa — considera.

PEQUENOS SOFREM MAIS

Para o diretor-executivo do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análise econômicas (Ifec), João Gomes, o crescimento de Niterói no índice do ICMS foi puxado pelas movimentações feitas por grandes empresas no primeiro semestre. A avaliação é feita em cima do impacto maior da crise nas de menor porte.

— De cerca de 300 mil microempresas no estado, pelo menos 50% entraram no vermelho e precisam de crédito para se salvar. O índice da Secretaria estadual de Fazenda não mostra as movimentações discriminadas por empresas, mas certamente o que elevou o patamar em Niterói foram grandes movimentações feitas por algumas grandes empresas durante o período, com uma melhora significativa em junho — conclui.

APETITE, COM SEGURANÇA

Os últimos negócios do setor de produtos e serviços a retomarem suas atividades em Niterói foram restaurantes, lanchonete e cafeterias, no dia 13 deste mês, e bares e academias, na segunda-feira passada. Ainda há restrições para funcionamento impostas pelas autoridades, mas o apetite dos empresários é grande.

Rossy Borges, proprietário da UpSports Studio, comemora a primeira semana de retomada das atividades e reforça que os alunos estão cada vez mais dispostos a voltar aos treinos, seguindo todos os protocolos de segurança.

— Estamos atendendo às normas sanitárias adotadas em todos lugares do mundo e que estão se mostrando eficazes. Pesquisas feitas em universidades de Oslo e de Madri revelam que o risco de contágio em academias não é maior do que em lugares como supermercado, farmácias ou shoppings. A da Noruega, inclusive, diz que não houve aumento de casos de Covid-19 relacionado à reabertura das academias. Por isso, esperamos nos recuperar o mais rápido possível — diz Borges.

No Jardim Icaraí, onde funciona um dos principais polos gastronômicos da cidade, bares da Rua Nóbrega deram as boas-vindas aos clientes, com mesas dispostas para respeitar o distanciamento e oferecendo itens de higiene.






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