domingo, 13 de setembro de 2015

MORRO DO MORCEGO: Aventura em 360º na Zona Sul de Niterói


A matéria publicada pelo jornal O Fluminense apresenta mais uma demonstração da vocação e a potencialidade que a cidade de Niterói tem para o ecoturismo. O Morro do Morcego é mais uma espetacular oportunidade para a atividade.

O Morro do Morcego, localizado no final de um promontório que avança sobre a Baía de Guanabara, no bairro de Jurujuba, é um dos mais destacados marcos do relevo e da paisagem de Niterói, sendo considerado uma Área de Preservação Permanente pelo Art. 323 da Lei Orgânica de Niterói e, posteriormente, foi considerado parte da Área de Proteção Ambiental (APA) do Morro do Morcego, Fortaleza de Santa Cruz e dos Fortes Pico e do Rio Branco, criada através do Plano Urbanístico Regional Praias da Baía (Lei 1967/2002) com objetivos que estão inseridos em seu art.5º :

I – proteção de paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica;
II – recuperação ou restauração de ecossistemas degradados;
III – adoção de um conjunto de unidades de conservação municipais representativas e ecologicamente viáveis de ecossistemas da região;
IV – compatibilização da conservação e preservação da natureza com o uso direto e indireto do solo urbano e dos seus recursos naturais de modo sustentável;
V – estabelecimento de níveis de ruídos, a fim de controlar e reduzir a poluição sonora
.

A APA foi regulamentada pelo Decreto 10.912/2011, que estabeleceu o seu "Plano de Manejo", estabelecendo alguns parâmetros para a sua proteção, mas prevendo a possibilidade da sua ocupação urbana.

O Morro também está incluído no Tombamento da Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro, tendo sido incluído, posteriormente, na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no Rio de Janeiro. Houve também uma tentativa de proteção do Morro do Morcego em âmbito estadual através do Projeto de Lei 1675/2004, de iniciativa do deputado Carlos Minc.

Apesar de todo este acervo de legislação protetora, o Morro do Morcego é uma área privada e, portanto, o acesso pela trilha citada na matéria só pode ser feito com autorização dos proprietários.

O Morro, que possui dois proprietários, basicamente, um na vertente da Enseada de Jurujuba e outro para a vertente da entrada da Baía de Guanabara, já foi objeto de propostas de projetos de empreendimentos imobiliários e turísticos, sem que os mesmos tivessem sido aprovados.

A matéria de Daniel Alves tem o mérito de divulgar o excepcional valor turístico e paisagístico do local, apontando para vocação da área para usos sustentáveis e compatíveis com o valor daquele patrimônio natural de Niterói.

Axel Grael


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Aventura em 360º na Zona Sul de Niterói

 
Trilha pelo Morro do Morcego. Foto: Lucas Benevides

A paisagem deslumbrante vem acompanhada de muito suor, interação com a natureza e a descoberta de uma região ainda pouco conhecida na Zona Sul da cidade de Niterói.
Foto: Lucas Benevides


Daniel Alves

Morro do Morcego, em Jurujuba, revela uma paisagem única, colocando no mesmo pano de fundo os pontos turísticos do Rio e Niterói

 
O gênio da bossa nova, Tom Jobim, descreveu em suas canções a beleza da Cidade Maravilhosa. Imagine o que não sairia de sua mente brilhante com uma vista de 360º que, além do Pão de Açúcar, Corcovado e a Pedra da Gávea, apresentasse a imponente Fortaleza de Santa Cruz, a Ponte Rio-Niterói e o fino trato do não menos fora de série, Oscar Niemeyer, na forma do Museu de Arte Contemporânea?

Para ter esse pano de fundo, basta fazer uma caminhada de cerca de 40 minutos até o pico do Morro do Morcego em Jurujuba. A elevação possui aproximadamente 138 metros de altura, sendo composta por diferentes tipos de terreno e a trilha tem início pela praia do Adão. Se a beleza se desvenda em cada pedaço percorrido, a preservação precisa estar andando junto com o espírito aventureiro, para a manutenção do local.

Visitante frequente há mais de duas décadas, o biólogo e acupunturista Philipe Wallace Simão descreve o percurso até o alto do Morro. “É um local muito interessante, caminhamos pela encosta de pedra, atravessamos um pedaço de mato com vegetação local sem trilha demarcada, sendo indicado ir com pessoa que conheça o local”, descreve Philipe, que lembra que a trilha sofre com constantes ameaças. “Durante um tempo a vegetação já passou por inúmeras mudanças devido ao grande número de queimadas e a falta de cuidado das pessoas que frequentam o local”.

Irmã de Philipe, a publicitária Paola Simão enfatiza que sempre se surpreende com a beleza da região. “Eu acho que o Morro do Morcego é um dos lugares mais lindos da cidade. Vou lá desde nova e sempre me encanto com aquela paisagem”, comenta a niteroiense reforçando a energia da Cidade Sorriso quando o assunto em questão são belas paisagens. “Com certeza, excelente opção na rota dos melhores picos da nossa cidade. Para quem ama a natureza e busca um turismo diferente e de “aventura”, lá é um lugar ideal e especial. A trilha não é muito fácil de achar, pois não existe um caminho demarcado, porque acontecem queimadas no local, fazendo que a mesma desapareça constantemente. É importante ir com um guia local ou alguém que conheça bem aquela área”, enfatiza a diretora da PS Extreme.

Se o local fascina quem já conhece a vista de longa data, imagine para estreantes, como os irmãos Bernardo e Lucas Franco. “Eu sempre busquei diferentes pontos de vista a partir de Niterói e de fato esta trilha me trouxe combinações visuais sensacionais que eu ainda não conhecia”, revela Bernardo que completa destacando a Cidade Maravilhosa. “De lá podemos ver todo o contorno das elevações do Rio de janeiro, como Pão de Açúcar, Pedra da Gávea, Morro da Tijuca, e o vislumbre chegava até a Serra dos Órgãos. Sensacional para quem aprecia uma boa paisagem”, recomenda.

Já o biólogo Lucas Franco alerta que o ecoturismo precisa vir acompanhado da conscientização. “Um dos motivos que impulsiona os apaixonados por trilhas e natureza, assim como eu, é o espírito aventureiro na busca pelo desconhecido. Mas ao conhecer o que, na minha humilde opinião, é um dos lugares mais incríveis da cidade, me chamou a atenção não só a falta de sinalização e cuidado com o lugar, mas também relatos de queimadas propositais. A educação ambiental precisa vir desde a escola, passando por todas as fases da vida, a fim de alertar sobre a importância da preservação, fiscalização de crimes ambientais e manutenção e administração apropriada de regiões que possuem esse tipo de característica”, relata.

Com tantos atrativos, o local, que visto de outros pontos da cidade compõe muito bem a orla de Jurujuba, é um dos inúmeros motivos de orgulho para quem vive em Niterói. “Nós, que vivemos na cidade de Niterói, deveríamos preservar estes locais incríveis que ainda nos sobraram, como o Morro do Morcego, que são um dos maiores motivos de nos orgulharmos de viver em nossa cidade”, finalizou Philipe.

Fonte: O Fluminense









2 comentários:

  1. Olá boa tarde meu me chamo Glayson de Souza Gonçalves e sou oriundo de uma família tradicional de Niterói na localidade do largo da batalha tenho 29 anos de idade possuo um filho de 1ano e 4 meses e por ser apaixonado pela minha cidade desejo deixar também este legado ao meu filho; por morar fora do pais por 2 anos trouxe na bagagem conhecimento e ideias a respeito de (área de especial interesse turístico)gostaria de obter informações sobre como entrar em contato com o SR. Axel Grael afim de apresenta-las. grato pela
    informação desde já!

    Glayson de Souza Gonçalves

    Niterói 27/02/2017

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    1. Ola Glayson. Obrigado pelo seu contato. Entre em contato comigo no email axelgrael@gmail.com

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