terça-feira, 23 de dezembro de 2025

DRENAGEM DO BARRETO E ENGENHOCA: Prefeitura entrega o maior projeto de drenagem já feita na cidade


Celebrando a conclusão das obras de drenagem do Barreto e Engenhoca com Paulo Bagueira (foi meu vice-prefeito), com o vereador Renato Cariello, com o atual prefeito Rodrigo Neves e com trabalhadores da obra.

Visitando o assentamento das aduelas de grande porte das obras de drenagem. Obra foi projetada para resolver definitivamente o problema de drenagem da região que sofria com inundações com mais de 1,5 metros em chuvas mais fortes.

Momento que assinei, como prefeito de Niterói, no dia 30 de janeiro de 2024, o contrato para a obra de drenagem do Barreto e Engenhoca. O investimento era previsto de R$ 76 milhões e o prazo da obra era de 24 meses. A obra foi executada dentro do orçamento previsto e concluiu com um mês de antecedência.

MAIOR PROJETO DE DRENAGEM URBANA DA HISTÓRIA DE NITERÓI: A mancha azul no mapa representa a área de maior risco de alagamento e as linhas representam a concepção do projeto implantado para a solução do problema de drenagem.

Hoje, foi mais um dia daqueles que a gente sente a sensação e o orgulho do dever cumprido: entregamos a obra de Drenagem do Barreto e da Engenhoca, o maior projeto de drenagem urbana já realizado em Niterói. Dei a Ordem de Início para a realização da obra no dia 30 de janeiro de 2024. O contrato com a empresa responsável previa a execução no prazo de 24 meses e as obras foram entregues com cerca de um mês de antecedência mantendo o orçamento.

Acompanhei muito de perto o trabalho da equipe que desenvolveu o projeto, que teve que superar muitos desafios de engenharia e de execução. Um dos desafios era a topografia do terreno, uma extensa baixada que no passado era áreas alagadiças (mangues e brejos), que compunham os ecossistemas associados à Baía de Guanabara. para superar essa dificuldade foi necessário utilizar sistemas de drenagem de maior capacidade de estocagem de água. Por isso, foram especificadas aduelas pré-fabricadas (de 5,5 x 2,5 metros) de alta capacidade (veja foto acima). 

O desafio de execução foi realizar a obra com o mínimo de transtorno para os moradores e comerciantes. Sabemos, que obras sempre são difíceis de se conviver, mas os resultados compensam. No evento de entrega, de hoje, moradores da região nos relataram os problemas que conviviam anteriormente, com alagamentos que chegavam a mais de 1,5 metros e causavam grandes prejuízos. Com o avanço das obras, a drenagem já veio funcionando perfeitamente nas últimas chuvas fortes.

A obra foi executada em três etapas. A primeira fase teve início na Rua Vereador José Vicente Sobrinho, no trecho entre as ruas José Carreteiro e Daniel Torres, com a construção do sistema de escoamento e drenagem da Engenhoca. 

A segunda etapa começou no terreno onde está localizada a Cidade da Ordem Pública, na Rua Craveiro Lopes, no Barreto, onde foram instaladas aduelas subterrâneas com dimensões de até 2,5m X 5m. Outro ponto que recebeu intervenções foi a região do Copo Cheio, onde oito ruas foram contempladas com a instalação de galerias de drenagem com dimensões de 1,5m X por 1m.

Na terceira etapa, foi realizada a instalação de manilhas nas ruas Craveiro Lopes e Vereador José Vicente Sobrinho, para conectar a rede de drenagem da Engenhoca ao novo ponto de escoamento, que desemboca na Baía de Guanabara por meio de uma passagem ao lado do Cemitério do Maruí.

Todas as vias impactadas pelas obras receberam nova pavimentação asfáltica, além da requalificação de calçadas e meios-fios.

OUTRAS OBRAS DE DRENAGEM

Na última década, Niterói recebeu obras para solucionar o seus principais problemas de drenagem. Desde 2013, foram mais de R$ 700 milhões de obras de drenagem na cidade, resolvendo um passivo histórico. Além da drenagem, outras obras de especial relevância foram as de Contenção de Encostas, que ultrapassaram a marca de R$ 1 bilhão, sendo que a metade deste valos foi investido apenas na minha gestão como prefeito, de 2021 a 2024. Toda essa prioridade foi tornando a cidade mais resiliente e resolvendo problemas que as pessoas conviveram ao longo de muitas décadas.

REGIÃO OCEÂNICA

Começamos pela Região Oceânica, onde nunca havia sido feita qualquer maior investimento em drenagem, que não fossem meros paliativos. Até 2013, das 890 ruas da Região Oceânica, cerca de 80% não tinha drenagem, pavimentação e outras ações de urbanização. Após priorizar a região, estamos concluindo as últimas ruas que faltam receber as obras de urbanização. Fizemos drenagem, pavimentação, implantação de arborização e outras ações de urbanização, em várias partes da Região Oceânica, como: 

  • Santo Antônio: um dos mais desafiadores e recorrentes pontos de inundação: o bairro foi erguido em área que já havia sido espelho d'água da Lagoa de Piratininga. Para resolver o problema tivemos que fazer uma galeria de cintura, contornando o bairro, sob as pistas da Estrada Francisco da Cruz Nunes e Avenida Almirante Tamandaré, além de galerias nas ruas internas do bairro. 
  • Estrada Francisco da Cruz Nunes: ao longo da implantação da TransOceânica, foram implantados várias intervenções de drenagem.
  • Cafubá: Foram implantadas galerias de drenagem que resolveram os longos períodos de lamaçal nas ruas.
  • Romanda Gonçalves: a obra teve três km de extensão e foi orçada em R$ 19 milhões. A obra foi entregue no início de 2018. A intervenção viabilizou as obras de drenagem e pavimentação do Engenho do Mato.
  • Engenho do Mato: as obras começaram em 2022, com um investimento de R$ 145 milhões para beneficiar 117 ruas e acabar com a poeira, buracos e alagamentos históricos. As obras estão em fase final e geraram 200 empregos diretos e 500 indiretos. Segundo o projeto, a intervenção de drenagem implantará os seguintes quantitativos:  galerias: 4.600 metros lineares; manilha: 22.000 metros lineares; tubo PEAD: 8.000 metros lineares e tratamento superficial: 13.200 metros lineares. O total é de 47.800 metros lineares.
  • Outras áreas como o Bairro Peixoto, Itaipu, Boavista, Maravista, Maravista II, Serra Grande, Maralegre, Fazendinha do Cafubá, Piratininga, Jardim Imbuí e outros.
Obras especiais de drenagem sustentável: através do Programa Região Oceânica Sustentável - PRO SUSTENTÁVEL, com recursos captados através do Banco de Desenvolvimento da América Latina - CAF, foram executadas obras emblemáticas:
  • Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis - POP: foram implantados os jardins filtrantes, que representam o maior investimento de Soluções Baseadas na Natureza - SBN da América Latina. 
  • Renaturalização do Rio Jacaré: a primeira iniciativa de renaturalização de um rio urbano no país.
  • Pro Sustentável II: a Prefeitura acaba de garantir recursos do Fundo Clima, administrado pelo BNDES, para desenvolver ações de drenagem sustentável, implantação de ciclovias e outras intervenções na bacia da Lagoa de Itaipu.
Outras obras realizadas: obras em Pendotiba, Rio do Ouro, Charitas.

PRINCIPAIS OBRAS DE DRENAGEM PELA FRENTE:

  • ICARAÍ: ainda na minha gestão, contratei empresa especializada para desenvolver a solução para as inundações do Campo de São Bento, da Avenida Roberto Silveira, da Rua Presidente Backer e outras ruas limítrofes.
  • INGÁ: Pontos de inundação na Rua Presidente Pedreira e entorno.
  • SÃO FRANCISCO: pontos críticos de alagamento, principalmente na Rua Padre Natuzzi e imediações.
Enfim a cidade não fica pronta nunca e sempre haverá novas demandas a serem atendidas, mas a cidade nunca recebeu tantas obras de infraestrutura como nos últimos 13 anos, com destaque para os investimentos realizados a partir de 2021.

Axel Grael
Prefeito de Niterói (2021-2024)

Após 17 anos, Governo do Brasil aprova novo Plano Clima e fixa caminho para cumprir meta do Acordo de Paris


Roteiro para a implementação do compromisso climático internacional do Brasil, plano foi validado pelos ministérios após dois anos de articulação intersetorial

Plano Clima foi aprovado nesta segunda-feira (15/12) pelos ministérios que compõem o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), a principal instância de governança climática do país. O instrumento é o guia de implementação da meta climática nacional sob o Acordo de Paris (a NDC, na sigla em inglês), pela qual o Brasil se comprometeu a reduzir entre 59% e 67% de suas emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2035 em relação a 2005.

O novo Plano Clima preenche uma lacuna de 10 anos desde a adoção do Acordo de Paris e de 17 anos desde a sua primeira versão, em 2008.

Resultado de mais de dois anos de intensa articulação intersetorial, numa demonstração da transversalidade da agenda climática, o Plano Clima teve validados hoje suas Estratégias Nacionais de Mitigação (ENM) e Adaptação (ENA) e os planos setoriais e temáticos para cada um desses eixos: são 8 para mitigação (que significa redução de emissões) e 16 para adaptação.

A resolução com a decisão do CIM será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias. Pela primeira vez, o Brasil encaminhará o Plano Nacional de Adaptação à Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), na forma do Sumário Executivo do Plano Clima Adaptação e da Estratégia Nacional de Adaptação (ENA).

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, enfatizou que a medida “é um plano com a cara do Brasil”. “O país contará com um roteiro orientador para que Governo do Brasil, governos estaduais e municipais, setor privado, sociedade civil e academia trabalhem juntos para o desenvolvimento sustentável inclusivo, resiliente, que insere o Brasil de forma competitiva na nova economia, com oportunidades para todos e todas”, enumerou.

A construção foi conduzida no âmbito do CIM, que contou com a participação de 25 ministérios, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Como roteiro de implementação, o Plano Clima consolida os objetivos da NDC brasileira e estabelece metas de redução de emissões para oito setores: agricultura e pecuária; mudanças do uso da terra em áreas públicas e territórios coletivos (que abrangem unidades de conservação, territórios indígenas, assentamentos e áreas quilombolas, além de vazios fundiários); mudanças do uso da terra em áreas rurais privadas; energia; indústria; transportes; cidades; e resíduos sólidos e efluentes domésticos.

O objetivo é reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) de 2,04 bilhões de toneladas de CO2 equivalente (volume de 2022) para 1,2 bilhão de toneladas em 2030 e para uma banda que varia de 850 milhões de toneladas (menos 58% em relação a 2022) a 1,05 bilhão de tonelada (menos 49% sobre 2022) em 2035.

Caminho para um país resiliente, sustentável, seguro e justo

Construído com a contribuição de diversos setores dentro e fora do governo e com amplos mecanismos de participação social, o Plano Clima coloca o Brasil na trajetória de ser um país resiliente, sustentável, seguro, justo e desenvolvido, com os governos, sociedade civil e comunidade científica engajados diante da emergência climática.

Seu objetivo geral é orientar, promover e catalisar ações coordenadas que visem a transição para uma economia com emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050, além da adaptação dos sistemas humanos e naturais à luz do desenvolvimento sustentável e da justiça climática.

Um dos principais saldos do Plano Clima é seu caráter democrático: ao estabelecer soluções eficazes à emergência climática, distribui responsabilidades ambientais harmônicas rumo às emissões líquidas zero em 2050 ao mesmo tempo em que projeta um cenário de crescimento sustentável para todos os setores econômicos do país.

O Plano Clima também reconhece os impactos desiguais que a mudança do clima provoca, atingindo de forma mais contundente as populações socialmente mais vulnerabilizadas. Por isso, busca garantir que as soluções propostas sejam justas e equitativas, protegendo os direitos humanos e promovendo a inclusão social.

É nesse propósito que o plano está estruturado: um compromisso coletivo com a transição para uma economia de baixo carbono no curto prazo e de emissões líquidas zero em pouco mais de duas décadas, conduzido pelo conceito de justiça climática. Esse esforço envolve, necessariamente, a contribuição de toda a sociedade.

Dividido em dois eixos principais de mitigação e adaptação e apoiado por um conjunto de estratégias transversais, o Plano Clima começou a ser elaborado em setembro de 2023.

As metas dos oito planos setoriais da Estratégia Nacional de Mitigação foram definidas em coordenação com os ministérios responsáveis, de forma a construir um caminho que viabilize atingir os objetivos de redução de emissões de carbono sem interromper o ritmo de desenvolvimento econômico necessário ao bem-estar do povo brasileiro.

Como instrumentos de adaptação, estabelece parâmetros e ações para tornar a sociedade mais resiliente aos efeitos da mudança climática. São 16 planos setoriais e temáticos em áreas que vão da saúde pública ao turismo, da agricultura familiar à gestão de riscos e desastres, passando pelo combate ao racismo e à valorização das culturas tradicionais:
  • Agricultura e pecuária
  • Biodiversidade
  • Cidades
  • Redução e gestão de riscos e desastres
  • Indústria e mineração
  • Energia
  • Transportes
  • Igualdade racial e combate ao racismo
  • Povos e comunidades tradicionais
  • Povos indígenas
  • Recursos hídricos
  • Saúde
  • Segurança alimentar e nutricional
  • Oceano e zona costeira
  • Turismo
  • Agricultura familiar
As medidas de adaptação são baseadas nos princípios da justiça climática, visando minimizar os impactos dos eventos extremos sobre as populações mais vulneráveis. Foram definidas 312 metas setoriais, aplicáveis por meio de mais de 800 ações de redução dos impactos climáticos.

As Estratégias Transversais para Ação Climática, por sua vez, formam o terceiro e último eixo do Plano Clima. Ainda em fase de consulta pública, incorporam, de forma abrangente, questões transversais aos temas da mitigação e da adaptação: transição justa e justiça climática; meios de implementação; educação, capacitação, pesquisa, desenvolvimento e inovação; monitoramento, gestão, avaliação e transparência; e mulheres e clima.

Com base nas contribuições recebidas nos diálogos e consultas públicas, seminários, workshops, oficinas, reuniões com a academia, setores produtivos e sociedade, fartamente documentadas, o Governo do Brasil seguirá aprimorando o Plano Clima a partir de avaliações bianuais e de revisões sistemáticas a cada quatro anos, inclusive nos critérios de alocação das emissões e remoções de carbono e em suas formas de monitoramento.

Construção coletiva

A elaboração do Plano Clima abrangeu a realização de dezenas de oficinas e reuniões técnicas, além de nove plenárias territoriais que mobilizaram a população de Norte a Sul do país. O processo participativo reuniu mais de 24 mil pessoas e resultou em 1.292 propostas para as Estratégias Nacionais de Adaptação e Mitigação e seus respectivos planos setoriais.

Em outra frente, a 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (5ª CNMA) teve como tema a Emergência Climática, que elencou 104 propostas para o plano.

Além disso, durante a consulta pública, o Plano Clima recebeu quase 3 mil contribuições da sociedade. “Tudo isso demonstra o compromisso coletivo do povo brasileiro em construir um futuro mais seguro, resiliente e sustentável”, ressaltou Marina Silva.

Fonte: GOV.BR




Revista italiana destaca Martine Grael e traz notícias da SailGP


Rolex SailGP Championship 2025

The Rolex SailGP 2025 Championshipin Auckland, New Zealand. Photo: Bob Martin for SailGP.

There are seasons that pass, and seasons that remain. The 2025 edition of SailGP rightfully belongs to the second category: a championship that has overturned hierarchies, broadened horizons, and transformed high-performance sailing into one of the most powerful global sporting spectacles. It has been a dizzying evolution, considering that in 2019—the year of its debut—there were six teams and five stages.

Today, however, there were 12 boats on the starting line, with two major new entries, Red Bull Italy and Mubadala Brazil, and a calendar that has doubled in size. Marking every moment of this metamorphosis is Rolex, a partner of the circuit since its inception. The Geneva-based company has not only renewed its commitment, but has relaunched it in grand style: ten additional years as Official Timekeeper and, above all, the role of Title Partner of the championship.

Emirates Great Britain SailGP Team and shore crew celebrate with the Impact League trophy. Photo: Andrew Baker for SailGP

This move definitively establishes the Rolex SailGP Championship among the great global sporting events, on a par with Formula 1 or the NBA, with the same blend of adrenaline, technology, and epic storytelling. Against such a backdrop, 2025 was a year of firsts, a series of events that redefined the circuit and ushered in a new cycle.

The first shock came with the triumph of the Emirates Great Britain SailGP Team, which snatched the title from Australia and New Zealand after years of unchallenged dominance. Sir Ben Ainslie and his crew built a meticulous success, made up of perfect starts, coolness in extreme situations, and a consistency that even defeated the masters of foiling. For the first time, the roll of honor speaks British, and it does so at the end of the most competitive season ever.

The Rolex SailGP 2025 Championship ITM New Zealand Sail Grand Prix in Auckland, New Zealand. Photo: Bob Martin for SailGP.

Another highly anticipated first was that of Italy with the Red Bull Italy SailGP Team: the debut of the Italian team on the circuit, a natural entry for a country that has grown up with the America’s Cup, technology, and nautical design. The Italian team did not just make an appearance: it immediately got into the rhythm of the championship, showing talent, ambition, and the competitive hunger that has always accompanied our country’s sailing projects. And the podium in the final stage in Abu Dhabi bodes well for 2026.

The Apex Group Bermuda Sail Grand Prix in Bermuda. Photo: Bob Martin for SailGP.

Then there was the geographical surprise: the debut in Switzerland, on Lake Geneva. A new, complex, unpredictable race course. Irregular winds, fresh water that changes the responsiveness of the foils, mountain scenery that turns every gust into an unknown. But the spectacle was memorable: seeing the F50s speeding through the mountains, suspended a few centimeters above the water, confirmed that the Rolex SailGP Championship is not only global, but deeply visionary. Where you can fly, you can race.

Photo: Jon Buckle for SailGP. Handout image supplied by SailGP


MARTINE GRAEL

And then there was the most powerful first, the one that truly changed the face of the circuit: Martine Grael, two-time Olympic champion, became the first sailor in SailGP history to win a race, in the New York leg, at the helm of an F50. A victory that transcends the sporting result and becomes a symbol of cultural change.

Martine Grael. Photo: Andrew Baker for SailGP.

“We knew it would be difficult,” says Martine Grael, who leads the Mubadala Brazil SailGP Team alongside her brother Marco. “We were entering a circuit where many teams have four seasons of experience. Our goal was to grow, step by step. The victory came sooner than expected, but it is only one step on a longer journey.”

Martine Grael

Her leadership is a manifesto: in the world’s most technologically extreme championship, talent has no gender. Alongside her, and no less instrumental in charting the course for the future, is Hannah Mills, tactician for Emirates Great Britain and veteran of the circuit. She was among the first women to climb aboard an F50 in 2020 and is now actively working to increase female and youth participation.

Hannah Mills

“The sport of sailing is changing. When I was a girl, I only saw the Olympics as a prospect. Today, there is SailGP, the America’s Cup, and programs that really push women’s professionalism. The opportunities exist: you no longer have to just imagine them,” adds Mills.

The Rolex Los Angeles Sail Grand Prix held in the Port of Los Angeles, California, USA. Photo: Jason Ludlow for SailGP.

Initially designed to integrate women, the role of tactician has now proven to be fundamental in a circuit where fleet density and speed make every detail critical. “With so many boats on the water, having someone who observes the fleet, the routes, and the weather in real time is essential. At first, it was a way to include female sailors: today, it is an essential function of the race.”

Rolex SailGP Championship Event 5 Season 2025. Photo: Jason Ludlow for SailGP.

Of course, there is still a gap to be filled, but the course has been set, and there is no turning back. “The gap stems from opportunities: boys jump on many different boats from an early age, girls less so. The new rules are changing the course. Sailing is evolving rapidly. It is a privilege to be part of this transformation,” comments Martine Grael.

Photo: Ricardo Pinto for SailGP. Handout image supplied by SailGP

Hannah Mills adds: “There is room for two women on board, and I dream of a completely mixed 3+3 crew. With the new simulator and a dedicated training center, the gap will quickly narrow. The goal is not to create exceptions, but normality: we want it to be no longer newsworthy to have a woman at the helm in a few years’ time.” Ultimately, Britain’s first victory, Italy’s debut, the Swiss leg, and Martine’s victory at the helm are not isolated incidents, but pieces of a larger change.

Silhouette of Switzerland SailGP Team. Photo: Ricardo Pinto for SailGP.

2025 has made clear what the Rolex SailGP Championship has been cultivating for years: more spectacular, more global, more inclusive sailing. A future in which technology does not replace humanity, but enhances it; in which women do not enter “by decree,” but because they make a difference. 2025 was not a milestone: it was a beginning.

Matteo Zaccagnino

Fonte: Top Yacht Design









segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Como um novo olhar para estacionamentos está ajudando a transformar cidades dos EUA

 

Public space created on former parking spaces in Los Angeles. Jim Simmons / Alamy Stock Photo

How Parking Reform Is Helping Transform American Cities

In cities across the U.S., planners are pushing to eliminate mandates requiring parking spaces in new buildings. The reforms — along with banning street parking or adding meters — help to reduce car dependency, create public and green spaces, and lower housing costs.

By Henry Grabar

In 2015, Chris Meyer was working the night shift at a Minneapolis apartment building when he decided to assign some light reading to the city council. He bought each of its members a copy of an 800-page textbook he had read — unassigned — in college. The High Cost of Free Parking, by UCLA planning professor Donald Shoup, lays out how America’s expectation of abundant and cheap parking has distorted our architecture, housing costs, transportation patterns, and environment.

Minneapolis stopped requiring parking spaces in most new buildings that year, and eliminated the requirements entirely just a few years later. Those laws, also referred to as parking minimums or mandates, blanket municipal codes in the United States, forcing builders to include a substantial quantity of parking with every new home, office, shop, or school. Those parking spaces cost a lot of money to build, and they sit empty most of the time.

“The reforms made housing more affordable and reduced dependence on cars,” said Meyer, now a Minneapolis planning commissioner and legislative assistant to Minnesota state senator Omar Fateh. “They helped us move towards the goal of getting more people and fewer cars in the city, which is what we need to do.”

Bad parking policy inhibits affordable housing, neighborhood walkability, and the prospect of having a greener, cleaner city.

Earlier this month, Fateh announced the People Over Parking Act, a bill to eliminate parking requirements across the whole state. He explained how a church in his Minneapolis district was able to be converted to affordable housing after the city’s policy change. This time around, Meyer bought 130 parking policy textbooks for members of the state legislature; a plastic table in the State Capitol building buckled under their weight.

It has felt, lately, like cities across the U.S. are living in one of Don Shoup’s favorite New Yorker cartoons, by Edward Koren, which shows a group of adults gesticulating wildly over canapés: “The conversation has turned to parking.”

The premise of parking reform is only partly about parking. More broadly, reformers argue, bad parking policy inhibits many of the things we say we want from our cities: Things like affordable housing, a walkable neighborhood, attractive architecture, a greener, cleaner city. Parking is a central component of the transportation-land use mess that has left so many Americans dependent on two or more cars per household. Parking lots are an environmental disaster twice over, consuming vast quantities of materials and land while they subsidize endless driving. That’s the bad news.

A mostly empty parking lot in New Jersey. JG Photography / Alamy Stock Photo

The good news is that parking is changeable. Focus more on the place, and less on the place to park, and the barriers to a better urban environment begin to fall away. Says Tony Jordan, who in 2019 cofounded the Parking Reform Network, which aims to correct the country’s wayward parking policies, “What we’ve been doing is so clearly bonkers that when you point it out, a good number of people are like, ‘This is bonkers!’”

Minneapolis, San Francisco, Buffalo, Hartford, Austin, San Jose, and Portland, Oregon have all stopped requiring parking in the last decade. So have college towns like Champaign, Illinois, Berkeley, California, and Cambridge, Massachusetts. California and Oregon have each chipped away at parking minimums in urban areas. There is even a federal bill, introduced in Congress last spring, that allows property owners to decide how many parking spots to provide for new developments.

These changes have been accompanied in many cities by a new approach to managing street parking at the curb, a long-neglected component of urban infrastructure. The common problem with curb parking is that it is too cheap. All-day parkers (often, local employees) arrive first thing in the morning and take the best spots, leaving visitors to cruise in frustration — a phenomenon that appears to account for a sizable share of traffic in congested places.

Parking occupies a double-digit share of the land in most metro areas, and more than a third of some downtowns.

In San Francisco, meter rates now rise and fall once a month according to how hard it is to find a parking space, with the goal of a free spot on every block. To sweeten the deal for local merchants who fear losing clientele to suburban shopping centers, some cities have re-invested meter money in local improvements.

These trends have been underway for a decade, but they received a jolt in 2020 when the Covid-19 pandemic forced communities to reckon with their paucity of outdoor public space. Restaurant tables bloomed in thousands of parking spaces, and streets that had once been lined with silent machines were transformed into festival scenes.

The masks have faded away, but the lesson — that this space can be used for something besides parking — has lingered. Cincinnati has spent millions to help restaurants establish permanent “streateries”; New York has decided to “daylight” thousands of intersections, removing parking spots near crosswalks so drivers can more easily see pedestrians and bicyclists. Other cities have used curbside parking for green space, EV charging, bus lanes, bike lanes, and bike parking.

A "streatery" built on a street parking lane in Cincinnati. 3CDC

Parking is a promising target for visionaries because the bullseye is so large: We have at least three spaces per car, nationally, and more in some cities. We ended up with this parking surplus in part because of our failure to properly manage the shared, public parking supply. Instead, we required each element of the city to supply its own private parking, a recipe for excess that spurs customers to drive from destination to destination, even when those places are right next to each other.

Environmentalists are newly focused on parking’s many ills, including vanished natural areas, heat island effects, stormwater flooding, light pollution, and the use of massive quantities of asphalt and concrete. Parking occupies a double-digit share of the land in most metro areas, and more than a third of some downtowns. But the most serious environmental impact of free parking may be how it encourages driving. One recent federal study projected that if employees who get free parking at work received an equivalent bonus for not using that parking, traffic in major cities would fall by 10 percent, with equivalent drops in fuel consumption, pollution, and emissions. Free parking is also a strong predictor of car ownership; paid parking is a strong predictor of transit use. If you want less traffic, parking policy is the place to start.

While paying for parking can be seen as a hardship, underpriced parking creates traffic and pollution and wastes time.

For younger generations concerned about the high cost of housing, parking is also under attack. Study after study shows that parking minimums add tens of thousands of dollars onto the cost of new housing units while suppressing low-rise, multifamily, and affordable housing. As the requirements fall away, architects and developers have responded by building more housing and less parking than they used to in cities like Seattle and Buffalo. New types of housing, such as accessory dwelling units (ADUs), have flourished in the absence of parking mandates — in California, ADUs now account for one in five new housing units.

Lori Droste, who sits on the city council in Berkeley, tried to capture parking’s power in her first legislative proposal to change the zoning code, in 2015. “It was all parking reform,” she said, laughing. “But I called it the Green Affordable Housing Package.” The city ended parking mandates in 2021. Statewide, a bill signed in 2022 prohibits parking minimums for buildings within a half mile of major transit stops.

In Oregon, new rules compel the state’s jurisdictions to change their zoning to allow developments without parking. In response, some developers have replaced parking with housing. “People think this is a big-city reform,” said Catie Gould, senior transportation researcher with Sightline, a think tank based in Seattle. “But it’s really neat, we have smaller cities and more rural areas affected by this reform.” Even in a place where everyone drives, she says, it turns out that street parking can often handle the demand just fine.

Manhattan's 6th Avenue before (left) and after (right) street parking was converted to a pedestrian plaza and bike lane. New York City Department of Transportation

That parking reformers — a loose coalition of environmentalists, affordable housing activists, architects, developers, business owners, cyclists, pedestrians, and straphangers — have succeeded in changing so many parking policies over the last decade is all the more surprising given Americans’ fierce attachment to their parking spots.

Simply put, we’ve built a world where we have to drive everywhere, which means that parking is very important to us. And while paying for parking can be seen as a hardship, the chaos of underpriced parking has imposed greater costs (traffic, pollution, lost time, lack of access to parking) and led to parking requirements that inhibit the creation of affordable housing. Walking even a few minutes from a parking spot feels like an affront, even if we’d do the same without a second thought at a shopping mall.

Municipal officials supporting parking reform do their best to assuage fears of a parking shortage, reminding wary constituents that changing the parking code won’t take away existing parking. “The big thing we wanted to make clear was: This won’t eliminate a single parking space,” said Zo Qadri, an Austin councilor who authored the repeal in the Texas capital, the largest U.S. city to do so. Adding parking meters and increasing rates are a slightly tougher sell, but those tactics have also been deployed with success in Austin, with local businesses coming around to the idea that it is the lack of parking, rather than its price, that keeps clients away.

Leaders in Amsterdam and Paris, with their lower rates of car ownership, have boasted about making it harder to park.

The core tenet of parking reform, which is rarely highlighted at city council meetings, is that ultimately our communities might be better off if it were a little bit more difficult or more expensive to park in the heart of town. But it may need to be so if we hope to build a safer and more convenient environment for nondrivers.

Many global cities are operating with those ideas as axioms. London and Mexico City have scrapped their parking requirements. Japan mostly prohibits overnight car storage at the curb. If you buy a car, you need your own parking space. Leaders in Amsterdam and Paris, with their excellent transit service and lower rates of car ownership, have boasted about making it harder to park — something that would be nearly unimaginable even in walkable U.S. cities like Boston or Chicago. Our international peers have also been more ambitious in repurposing that parking. In Amsterdam, some street parking has become urban forest; in Paris, entire blocks outside schools have been repurposed as social spaces for kids.

All that is possible in U.S. cities too. But first leaders must legalize the type of parking-lite, high-density housing that makes it possible for a neighborhood to be vibrant, walkable, and economically served by mass transit. That’s the beautiful thing about taking away parking: The less of it you build, the less you need. And the places where the parking fight is the most intense — South Philadelphia, Koreatown in Los Angeles, Boston’s North End — are precisely the ones where it’s easiest to live without a car in the first place.

Fonte: Yale Environment 360





Estudo mostra que crescimento econômico com redução de emissões de CO2 é possível e está acontecendo

O "Decoupling", ou a desvinculação entre o crescimento econômico e as emissões de Gases do Efeito Estufa - GEE, não é mais uma possibilidade teórica, mas está acontecendo em grande escala. Ou seja, muitos países não dependem mais de emissões para crescer economicamente.

O artigo Dozens of Countries See Their Economy Grow as Emissions Fall), publicado pela Yale Environment 360, da Universidade de Yale, traz a análise de especialistas da Energy and Climate Inteligence Unit, uma think tank sediada em Londres, que demonstram que a economia mundial já vive uma transição em direção à sustentabilidade, havendo uma tendência mundial de desvinculação do crescimento econômico das emissões de Gases do Efeito Estufa - GEE, desmistificando a percepção que a poluição é uma consequência inexorável do "desenvolvimento". Para desenvolver as suas análises, os autores utilizaram dados do Global Carbon Budget e outras fontes. Analisaram dados de 113 países, que representam 97% do PIB Global e 93% das emissões. Compararam dados referentes a uma década anterior ao Acordo de Paris (celebrado em 2015) e a década posterior, que se concluiu em 2025.

Segundo o estudo, na década anterior ao Acordo de Paris, 32 países haviam desvinculado as suas economias das emissões, enquanto 35 tinham alcançado uma desvinculação relativa. Hoje, passados 10 anos do Acordo de Paris, o número já é de 43 e 40. 

Passado uma década do Acordo de Paris, os países responsáveis por 46,3% do PIB Global e 36,1% das emissões globais já praticam economias desvinculadas da necessidade de emissões. 

Alcançar a Neutralidade Líquida (Net Zero) depende da reversão das curvas de emissão de forma sustentável e estruturalmente declinante. O estudo conclui que muitas economias já estão vergando as suas curvas e que as bases para uma redução absoluta de emissões estão dadas.

Saiba mais em 10 Years Post-Paris: How emissions decoupling has progressed



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Dozens of Countries See Their Economy Grow as Emissions Fall


Solar arrays in Slovakia, where the economy is growing while emissions are falling. Pexels

A growing number of countries are showing that it is possible to achieve growth while also cutting emissions.

Historically, more industry meant burning more fossil fuels. But renewable energy has made it possible to generate more wealth without producing more emissions. In the decade since the Paris Agreement, a growing number of countries have “decoupled” growth from emissions, according to a new analysis from the Energy & Climate Intelligence Unit, a think tank based in London.

We’re sometimes told the world can’t cut emissions without cutting growth. The opposite is happening,” said coauthor John Lang. “Decoupling is now the norm, not the exception.”

The analysis finds that 43 countries, including the U.S. and most of Europe, have completely decoupled growth from emissions over the last decade. Fortunes rose, while emissions fell. Together, these countries account for 46 percent of the global economy.

For another 40 countries, including China and India, emissions are still on the upswing, but the economy is growing faster. These countries account for another 46 percent of the world economy.

In the remaining 30 countries studied, emissions outpaced growth, but these countries amount to a tiny share of the global economy, the analysis showed.

Overall, the shift is toward decoupling, authors said. So while global emissions are continuing to rise, they are growing more slowly than they were a decade ago. “Under the hood, the structural shift is unmistakable,” Lang said. “More countries are bending their curves.”

Fonte: Yale Environment 360




quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Cidade paranaense destruída por tornado liderou desmatamento da Mata Atlântica no Brasil por três décadas, indica levantamento

De um lado, em 1985, a região de Rio Bonito do Iguaçu mantinha uma área grande de floresta. Do outro, em 2020, é possível notar que praticamente toda a área vende foi desmatada. — Foto: Google Earth

Segundo o MapBiomas, Rio Bonito do Iguaçu perdeu quase 60% de sua vegetação natural entre 1985 e 2000. Cidade que ficou 90% destruída após tornado F4. Sete pessoas morreram.

Por Mayala Fernandes, g1 PR e RPC

A cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro do Paraná, vem perdendo floresta há anos e liderou o desmatamento da Mata Atlântica no Brasil entre 1985 e 2000, segundo o MapBiomas, sistema de validação e refinamento de alertas de desmatamento.

Nesse período, foram removidos 24,9 mil hectares de mata – área maior que a metade de Curitiba – e, entre 2000 e 2024, outros 497 hectares desapareceram, o equivalente a quase 800 campos de futebol. Assista aqui.

Rio Bonito do Iguaçu ficou 90% destruída após ser atingida por um tornado F4 em há pouco mais de um mês, em 7 de novembro. Sete pessoas morreram e centenas ficaram feridas. À época, um especialista ouvido pelo g1 alertou que, sem florestas, as cidades ficam mais vulneráveis a eventos climáticos extremos, como tornados.

Imagens de satélite mostram a rápida transformação da paisagem na cidade paranaense.

Em 1984, uma extensa área de floresta cobria a margem direita do Rio Iguaçu no município. Hoje, restam apenas fragmentos em topos de morro e faixas estreitas ao longo de rios.

Outro dado chama a atenção na cidade, que tem pouco mais de 13 mil habitantes. Segundo a ONG brasileira SOS Mata Atlântica, Rio Bonito do Iguaçu perdeu cerca de 60% da vegetação nativa nas últimas três décadas.

Segundo Luís Fernando Guedes, representante da ONG, a região concentra, a perda da cobertura florestal reduz a capacidade de absorver a energia dos ventos.
“Historicamente, o estado aparece entre os líderes do desmatamento do bioma. Uma região com menos floresta fica mais sujeito ao impacto de eventos extremos. Se houvesse mais cobertura florestal, a energia do tornado poderia ser dissipada e os impactos seriam menores”, afirma.
Rio Bonito do Iguaçu (PR), após o tornado de 7 de novembro — Foto: Henrique Cabral

Florestas como barreiras contra desastres climáticos

O climatologista Francisco Mendonça, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), afirma que o tornado na região foi resultado de fenômenos climáticos que têm se tornado mais frequentes e intensos no estado.

Para ele, o avanço do desmatamento e o aquecimento das águas do oceano eliminam o anteparo natural contra os ventos fortes, o que deixa as cidades mais vulneráveis.
"As matas são o anteparo natural contra a força dos ventos. Sem elas, os fenômenos se formam mais rápido, mais fortes e chegam às cidades [...] Os ventos se formam naturalmente, mas ganham força em uma paisagem cada vez mais desprotegida", afirma.
O climatologista explica que eventos como o tornado do último mês ocorreram em outras épocas, mas estão se tornando mais comuns e intensos com o aquecimento do planeta.

Entenda: Aumento de eventos climáticos extremos no PR exige novo modelo de construções

"Esses fenômenos sempre aconteceram em regiões tropicais e subtropicais, mas agora ocorrem com muito mais frequência. O ano passado foi um dos mais quentes da história da Terra, e este também está sendo. As águas do oceano se aquecem e injetam mais vapor no ar, o que torna a atmosfera mais turbulenta", diz.

Segundo estudos da pesquisadora Maria Cristina Pietrovski, de 2018 a 2023, a região Sul registrou 92 tornados – a maior ocorrência em comparação com as outras regiões do país. No período, 17 deles foram no Paraná.

Paraná já registrou a passagem de outros tornados antes de Rio Bonito do Iguaçu. — Foto: RPC

Anos antes do período analisado, outros eventos similares também causaram grandes problemas no estado, entre eles, um evento registrado em 1997, em Nova Laranjeiras, provocou quatro mortes e 72 feridos.

Um dos episódios mais recentes foi em Marechal Cândido Rondon, no oeste, em novembro de 2015. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), os ventos ultrapassaram 115 quilômetros por hora.

Cidades precisam se tornar resilientes

Além da reflexão sobre o desmatamento na região, a destruição em Rio Bonito do Iguaçu provoca o debate sobre o conceito de cidades resilientes, que são municípios preparados para enfrentar e se recuperar de desastres climáticos.

Para Eduardo Gomes Pinheiro, pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o planejamento urbano ainda ignora essa necessidade.
“A resiliência atravessa todas as etapas do ciclo de desastres, a prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação, e deve orientar o planejamento urbano como um todo”, diz ele.
Pinheiro diz que obras públicas, por exemplo, devem considerar se reduzem ou ampliam vulnerabilidades.
"Como esse tipo de raciocínio costuma ficar fora das práticas administrativas, cidades seguem sendo construídas sem infraestrutura adequada, o que intensifica perdas humanas, destruição de patrimônio, impactos na economia local e até interrupções no calendário escolar", afirma.
Segundo a Defesa Civil, mais de mil moradores ficaram desabrigados após o tornado. O Governo do Paraná iniciou a construção emergencial de 320 casas pré-fabricadas. Destas, 200 serão erguidas nos terrenos atingidos e 120 em um novo bairro. As obras começaram em 17 de novembro e devem levar cerca de dois meses.

Projeto mostra divisão das casas pré-fabricadas de Rio Bonito do Iguaçu — Foto: Eduardo Andrade/RPC


Fonte: G1 Paraná





quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Projeto Ciência&Clima lança publicação com dados que embasaram Plano Clima Adaptação


Informações técnico-científicas foram utilizadas na elaboração da estratégia nacional e dos planos setoriais que terão vigência até 2035

As informações técnico-científicas que embasaram o diagnóstico sobre as principais questões de adaptação à mudança do clima no Brasil estão consolidadas na publicação ‘Caderno de sínteses técnico-científicas sobre impactos, vulnerabilidade e adaptação no Brasil para o Plano Clima Adaptação’. O documento foi publicado nesta sexta-feira (21/11) e apresentado na COP30, em Belém (PA).

A publicação é resultado do trabalho desenvolvido pela equipe técnica do projeto Ciência&Clima, projeto de cooperação técnica internacional executado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil), em colaboração com a agência de cooperação alemã GIZ Brasil e da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima).

“Ao reunir as referências mais atuais e baseadas na ciência, este Caderno visa disseminar as evidências que subsidiaram a formulação do Plano Clima Adaptação, de forma que estes conhecimentos possam ser mobilizados também por governos subnacionais e pela sociedade civil. Espera-se que as informações aqui contidas sejam apropriadas por gestores e cidadãos, auxiliando-os a compreender os impactos, vulnerabilidades e adaptação nos territórios. Cada um dos temas abordados na publicação oferece um repertório conceitual e de evidências que subsidia o planejamento da adaptação e a promoção do desenvolvimento resiliente ao clima”, Sávio Raeder, supervisor da componente de Impactos, Vulnerabilidade e Adaptação do projeto Ciência&Clima.

Considerando a complexidade e diversidade da produção científica, a construção de sínteses do conhecimento se coloca como uma estratégia relevante para apoiar os gestores públicos engajados nos processos de formulação de políticas. Neste sentido, o projeto Ciência&Clima tem avançado na elaboração de documentos de síntese sobre os temas relacionados com o aquecimento global e suas repercussões sobre os territórios. Baseadas nos princípios da coprodução de evidências, estas sínteses mobilizam tanto saberes técnicos de gestores públicos e da sociedade civil, como evidências científicas de pesquisadores em favor da formulação de políticas mais informadas.

O Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Plano Clima) é o principal instrumento que consolida as estratégias, planos e metas do Brasil para alcançar os objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e cumprir as metas da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil.

A atualização do plano nacional de adaptação, que se iniciou em 2023, é considerada um marco na agenda climática do país. A construção do plano foi pautada pela mobilização de evidências científicas e pelo envolvimento de instituições governamentais, acadêmicas, da sociedade civil organizada, entidades empresariais, além de povos e comunidades tradicionais.

O esforço para disponibilizar a melhor ciência disponível para os ministérios setoriais foi quantificado em números. A contribuição envolveu a análise da literatura científica mais recente disponível durante o período de sua elaboração, entre 2023 e o início de 2024. Foram identificadas mais de 700 referências bibliográficas, das quais 220 foram selecionadas como as mais relevantes, considerando o contexto nacional.

O trabalho resultou em 12 sínteses do conhecimento organizadas por temas e setores estratégicos para a agenda nacional de adaptação à mudança do clima que foram reunidas neste caderno. Cada capítulo contempla um tema ou setor: Agricultura e Pecuária, Biodiversidade, Cidades, Energia, Igualdade Racial e Combate ao Racismo, Povos Indígenas e Povos e Comunidades Tradicionais, Recursos Hídricos, Redução e Gestão de Riscos de Desastres, Saúde, Segurança Alimentar e Nutricional, Transportes, Zona Costeira e Oceano.

Os capítulos estão estruturados em seções que abordam os impactos observados, os riscos e vulnerabilidades, e adaptação. A lógica fortalece a agenda de adaptação a partir da perspectiva que abrange as dimensões de ameaças climáticas, exposição e vulnerabilidade, uma metodologia internacionalmente aceita e aplicada.

Acesse a publicação aqui.

Sobre o projeto Ciência&Clima:

Ciência&Clima é o projeto de cooperação técnica internacional executado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na sua implementação e recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). Ao longo de três décadas de execução das edições do projeto, apoiou o Brasil na elaboração e submissão de quatro Comunicações Nacionais, cinco Relatórios de Atualização Bienal e o Primeiro Relatório Bienais de Transparência do Brasil à Convenção do Clima. O projeto trabalha para fortalecer as capacidades nacionais na implementação da Convenção do Clima e promover a conscientização sobre os impactos da mudança do clima no país.

Acesse: MCTI



Intensidade das ondas de calor é o principal determinante para impactos em saúde, aponta estudo


Publicação sintetiza e analisa literatura científica sobre ondas de calor e saúde no Brasil nos últimos dez anos; dados contribuem para subsidiar políticas públicas e fortalecer a resiliência climática

A intensidade das ondas de calor é determinante para os impactos em saúde. Este é um dos apontamentos do estudo ‘Clima em síntese: Estudos sobre saúde e ondas de calor no Brasil (2015 - 2025)’, apresentado na quarta-feira (29/10). A publicação sintetiza e analisa resultados da literatura científica e um conjunto de elementos conceituais e metodológicos que subsidiam a análise dos efeitos das ondas de calor na saúde da população brasileira.

As ondas de calor estão entre os eventos climáticos extremos com maior potencial de mortalidade e morbidade, especialmente associadas a doenças cardiovasculares e respiratórias, e tem ocorrido em sobreposição a outros eventos extremos, como secas prolongadas e incêndios, ampliando os impactos sobre a saúde.

O documento destaca os principais estudos nacionais sobre a temática realizados nos últimos dez anos, com ênfase nos desfechos em saúde, nas metodologias aplicadas e nos impactos já observados. O objetivo da publicação é orientar especialistas, técnicos e gestores públicos, em especial da área de saúde, nos esforços para lidar com os impactos das ondas de calor na saúde pública, além de consolidar o conhecimento científico e apontar caminhos para pesquisas futuras, e favorecer uma compreensão mais integrada entre fatores climáticos e saúde.

O coordenador-geral de Ciência do Clima do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e coordenador nacional do projeto Ciência&Clima, Márcio Rojas, explicou que a escolha do tema para a publicação está embasada nos impactos negativos que esses eventos extremos causam e nas lacunas de conhecimento que existem no país sobre o assunto. “É um assunto complexo e é imprescindível avançarmos”, explicou durante a mesa de abertura. “É gratificante poder, concretamente, dar mais um passo no que a gente entende como sendo a nossa missão, que é fundamentalmente avançar com a fronteira do conhecimento e colocar esse conhecimento à disposição dos tomadores de decisão”, complementou.

A diretora do Departamento de Políticas para Adaptação e Resiliência à Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Inamara Santos Mélo, ressaltou o trabalho que foi desenvolvido pelo governo brasileiro para assegurar a agenda de adaptação de modo multissetorial e multinível, integrando diversos atores e baseado na ciência. “A gente vem conseguindo avançar no fortalecimento institucional e na inclusão da lente climática e na lente de adaptação, em particular, no desenho de muitas políticas públicas”, afirmou

O coordenador-geral de Mudanças Climáticas e Equidade em Saúde do Ministério da Saúde, Emerson Soares dos Santos destacou a qualidade da publicação e a relevância para subsidiar ações setoriais da pasta e de pesquisadores, especialmente porque as ondas de calor estão se intensificando no Brasil. “Esse é um dos problemas que mais se faz visível aos olhos da população brasileira”, afirmou.

Achados - A primeira parte da publicação destaca as diferentes abordagens metodológicas e conceituais relevantes para a compreensão da relação entre ondas de calor e saúde. Entre as diferenças destacadas estão, por exemplo, a caracterização de calor extremo e ondas de calor. O primeiro se caracteriza por dias isolados com temperatura elevada, o segundo abrange uma sequência de dias consecutivos com temperaturas que excedem limiares comparados à série de referência, em geral composta por dados de 30 anos. O estresse térmico, por sua vez, é uma condição em que a produção de calor do corpo supera a capacidade de dissipação, podendo levar a sérios problemas. O risco relativo mede a associação entre a temperatura e os desfechos em saúde.

O documento apresenta um panorama sobre as variáveis climáticas e os indicadores biometeorológicos utilizados nos principais sistemas de alerta para ondas de calor no mundo, além da seleção dos principais desfechos em saúde.

As ondas de calor se intensificaram nas últimas décadas. Entre 1970 e 2020, observou-se aumento do número de eventos em 14 capitais, especialmente em regiões de baixa latitude (mais próximas à Linha do Equador), com crescimento expressivo na região Norte a partir dos anos 2000.

A síntese avaliou os 12 principais estudos realizados no país no período em 2015 e 2025 que investigaram a relação entre ondas de calor e saúde, destacando os desfechos mais sensíveis para avaliação e as metodologias aplicadas para mensurar os impactos.

Os estudos analisados convergem em três pontos: as ondas de calor no Brasil estão associadas ao aumento geral da mortalidade e ao aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares e respiratórias; idosos, mulheres, crianças e populações em situação de vulnerabilidade socioeconômica são “consistentemente documentados” como os grupos mais sensíveis; e o risco de mortalidade aumenta de forma significativa quanto mais altas as temperaturas durante a onda de calor, sendo que a duração exerce influência limitada nas estimativas de risco, ou seja, exerce papel secundário.

Monitoramento e vigilância - Na terceira parte, o documento destaca procedimentos e ações de vigilância e monitoramento nos sistemas de saúde, que devem ser estruturados em três etapas considerando antes, durante e após os eventos de ondas de calor. As medidas são necessárias para mitigar os impactos, integrar e avaliar sistemas de vigilância e de alertas, como os sistemas de alerta antecipado. “Isso é o minimamente necessário para vigilância”, afirmou a pesquisadora em saúde pública da Fiocruz, Beatriz Oliveira, consultora técnica contratada para elaborar o estudo.

Lacunas – A análise também abordou lacunas de conhecimento, apontando necessidade de áreas que precisam de mais estudos ou de aprofundamento. Os estudos se concentram nas principais capitais e regiões metropolitanas, indicando que áreas rurais, cidades médias e regiões Norte e Nordeste têm escassez de análises.

De acordo com a publicação, os desfechos em saúde exploram pouco as associações com doenças renais, metabólicas e mentais. Ainda é necessário avançar em estudos que integrem outros dados ambientais, como poluição do ar e incêndios, que potencializam os efeitos das ondas de calor. Os estudos que integram determinantes sociais e os de longa duração ainda são limitados.

Por fim, a síntese aponta que o país ainda utiliza pouco os indicadores compostos, que consideram múltiplas variáveis climáticas. A aplicação desses métodos resulta na melhor compreensão do efetivo papel da mudança do clima na influência dos desfechos de saúde.

Saiba mais: O estudo e o webinário sobre saúde e ondas de calor fazem parte de uma iniciativa conjunta dos projetos ProAdapta, fruto da parceria entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil (MMA) e o Ministério Federal do Meio Ambiente, Ação Climática, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear (BMUKN) da Alemanha, no contexto da Iniciativa Internacional para o Clima (IKI, sigla em alemão) e implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH; e Ciência&Clima, projeto de cooperação técnica internacional executado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na sua implementação e recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).

O documento está disponível para download aqui.

Fonte: MCTI



MCTI publica desagregação do Inventário Nacional de GEE para todas as unidades federativas



Exercício de desagregação de dados do Inventário Nacional visa otimizar esforços e fortalecer ações estadualizadas de mitigação

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) publicou nesta terça-feira (30/09/2025) os resultados das estimativas de emissões e remoções de gases de efeito estufa para todas as unidades federativas do país. Os números estão disponíveis para consulta em painel específico no Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE).

As estimativas de emissões e remoções foram desagregadas a partir do Inventário Nacional de GEE do Primeiro Relatório Bienal de Transparência do Brasil, submetido à Convenção do Clima em dezembro de 2024. O trabalho técnico foi conduzido pela equipe do projeto Ciência&Clima, observando os princípios orientadores do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC).

Esta é a segunda ocasião que a pasta disponibiliza dados estadualizados. O primeiro exercício foi divulgado em 2021. O objetivo é otimizar esforços na identificação do perfil de emissões regionais de modo que os estados possam direcionar esforços em ações de redução de emissões. A medida atende demanda dos entes subnacionais efetuada no âmbito do Núcleo de Articulação Federativa sobre mudança do clima, do antigo grupo executivo do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM).

O ministério reafirma o compromisso de disponibilizar informações consistentes e comparáveis, capazes de subsidiar tanto o cumprimento dos compromissos internacionais do Brasil quanto a formulação de estratégias nacionais e subnacionais de enfrentamento à mudança do clima”, explica a secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Andrea Latgé.

A partir de 2024 com a plena implementação do Artigo 13 do Acordo de Paris, que estabelece a Estrutura de Transparência Aprimorada e prevê que o Inventário Nacional de GEE seja elaborado e submetido a cada dois anos, a perspectiva é que o exercício da desagregação para as unidades federativas também se torne periódico.

O supervisor do Inventário Nacional de GEE da equipe do projeto Ciência&Clima, Régis Rathmann, destaca que a relevância da regionalização dos dados do Inventário Nacional está em subsidiar a tomada de decisão das ações subnacionais de mitigação de emissões de GEE. “Por conseguinte, fortalecer políticas públicas relacionadas ao enfrentamento dos desafios impostos pela mudança do clima em nível local”, afirma.

Como consultar - A consulta aos dados pode ser feita para cada estado da federação e Distrito Federal. O usuário pode selecionar o setor inventariado, o tipo de gás e o ano. A série histórica disponibilizada abrange o período de 1990 a 2022. Os dados também podem ser baixados em planilhas Excel.

Os dados estão organizados segundo as atividades contempladas nos setores: Energia; Processos Industriais e Uso de Produtos (IPPU, sigla em inglês); Agropecuária; Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas (LULUCF, sigla em inglês); e Resíduos. As remoções são contabilizadas no setor LULUCF, como resultado do aumento do estoque de carbono, por meio, por exemplo, do crescimento de vegetação.

Os gases estimados são dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hidrofluorcarbonos (HFCs), perfluorcarbonos (PFCs) e hexafluoreto de enxofre (SF6). Os resultados estão publicados em dióxido de carbono equivalente e foram convertidos utilizando a métrica GWP-AR5, a mesma utilizada para as metas da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC).

Nota metodológica - A disponibilização dos novos resultados por unidade federativa está acompanhada de nota que detalha as bases de dados e os procedimentos metodológicos empregados para a realização do exercício. Um dos aspectos abordados no material envolve fatores limitadores na elaboração do exercício de desagregação. “A principal limitação é a ausência de informações regionais para atividades relevantes dos setores Energia e Processos Industriais e Usos de Produtos”, informa o supervisor.

Alguns relatórios, como os balanços energéticos estaduais de energia e anuários de produção deixaram de ser divulgados e/ou produzidos. A falta desses dados impacta no grau de acurácia e na representação de alguns aspectos sobre o uso de energia, que sofrem modificação ao longo do tempo de acordo com as transformações econômicas. “Os estados podem contribuir com a geração destes dados em âmbito local, por meio da mobilização de secretarias de governo visando a sistematização e divulgação ampla de estatísticas regionais”, afirma.

Acesse o painel e a nota metodológica aqui.

Fonte: MCTI