domingo, 15 de outubro de 2017

PROTEÇÃO À FAUNA: Presença de Animais Silvestres em área urbana cresce em Niterói



Agente da coordenadoria da Guarda Ambiental alimenta capivara - Divulgação / Prefeitura de Niterói


Leonardo Sodré

Coordenadoria Ambiental da Guarda Municipal já resgatou 500 bichos este ano

NITERÓI - Filhotes de corujas, capivaras, gambás, coelhos e tartarugas podem parecer fofos e despertar a curiosidade de muita gente, mas a consciência da população de que eles são selvagens — não necessariamente ferozes — e precisam estar em seu habitat natural é cada vez mais maior. Um exemplo disso é o aumento do número de resgate em área urbana pela Coordenadoria Ambiental da Guarda Municipal (telefone 153): de janeiro a setembro de 2016, foram feitos 397 resgates; no mesmo período deste ano foram 500.

Em todo o ano passado, os agentes recolheram 608 animais, também denominados silvestres. Só no mês passado, foram 170, segundo a prefeitura. Para cuidar de tantos casos, a Coordenadoria Ambiental da Guarda Municipal recebeu treinamento especial. A regra principal é reintegrar os animais, quando não estão feridos, a seu habitat natural. Se estiverem machucados ou debilitados, eles são encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, em Vargem Pequena, no Rio, para receberem cuidados específicos antes da reinserção à natureza.

O coordenador da Guarda Ambiental de Niterói, o subinspetor Edson Jorge, diz que vale tudo para salvar os animais. Ele relembra um resgate recente da sua equipe, em Itaipu, quando uma tartaruga verde, quase morta, foi acolhida. A equipe prestou os primeiros socorros, massageando a tartaruga, e a levou para o Centro de Tratamento de Animais Marinho (CAT), no Rio. Lá, eles descobriram que o animal constava na lista nacional de espécies ameaçadas de extinção, classificado como vulnerável.

— A população já entende que não se deve hostilizar os animais, pois a maioria contribui para a manutenção do ecossistema — enfatiza Jorge. — Há gente que até se preocupa, quer acolhê-los, mas hoje está mais consciente de que não deve nem mexer nos bichos, para a segurança de todos.

Jorge explica que os cuidados devem ser redobrados com cobras, já que a maioria das pessoas não sabe identificar se elas são venenosas. Só este ano, foram resgatadas quase 60 em telhados, garagens e até em janelas.

Fonte: O Globo



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