De onde vem a pressão pelo desmatamento? E até que ponto os negociadores estão dispostos a ir além de suas fronteiras para enfrentar o problema?
O dilema por trás dos vetores internacionais do desmatamento
Uma das boas novidades que as negociações climáticas trouxeram foi o conceito de emissões evitadas para elucidar a importância de - e criar alternativas para - a preservação das florestas. Para o Brasil, onde se encontra a maior parte da floresta amazônica, este é um assunto vital, na medida em que pode apresentar caminhos para conciliar preservação e recursos para as populações da região. Poderíamos imaginar, portanto, que nossa delegação encontra-se empenhada em levar adiante as negociações em torno do REDD-Redussões de Emissões por Desmatamanto e Degradação Florestal, correto? Ainda mais quando lembramos que estamos entre os maiores emissores do mundo justamente por causa das queimadas usadas para desmatar as matas...
Infelizmente, não é esta a realidade: à medida em que os debates sobre REDD avançam, aprimora-se o entendimento dos fatores que levam ao desmatamento. E torna-se claro que somente com medidas de âmbito nacional, não será possível combater a destruição das florestas, já que muitas vezes ele é deflagrado e financiado pelo comércio internacional de madeira, ou pela crescente demanda por commodities agrícolas. Até mesmo boas intenções podem destruir florestas: na medida em que os países implementam internamente medidas de preservação, podem empurrar atividades de maior ônus ambiental para nações economicamente mais frágeis. A madeira preservada em um ponto do planeta pode ter sua demanda atendida pelo desmatamento, por exemplo.
Mapear os vetores internacionais do desmatamento é fundamental para o sucesso do REDD. Mas a delegação brasileira tem um entendimento diferente: para nossos negociadores, esta é uma questão comercial, que deve ser tratada no âmbito da Organização Mundial do Comércio. Não por acaso, este tópico se tornou tabu nas negociações: citado em rodadas anteriores, não logrou qualquer citação nos textos oficiais. Até agora.
Poderá a CoP18 nos surpreender neste tema?
Fonte: Vitae Civilis
todas iniciativas em prol do ambiente total, sempre são bem vindas. è necessário uma política voltada em satisfazer as necessidades das gerações atuais,sem comprometer as gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades. Isto é a base da Gestão Ambiental: SUSTENTABILIDADE!!!!!!!!!
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