terça-feira, 12 de junho de 2012

Trilionária, economia verde atrai empresas


Por Assis Moreira, de Copenhague

As oportunidades comerciais vinculadas à sustentabilidade em recursos naturais podem variar de US$ 2,1 trilhões a US$ 6,3 trilhões nas próximas décadas, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Nesse cenário, bancos de desenvolvimento, Câmara de Comércio Internacional (CCI) e o Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) estão entre os que vão lançar várias iniciativas nos próximos dias no Rio de Janeiro em direção à economia verde.

A CCI enviará uma forte delegação ao Rio, para lançar amanhã o "roteiro para a economia verde". Segundo o diretor-geral da entidade, Jean-Guy Carrier, o objetivo é ajudar na direção de um plano concreto de ações, em etapas.

"O problema é que alguns governos prometem de um lado reduzir subsídios bilionários voltados à energia fóssil, mas de outro continuam a impor enormes barreiras no comércio de bens e serviços ambientais", disse Carrier. "O nosso roteiro pode ajudar a estabelecer medidas concretas, com prazos."

Para Carrier, isso é ainda mais importante levando em conta a crescente pressão, os limites no uso de recursos naturais e as projeções de aumento da população mundial para 9 bilhões de pessoas até 2050. Haverá 3 bilhões a mais de consumidores de classe média na economia mundial até 2030.

O chamado clube dos bancos de desenvolvimento, que inclui o BNDES, deverá lançar no Rio projetos de infraestrutura para garantir desenvolvimento sustentável. Caio Koch Weser, vice-presidente do Deutsche Bank, considera que a China, atualmente, é um exemplo de país que procura acelerar a descarbonização de sua economia.

Também na Rio+20, o Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD, segundo a sigla em francês) lançará o primeiro programa de cooperação científica Africa-Brasil-França, para combater a desertificação no continente africano. A entidade fará uma série de eventos no Rio, interessada em cooperação triangular e não mais no antigo modelo Norte-Sul.

"A desertificação é uma ameaça crescente e afeta também o Nordeste brasileiro", afirmou o diretor do IRD, Michel Laurent.

Fonte: Valor Econômico

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